Contabilidade Social

Tem como principal objeto de estudo: Registrar o Produto, a Renda e a Despesa.

Utiliza o Sistema de Contas Nacional (SNC) para mostrar a atividade econômica
de um país, registrando dados e agregados macroeconômicos que são utilizados
principalmente na Macroeconomia.
Variável Fluxo x Estoque
● As variáveis Fluxo são um valor calculado em um intervalo de tempo
específico. Exemplo: PIB Trimestral ou Anual. Se referem ao cálculo do
PIB daquele período específico.
● As variáveis Estoque são o resultado acumulado e atualizado até um
tempo específico. Por exemplo: O Patrimônio de uma pessoa é o saldo
acumulado dos seus bens, direitos e obrigações ao longo de toda a sua
vida. Dessa forma, não se soma o PIB de um ano com o ano anterior, se
compara as suas variações percentuais.

Produto Interno Bruto (PIB)

“A medida do PIB de um país ou região representa a produção de todas as
unidades produtoras da economia (empresas públicas e privadas produtoras de
bens e prestadoras de serviços, trabalhadores autônomos, governo etc.) num
dado período (ano ou trimestre, em geral) a preços de mercado” (FEIJÓ, 2013)
● Identidades: Despesa ≡ Renda ≡ Produto, ≡ : Símbolo de Identidade.
● Não importa por qual ótica seja calculado o PIB, o resultado será o
mesmo.
● Mede o total do valor adicionado do que foi produzido no país, não importa
a origem desse capital e se o bem será exportado depois.

Ótica do Produto
PIB = VBP – C.I (Insumos)
● VBP = Valor Bruto de Produção
● C.I = Consumo Intermediário = Insumos
● Por esta ótica se leva em conta somente os BENS FINAIS, não se leva
em conta o valor dos insumos para evitar dupla contagem. O valor dos
insumos já está dentro do preço dos bens finais.
● Bens Finais x Bens Intermediários:
o Bens Finais: Bens que não serão transformados em outros bens
o Bens Intermediários: Bens que serão transformados em outros
bens
● Um bem pode ser Final em uma situação e Intermediário em outra,
depende do contexto.
 o Exemplo: O pão é um Bem Final para a Padaria, em outro caso,
para quem vende um cachorro-quente, o pão é um Bem
Intermediário pois será utilizado para formar o Bem Final que é o
Cachorro-quente.
● “Devemos descontar do valor da produção o que foi adquirido de outras
firmas, pois para a contabilidade do PIB o que importa é a produção final
de cada firma.”

Ótica da Despesa (também chamada de Demanda/Dispêndio)

DA/PIB = C + I + G + X - M
● DA = Demanda Agregada/ PIB
● Agentes Econômicos:
o C = Consumo
o I = Investimento
o G = Gastos do Governo
● X-M: Balança Comercial
o X = Exportações e M = Importações
Ótica da Renda
Y = C + Sp + RLG + RLEE – TUR
● S = Poupança Privada
● RLG = Renda Líquida do Governo
● RLEE = Renda Líquida enviada ao Exterior (Se for enviada ao exterior,
entra com sinal negativo, subtraindo na fórmula.
● TUR = Transferências Unilaterais De Renda
● O TUR representa transferências sem contrapartida com o processo de
produção, como doações de renda e remessas de pessoas no exterior.

Investimento (I)
Quantos Economistas falam de Investimento, eles se referem a Investimento na
ECONOMIA REAL, não se referem a Investimentos de Carteira, ou seja, as
aplicações financeiras como ações, CDBs, entre outros.
I Bruto = FBKF + VE
● I = Investimento Bruto (sem contar a desvalorização)
● FBKF = Formação Bruta de Capital Fixo: máquinas, equipamentos
● VE = Variação de Estoque
● Investimento = Investimento Privado + Investimento Público
I Líquido = FBKF + VE - Depreciação
PIB per capita
𝑃𝐼𝐵 𝑁𝑜𝑚𝑖𝑛𝑎𝑙
𝑃𝐼𝐵 𝑝𝑒𝑟 𝑐𝑎𝑝𝑖𝑡𝑎 =
𝑃𝑜𝑝𝑢𝑙𝑎çã𝑜 𝑟𝑒𝑠𝑖𝑑𝑒𝑛𝑡𝑒
● Mede a renda média da população.
● Não leva em conta fatores como a distribuição da renda e por conta das
limitações do conceito de PIB, também não nos mostra com precisão a
qualidade de vida de um país.

