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Tema 2 . Circuito económico global e a Contabilidade Nacional


• Circuito Económico Global
• As origens e objectivos da Contabilidade Nacional
• As três ópticas de medição do produto e do rendimento nacional

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Origens keynesianas da
Contabilidade Nacional

• contabilidade nacional se
desenvolve a partir da obra de john
maynard keynes – foco na
macroeconomia.

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Conceito de Contabilidade
Nacional

• Mede os fluxos de produção e renda que


ocorrem entre as empresas e famílias em
primeiro lugar. A presença do governo e sector
externo é, também, sujeito a contabilização, já
que as economias de hoje não podem nem
poderiam sobreviver sozinhas.
03/07/2023
Origem e Objectivos da Contabilidade
Nacional

• A origem da contabilidade nacional baseia-se


da necessidade de avaliação da riqueza de cada
país.
• As primeiras referências a contas nacionais,
datam desde os mercantilistas (1696) com G.
King a estimar e comparar o rendimento
nacional e as despesas de guerra da Inglaterra,
França e Holanda.
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• Em 1850 a OECD (Organização Europeia para a
Cooperação Económica) publica um sistema simplificado
de contas nacionais cujo objectivo era de normalização
de contas e definições ao nível dos países envolvidos.
• Este sistema foi revisto em 1952 e publicado em 1958
como Sistema Normalizado de Contabilidade Nacional. As
Nações Unidas editam em 1953 o seu sistema de
contabilidade nacional.
LIMITAÇÕES?

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CIRCUITO ECONÓMICO GLOBAL

É chamado Circuito económico global porque engloba todos os


agentes económicos e os fluxos reais e fluxos monetários
Fluxos reais(que são os movimentos que ocorrem entre os
agentes económicos “bens e serviços” onde não há intervenção
de moeda)
Fluxos monetários (que são os movimentos em moeda
transacionadas entre os agentes económicos) que circulam.

Circuito económico

Circuito económico – é a representação


gráfica dos fluxos que circulam entre os
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Circuito económico numa economia
fechada

O circuito de economia fechada


consiste no isolamento do resto do
mundo e as transações são feitas entre
família, não há exportações nem
importação.

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Exemplo de Um Circuito Económico Fechado - sem governo

03/07/2023
Circuito Económico
Fechado - com Governo

Transferências Unidades
Governo Tributos directos
Familiares
consumo consumo
Subsidio
Pagamento de
Empresas
Tributos salários
indiretos

investimento Acumulação Poupança

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Circuito económico fechado Com Governo
e Sem Governo

No circuito económico fechado sem governo o valor


adicionado corresponde aos pagamentos de fatores mobilizados
pela empresa-trabalho( Salários), capital (Alugueis,
arrendamento, juros e depreciações) e empresariedade ( Lucros).
( onde atua a mão invisível)

Com inclusão do governo, encorpara se ao valor adicionado os


custos tributários do processamento produtivo: os tributos
indiretos fazem parte do conceito. E nos fluxos de dispêndio
incluem o consumo e formação de capital do governo. Onde faz
se sentir a actuacao da mao visivel ( ha intervenção do estado)
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Circuito económico numa economia aberta

Consiste na interação entre diversos


agentes económicos, com a inclusão
do resto do mundo, criando trocas
comerciais, internacionais,
importações e exportações
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Circuito económico aberto

Transferencias Unidades
Governo Tributos directos Familiares

consu consu
Subsi mo mo

Rendas liquidas remetidas


dio
Pagamento de
Empresas
salários
Tributos
indiretos

exportações
o em ta
e nd bru
e sp ção ital
D m a ap
c
for de
Importações
Depreciação
Saldo de exterior
Acumulação transações
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Poupança
Tributos diretos- refere a taxa de impostos que cada uma
das unidades familiares paga ao governo. Por exemplo:
Imposto sobre os rendimentos.

Transferências-referi se aos pagamentos que o governo


faz as famílias. Exemplo a reforma pagamento de pensão
a idosos.

