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A composição do PIB

● Consumo (C) - bens e serviços.


● Investimento (I) - também chamado de investimento fixo - soma do investimento não
residencial (compra de novas instalações ou máquinas, pelas empresas) com o
investimento residencial (compra de novas casas ou apartamentos, pelas pessoas).
Estão agrupados juntamente pois são adquiridos com expectativas de serviços futuros.
● Gastos do governo (G) - bens e serviços adquiridos pelos governos federal, estadual e
municipal. Não engloba transferências do governo, como assistência médica ou
benefícios da previdência social.
● Exportações líquidas ou balança comercial - a diferença entre exportações (X) e
importações (IM).
● Investimento em estoques - diferença entre produção e vendas, em um ano.

● Assim, se a demanda total por bens é representada por Z, temos que:


○ Z = C +I +G +X - IM
○ O investimento em estoque não faz parte da demanda.
○ Em uma economia fechada e simplificada, Z = C + I + G.

● As decisões de consumo dependem de muitos fatores, dos quais o principal é a renda


disponível. Assim, sendo C o consumo e Yp a renda disponível, temos que:
○ C = C (Yp) - função de consumo - diretamente proporcional - equação
comportamental.
○ C = c0 + c1.Yd - em que:
■ c1 - propensão marginal a consumir - o quanto um dólar adicional de
renda disponível aumentará o consumo. Está entre 0 e 1, pois o
consumo aumenta, mas as pessoas tendem a poupar uma parcela do
excedente.
■ c0 - o que as pessoas consumiriam se sua renda disponível no ano fosse
igual a zero. É maior que zero, pois as pessoas têm necessidades
básicas. Para consumirem, elas despoupam.
■ Yd - renda disponível, dada por:
● Yd = Y - T.
○ Y - renda.
○ T - impostos pagos menos as transferências do governo
recebidas pelos consumidores.
○ C = c0 + c1. (Y-T).

● Investimento como variável exógena (não explicada dentro do modelo, mas tomada
como dada). Para esses casos, colocamos uma barra sobre a variável:
○ I=Ī
○ Para esse modelo, o investimento não responde a mudanças na produção.
● Gastos do Governo (G):
○ Junto com os impostos (T), ele descreve a política fiscal.
○ G e T também serão variáveis exógenas, visto que os governos não se
comportam com a mesma regularidade dos consumidores ou empresas, de
modo que não há nenhuma regra confiável para descrever G. Ademais, é tarefa
dos macroeconomistas pensar nas melhoras alternativas de gastos e
tributações.

● Determinação do produto de equilíbrio:


○ Z = C + I + G:
○ Z = c0 + c1.(Y-T) + Ī + G.
○ Supondo que não haja investimento em estoques, o equilíbrio no mercado de
bens requer que a produção Y seja igual à demanda por bens Z, de forma que
Y=Z.
○ Essa equação é denominada de condição de equilíbrio.
○ Assim, Y = c0 + c1.(Y-T) + Ī + G.
○ Y é usado para produção e renda, porque são idênticos (PIB sob a ótica do
produto ou da renda).
○ Álgebra:
■ Y = c0 + c1.Y + C1.T + Ī + G.
■ (1 - c1). Y = c0 + Ī + G - c1.T
■ Y = 1/1-c1 (c0 + Ī + G -c1.T)
○ O termo (c0 + Ī + G - c1.T) é a parte da demanda por bens que não depende
do produto, por isso é chamado de gasto autônomo).
○ O termo 1/ 1-c1 é o multiplicador.
○ Resumo em palavras:
■ A produção depende da demanda, que depende da renda, que é igual à
produção.
■ O tamanho do multiplicador está relacionado diretamente ao valor da
propensão a consumir. Quanto maior a propensão a consumir, maior o
multiplicador.
○ O ajuste da produção, em termos plausíveis, depende da rapidez com que as
empresas corrigem seus planos de produção.

● Investimento igual à poupança: um modo alternativo de pensar sobre o equilíbrio do


mercado de bens.
○ Poupança é a soma da poupança privada e da poupança pública.
■ Poupança privada (S) é igual à sua renda disponível menos seu
consumo.
● S = Yd - C.
● S = Y - T - C.
■ Poupança pública é igual a impostos menos gastos do governo.
● S = T - G.
○ Y = C + I + G.
○ Y-T-C=I+G-T
○ S = I + G - T.
○ I = S + (T - G).
○ Investimento é poupança (poupança privada + poupança pública).
■ Relação IS (Investment e Saving).
■ S=Y-T-C
■ S = Y - T - c0 - c1.(Y - T)
■ S = -c0 + (1-c1)(Y-T).
● (1-c1) é a propensão a poupar.
○ Paradoxo da poupança - à medida que as pessoas tentam poupar mais, o
resultado é tanto uma diminuição do produto como uma poupança inalterada.
Todavia, a longo e médio prazo, outros mecanismos entram em jogo e um
aumento da taxa de poupança leva, no decorrer do tempo, a uma poupança
mais alta e a uma renda mais elevada.

Instrumentos das políticas macroeconômicas

Política fiscal e seus instrumentos.


Objetivo: aumentar ou diminuir a demanda agregada para assegurar e preservar a
estabilidade econômica, amortecendo as flutuações dos ciclos econômicos por meio de
variáveis que pertencem ao orçamento público.
Responsáveis: Ministério da Fazenda, por meio da Secretaria do Tesouro Nacional,
que define o orçamento público.
Ações, em uma política fiscal expansionista: aumentar as despesas para estimular a
demanda agregada (gastos, transferências ou investimentos públicos); ou reduzir a receita
tributária. Tal política pode ser financiada pela emissão de moeda ou pela dívida pública.
Ações, em uma política fiscal contracionista: reduzir despesas ou aumentar a receita
tributária.

Os críticos das políticas fiscais expansionistas.


A primeira corrente entende que a política fiscal é ineficaz para aquecer ou desaquecer
a economia - a questão da Equivalência Ricardiana.
A segunda corrente refere-se à crítica de que a política fiscal tem normalmente uma
eficácia menor do que a esperada pelo governo, por conta do efeito crowding-out, que
consiste na redução do investimento privado causado por um aumento dos gastos públicos via
taxa de juros - como a taxa de juros se eleva, os investimentos tornam-se menos atraentes.

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