Você está na página 1de 4

ECONOMIA (10/2022)

Agente económico – indivíduo ou entidade que intervém na atividade económica exercendo pelo menos uma
função económica.

Microagente: quando nos referimos a um agente económico em particular.

(ex.: Caixa Geral de Depósitos)

Macroagente: quando nos referimos ao conjunto de agentes que desempenham a mesma função.

(ex.:Instituições financeiras de uma economia)

Agente económico Função Principal


Famílias Consumir
Empresas não Financeiras Produção e prestação de bens e serviços mercantis não financeiros
Empresas Financeiras Prestação de serviços financeiros
Estado Prestação de serviços coletivos e redistribuição dos rendimentos
Resto do Mundo Fornecer bens e serviços e comprar excedentes de produção

Fluxo – movimento correspondente ao que cada agente económico entrega ou recebe de outro.

Fluxos reais: representam as interações/trocas materiais (bens)/imateriais (serviços) realizadas entre os


agentes económicos. (ex.: trocas de bens e serviços).

Fluxos monetários: traduzem a contrapartida em valor monetário dos respetivos fluxos reais.

Circuito económico – representação simplificada da atividade económica e das relações que se estabelecem entre os
diversos agentes que nela participam.

Limitações:

 É praticamente impossível representar todas as relações económicas que se estabelecem entre os diversos
agentes económicos;
 O circuito económico revela se incapaz de traduzir o equilíbrio económico, sobretudo se o número de fluxos
nele representado for muito elevado.

Conta – quadro com duas colunas, servindo a da esquerda para registar os fluxos monetários de saída
(empregos/utilizações) de um agente económico, e o da direita para registar os fluxos monetários de entrada
(recursos) do mesmo agente (os valores monetários que saem de um agente entram, forçosamente, noutro).
O equilíbrio entre os agentes económicos num sistema de contas

Há situações em que não existe equilíbrio económico porque:

. os recursos > empregos – agente económico tem capacidade de financiamento

. os recursos < empregos – agente económico tem necessidade de financiamento

A capacidade ou a necessidade de financiamento do total da economia é igual à soma das capacidades ou das
necessidades de financiamento dos setores institucionais.

Contabilidade Nacional – conjunto de operações que se executam no sentido de operar o valor de certas grandezas
económicas e sociais (exs.: produto, rendimento, rendimento disponível despesa, consumo, investimento,
exportações, importações, etc).

Objetivos da CN:

 Descrever quantativamente a atividade económica;


 Fornecer a informação necessária sobre a evolução da economia;
 Estabelecer comparações internacionais sobre economias dos diferentes países;
 Proporcionar as informações necessárias para se fazerem previsões e (re)definirem políticas económicas.

Importância da Contabilidade Nacional – É indispensável conhecer estas grandezas económicas e sociais para
avaliar a situação socioeconómica do país e proceder à (re)definição das políticas de gestão nacionais que
respondem às necessidades da população e ao desenvolvimento e crescimento económico.

A globalização da economia tem levado a que seja cada vez mais importante os países compararem a evolução das
suas economias.

As Contas Nacionais Portuguesas são elaboradas com base no manual metodológico de referência – o Sistema
Europeu de Contas nacionais e Regionais (SEC 2010).

Conceitos-base da Contabilidade Nacional

A. Unidades Institucionais e Setores Institucionais

Unidades institucionais - caracterizam-se por terem uma unicidade de comportamentos e por serem centros de
decisão económica, com autonomia de decisão no exercício da sua função principal.

As unidades institucionais encontram-se agrupadas em setores institucionais. As Contas Nacionais Portuguesas


consideram os seguintes setores institucionais:

1) Famílias; 2) Sociedades não Financeiras; 3) Sociedades Financeiras; 4) Administração Pública;

5) Instituições Sem Fins Lucrativos ao Serviço das Famílias (ISFLSF); 6) Resto do Mundo.
B. Território económico

O território económico português poder ser definido como o território coberto pelo Sistema de Contabilidade
Nacional inclui:

- Continente; - Região Autónoma da Madeira; - Região Autónoma dos Açores.

Território económico, onde a atividade económica é medida, inclui:

o Território geográfico onde no seu interior, os bens, os serviços, capitais e trabalhadores circulam livremente;
o Espaço aéreo nacional, as águas territoriais, a plataforma continental e os navios, plataformas e aeronaves
exploradas por unidades económicas residentes, independentemente do território geográfico onde se
encontram;
o Zonas francas (existe em Portugal: a Zona Franca da Madeira);
o Enclaves territoriais situados no Resto do Mundo mas utilizados pelo nosso país (embaixadas, consulados e
bases militares);
o Jazigos geológicos (de petróleo ou de gás natural), situados em águas internacionais, mas cuja exploração
pertença a unidades económicas residentes.

C. Unidades residentes e unidades não residentes

Unidades residentes num país - todas as unidades que tem um centro de interesse económico nesse país, isto é,
aquelas que realizam operações económicas num determinado território económico, ou a partir dele, há um ano ou
mais.

Unidades não residentes num país - são todas as unidades residentes noutros territórios económicos ou unidades
que realizaram uma atividade económica no país por um período inferior a um ano.

D. Ramos de atividade

Unidade de produção homogénea - unidade que efetua uma atividade única que se identifica pelas suas entradas,
processo de produção e saídas de produtos. Os produtos distinguem-se pela sua natureza, grau de transformação e
técnica de produção utilizada. (empresa de produção de azeite e óleo)
Ramos de atividade – agrupam as unidades que exercem uma atividade económica idêntica ou similar;
correspondendo a um conjunto de unidades de produção homogénea. (indústrias alimentares)

Setor de Atividade – conjunto de ramos com a mesma atividade principal. (indústria transformadora)

Óticas de cálculo do Produto

Produção: forma de cálculo do Produto a partir do valor acrescentado pelas unidades de produção,
agrupadas em ramos e setores de atividade;

Despesa: forma de cálculo do Produto que corresponde à utilização dada ao produto – consumo final,
investimento e exportações;

Rendimento: forma de cálculo do Produto a partir dos rendimentos obtidos com a venda dos produtos e
distribuídos pelos fatores de produção (trabalho e produção).

Cálculo do valor do Produto pela ótica da Produção – de acordo com a ótica da produção, o valor do PIB não é igual
ao valor da produção total ou somatório do valor bruto da produção (VBP), uma vez que há uma parte desta que é
utilizada como consumo intermédio (CI) na obtenção de outros produtos.

Problema da múltipla contagem – consiste em registar o valor de um bem mais do que uma vez durante o processo
produtivo. Constitui um erro de contabilização do Produto.

Para ultrapassar este problema utilizam-se dois


Para evitar cometer este erro será necessário
métodos de cálculo de valor do Produto, são eles:
identificar, em cada atividade, os seus consumes
intermédios e não os contabilizar como fazendo . método dos Valores Acrescentados1;
parte da produção.
. método dos Produtos Finais2.

Método dos Valores Acrescentados – somatório do valor acrescentado de cada unidade produtiva.

O Valor Acrescentado por cada unidade produtiva (VA) corresponde à diferença entre o valor de
produção realizada e o valor dos consumos intermédios utilizados para essa produção.

Valor Acrescentado = Valor da Produção – Valor CI Produto = somatório VA

Método dos Produtos finais – contabilização das vendas dos produtos de cf, ou seja, valor do produto final vendido.

O valor do Produto obtido através do Método dos Produtos Finais é igual ao valor do Produto
obtido através do Método dos Valores Acrescentados.

Produto = somatório valor das vendas dos produtos finais

Você também pode gostar