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ECONOMIA

PROF. EUDÉSIO EDUÍM DA SILVA


OBJETIVOS DA AULA
1. INTRODUÇÃO – TEORIDA DA DETERMINAÇÃO DA RENDA–
MODELO KEYNESIANO
2. AOferta Agregada, O Desemprego e o NívelGeral de Preços
3. ADemanda Agregada
1. O consumo privado
2. O investimento privado
3. Osgastos do governo
4. Ademanda de exportação e importação
4. ARenda Nacional de Equilíbrio
INTRODUÇÃO

◦ Durante o século XIX predominou a chamada TEORIA CLÁSSICA


(representada fortemente pela Lei de Say) – Ateoria baseava-se na ideia
dequeOFERTADETERMINADEMANDA
◦ O período de crise de 1873 até 1896 manifesta uma série de mudanças
quevigorarão noséculo XX
◦ O avanço da ciência, com a 2 ª Revolução Industrial, possibilitou a busca
pela inovaçãotecnológica. Surgiramos monopóliose oligopólios
INTRODUÇÃO

◦ Em1929 ocorre o crash da Bolsa de Valores de Nova York, juntamente


com uma crise de superprodução(OFERTA>DEMANDA)
◦ O modeloproposto pelos clássicos já não era capaz de explicar
a realidade (economia) daépoca
◦ ATEORIAKEYNESIANAganha força dentro deste contexto – Teoria do
Emprego, do Juroe da Moeda
◦ VIGOROU DURANTE GRANDE PARTE DO SÉCULO XX
INTRODUÇÃO

◦Com essa mudança de corrente teórica dominante,


as relaçõestambémsãorevistas

◦A partir de agora, passa-se a considerar a


demanda efetiva como determinante da oferta, ou melhor,
ASEXPECTATIVAS DA DEMANDA
A OFERTA AGREGADA, O
DESEMPREGO E ONÍVEL
GERAL DE PREÇOS

◦ As empresas respondem aos acréscimos de demanda por meio de um


aumentodaprodução física
◦ Podemos analisarduas situações:
a) Situação de desemprego de fatores: o produto pode aumentar em resposta ao
acréscimo de fatores, sem contudo, variar o nível de preços da economia
(existência decapacidadeociosa)
b) Situação de pleno emprego: dada a utilização eficiente de todos os recursos
disponíveis para seproduzir oproduto, então NÃOPODECRESCERem resposta aos
estímulos da demanda, mas apenas o nível geral de preços da economia tenderá a
subir
A OFERTA AGREGADA, O
DESEMPREGO E ONÍVEL
GERAL DE PREÇOS

◦QUALQUER RENDA NACIONAL < RENDA DE PLENO


EMPREGO ( ) EQUIVALE A UMA SITUAÇÃO DE DESEMPREGO
NA ECONOMIA
◦ APENAS O PRODUTO REAL VARIA, PERMANECENDO CONSTANTE O NÍVEL
DE PREÇOS
◦ UMA VEZ ATINGIDA A RENDA DE PLENO EMPREGO, APENAS OS
PREÇOS SUBIRÃO
A OFERTA AGREGADA, O
DESEMPREGO E ONÍVEL
GERAL DE PREÇOS
A OFERTA AGREGADA, O
DESEMPREGO E ONÍVEL
GERAL DE PREÇOS

◦ Estamos fazendo uma análise econômica de CURTO PRAZO, logo,


teremos asseguintes hipóteses:
a) Nenhumamudançatecnológica deveráocorrer no período;
b) O estoque físico produtivo do fator capital também permanecerá
constante, e apenas o fator trabalho estará disponível para se
empregar até a posição de pleno emprego durante o período
considerado
◦ OU SEJA, A CURTO PRAZO, A CURVA DE OFERTA AGREGADA
KEYNESIANA NÃO SEDESLOCARÁ
A DEMANDA
AGREGADA

◦ A DEMANDA AGREGADA constitui-se nos dispêndios da


coletividade em bens e serviços de CONSUMO (C),
INVESTIMENTO (I), DESPESAS GOVERNAMENTAIS (G) e
EXPORTAÇÕES (X), devendo-se subtrair o montante total das
IMPORTAÇÕESDOPAÍS(M)
◦ Assim, a demanda nacional agregada ( ) oudispêndionacional é
equivalente a:
◦ 𝒅 = + + +( − )
A DEMANDA
AGREGADA
A DEMANDA
AGREGADA
Tudoquenãoéconsumidoé poupado
PORÉM,FAZ SENTIDOPENSARQUEQUANTO MAIOR A
RENDA,MAIORA PARCELA GASTA EM CONSUMOOU
SEJA, O CONSUMO É UMA FUNÇÃO DA RENDA.
LEMBRANDO QUE AQUI ESTAMOS OLHANDOPARAO
CONSUMO COLETIVO E NÃO INDIVIDUAL OU SEJA,
CONFORME A RENDA DACOLETIVIDADE AUMENTA,
OCONSUMODACOLETIVIDADETENDE AAUMENTAR
A DEMANDA
AGREGADA

