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Contas Nacionais: Estrutura

Básica

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Introdução
● Keynes parte da ideia de fluxo circular de renda na tentativa de apresentar o
comportamento da macroeconomia. É evidente que a economia real é muito mais
complexa que aquela do fluxo circular de renda: existe governo, relações com setor
externo e resto do mundo.

● Assim como exposto na desagregação das identidades produto renda dispêndio e


poupança investimento, devemos considerar uma economia simples com interação
entre empresas e famílias para em seguida, realizar uma análise mais completa,
agregando o governo e o resto do mundo. Lembrando que uma economia aberta e
com governo é uma economia real como o Brasil, por exemplo.
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Introdução
● O objetivo do tópico é apresentar os principais conceitos em Contabilidade da
Macroeconomia e os principais “agregados econômicos”
● Para os iniciantes da graduação em Economia, o tópico é importante pois:
○ Apresenta conceitos preliminares importantes sobre teoria macroeconômica, especialmente o
cálculo da produção agregada (PIB, por exemplo)
○ Organiza contabilmente os principais agregados econômicos
○ Apresenta conceitos preliminares sobre teoria da produção
● Importante: os princípios contábeis ajudam a organizar o Sistema de Contas Nacionais,
mas a ênfase da discussão é o aspecto econômico, e não o contábil!
Alguns conceitos iniciais importantes
● Agentes econômicos ● Renda
○ Famílias ○ Juros
○ Empresas ○ Lucros
○ Governo ○ Aluguéis
○ Setor externo ○ Salários
● Insumos ● Poupança
● Fatores de produção ● Investimento
○ Trabalho ● Depreciação do capital
○ Capital do empresário
○ Capital de empréstimo
○ Capital financeiro
O FCR e o SCN
● Vamos passar a discutir o Fluxo Circular da Renda (FCR), que é versão inicial do Sistema de
Contas Nacionais (SCN)
● O SCN é um sistema de registro contábil no qual são registrados os valores de todas as
transações econômicas realizadas pelos quatro agentes durante um intervalo de tempo
● Portanto, os valores registrados no FCR/SCN são fluxos

○ Fluxo x estoque: qual a diferença?


O Fluxo Circular da Renda

● O Fluxo Circular da Renda (FCR) representa a movimentação de fatores de produção


e de bens e serviços em uma economia simplificada, em que existem apenas dois
grupos de “agentes”, quais sejam, as famílias e as empresas (setor privado).
● A produção de produtos e serviços (bens) é o “motor” desta economia
○ As empresas produzem os bens consumidos pelas famílias
○ As empresas são vistas como uma “caixa preta” que possuem apenas a “vontade” de produzir. Para
que possam produzir bens, é necessário contratar os fatores de produção
○ Os fatores de produção são posse das famílias, que os “emprestam” para as empresas em troca do
recebimento das rendas
○ As famílias utilizam as rendas para adquirir os produtos e serviços produzidos pelas empresas
○ E assim sucessivamente, daí o termo “circular”

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O Fluxo Circular da Renda
● Definição de renda: remuneração dos fatores de produção
○ Por que os fatores de produção são remunerados?
● Existem quatro fatores de produção tradicionais, que recebem as seguintes rendas:
○ Salários (remuneração do trabalho)
○ Juros (remuneração do capital financeiro)
○ Lucros (remuneração do capital do empresário)
○ Aluguéis (remuneração da capital de empréstimo)
● Em particular, o FCR assume os seguintes pressupostos:
○ Ausência de poupança
■ Logo, toda a renda gerada pelas empresas é distribuída às famílias, e toda a renda recebida pelas
famílias é consumida sob a forma de bens de consumo
■ Logo, não há investimentos: não há produção de bens de capital (ou bens de produção), nem
formação de estoques
○ Ausência de depreciação do capital
○ Economia fechada
○ Economia sem governo
● Depois, vamos relaxar estes pressupostos para que, do FCR, seja possível constituir o SCN
O Fluxo Circular da Renda

Aquisição de bens e serviços

Fornecimento de bens e serviços

Famílias Firmas

Fornecimento dos fatores de produção

Remuneração dos fatores de produção

Movimentação de bens e fatores de produção (tangíveis)

Movimentação de rendas, receitas e despesas ($)


