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Este é um trabalho realizado por alunos, pelo que não está livre de conter gralhas ou falta
de informação; torna-se, assim, essencial fazer uma análise crítica à sua leitura, tendo em
conta a matéria lecionada nas aulas. Qualquer correção deverá ser enviada para
comissao2ano@aefep.pt
2. A medição agregada da atividade económica
2.0. Introdução
Quais são os principais conceitos que vão ser usados para estudar macroeconomia e como é se
quantificam esses conceitos? Medição agregada da atividade económica
Designamos por medição da atividade económica o processo pelo qual se recolhe um conjunto de
dados e se fornecem estimativas e ilações sobre o desempenho da economia de um país. Esta
medição é agregada uma vez que recolhe dados de agentes económicos e as operações por estes
realizadas, em termos nacionais.
Contas Nacionais
Representação coerente, de forma simplificada, agregada e
quantificada, dos principais tipos de operações económicas efetuadas
entre conjuntos de agentes económicos com características
semelhantes (numa dada economia num dado período de tempo)
Podemos fazer uma analogia entre a contabilidade de uma empresa e a contabilidade nacional.
A contabilidade da empresa é um sistema de informação para apoio a quem tem que decidir na
empresa. Da mesma forma, a contabilidade da nação existe como um sistema de informação para
apoiar quem pode intervir sobre a economia.
Contabilidade nacional
Sistema de contas para medir o conjunto da atividade económica da nação, agregando agentes
económicos em setores institucionais.
→ Nasce no séc. XVIII, mas só se desenvolve na 2ª metade do séc. XX como instrumento de apoio às
decisões políticas
É o fluxo monetário de
contrapartida pela participação
Rendimento
(distribuição) ≠ Transferência
(redistribuição)
no processo de produção
A partir do momento em que é feita a distribuição do rendimento, temos aquilo a que chamamos
Rendimento Disponível → consumo + poupança (= investimento).
Por outras palavras, tendo sido distribuído o rendimento a um agente e após de ter sido feita a
redistribuição (impostos, subsídios), o que resta designa-se por rendimento disponível. Por
exemplo, eu recebo x mas tenho de entregar y ao estado através dos impostos, logo fico com z.
2.1. Agentes, Operações, Fluxos e Stocks
Os agentes económicos não podem ser tratados na sua individualidade, têm de ser somados, isto é,
estão agregados naquilo a que chamamos setores institucionais (por exemplo famílias e
empresas).
Um setor institucional é um conjunto de agentes que têm afinidades quanto aos recursos e
quanto aos empregos dados aos mesmo.
Por sua vez, as unidades de produção estão ainda agrupadas por ramos de atividade (agricultura,
pescas, indústria extrativa, turismo, etc.).
Por exemplo, o que têm em comum um agricultor que produz pêras e um agricultor que produz
maçãs? São produtos diferentes, mas têm uma afinidade, são frutos. Digamos que um agricultor
que produz pêras tem menos afinidade com o pescador que pesca linguados do que com o
agricultor que produz maçãs.
AGENTES
Agrupados por setor institucional, de acordo com as principais funções (operações)
económicas que desempenham e as fontes de recursos de que dispõem.
UNIDADES PRODUTIVAS
Agrupadas por ramo de atividade, segundo o tipo de inputs, processos de produção e
produtos.
Setor institucional Função principal Recursos principais Tipo de
produto
Setor Sociedades não Produção de B&S não Receitas das vendas Mercantil
privado financeiras financeiros
Resto do mundo Todas as unidades institucionais não residentes que efetuam operações
com residentes
*ISFLSF = Instituições Sem Fins Lucrativos ao Serviço das Famílias
→ Distribuição: distribuição e redistribuição do valor criado pela atividade produtiva (ex: salários,
rendas);
→ Fluxos: operações que ocorrem e, portanto, só são quantificáveis durante um período, ou seja,
são mensuráveis ao longo do tempo (ex: investimento);
Os principais fluxos de produção, distribuição e de capital que ocorrem numa economia, num dado
período, entre os vários setores institucionais são representáveis por um Circuito Económico.
Todos os setores institucionais se relacionam com o estado, por isso ocupa uma posição central.