◦ 1 º - C:OCONSUMOPRIVADO
◦ De acordo com a Teoria Econômica, os parâmetros da função consumo
podemserinterpretados daseguinteforma:
a) Quando Y=0, significa que = 𝟎, isto é, 𝟎 é o consumo mínimo que
coletividade pode suportar, pois mesmo que a renda seja zero, a população
necessita viver
b) Podemosestudar arelaçãoentre arenda e o nível deconsumo C(Y):
◦ A PROPENSÃO MARGINAL A CONSUMIR (PMgC), que equivale à relação entre um
acréscimo no consumo desejado em decorrênciadeum acréscimo na rendada coletividade
A DEMANDA
AGREGADA
A DEMANDA
AGREGADA

◦ 1 º - C:OCONSUMOPRIVADO
◦ Algumas consideraçõessobrea PMgC:
1. APMgC decresce com o aumento da renda, como podemos verificar
observandoainclinação cadavezmenordafunção consumo;
2. APMgCé estável ao longo de algum tempo, ouseja, é pouco provável
que a coletividade mude seu comportamento intencional de consumo
num curto espaçode tempo
A DEMANDA
AGREGADA

◦ 2 º - I: O INVESTIMENTO PRIVADO
◦ Antes de iniciarmos a discussão sobre investimentos, iremos abordar o
conceito de poupança
◦ POUPANÇANACIONAL corresponde à parcela da renda nacional não
gasta em bens e serviços de consumo produzidosna economia
◦ A função poupança, portanto, pode ser obtida a partir da
renda menos a função de consumo:
◦ = −
A DEMANDA
AGREGADA

◦ 2 º - I: OINVESTIMENTO PRIVADO
◦ É interessante associar o conceito de propensão marginal a poupar:
corresponde ao quociente da variação absoluta na poupança pela
variação absoluta na rendada coletividade
◦ A soma da propensão marginal a poupar e da propensão marginal a
consumiréigual à unidade:
◦ + =
◦ Ouseja, a rendaédestinadaao consumo ou à poupança
A DEMANDA
AGREGADA

◦ 2 º - I: O INVESTIMENTO PRIVADO
◦ Define-se investimento na teoria keynesiana como o ATO DE AUMENTAR A
PRODUÇÃO (investimento em bens de capital, por exemplo) de forma a
corresponderaoaumentadademanda(PRINCÍPIODADEMANDA EFETIVA)
◦ Arealização doinvestimento pelo empresáriocapitalista sedápela comparação
da chamada EFICIÊNCIA MARGINAL DO CAPITAL (EMgK), correspondente à
máxima taxa de retorno sobre os custos (rentabilidade esperada da realização
doinvestimento), comataxa dejuros da economia
A DEMANDA
AGREGADA

◦ 2 º - I: O INVESTIMENTO PRIVADO
◦ Se EMgK > Taxa de juros-> investimento é realizado
◦ Se EMgK < Taxa de juros -> não se realiza oinvestimento
◦ Considerando a igualdade: 𝑹 = 𝑹
◦ Devemos notar que, se a coletividade deseja realizar umapoupançaigual à Se se os
empresários desejam realizar os investimentos na mesma magnitude, a renda
determinadaYserádeequilíbrio, poisomontante devazamento desejado erealizado
do“fluxocircular derenda”é igual aomontante deinjeção desejada e realizada pelos
empresários
◦ Ou seja, INVESTIMENTO REALIZADOÉ IGUALÀ POUPANÇAREALIZADA
A DEMANDA
AGREGADA
A DEMANDA
AGREGADA
A DEMANDA
AGREGADA

◦3 º - G:OSGASTOSDOGOVERNO
◦ Gastos do governo incluem despesas em infraestrutura nacional, gastos
comsalários,subsídios, etc.
◦ Acréscimos nestes gastos governamentais possuem o mesmo efeito
multiplicador dos investimentos privados, expandindo o nível de renda
nacional pelaexpansãodademandaembense serviçosdeconsumo
◦ Os gastos do governo (G) são predominantemente financiados pela
arrecadaçãode tributos
A DEMANDA
AGREGADA