O Fluxo Circular da Renda
● Esta é a representação tradicional do FCR.
● Note também que o FCR pode ser representado de outra forma, semelhante à estrutura do
Sistema de Contas Nacionais que veremos adiante
● Este sistema simplificado apresenta duas contas: a primeira é a conta da produção (ou de geração
de renda) e outra, é a conta da apropriação (ou de alocação da renda)
● Vamos utilizar a estrutura contábil de balancetes
○ Princípio das partidas dobradas: um crédito (em uma conta) sempre corresponde a um débito (em outra
conta)
○ Em cada conta, Total do crédito = Total do débito (ou Passivo = Ativo)
○ Se somarmos/subtrairmos um valor de ambos os lados do balancete, os valores totais mudam, mas
continuam iguais entre si (total do crédito continua sendo igual ao total do débito)
O FCR em balancetes
Conta da produção
Debito Credito
A1) Salários pagos às famílias C) Consumo das famílias
A2) Juros pagos às famílias
A3) Aluguéis pagos às famílias
A4) Lucros distribuídos às famílias

Produto Receita
Conta da apropriação
Debito Credito
C) Consumo das famílias A1) Salários pagos às famílias
A2) Juros pagos às famílias
A3) Aluguéis pagos às famílias
A4) Lucros distribuídos às famílias

Despesa Renda

O FCR demonstra que Produto = Receita = Despesa = Renda


Do FCR ao SCN
● Conforme discutido anteriormente, o FCR assume quatro pressupostos. Conforme estes são
relaxados, avança-se do FCR para o Sistema de Contas Nacionais (SCN).
● Vamos desenvolver três sistemas, abandonando progressivamente os pressupostos (a) até (d)

○ Economia fechada sem governo

○ Economia aberta sem governo

○ Economia aberta com governo


Introdução
● Há outras formas de percebermos o sistemas de contas nacionais, como por meio
de lançamentos contábeis. Essas formas são reguladas de acordo com
recomendações do System of National Accounts (SNA), órgão da ONU responsável
por divulgar recomendações sobre a contabilidade no Sistema de Contas Nacionais.

● Sabendo que há outras formas de análise do fluxo de atividade econômica em um


determinado período de tempo, utilizaremos agora um sistema de contas simples
para exemplificar como é montado o sistemas de contas nacionais.

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Relembrando

○ Ótica do produto: valor adicionado por cada unidade produtora.

○ Ótica do dispêndio: somatório dos produtos (bens e serviços) finais, ou seja,


que não foram destruídos ou absorvidos como insumos no processo produtivo.

○ Ótica da renda: soma da remuneração dos fatores de produção (K, L).

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Economia fechada e sem governo
● A produção é a principal responsável pelo movimento de fluxo da economia, sem
produção não há geração de renda nem produtos e bens finais para serem consumidos.
Dessa forma será considerada primeiro a conta de produção, posteriormente serão
apresentadas a conta de apropriação e a conta de capital.

● A conta de produção irá considerar de um lado o produto, e de outro o seu destino ou


utilização:
○ Produção
○ variação dos estoques, diferença dos herdados de períodos anteriores e
produzidos/consumidos no período atual
○ o consumo da famílias
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Economia fechada e sem governo
● A variação de estoques é o mesmo que consumo futuro, sendo assim, é correto dizer que
faz parte do investimento.Também deve-se levar em consideração como parte do
investimento a formação bruta de capital fixo (FBKF).

● O Investimento é derivado do capital sendo:


○ Estoques, aqueles bens de consumo que serão consumidos apenas uma vez,
○ FBKF, que são bens de capital que serão utilizados várias vezes, viabilizando a produção.

● Outra diferença em relação a variação de estoques e FBKF é que enquanto a primeira


ocorre de forma não planejada, a segunda é resultado de planejamento das empresas.
Podemos perceber que a FBKF é formador de capital fixo. 15
Economia fechada e sem governo
● Em relação a produção é necessário considerar que há diferenças entre o produto bruto e
líquido. Para considerarmos o produto líquido devemos calcular a depreciação. Essa
também será um lançamento a ser registrado.

● Temos então os elementos da conta de produção, de um lado, o esforço conjunto da


economia para realização dessa produção, e de outro sua utilização, ou destino do
produto gerado.

● RELEMBRANDO:
○ Princípio das partidas dobradas
○ Equilíbrio interno
○ Equilíbrio externo 16
Economia fechada e sem governo
● Conta de produção – 1ª versão
Débito Crédito
A Produto líquido C Consumo pessoal
B Depreciação D Variação de estoques
E FBKF

Produto Bruto Despesa bruta

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Economia fechada e sem governo
● Assim como no exemplo do desenvolvimento das identidades contábeis temos aqui uma situação
onde uma economia fechada e sem governo terá registrado como sua demanda agregada o C+I
do lado do crédito e a produção do lado do débito. Essa igualdade garante o equilíbrio interno da
conta, entre débito e crédito.