O que chamamos ao valor total do produto liquido do estado pelas empresas? Valor acrescentado
bruto dos vários ramos de atividade = valor do produto liquido gerado pelas empresas, ou seja, a
produção abatida os consumos intermédios.
2.2. Principais agregados - Contas Nacionais
PIB = Agregação do valor de mercado do resultado final da atividade de produção (criação
de bens e serviços) realizada durante um determinado período num território
1. O cálculo do PIB pode ser feito de duas formas: agregando o valor dos bens finais ou agregando o
valor de todos os produtos e subtraindo o valor dos consumos intermédios → para agregar o
valordos diferentes resultados da produção temos que usar unidades monetárias → unidade de
medida: moeda
3. Resultado Final = valor líquido do produto → valor do produto que uma vez vendido não é objeto
de revenda
5/6. Durante o período, há uma delimitação temporal (PIB anuais e trimestrais) e uma delimitação
espacial, ou seja, considera-se o valor da atividade produtiva correspondente a determinado
período e território
Critério territorial → PIB (Produto Interno Bruto) - fatores produtivos localizados no território
(do país)
Critério de residência → PNB (Produto Nacional Bruto) - contam-se fatores de produção cujos
proprietários (dos fatores) têm residência económica no país
Imaginemos que um professor vai dar uma aula numa Universidade Alemã. Apesar de não ser
residente em Portugal, não vai nem pagar impostos na Alemanha nem passa a ser residente na
Alemanha (período < 1 ano). Recebe um rendimento e isso conta para o PNB. Não conta para o PIB
pois o fator produtivo (esforço de dar aulas) estava num território alemão. Conta para o PNB
português pois continua a ser residente económico em Portugal.
Circuito Económico
O Circuito Económico permite ver que há 3 óticas para calcular o PIB, correspondentes a 3 fases do
Circuito:
NOTA: o valor que a empresa cria tem de ser igual ao valor que
pode distribuir → rendimento = distribuição do rendimento
Ótica da despesa
Despesa Interna → Valor das utilizações finais de bens e serviços criados no território económico
nacional durante um dado período de tempo, avaliados a preços de mercado.
Investimento = I = Formação Bruta de Capital = FBC = FBCF + ∆Stocks : despesa em bens e serviços
que não são para satisfação imediata das necessidades mas também não são para revenda
FBCF → Formação Bruta de Capital Fixo : despesa em bens e serviços para utilização em processos
produtivos por prazo > 1 ano
∆Stocks → Variação de Stocks : diferença entre o Stock final e o Stock inicial de matérias-primas,
produtos em curso de fabrico e produtos acabados.
Ótica da produção
PIBpm = ∑ VAB + Impostos indiretos líquidos de subsídios (sobre produtos e sobre importação/ ex:
IVA)
= soma dos valores acrescentados (valor dos bens e serviços finais) gerados no território
económico nacional durante um período
O VAB é expresso a preços base, ou seja, inclui apenas a remuneração dos fatores de produção e os
impostos à exploração/produção (excluindo os impostos líq. de subs (s/ prod. e imp.))
Ótica do rendimento
PIBpm = Remunerações + EBE + Impostos indiretos líquidos de subsídios
RIB → Rendimento Interno Bruto = Remunerações + EBE → Soma dos rendimentos brutos gerados
no território económico e distribuídos pelos fatores produtivos, num período
Nota: RIB é expresso a custo dos fatores, logo é preciso adicionar todos os
impostos líquidos de subsídios e não apenas s/ prod. e imp.
Preços de mercado (pm), Preços base (pb) e Custo dos fatores (cf)
Depreciações e Amortizações
PIBpm = PIBcf + Imp.Ind.Líq.Sub. (s/produção+produtos+importação)
Nota: RLE são rendimentos primários, ou seja, são contrapartida da participação no processo
produtivo
2. PIB e bem-estar não coincidem integralmente pois existem externalidades que afetam a
satisfação e não são contabilizadas no PIB (ex: custo adicional com poluição)
Rendimento Disponível Bruto (RDB): rendimento que a nação obtém durante o período, depois
de todas as operações de distribuição e de redistribuição.