Renda Nacional Bruta (RNB)

RNB = PIB – REE + RRE
● REE = Renda Enviada ao Exterior
● RRE = Renda Recebida do Exterior
● RNB é a renda gerada que pertence ao país que a produziu,
independente se a renda é de origem financeira ou produção.
● Países com RNB maior que o seu PIB tendem a ser bem desenvolvidos,
por conta das multinacionais e royalties que remetem lucros e royalties
para seus países de origem. Países com um alto grau de endividamento
são o contrário.

Renda Nacional Disponível Bruta (RDB/RND)

RDB = RNB + TUR ou RDB = C + SD
● TUR = Transferência Unilateral de Renda (Saldo das Recebidas menos
as Enviadas)
● SD = Poupança Doméstica
● RDB = Recursos disponíveis dos agentes econômicos para gastar ou
poupar
● Ela também pode ser dividida em RDB = RLG + RPD

Renda Privada Disponível

RPD = RDB – RLG
● RLG = Renda Líquida do Governo
o RLG = I.i + I.d +O.r – Tr – s
o RLG = Impostos Indiretos + Impostos diretos + Outras
receitas – Transferências – Subsídios
o Impostos diretos = Incidem sobre a renda ou a propriedade e são
recolhidos e pagos como impostos. Ex: Imposto de Renda, IPTU e
IPVA.
 o Impostos indiretos = Não são pagos como impostos, mas como
parte do preço das mercadorias (daí serem indiretos). Ex: IPI e
ICMS.
o Transferências = Considera-se aquele tipo de operação que só
tem um sentido: um dá e o outro recebe, sem dar nada em troca.
Ex: Aposentadoria, Auxílios e Pensões.

● RPD = Renda disponível para famílias e empresas sem contar com as

obrigações do governo e auxílios governamentais.

Produto Interno Líquido (PIL)

PIL = PIB – Depreciação
● O PIL representa a produção sem contar com a depreciação dos estoques
das empresas. No Brasil, não se costuma mensurar o valor da
depreciação nas contas nacionais.

PiB Nominal e Real

𝑃𝐼𝐵 𝑁𝑜𝑚𝑖𝑛𝑎𝑙 = ∑ 𝑃𝑥𝑄

𝑃𝐼𝐵 𝑅𝑒𝑎𝑙 = ∑ 𝑃 (𝐴𝑛𝑜 𝐵𝑎𝑠𝑒) 𝑥 𝑄

Deflator do PIB e Taxa de Inflação

𝑃𝐼𝐵 𝑁𝑜𝑚𝑖𝑛𝑎𝑙
𝐷𝑒𝑓𝑙𝑎𝑡𝑜𝑟 = 𝑥 100
𝑃𝐼𝐵 𝑅𝑒𝑎𝑙

𝐷𝑒𝑓𝑙𝑎𝑡𝑜𝑟 𝐴𝑛𝑜 2 − 𝐷𝑒𝑓𝑙𝑎𝑡𝑜𝑟 𝐴𝑛𝑜 1

𝑇𝑎𝑥𝑎 𝑑𝑒 𝐼𝑛𝑓𝑙𝑎çã𝑜 = 𝑥 100
𝐷𝑒𝑓𝑙𝑎𝑡𝑜𝑟 𝐴𝑛𝑜 1
𝐷𝑒𝑓𝑙𝑎𝑡𝑜𝑟 𝐴𝑛𝑜 2
𝑜𝑢 ( − 1) 𝑥 100
𝐷𝑒𝑓𝑙𝑎𝑡𝑜𝑟 𝐴𝑛𝑜 1
𝑃𝐼𝐵 𝑁𝑜𝑚𝑖𝑛𝑎𝑙
∆𝐷% 𝑜𝑢 𝑉𝑎𝑟𝑖𝑎çã𝑜 𝑑𝑜 𝐷𝑒𝑓𝑙𝑎𝑡𝑜𝑟 = ( − 1) 𝑥 100
𝑃𝐼𝐵 𝑅𝑒𝑎𝑙

