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Consumo e Investimento
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Contexto
• Verificaremos como não apenas renda e lucro
presentes determinam consumo, poupança e
investimento hoje, mas também como
expectativas sobre renda e lucros no futuro
podem influenciar essas escolhas no presente.
• Com isso, poderemos entender a construção e o
comportamento, em nível macroeconômico, de
variáveis importantes da contabilidade nacional,
como Consumo, Investimento e a poupança
privada, importantes fatores no crescimento
econômico dos países.
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Consumo e poupança
• Vimos que renda e juros correntes
determinam as escolhas de consumo e
poupança das famílias hoje;
• Entretanto, alguns economistas propuseram a
idéia de suavização intertemporal do
consumo, de forma que escolhas de C e S hoje
dependem das expectativas de rendimentos
ao longo de toda a vida do indivíduo/família.
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Na determinação do consumo, são consideradas a
renda do trabalho depois de impostos e
transferências (então, a renda disponível corrente,
um fluxo) e a riqueza total (soma de estoque de
riqueza financeira, imobiliária e renda futura do
trabalho, trazida a valor presente).
O indivíduo poderia, a priori, suavizar consumo da
seguinte maneira:
𝑅𝑖𝑞𝑢𝑒𝑧𝑎 𝑇𝑜𝑡𝑎𝑙
𝑐𝑡 =
𝑋
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A evidência empírica acumulada sobre
oscilações no consumo mostra que tanto a
renda corrente quanto a riqueza total são
determinantes nessa escolha. Em que proporção
cada uma influencia consumo, porém, é algo
muito particular.
Assim, o consumo no ano t será da forma:
𝑑
𝑐𝑡 = (𝑟𝑖𝑞𝑢𝑒𝑧𝑎 𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙, 𝑌𝑡 )
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Teoria da Renda Permanente
(Friedman)
• O consumo hoje depende da renda corrente e da renda
esperada no futuro. Consumo será, então, função da
‘renda permanente’, Yp, uma média de toda a riqueza
da família ao longo da vida (considerando rendas
corrente e futura no seu cômputo);
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Tipos de choques negativos e impactos
sobre consumo na TRP
• Choques temporários: renda permanente não
muda muito; logo, pouco impacto em consumo e
poupança; vale, inclusive, para impostos
temporários.
• Choques permanentes: renda permanente muda
na extensão do choque, afetando bastante o
consumo.
• Choques futuros antecipados: renda permanente
cai (mesmo que a renda corrente não),
incentivando aumento da poupança.
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Teoria do Ciclo de Vida (Modigliani)
• Consumo é determinado pela expectativa de
rendimentos em toda a vida, e não pela renda
corrente. Famílias objetivam suavizar o
consumo ao longo do tempo.
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• Assim, mesmo que duas economias tenham o
mesmo perfil de poupança, uma economia
pode superar a outra em termos de poupança
agregada se experimentar um rápido
crescimento populacional ou alterações
tecnológicas (ganhos de produtividade) mais
rápidas de uma geração a outra.
• Além desses fenômenos de crescimento e
demografia, e de características culturais, os
países podem gerar diferentes incentivos à
poupança. Seja por um sistema de seguridade
social menos abrangente ou menos confiável,
ou dificuldades de acesso ao mercado de
crédito.
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Investimento
O que determina o nível de investimentos de
uma firma?
𝐼𝐵 = 𝐼𝐿 + 𝛿𝐾
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Determinantes do Investimento: o
lucro esperado
• Até então, vimos como os juros de mercado
(custo de captação do capital) determinam o
nível de investimentos.
• Mas, além disso, investimentos em capital
físico dependem do retorno (lucro esperado)
que darão à firma.
• É preciso, então, trazer a valor presente o
lucro esperado da aquisição de um novo item
de capital.
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O valor presente de um ativo é seu valor
descontado por uma taxa de juros (remuneração
do capital nessa economia).
A firma deve considerar a depreciação, 𝛿, que
incide sobre o equipamento, no cômputo desse
valor.
Assim, temos que o lucro esperado em valores
de t=0 é:
Π𝑒1 1−𝛿 Π𝑒2
𝑉(Π0𝑒 ) = + + ...
(1+𝑟0 ) (1+𝑟0 )(1+𝑟1 )
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Então, a questão da persistência/transitoriedade
dos ganhos das firmas também é relevante na
decisão de investimento hoje.
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Ganhos esperados e custos do
investimento: o q de Tobin
Dentre as teorias que exaltam a relação custo-
retorno dos investimentos, a do q de Tobin
ganha notoriedade.
Sendo q a razão entre valor de mercado da firma
(preço da ação) e custo (marginal) do novo
capital, temos:
𝑝𝑟𝑒ç𝑜 𝑑𝑎 𝑎çã𝑜
𝑞=
𝑐𝑢𝑠𝑡𝑜 𝑢𝑛𝑖𝑡á𝑟𝑖𝑜 𝑑𝑜 𝑛𝑜𝑣𝑜 𝑐𝑎𝑝𝑖𝑡𝑎𝑙
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• Se q > 1, temos que o preço da ação supera o
custo do capital; logo, se a firma vendesse
ações para financiar o novo investimento,
ainda teria lucro.
• Se q < 1, o custo do capital supera o preço da
ação; assim, o investimento traria prejuízo
e/ou necessidade de financiamento externo
(avalancagem)