- Na sua afetação, o RDBN é o rendimento que a nação pode dividir e consumo ou poupança
O PIB expressa rendimentos primários. O PNB expressa também os rendimentos primários, mas
subtraindo o que foi obtido por não residentes dentro do território. O RDBN expressa o rendimento
disponível após a redistribuição do rendimento (rendimentos primários e secundários/
transferências).
Criação/Origem dos Recursos
RDBN = PIBpm + RLE + Transferências correntes líquidas recebidas do Resto do Mundo
(TCorrLRM)
Utilização
RDBN = CFN + SBN
SBN (Poupança Bruta da Nação) = Poupança privada + Poupança pública = RDBN - CFN
O total das componentes que dão origem ao RDBN = total das componentes que são aplicação do
RDBN:
I + BC = Sprivada+ Sgoverno
I = Sprivada+ Sgoverno- BC
A nação está a aplicar mais bens em processos de produção do que aqueles bens que prescinde
de consumir → o país necessita de poupança externa
O país decidiu aplicar nos processos de produção um menor valor dos bens do que aqueles que
prescinde de consumir → o país disponibiliza poupança ao exterior
Sem mais dados, não se pode concluir se uma situação é mais benéfica do que a outra.
SBN +TCapLRM => Recursos Totais disponíveis para a Nação financiar Operações de Capital
Operações de capital (OC) = aplicação de recursos em bens e serviços que não satisfazem
imediatamente necessidades
= –BALANÇA FINANCEIRA
Síntes
2.3. Balança de Pagamentos
Balança de Pagamentos (BP): Registo contabilístico dos valores das transações económicas entre
agentes residentes e não residentes ocorridas durante um determinado período de tempo.
Bilaterais Unilaterais
-------------------------------------------- --------------------------------------------
Exemplos: exportações contra Exemplos: recebimento de donativo
recebimento ou a crédito; compra externo depositado numa conta
de terreno no exterior com bancária nacional, remessa de
pagamento via conta bancária emigrante
O registo dos fluxos numa base de transações reflete o momento a partir do qual os recebimentos
do exterior e os pagamentos ao exterior se tornam devidos, não quer dizer que já se tenha feito o
pagamento (incluindo-se transações que não tenham ainda sido liquidadas)
As transações são registadas no momento em que ocorrem e não necessariamente quando ocorre
o pagamento.
são cidadãos nacionais com residência fiscal no país (se paga impostos ou declara algum tipo de
rendimento/riqueza), estudantes no Resto do Mundo, diplomatas e militares portugueses no
estrangeiro, imigrantes estrangeiros com residência permanente no país, empresas constituídas no
país ainda que propriedade de não residentes (se pagam IRC e IMI), sucursais e agências de
empresas estrangeiras
OPERAÇÕES
AUTÓNOMAS INDUZIDAS
-------------------------------------------- --------------------------------------------
Atuação espontânea (originária) Registos de contrapartida
entre residentes e não residentes contabilística (entrada ou saída de
meios de pagamento, reservas,
financiamento)
Exemplos:
CRÉDITO DÉBITO
Fluxo de valores: R -> NR Fluxo de valores: NR -> R
Entrada de meios de pagamento ou de
financiamento (entrada prometida para
mais tarde)
DÉBITO CRÉDITO
Fluxo de valores: NR -> R Fluxo de valores: R -> NR
Saída de meios de pagamento ou de
financiamento
Saldo da BP = 0
Ainda que o saldo da BP como um todo seja nulo, é importante analisar os saldos das sub-balanças
(geralmente NÃO nulos) pois cada um tem um certo significado económico.
Desta forma, o saldo de cada uma das sub-balanças pode ser credor ou devedor.
Ex. Se Saldo B. Corrente> 0, exportou-se mais do que o que se importou, ou seja, é maior a
mudança de propriedade da esfera do R -->NR, logo há entrada de meios de pagamento.