Subsídios- o governo subsidia as empresas quando ser


um elemento intermediário para o controlo de aumento
de preços de modo a criar o bem-estar da sociedade. Nem
todas empresas.

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Tributos indiretos- e imposto cobrado sobre os bens e
serviços (produtos),produzidos numa determinada
empresas.

Saldo das transações correntes- e a diferença entre as


exportações e importações.

Exportação (X) represente a saida de bens e serviços e


consequentemente a entrada de rendimentos.

Importação - (M) a saída de dinheiro, e entrada de


bens e serviços.

Amortização - são os desgastos que um bem pode


sofrer numa economia durante um tempo.
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As três ópticas de medição do Produto e do
rendimento nacional

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Reflexão sobre 3 Opticas do Calculo do PIB
( Veja os Pontos: A,B,C)

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Optica de Produto

Optica da Despesa

Optica de Rendimento

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OPTICA DE PRODUÇÃO

• Bens e serviços intermediários e bens finais,


classificação necessária para evitar a dupla contagem
no cálculo do PIB.
• O valor adicionado por determinado setor.
• O PIB como soma dos valores adicionados dos muitos
setores, para evitar dupla contagem.

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• Consideremos o exemplo mais comum para ilustrar a
medição do PIB:
1. Um produtor produz trigo ao um valor de 60 u.m. na
produção deste trigo, o produtor usa vários insumos ,
todos importados, no valor de 40 u.m. O trigo é vendido
a um moleiro que produz a farinha de trigo no valor de
80 u.m. a farinha é vendida a um padeiro que a
transforma em pão que é vendido no valor de 125 u.m.

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Cont…

21
Cont…
Destas transações apenas o pão constitui o produto
final, mas o trigo e a farinha são produtos
intermédios na produção de outros .

Para obter o valor do produto (PIB) desta


economia é preciso retirar ao valor do pão o valor
dos factores de produção importados utilizados na
produção do trigo.

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• O método mais comum de calcular o produto é
através da soma dos Valores Acumulados Brutos
(VAB). O VAB é igual ao valor das vendas
líquidas dos produtos comprados e consumidos
na produção.

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Veja: calcule o PIB pela Soma do VAB

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Cont..
• O PIBcf= Soma do VAB = 85

• Se adicionarmos rendimentos transferidos para o nosso


país pelos factores de produção nacionais a trabalhar no
estrangeiro e, subtrairmos os rendimentos que são
transferidos para fora pelos factores trabalhando no nosso
país teremos o Produto Nacional Brutocf (PNBcf).

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Cont…
Ou tendo o PIB – Amort = PIL
Ou tendo PNBcf – Amort = PNLcf

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Óptica de Rendimento

• Já vimos que o VA é a diferença entre vendas e os


consumos intermédios de um produtor.
• Assim ficam os outros custos, ou seja os salarios pagos
pela entidade aos seus trabalhadores, as renda pelos
edificios ou terrenos que arrendou e os juros que pagou
pelos creditos que contraiu.
• Assim o VA = Soma dos Salarios+rendas+juros+lucros
que corresponde aos rendimentos.
Sendo o PIB a soma dos VA sera tambem a soma dos
Rendimentos gerados nesta economia.
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Cont…

• A este resultado chamamos de Produto Interno Bruto


a custo de factores (PIBcf). Somando os rendimentos
recebidos do resto do mundo (todos os outros países
excepto o nosso) e subtraindo os rendimentos pagos ao
resto do mundo obtemos o Rendimento Nacional (RN).
Assim:

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Cont…
• Devido à dificuldade na medição das
amortizações em muitos países e, em
particular os países em desenvolvimento,
estatísticas oficiais sobre o rendimento
nacional não existem, mas podemos fazer
aproximações usando o :

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Ilustremos o cálculo das contas nacionais usando um exemplo como se segue:
Exemplo 1: Contas Nacionais
 

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Cont…
• O Rendimento Disponível () é a parte do
rendimento que as famílias dispõem
efectivamente para realizar pagamento de bens
e serviços:
  

• Este é o rendimento que financia as despesas


das famílias e suas poupanças.