● A produção gera remuneração, na forma de salários e lucros, principalmente. Essas remunerações


serão cadastradas no sistema de contas nacionais na conta de apropriação. Dessa forma teremos
lançamentos que promovam equilíbrio externo entre as contas.

● Enquanto a primeira versão da conta de produção tenta mostrar o fluxo da atividade como
dispêndio, a segunda versão mostra o mesmo fluxo como gerador de renda. O resultado da
segunda versão da conta será a Renda nacional e a Despesa nacional.
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Economia fechada e sem governo
● Conta de produção – 2ª versão
Débito Crédito

a1 salários C Consumo pessoal


a2 lucros D Variação de estoques
a3 aluguéis E FBKF
a4 juros
A renda ou produto nacional líquido
A = (a1+a2+a3+a4)
B Depreciação
Renda ou produto nacional bruto Despesa nacional bruta
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Economia fechada e sem governo
● A Conta de apropriação tenta mostrar como as famílias alocam sua renda, sendo uma
conta-espelho da conta de produção. Nesta conta as famílias são unidades de dispêndio,
gasto da renda recebida. Por isso ela traz do lado do débito a rubrica poupança líquida.

● O lançamento lucros retidos são um parcela da renda que não foi distribuída aos
proprietários dos fatores de produção, sendo retidos nas empresas. É uma poupança
forçada.

● Teremos no crédito a renda e no débito a utilização e usos da renda.

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Economia fechada e sem governo
● Conta de apropriação – 1ª versão

Débito Crédito

C Consumo pessoal a1 salários


F Poupança líquida a3 aluguéis
a4 juros
a21 Lucros distribuídos
a22 Lucro retidos

Utilização de renda nacional líquida Renda nacional líquida

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Economia fechada e sem governo
● Considerando que as empresas são os agentes por trás da conta de produção, são também
elas que consomem os fatores de produção. Assim a contabilidade destes é feita no lado
do débito na conta de produção. Por outro lado as empresas tem no crédito os bens que
produzem ou pelos que foram estocados.

● Lançamentos a débito na conta de produção correspondem a lançamentos a crédito na


conta de apropriação.

● Para fechar o sistema é necessário analisar a conta de capital. Nela serão lançados os itens
restantes D e E no débito e B no crédito relativos a conta de produção e F do crédito
relativo a conta de apropriação.
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Economia fechada e sem governo
● Conta capital – 1ª versão
Débito Crédito

D Variação de estoques F Poupança líquida


E FBKF B Depreciação
Investimento bruto total Poupança bruta total

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Economia fechada e sem governo
● Conta de capital apresenta a identidade poupança investimento, uma alternativa a
identidade do produto renda dispêndio. O Investimento viabiliza consumo futuro, a
poupança indica a parcela da renda que não foi consumida.

● A poupança significa crédito, pois quem poupa tem um crédito para consumir no
futuro, enquanto o débito são os gastos no investimento e variação de estoques.

● A poupança líquida que é débito na conta de apropriação é crédito na conta de


capital e engloba a poupança pessoal e os lucros retidos (poupança das empresas).
Essa é a poupança privada.
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Economia aberta e sem governo
● Uma economia real realiza uma série de transações com outras economias do resto do mundo.
○ Parte da produção doméstica será vendida para o resto do mundo, ou seja, exportada e parte daquilo
que é consumido é produzido no resto do mundo, ou seja, importado. Essas contas compõe a Balança
comercial.
○ Transações “invisíveis” como serviços, mercadorias intangíveis, fretes, royalties formam a balança de
serviços.

● Do ponto de vista da contabilidade nacional o que importa são o registro de bens e serviços não
fatores e de bens e serviços fatores.
○ Bens e serviços fatores são capital físico, monetário e tecnologia, ou fatores de produção, de residentes.
○ Serviços não fatores viagens ao exterior, transportes e fretes, custos de comunicação, seguros e outros
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serviços.
Economia aberta e sem governo
● RELEMBRANDO:
RNB = PIB – RLE

● RLE= Renda líquida enviada ao exterior, saldo entre a renda enviada ao exterior e a renda
recebida ao exterior. Majoritariamente países em desenvolvimento tem saldo negativo,
enviam mais renda para o exterior do que recebem, pois são dependentes de poupança e
tecnologia.