Fluxo R NR ->exportação originará uma entrada de dinheiro -> CRÉDITO : BBS - Mercadorias
(operação autónoma)
Fluxo NR R -> crédito comercial ao cliente -> DÉBITO: B. Financeira, Outro Investimento- A.SRNM
(não entram meios de pag., mas o cliente fica a dever)
Balança de Rendimentos (BR) = Rendimentos Líquidos do Exterior (RLE)
->Rendimentos de trabalho: remunerações recebidas por R fora do território menos as recebidas
por NR no território
Ex. lançamento: Juros recebidos por uma família por depósito num Banco Suíço, depositados num
banco nacional
Fluxo R NR -> origina uma entrada de dinheiro na conta da família -> CRÉDITO: B. Rendimentos –
de investimento
(operação autónoma)
Exs: donativos (géneros, monetários), remessas de emigrantes, impostos pagos a NR, subsídios
recebidos do RM
-> Se BCorr> 0 o país gera RDBN maior do que A; a nação está a utilizar menos bens do
que os rendimentos disponíveis que tem para gastar não precisa de Sexterna (Sexterna> 0)
País cedeu poupança ao RM
-> SeBCorr< 0 o RDBN foi inferior à A o país gera RDBN maior do que A; está a utilizar
mais bens do que os rendimentos que a nação tem disponível para consumir em bens e
serviços Sexterna< 0 País precisou de poupança do RM
Balança de Capital
->Transferências de capital (públicas, privadas): Fluxos líquidos de valores (reais, financeiros,
monetários), voluntários e sem contrapartida, mas para acumulação de capital, por entidades
públicas ou privadas.
Exs: transferências da UE para projetos de infraestruturas, perdões de dívida externa,
transferência de património resultante de regresso de emigrantes
->Outro Investimento
Ex. lançamento: mobilização, por parte duma empresa não financeira R, dum depósito
num banco estrangeiro
Inclui:
->A participação de Portugal no BCE e os ativos de reserva transferidos para o BCE
-> Os ativos sob a forma de depósitos e empréstimos das AMsface a residentes noutros
países da Área do Euro, qualquer que seja a moeda de denominação, e face a não
residentes na Área do Euro, em €.
Não inclui:
->títulos adquiridos pelas AMse emitidos por residentes noutros países da Área do Euro,
qualquer que seja a moeda de denominação, e por não residentes na Área do Euro, desde
que em €Investimento de Carteira
->Ativos de Reserva, que verificam simultaneamente duas condições: são ativos face a NR
da Área do Euro e expressos noutra moeda que não €.
Exs: operações do Banco Central sobre ouro monetário, divisas, ativos denominados em divisas
(depósitos, títulos…) ou posições em instituições internacionais, com entidades NR na UEM
logo, o país tem um saldo devedor das operações autónomas e um saldo credor das
operações induzidas ->Saída líquida de meios de pagamento da Economia
-Se B. Corrente + B. Capital + B. Financeira (operações não cambiais) < 0 e Banco Central pretender
evitar a depreciação da moeda nacional, pode intervir no mercado cambial vendendo divisas contra
moeda nacional. Isso contribuirá para uma diminuição da moeda nacional no Exterior, o que irá
contrariar a tendência de desvalorização.
Ex. lançamento: B. Portugal vende USD comprando euros no mercado cambial; IFM vão ao mercado
obter os USD à taxa de câmbio em vigor
->Equilíbrio Económico:
O grande saldo que nos diz se o país precisa ou não de financiamento externo é o saldo conjunto:
->Se B.Corrente + B.Capital = - B.Financeira< 0 CLFN = ∆PLII < 0 -> o país está a acumular
passivos/ dívidas face ao exterior (ou a reduzir ativos)
->Se B.Corrente + B.Capital = - B.Financeira> 0 CLFN = ∆PLII > 0 -> o país está a reduzir passivos/
dívidas face ao exterior (ou a aumentar ativos)
2.4. Grandezas Nominais e Reais
Principais variáveis macroeconómicas (PIB, C, G, I, X, Q,...): valores monetários pois são agregações
baixa e estável
Inflação: taxa de variação percentual do Nível Geral de Preços (NGP) da Economia face a um
período anterior
Cálculo do NGP:
Construção dum número-índice que quantifique o NGP em cada período em comparação com o de
um período-base
Índice(s) de Preços
Há dois tipos de medidas de calcular o NGP
Deflator (es)
Índice de Preços:
Número-índice que exprime a média ponderada dos preços de bens e serviços por referência a um
dado ano base, usando como ponderadores as quantidades de cada bem/serviço num cabaz no
ano-base.