Poupança Privada (Sp/ Também pode ser representado como S)

Sp = Yp – C
● Poupança é o que sobra do consumo/gastos.
● Yp = Produto ou Renda Privada.
Poupança do Governo (Sg)
Sg = RLG – G
Poupança Doméstica (SD)
SD = Sg+ Sp
Poupança Externa (Se/Sx/Sext)
Se = (M-X) + RLEE – TUR
● Capacidade ou Necessidade de Financiamento da Economia
Nacional.
Relação entre Poupança e Investimento
● A poupança é igual ao investimento porque como o Investimento = FBKF
+ VE, para os empresários aumentarem o investimento com a compra de
máquinas e equipamentos, aumentando o capital fixo, esse valor é
emprestado principalmente de bancos, ou seja, da poupança dos agentes
econômicos, então é necessário ter poupança para suprir as
necessidades do Investimento.
● Economia Fechada e Sem Governo:
○ Ótica da Despesa: Y = C + I
○ Ótica da Renda: Y = C + S
○ Se a Despesa = Renda ➝ C + I = C + S ➝ I = S
Investimento Privado = Poupança Privada
● Economia Fechada e com Governo:
○ Se a Despesa = Renda
C + I + G = C + S + RLG
I = Sp + RLG - G
○ I = S + Sg
Investimento = Poupança Doméstica (SD) = Poupança
Privada (Sp) + Poupança do Governo (Sg)
● Sg > Ig ➝ Superávit nas contas públicas
● Sg < Ig ➝ Déficit nas contas públicas
● Economia Aberta e com Governo:
○ Ótica da Despesa: Y = C + I + G + (X-M)
○ Ótica da Renda: Y = C + S + RLG + RLEE – TUR
○ Se a Despesa = Renda
C + I + G + (X-M) = C + Sp + RLG + RLEE – TUR
(I - Sp) + (G – RLG) = M – X + RLEE – TUR
○ Dado que a Poupança Externa (Se) = (M-X) + RLEE – TUR
I – Sp + Sg = Se
 ● I ≡ Sp + Sg + Se

Transações Correntes (TC/SCC)

TC = (X - M) + RRE – REE + TUR ➝ Se/Sx = -TC
● O Saldo do balanço de pagamentos em transações correntes
corresponde ao fluxo de renda e o comércio de Bens e Serviços entre
países.
● RDB = RNB + TUR
RDB = (PIB – RLEE) + TUR
RDB = (C + I + G + (X-M)) - RLEE + TUR
● Absorção Doméstica/Interna = C + I + G
A absorção dos recursos que são produzidos em um país.
● RDB = A (C + I + G) + TC ((X-M) - RLEE + TUR)
RDB = A + TC ➝ TC = RDB – A
o Se RDB – A > 0, TC > 0. A Economia doméstica é credora
internacional, empresta para o mundo.
o Se RDB – A < 0, TC < 0. A Economia doméstica absorve mais
recursos que produz, então absorve poupança externa,
empresta do mundo.
● Então, sobre o sinal do saldo da TC:
○ Se a TC apresenta Déficit, TC = (-), a Se = (+). O País está em
situação de Poupança Externa, absorve mais recursos que
produz e para suprir as necessidades de Investimento,
empresta recursos do resto do mundo. Pode ser característica
de país em desenvolvimento.
○ Se a TC apresenta Superávit, TC = (+), a Se = (-). O País está
em situação de Despoupança Externa, produz mais recursos
do que absorve e supre as necessidades de Investimento,
emprestando para o resto do mundo, credora internacional.
● Outra Nomenclaturas:
TC = BC + BS + BR + TUR
○ BC = Balança Comercial (X-M)
■ O valor das transações da BC é registrado em Free on
Board (FOB), somente o valor do bem sem considerar os
custos com fretes e seguros.
○ BS = Balança de Serviços
○ BR = Balança de Renda = Renda Primária (Novos Nomes)
○ TUR = Transações Unilaterais de Renda = Renda Secundária
Balanço de Pagamentos
BP = TC + CK + CF + Erros e Omissões
● É o registro contábil de todas as transações econômicas que o país
realiza com o resto do mundo durante um determinado intervalo de
tempo, representa o estado das finanças internacionais de um país.
● TC = Conta-Corrente
● CK = Conta Capital, transferência de ativos reais, financeiros e
intangíveis entre residentes e não-residentes, ativos de propriedade
sem contrapartidas.
○ Parecida com as Transferências Unilaterais De Renda (TUR), só
que em vez de ser doações de renda, a CK comporta as doações
de direitos de propriedade sobre algo, como patentes.