● O resultado dado pela RLE é o resultado em Transações correntes, que é parte do


resultado do Balanço de Pagamentos. Analisaremos a agregação do resto do mundo no
sistema de contas nacionais pela conta setor externo.
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Economia aberta e sem governo
● Conta do setor externo – 1ª versão
Débito Crédito

G Exportações de bens e I Importação de bens e serviços


serviços não fatores (Xnf) não fatores (Mnf)
H Déficit do balanço de J Renda líquida enviada ao
pagamentos em transações exterior (RLE)
correntes

Total do débito Total do crédito

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Economia aberta e sem governo
● A utilização de fatores de propriedade de residentes, e exportações, são um débito
para o país, enquanto que uso de fatores de não residentes e importações são um
crédito.
● A conta J mostra o saldo das transações envolvendo fatores de produção, a RLE.
● No exemplo apresentado supõe-se que a economia envia liquidamente renda ao
exterior (exemplo do Brasil). Se houver um recebimento líquido de renda apenas se
altera o sinal do lançamento para negativo.
● Caso as importações e o envio líquido de renda ao exterior sejam maiores que as
exportações teremos um déficit em transações correntes, que é uma das contas do
balanço de pagamentos. Esse déficit é coberto pela entrada de capitais (Sext), e
portanto, também poderia entrar do lado do crédito, mas com sinal negativo. 28
Economia aberta e sem governo
● Há alterações nas contas de produção e de capital pelo acréscimo da conta setor externo.

● A conta de produção terá que agregar o valor de bens produzidos com fatores de não
residentes, assim é registrado o PNB e o PIB. Nela será computado as Xnf, Mnf e RLE.

● O acréscimo das importações gerará a oferta total daquela economia. O acréscimo das
exportações gerará a demanda total da economia.

● Apenas o lançamento H (Déficit em transações correntes no balanço de pagamentos) não


será computado na conta de produção, sendo feito isso na conta de capital.

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Economia aberta e sem governo
● Conta de produção – 3ª versão
Débito Crédito
I Importações de bens e serviços não G Exportações de bens e serviços não
fatores fatores
J Renda líquida enviada ao exterior C Consumo pessoal
a1 salários D Variação de estoques
a2 lucros E FBKF
a3 aluguéis
a4 juros
A renda ou produto nacional líquido
A = (a1+a2+a3+a4)
B Depreciação
Oferta total de bens e serviços Demanda total de bens e serviços 30
Economia aberta e sem governo
● Conta de capital – 2ª versão
Débito Crédito

D Variação de estoques F Poupança líquida


E FBKF B Depreciação
H Déficit do balanço de
pagamentos em transações
correntes.
Investimento bruto total Poupança bruta total

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Economia aberta e sem governo
● O lançamento de H no crédito significa parte do investimento nesse período se
deveu a importação de capital, ou dito de outra forma, por uso de poupança externa.

● Se houver um superávit e não um déficit em H essa economia será exportadora


líquida de capitais, e nesse caso o lançamento será registrado com um sinal negativo.

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Economia aberta e com governo
● Para chegar ainda mais próximo de uma economia real devemos agora agregar um
ator fundamental de qualquer economia: o governo.

● Governo arrecada impostos, formando a receita fiscal, mas também pode conceder
subsídios, e bens e serviços, como educação, saúde e segurança.

● Essa cobrança de impostos tem impacto no preço das mercadorias, assim, se faz
necessário acrescentarmos a conta do governo.

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Economia aberta e com governo
● Conta do governo – 1ª versão
Débito Crédito

L Consumo do governo P Impostos diretos


M Transferências Q Impostos indiretos
N Subsídios R Outras receitas correntes
O Saldo do governo em conta líquidas
corrente
Utilização da receita Total da receita

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Economia aberta e com governo
● A conta do governo se assemelha a conta de apropriação, ao mostrar com o governo
recolhe sua renda e como faz a alocação dessa renda.

● O governo pode usar suas receitas para adquirir bens e serviços do setor privado e
sustentar suas atividades. O governo também pode devolver parte das receitas por meio
de transferências, como pensões e aposentadorias, ou juros da dívida pública. Ainda é
possível utilizar as receitas para pagar subsídios para determinados setores.

● A diferença entre esses gastos e a receita teremos um saldo. Se for positivo haverá
poupança do governo, se for negativo haverá déficit, e assim o governo precisará se
financiar com poupança do setor privado (NFSP).
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Economia aberta e com governo
● Se houver déficit o lançamento O será registrado negativo.

● A presença do governo, ao arrecadar impostos e realizar transferências e subsídios, altera


o preço das mercadorias, formando o preços do consumidor.