Exemplos: Índice de Preços no Consumidor (IPC), Índice de Preços da Produção
Índice de Preços =
Significado: se IL=105 -> o preço médio do cabaz de bens e serviços do ano base aumentou,
relativamente ao ano base, 5%, ou seja,em t o cabaz de bens/serviços do ano-base 0 tem um preço
mais elevado em 5%
Vantagens ->dá-nos uma visão atualizada da inflação pois é calculado mensalmente e de uma
forma muito rápida
Implicações ->o cabaz tem de ser revisto periodicamente, para refletir alterações no padrão de
consumo
Como é que se define a periodicidade? Depende do custo/benefício
Deflator:
Número-índice que exprime a média ponderada dos preços de bens e serviços por referência a um
dado ano base, usando como ponderadores as quantidades de cada bem ou serviço no ano
corrente.
Exemplos: Deflator do PIB, C, I, X, Q
Deflator =
Significado: se IP=105 o preço médio do cabaz de bens e serviços do ano corrente aumentou 5%
face ao que teria tido no ano base, ou seja, em t, o cabaz de bens/serviços do ano corrente tem um
preço mais elevado em 5%
Vantagens -> vai considerando o cabaz de bens que de facto está em vigor na economia (naquele
ano)
Implicações ->não se coloca o problema de rever o cabaz (quantidades apuradas são as observadas
no período)
• Tem de ser um ano normal, em que não tenha havido flutuações anormais de preços dum
conjunto significativo de produtospara permitir uma base estável de comparação da evolução dos
preços ao longo do tempo.
Ex. não é bom escolher um ano base em que tenham havido preços de petróleo
demasiado altos ou baixos ou uma crise/recessão, pois isto quer dizer que os
preços vão estar sobreavaliados ou subavaliados face a um ano mais de
equilíbrio
->alterações na qualidade dos bens e serviços existentes (preço vs funcionalidades dos bens)
->alterações na estrutura de produção (que o país faz)/consumo (que as famílias fazem) - peso
dos diferentes bens e serviços no cabaz-base
Deflator do PIB vs Índice de Preços no Consumidor:são as duas medidas da taxa de inflação mais
usadas na análise macroeconómica
Taxa de Inflação: taxa de variação percentual (ou do deflator do PIB ou do IPC) face a um
período anterior
(se os forem dados mensais/trimestrais: mês/trimestre homólogo
do ano anterior ou mês/trimestre anterior, ouuma média móvel
sobre média móvel homóloga; dados anuais: ano anterior)
• Em geral, valores e evolução semelhantes. O deflator do PIB exclui preços dos bens importados; o
IPC inclui preços de todos os bens incluídos no cabaz de consumo construído com o inquérito à
amostra de famílias que apurou qual era o cabaz de consumo típico da família deste país.
Analisando o gráfico, verificamos que a diferença de variação entre o deflator do PIB e o IPC não é
dramática (é muito parecida).
Quando ocorre a crise financeira internacional (2008/2009), a inflação portuguesa medida pelo IPC
é negativa em 2009. Como no IPC estão incluídos produtos importados (e que as famílias
compram), os preços desses produtos diminuíram e isso foi de tal maneira importante que levou o
NGP, quando medido pelo IPC, a variar negativamente em 2009.
Em 2011/2012, quando o deflator do PIB vai a negativos, refletindo a crise portuguesa (a recessão
depois do ajustamento com a Troika) e a diminuição dos preços dos produtos criados em Portugal,
curiosamente, o IPC do consumidor sobe. Em parte, por razões de cálculo: são variações face ao
ano anterior e, se nesse ano, houve uma queda, é normal que no ano a seguir aumente
ligeiramente. Mas também tem a haver com o facto de ter havido uma tributação muito maior do
consumo: o IVA e outros impostos (sobre o petróleo, produtos alcoólicos, etc.) aumentaram
significativamente e isto justifica o porquê de a inflação ter subido muito em 2011/2012.
A diferença ente a taxa de ∆ IPC e a taxa de ∆ do Deflator do PIB pode também dever-se a uma
variação dos preços dos produtos importados
Pela definição é