● CF = Conta Financeira, registra os fluxos de capital entre residentes e

não-residentes, ativos de propriedade com contrapartidas. Ex:
Investimento Direto, Investimento em Carteira, Derivativos, outros
Investimentos (Amortizações) e Ativos de reserva (Antiga conta
Haveres).
○ Investimento Direto: Entradas e saídas de capital relacionadas
com a obtenção de um “interesse duradouro”, vínculo de longo
prazo entre investidor e ativo, por parte de um investidor residente,
em um negócio atividade residente em outro país. Ex: Abertura de
Filiais entre países.
■ Se for mercadorias (máquinas) na forma de
Investimento Direto, entra na M e CF ao mesmo tempo.
○ Investimento em Carteira: receitas e despesas relacionadas com
investimentos em ações, debêntures, renda fixa e variável.
○ Amortizações: O pagamento de uma parcela sem contar os juros.
■ Parcela = Amortização (entra na CF) + Juros (entra na
BR, Conta de Renda na TC)
○ Outras Nomenclaturas: Ka = CK + CF = Antiga Conta de Capitais
Autônomos.

● Ativos de reserva (Antiga conta Haveres) e Saldo da BP

○ Teoricamente a soma da TC + CK + CF é igual a Zero, pelo
sistema de partidas dobradas, isso acontece pela conta Ativos de
Reserva estar dentro da Conta Financeira, essa conta
compensa o sinal do BP para que o resultado final seja zero.
○ (+) BP = (-) Ativos de Reservas
(-) BP = (+) Ativos de Reservas
○ Registra a variação dos Ativos de alta liquidez internacionais
que podem ser utilizados para saldar compromissos
 internacionais sem gerar obrigação futura, funcionam como o
meio de pagamento internacional.
■ Quando uma transação é quitada com esse ativo, as
obrigações entre credor e devedor se encerram.
○ Esses ativos consistem de haveres da autoridade monetária
diretamente sobre controle do governo para financiar ou
regular desequilíbrios de pagamentos, e intervenções no
mercado de câmbio para afetar o nível ou volatilidade da taxa
de câmbio.
○ Outras Nomenclaturas: Ativos de Reservas (Antiga Conta
Haveres da Autoridade Monetária/ Kc = Conta de Capitais
Compensatório).
○ Ex: Ouro Monetário, Direitos Especiais de Saque, Posições de
reserva no FMI e outros ativos de alta liquidez (como moedas
estrangeiras).
● Erros e Omissões, são atividades financeiras que não são contempladas
no cálculo e fazem a soma da TC + CK + CF ser diferente de Zero, pois
também criam uma variação nas reservas internacionais do país.
○ Ex: Trabalho Informal e Crimes.
● Site para acessar dados reais do Brasil:
https://www.bcb.gov.br/estatisticas/estatisticassetorexterno