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Óptica da despesa
• As despesas sobre os bens e serviços produzidos dentro
de um país são chamadas por Despesas Internas (DI).
A despesa é composta por:
• Consumo Privado (c): despesas sobre os produtos
consumidos directamente pelos residentes de um país;
• Consumo público (G): despesa realizada pelo sector
público administrativo em bens e serviços, por
exemplo, educação, policiamento, serviços de saúde,
etc;

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• Investimento (I): esta componente de despesas
inclui formação bruta de capital e variação de
existências (variação de “stocks”);
• Exportações (X): despesa que é realizada pelos
não residentes em bens e serviços produzidos
pelos residentes desse país.
• Chamamos de procura interna a: C, G, I e,
procura externa a: X

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• A soma destas duas procuras constitui a procura
global. A procura por residentes de bens e serviços
não produzidos internamente constitui as importações
(M). Desta forma, a DI que é igual, por definição, ao
PIB a preços de mercado (PIBpm):

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• Se à despesa interna adicionarmos os
rendimentos líquidos (RRE - RPE) recebidos do
resto do mundo obtemos a Despesa Nacional
(DN) que por definição é igual ao Produto
Nacional Bruto a preços de mercado (PNBpm)

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Resumidamente temos:
• PIB = somatório dos B/S produzidos no país em determinado período. (dentro
do país estrangeiros e nacionais)
• PNB = somatório dos B/S produzidos no país em 1 ano (dentro do país
nacionais)

• PIB cf = somatório de remuneração de factores de produção.


• PIB cf = Salários + alugueis + rendas + juros + lucros
• NB – não há presença de Governo só empresas
•  
• PIB pm = Salários + alugueis + rendas + juros + lucros + depreciações +
tributosindirectos liquidos
• NB – tributos indirectos liquidos (TIL) = tributos indirectos – subsidios = presença
do Governo.

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• PIBpm = C + I + G + NX NX = X - Z
• PNB pm = PIB pm + SRRM ( RRE – RPE)
Ou PNBpm= PIBpm – SRPM ( RPE – RRE)
• PNL pm = PNB pm – Amortizações
• PNLcf = PNL pm – TIL (TI – Subsídios)
• PNLpm = PNLcf + TIL

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• PNLcf = RN
• RN – Impostos Directos + Transferencias = RD
• RD – Consumo =Poupança
• Saldo da Balanca Comercial (NX)= X- M
• Saldo da Balanca de transaccoes correntes(BTC) =
NX +Transf.Unilaterais Recebidas do exterior –
Saldo dos rend.Liquidos Pagos ao Exterior
• Saldo Orçamental = Impostos Directos + Indirectos
– Gastos de Governo – Transferênciais – Subsídio.
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• Quando o BTC for positivo siginifica que a nação fornece
para o exterior sob forma de recursos mercadorias, e
serviços mais do que dele recebeu. Inversamente
quando for negativo as entradas de recursos e produtos
originarios do exterior superam as saidas ( Processo
positivo de acumulação).

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Referências Bibliograficas
• Amaral, João Ferreira et all ( 2002) . Introdução a
Macroeconomia. Lisboa: Editora Escolar.
• Mankiw, N. Gregory (2005) Introdução à Economia. Rio
de Janeiro: 3 ed, Editora Campus Ltda.
• Samuelson, Paulo A. e William D. Nordhaus (2005)
Economia. 18ª Edição. Lisboa: McGraw-Hill.
• Rossetti, José Paschoal (2003) Introdução `a Economia.
20ª Edição. São Paulo: Editora Atlas S.A.
• Gonçalves,A.C.P (2010). Macroeconomia. Roteiro do
curso.6a Edição
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Obrigado pela Atenção

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