● RELEMBRANDO:
○ Produto a preços de mercado
○ Produto a preços de custo de fatores

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Economia aberta e com governo
● Assim, para o agregado da economia:

PIBpm – renda líquida enviada ao exterior = RNBpm


RNBpm – depreciação = RNLpm
RNLpm – impostos indiretos mais subsídios = RNLcf

● Quando analisado a renda consideraremos também a renda nacional líquida a custo de


fatores (RNLcf), pois esta é nacional ao não considerar a renda destinada a não residentes
e é líquida ao descontar a depreciação.
● A conta do governo exige mudanças nas demais contas, após essas mudanças teremos a
versão final de cada uma das cinco contas.
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Economia aberta e com governo
● Conta de produção – versão final
Débito Crédito
a1 salários C Consumo pessoal
a3 aluguéis L Consumo do governo
a4 juros D Variação de estoques
a21 lucros distribuídos E FBKF
a22 lucros retidos G Exportações de bens e serviços nf
A renda ou produto nacional líquido
B depreciação
P1 – m1 impostos diretos pagos pelas empresas
– transferências recebidas pelas empresas
R Outras receitas correntes líquidas
Q-N impostos indiretos - subsídios
J Renda líquida enviada ao exterior
I Importação de bens e serviços nf

Oferta total de bens e serviços Demanda total por bens e serviços


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Economia aberta e com governo
● Conta de apropriação – versão final
Débito Crédito

C Consumo final a1 salários


p1 Impostos diretos (empresas) a3 aluguéis
p2 Impostos diretos (Famílias) a2 lucros
F Poupança líquida do setor a4 juros
privado m1 + m2 Transferências totais
R Outras receitas correntes p1 + m1 Impostos diretos líquidos
líquidas do governo R Outras receitas correntes
líquidas do governo
Utilização da RNLcf mais RNLcf mais transferências
transferências 39
Economia aberta e com governo
● Conta do governo – versão final

Débito Crédito

L Consumo do governo p1 impostos direitos (empresas)


m1 Transferências às empresas p2 impostos diretos (famílias)
m2 Transferências às famílias Q Impostos indiretos
N Subsídios R Outras receitas correntes líquidas
O Saldo do governo em conta
corrente
Utilização da receita Total da receita

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Economia aberta e com governo
● Conta do setor externo – versão final

Débito Crédito

G Exportações de bens e serviços I Importações de bens e serviços nf


nf J Renda líquida enviada ao exterior
H Déficit do balanço de pagamentos
em transações correntes
Total do débito Total do crédito

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Economia aberta e com governo
● Conta de capital – versão final

Débito Crédito

D Variação de estoques F Poupança líquida do setor privado


E FBKF B Depreciação
H Déficit do balanço de pagamentos
em transações correntes
O Saldo do governo em conta
corrente
Investimento bruto total Poupança bruta total

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Economia aberta e com governo
● Saldo do governo em conta corrente = Poupança do governo (surge uma nova poupança no
sistema para financiar os investimentos)
● Se o governo tributa os produtos e serviços (cobrando impostos indiretos), ele “aumenta” o preço
dos mesmos. Por outro lado, se o governo subsidia, ele “diminui”. Logo, existem duas definições
de produto
● A diferença entre Subsídios e Impostos Indiretos define a distinção entre Produto a preço de
mercado (Ppm) e Produto a custo dos fatores de produção (Pcfp):
● Ppm = Pcfp + (Impostos Indiretos – Subsídios)
● Neste sistema, note que há quatro poupanças:

○ Das famílias, das empresas, do governo e do setor externo

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Outras discussões sobre o SCN
● A partir da conta da produção do Sistema C (Economia aberta com governo), note que é possível
definir o PIBpm. Como?
● Note que, pelo lado direito da conta da produção, tem-se a Demanda Agregada ou Demanda
Total
● Pelo lado esquerdo da conta da produção, tem-se a Oferta Agregada ou Oferta Total
● Portanto:
OA = DA
Y + Mbs = C + I + G + Xbs
Y = PIBpm = C + I + G + Xbs – Mbs

● Em Macroeconomia Keynesiana (conteúdo de Macroeconomia I), esta definição será bastante


utilizada!
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Outras discussões sobre o SCN
● A partir do PIBpm e sabendo-se o valor da
depreciação, da RLEE e dos (impostos ○ PNBcf
indiretos – subsídios), é possível calcular os
○ PNLpm
diversos tipos de produto, a saber:
○ PNLcf
○ PIBcf

○ PILpm ● Note que há 23 = 8 medidas de produto


agregado
○ PILcf

○ PNBpm

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Resumo das Identidades Contábeis

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