BP de um país e sua relação com a Economia Global

● As taxas de juros são as remunerações do capital. “O preço de se
emprestar dinheiro”
○ Quanto maior as taxas de juros, mais atrativo será emprestar
dinheiro.
○ O Banco Central determina uma meta para as taxas de juros no
Brasil por meio do COPOM, mas quem define a taxa de juros é o
mercado.
● Quando um país tem o saldo da TC negativa, tenta compensar com
um saldo positivo da CF (Conta Financeira), para que o saldo da BP
seja superavitário.
○ Para isso ele pode aumentar Taxa de Juros por um tempo, se
tornando mais atrativo emprestar dinheiro para aquele país, por
meio da venda de títulos públicos e ações, assim o país capta
divisas e aumenta suas reservas internacionais.
■ Nem sempre é necessário aumentar a taxa de juros para um
país ser atrativo, basta ter um bom nível de confiança com
seus parceiros internacionais.
○ Se um país não consegue manter o saldo da BP positiva, não vai
conseguir manter as suas importações, por conta da saída de
dólares, perdendo o controle da taxa de câmbio.
● Se a BP = (-), ↑Taxa de Juros = atrair capital
○ Se isso não for suficiente, o país gasta as suas reservas da
conta Ativos de Reservas para compensar o saldo.
○ Se ↑ Taxa de Juros não for suficiente e as reservas estiverem
escassas, o país acaba por pedir empréstimos do FMI.
○ Só que isso o faz perder independência de sua política econômica,
o país deverá seguir uma política recomendada pelo FMI.
○ ↑ Taxa de Juros tem efeito negativo sobre o Investimento,
diminuindo a atividade econômica e o PIB.
○ ↑ Taxa de Juros = ↓ I = ↑ Dívida Interna (Governo) = ↑ CF
○ ↑ Taxa de Juros Externa (EUA por ex.) = ↑ Dívida Externa.
■ Isso também leva ao ↑ Taxa de Juros Interna para manter
os Investidores no Brasil.
CEI (Contas Econômicas Integradas)
• Não se utiliza mais a terminologia débito e crédito, com o registro das
contas em T, e sim Usos e Recursos.
o Usos são as operações que reduzem o montante do valor
econômico de um setor e, por convenção, são lançadas do lado
esquerdo das contas-correntes.
▪ Ex: As remunerações são um recurso para quem recebe,
mas um uso (um gasto) para o setor que as paga.
o Recursos são as operações que aumentam o montante do valor
econômico de um setor, como receitas, são lançadas do lado
direito das contas-correntes.
 • Para ser contabilizado as diferenças e acréscimos no preços de bens e
serviços na economia causados pelo governo por meio de impostos e
subsídios, é utilizado os conceito de:
o Produto a preços de mercado/ Consumidor (PRODUTOpm) =
inclui o valor dos impostos indiretos compensados (menos) dos
subsídios.
o Produto a custo de fatores/ Preço Básicos (PRODUTOcf) = não
considera esse valor adicional, preços na porta da fábrica.

• Outra forma de se calcular o PIB pela Ótica da renda:

o PIBpb = Salários + Aluguéis + Lucros + Juros
Ou PIBpb = S + EOB,
▪ EOB = Aluguéis + Lucros + Juros
▪ EOB = Excedente Operacional Bruto
▪ PIBpb = PIB a preços básicos.
• Podemos reescrever isso como:
o PIBpm = (W+Wnr) + EOB + Im
▪ PIBpb = PIB a preços básicos.
▪ (W + Wnr) = total da remuneração dos empregados,
inclusive encargos sociais e contribuições parafiscais, paga
no país.
▪ W = remunerações, inclusive encargos sociais e
contribuições parafiscais, pagas a residentes.
▪ Wnr = remunerações, inclusive encargos sociais e
contribuições parafiscais, pagas a não residentes.
▪ Im = impostos sobre produção e importação, que incluem os
impostos sobre produtos (IP) e outros impostos ligados à
produção, líquido de subsídios. (Isso significa Impostos
menos Subsídios).
▪ Outro Conceito: Rendimento Misto = Ganhos recebidos por
conta-própria (autônomos) ou empregadores informais, sem
levar em consideração proprietários de empresas não
constituídas em sociedade pertencentes às famílias.

