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Matemática Financeira
Ano Lectivo: 2023
Todos os dias nos deparamos com as seguintes palavras: taxa de juros, capital, desconto,
etc. Estes conceitos surgiram quando o Homem percebeu a existência de uma estreita
relação entre o dinheiro e o tempo.
Nos antigos costumes, os juros eram pagos pelo uso de sementes ou de outras
conveniências emprestadas. Muitas das práticas existentes originaram-se dos antigos
costumes de empréstimo e devolução de sementes e de outros produtos agrícolas. O
primeiro tipo de troca comercial foi o escambo, fórmula segundo a qual se trocavam
directamente mercadorias correspondentes a matérias-primas ou a objectos de grande
necessidade. A primeira unidade de escambo admitida na Grécia foi o boi. Em outros
lugares era usado colares de pérolas ou de conchas. Após certo período, começou-se por
trocar faixas de tecido por animais ou objectos. O tecido era a moeda. No Egipto, a
moeda era o metal (cobre, bronze e, por vezes, ouro ou prata). Desse modo, as
mercadorias passaram a ser trocadas em função de seu "justo preço".
Hoje ela além de fazer parte de nosso quotidiano, tornou-se uma importante ferramenta
para todos, já que auxilia na resolução de problemas que envolvem o cálculo do valor de
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Matemática Financeira
Ano Lectivo: 2023
O rendimento que as pessoas dispõem pode ser destinado para o consumo ou aforro
(poupança).
O aforro consiste em manter na sua forma líquida ou colocar a render juros. A parte de
rendimento que é mantida na sua forma líquida é designada por capital monetário e o
processo de manter o capital a render juros é designada por investimento financeiro e o
rendimento colocado a render juros por capital financeiro.
Objecto de Estudo
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Função Juro
J = f (C; T; i)
Para que exista o juro é necessário que a existência de Capital, Tempo e Taxa de Juro;
esses valores devem ser positivos e maiores que zero.
1
A Matemática Financeira rejeita certas práticas, mas há que reconhecer que a liberdade negocial entre
partes, devidamente esclarecidas, é sempre mais forte que qualquer imperativo da matemática.
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Processo de Capitalização
CFK = CIK + JK
Onde: K = 1,2,3....n
CIk CFk
Jk
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No período k (ou qualquer outro período), o capital final desse período (CFk) será igual
ao capital no início desse período (CIk) mais o juro produzido nesse período (Jk).
O juro periódico produzido pode manter-se no processo ou retirado do processo, daí que
existem dois casos notáveis:
1º- Os juros periódicos saem do processo- aqui o capital inicial periódico
permanece o mesmo e o juro periódico será constante se a taxa de juro for a
mesma ao longo do processo. Este tipo de processo é designado por processo de
capitalização simples.
2º- Os juros periódicos permanecem no processo- aqui os juros periódicos
permanecem no processo e tem efeitos na produção de outros juros. O capital
inicial periódico será composto por capital mais juro. Este tipo de processo é
designado por processo de capitalização composto. Os capitais iniciais periódicos
são diferentes e crescentes e os juros periódicos também crescentes.
REGIMES DE CAPITALIZAÇÃO
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No período 1:
CF1 = CI1+J1
Mas, como o J1 sai do processo, ou seja, é retirado, então: CF1 = CI1
Ou seja: CF1 = C0 que será o capital inicial do período seguinte (CF1 = CI2 = C0)
No período 2:
CF2 = CI2+J2
Mas, como o J2 sai do processo, ou seja, é retirado, então: CF2 = CI2
Ou seja: CF2 = C0 que será o capital inicial do período seguinte (CF2 = CI3 = C0)
No período 3:
CF3 = CI3+J3
Mas, como o J3 sai do processo, ou seja, é retirado, então: CF3 = CI3
Ou seja: CF3 = C0 que será o capital inicial do período seguinte (CF3 = CI4 = C0)
No período “n”:
CFn = CIn+Jn
No último período o Jn sai do processo juntamente com o capital, ou seja, é retirado
juntamente com o capital inicial, então: CFn = CIn + Jn
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Conclusão:
O capital final do processo é igual ao capital inicial mais o juro final do processo
(ou seja, o juro do último período):
JF = JK = CI*i = C0*i
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RESOLUÇÃO:
Como os juros são pagos no final de cada ano, então estamos perante o regime de
capitalização simples, pois os juros são do processo de capitalização periodicamente, ou
seja, anualmente.
quarto ano:
J1 =J4= CI*i=100.000*20%=20.000
CF = CI (1+i)=100.000 (1+20%)=120.000
c) Não é possível determinar o juro acumulado porque este regime não acumula.