◦3 º - G: OS GASTOS DOGOVERNO
◦ AGORA, as funções consumo e poupança devem ser consideradas
sobre a renda disponível ( 𝒅 ) e não mais sobre a renda total (Y)
◦ Sendoa renda disponível: Y-T (renda após desconto dostributos)
◦ C=C(Y-T)
◦ S=(Y-T)-C
A DEMANDA
AGREGADA
A DEMANDA
AGREGADA
MULTIPLICADOR
KEYNESIANO
HIPÓTESES DO MULTIPLICADOR
1. O processo é iniciado por uma variação autônoma da DA, isto é, um
deslocamento da DA devido à variação autônoma em algum dos
elementos (C, I, T, G, X, M), ou seja, devido alguma injeção ou
vazamento do fluxo de renda. Após uma variação autônoma, os efeitos
subsequentes são derivados de variações induzidas do consumo em
cada etapa, em função do aumento da renda de cada setor;
MULTIPLICADOR
KEYNESIANO
HIPÓTESES DO MULTIPLICADOR
2. O funcionamento do multiplicador supõe economia em desemprego.
Afinal, se a economia estiver em pleno emprego, um aumento da DA,
apenas provocará mais inflação, e não o crescimento da renda. Em
outras palavras, cresce apenas a renda nominal e não a real;
MULTIPLICADOR
KEYNESIANO
HIPÓTESES DO MULTIPLICADOR
3. Supõe o lado monetário da economia invariável;
4. O multiplicador tem um efeito perverso: assim como a renda aumenta
num valor múltiplo para aumentos da DA, ela também cai num múltiplo,
quando a DA cai.
MULTIPLICADOR
KEYNESIANO
HIPÓTESES DO MULTIPLICADOR

Supondo I, G, X, M e T autônomos em relação a y


𝑦 =𝐶 +𝐼+𝐺+𝑋+𝑀

𝑦 = 𝑎 + 𝑏(𝑦 − 𝑇) + 𝐼 + 𝐺 + 𝑋 − 𝑀 = 𝑎 + 𝑏𝑦 − 𝑏𝑇 + 𝐼 + 𝐺 + 𝑋 − 𝑀

𝑦 − 𝑏𝑦 = 𝑎 − 𝑏𝑇 + 𝐼 + 𝐺 + 𝑋 − 𝑀

𝑦(1 − 𝑏) = 𝑎 − 𝑏𝑇 + 𝐼 + 𝐺 + 𝑋 − 𝑀

1 𝑏 1 1 1 1
𝑦= 𝑎− 𝑇+ 𝐼+ 𝐺+ 𝑋− 𝑀
1−𝑏 1−𝑏 1−𝑏 1−𝑏 1−𝑏 1−𝑏
MULTIPLICADOR
KEYNESIANO
HIPÓTESES DO MULTIPLICADOR
𝜕𝑦 1
𝑀𝑢𝑙𝑡𝑖𝑝𝑙𝑖𝑐𝑎𝑑𝑜𝑟 𝑑𝑒 𝑐𝑜𝑛𝑠𝑢𝑚𝑜 𝑎𝑢𝑡ô𝑛𝑜𝑚𝑜 𝑘 = =
𝜕𝑎 1−𝑏
𝜕𝑦 1
𝑀𝑢𝑙𝑡𝑖𝑝𝑙𝑖𝑐𝑎𝑑𝑜𝑟 𝑑𝑒 𝑖𝑛𝑣𝑒𝑠𝑡𝑖𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜 𝑘 = =
𝜕𝐼 1−𝑏
𝜕𝑦 −𝑏
𝑀𝑢𝑙𝑡𝑖𝑝𝑙𝑖𝑐𝑎𝑑𝑜𝑟 𝑑𝑒 𝑖𝑚𝑝𝑜𝑠𝑡𝑜𝑠 𝑘 = =
𝜕𝑇 1−𝑏
𝜕𝑦 1
𝑀𝑢𝑙𝑡𝑖𝑝𝑙𝑖𝑐𝑎𝑑𝑜𝑟 𝑑𝑒 𝑔𝑎𝑠𝑡𝑜𝑠 𝑑𝑜 𝑔𝑜𝑣𝑒𝑟𝑛𝑜 𝑘 = =
𝜕𝐺 1−𝑏
𝜕𝑦 1
𝑀𝑢𝑙𝑡𝑖𝑝𝑙𝑖𝑐𝑎𝑑𝑜𝑟 𝑑𝑎𝑠 𝑒𝑥𝑝𝑜𝑟𝑡𝑎çõ𝑒𝑠 𝑘 = =
𝜕𝑋 1−𝑏
𝑀𝑢𝑙𝑡𝑖𝑝𝑙𝑖𝑐𝑎𝑑𝑜𝑟 𝑑𝑎𝑠 𝑖𝑚𝑝𝑜𝑟𝑡𝑎çõ𝑒𝑠 𝑘 = =
A RENDA NACIONAL
DE EQUILÍBRIO

◦Apartir dademanda agregada


◦ = + + + −
◦Estabelecidososconceitosdeconsumo,investimento, gastos do
governo e exportações líquidas (X-M) e introduzida a discussão
sobre poupança, podemos determinar o produto de equilíbrio de
acordocomateoriakeynesiana
A RENDANACIONAL
DE EQUILÍBRIO
A RENDANACIONAL
DE EQUILÍBRIO
◦ A partir das funções
consumo e poupança:
A RENDANACIONAL
DE EQUILÍBRIO
◦ A partir da oferta e
demanda agregadas:

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