Tabela de Usos e Recursos (TRU)

• A TRU é um poderoso instrumental que registra as transações de bens e
serviços de determinado país ou região em certo período temporal, na forma
de detalhamentos contábeis suficientemente desagregados e que possibilita
o cálculo do PIB pelas três óticas: produção, despesa e renda.
o Pode ser utilizada para a construção da Matriz Insumo-Produto.
• São constituídas pelas tabelas de recursos de bens e serviços, composta por
três quadrantes, e de usos de bens e serviços, subdividida em quatro
quadrantes.
 • Ótica da Produção

• Ótica da Demanda

• Ótica da Renda

• Na primeira tabela, o quadrante A representa o valor da oferta total de

bens e serviços distribuído por cada setor de atividade da economia com
a totalização na última linha do bloco.
o Nesse quadrante é mostrado a oferta total a preço mercado e a
preço básico, as margens de comércio e transporte, e os
impostos e subsídios associados a cada produto.
o Nos quadrantes A1 e A2 registram-se os valores da produção
doméstica e das importações também por cada um dos setores de
atividade. A1 = Produção é a mesma coisa que VBP.
• Ofertapb = Produção/VBP (A1) + Importação (A2)
• Ofertapc (A) = Produção/VBP (A1) + Importação (A2) + Impostos
Indiretos – Subsídios + Margens

• Na segunda tabela, a mesma oferta A é dividida nos quadrantes B1 e

B2 que na verdade correspondem ao consumo intermediário e ao
consumo final, pois mostram o consumo dos insumos que cada atividade
necessita para produzir e o destino final do consumo de bens e serviços.
o O quadrante B1 apresenta os insumos utilizados na produção de
cada atividade, o consumo intermediário.
o O quadrante B2 apresenta os bens e serviços que se destinam à
demanda final: Consumo das famílias, das administrações
públicas e das instituições privadas sem fins lucrativos, a
FBKF e a variação de estoque, e Exportações.
• Oferta (A) = Consumo Intermediário (B1) + Demanda Final (B2) =
Demanda Total

• O quadrante C registra “a decomposição, em categorias de renda, do

valor adicionado de cada um dos setores”; e através dessas
importantes informações pode-se conhecer os valores apropriados de
salários e de excedentes operacionais dos agentes da economia.
 o Esse quadrante mostra os demais custos de produção –
remunerações dos empregados e os impostos líquidos de
subsídios sobre a produção, finalizando como rendimento bruto e
o excedente operacional bruto.
• VAB (Valor adicionado Bruto/PIBpb) = Produção/VBP (A1) -
Consumo Intermediário (B1)

Óticas do PIB (CEI) e a TRU

• Ótica da produção
PIB = (VBP – CI (B1)) + Ip1
o Ip1 = imposto sobre produtos (IPI,II,ICMS,etc)

• Ótica da Renda
PIB = Remunerações + EOB + Ip1 + Ip2
o Ip2 = imposto sobre folha de pagamento e atividade produtiva, etc.
o Ex: Imposto s/produção e importação.
o Remunerações = Salários

• Ótica da Demanda
PIB = DF - M
o M = Importações brasileiras e do resto do mundo
o Demanda Final = Exportações brasileiras e do resto do mundo,
Consumo final das famílias, Consumo do governo, Consumo das
instituições sem fins lucrativo, FBKF e variação de estoque.
Referências
FEIJÓ, Carmen. Contabilidade social: referência atualizada das contas nacionais
do Brasil. Elsevier Brasil, 2013.
PAULANI, Leda; BOBIK, Marcio. A nova contabilidade social: uma introdução à
macroeconomia. Saraiva Educação SA, 2020.