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No período 1:
CF1 = CI1+J1
Mas, como o J1 não sai do processo, ou seja, é capitalizado, então: CF1 = CI1 + J1
Como J1 = CI1*i = C0*i, então:
CF1 = CI1 + CI1*i = C0 + C0*i = C0(1+i)
Ou seja: CF1 = C0(1+i) que será o capital inicial do período seguinte (CF1 = CI2)
No período 2:
CF2 = CI2+J2
Mas, como o J2 não sai do processo, ou seja, é capitalizado, então: CF2 = CI2 + J2
Como J2 = CI2*i e CI2 = CF1, então:
CF2 = CI2 + CI2*i = CF1 + CF1*i = CF1(1+i)
Como CF1 = C0(1+i), então:
CF2 = CF1(1+i) = [C0(1+i)](1+i) = C0(1+i)^2
Ou seja: CF2 = C0(1+i)^2 que será o capital inicial do período seguinte (CF2 = CI3)
No período 3:
CF3 = CI3+J3
Mas, como o J3 não sai do processo, ou seja, é capitalizado, então: CF3 = CI3 + J3
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No período “n”:
CFn = CIn+Jn
Mas, como o Jn sai do processo juntamente com o capital/saldo em dívida, então: CFn =
CIn + Jn
Como Jn = CIn*i e CIn = CFn-1, então:
CFn = CIn + CIn*i = CFn-1 + CFn-1*i = CFn-1(1+i)
Como CFn-1 = C0(1+i)^n-1, então:
CFn = CFn-1(1+i) = [C0(1+i)^n-1](1+i) = C0(1+i)^n
Ou seja: CFn = C0(1+i)^n que não será o capital inicial do período seguinte porque não
existe período seguinte (é o último período).
Conclusão:
J1 ≠ J2 ≠ J3 ≠ ........ ≠ Jn
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O juro periódico incide sobre o capital em dívida no início desse período (que é o
capital final do período anterior):
CFn = C0 + JT
O juro total é igual a diferença entre o capital final do processo e o capital inicial
do processo:
JJ = Cn – C0 – n * C0 * i.
Por exemplo, no período 2 acima, o J2 = CI2*r, mas como CI2 = CF1 = C0+J1,
então: J2 = (C0+J1)*i = C0*r + J1*i.
Aqui temos i. juros que são calculados com base em capital inicial (C0*i) e ii.
juros que são calculados com base em outro juro (J1*i).
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Assim, o juro sobre juro no período 2 (JJ2) = J2 – C0*i (ou seja, será igual ao juro
produzido no 2 periodo, retirado o juro calculado apenas com base no capital
inicial).
O juro do período k é igual ao capital final do período anterior (k-1) multiplicada pela
c) CF = Co + JT = 200.000+262.612,1531 = 462.612,1531 ou
empréstimo.
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Co(1+15%)4.
Por fim, temos que calcular o valor acumulados dos últimos 4 anos,
Co(1+15%)4(1+20%)2.
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40.000(1,15)4(1,2)2(1,25)4 = 245.954,0039
No período 1:
CF1 = CI1+J1
Mas, como o J1 não sai do processo, então: CF1 = CI1 + J1
Como J1 = C0*i, então:
CF1 = CI1 + C0*i = C0 + C0*i = C0(1+i)
Ou seja: CF1 = C0(1+i) que será o capital inicial do período seguinte (CF1 = CI2)
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No período 2:
CF2 = CI2+J2
Mas, como o J2 não sai do processo, então: CF2 = CI2 + J2
Como J2 = C0*i e CI2 = CF1 = C0(1+i), então:
CF2 = CF1+ C0*i = C0(1+i) + C0*i = C0(1+i+i) = C0(1+2*i)
Ou seja: CF2 = C0(1+2*i) que será o capital inicial do período seguinte (CF2 = CI3)
No período 3:
CF3 = CI3+J3
Mas, como o J3 não sai do processo, então: CF3 = CI3 + J3
Como J3 = C0*i e CI3 = CF2 = C0(1+2*i), então:
CF3 = CF2+ C0*i = C0(1+2*i) + C0*i = C0(1+2*i+i) = C0(1+3*i)
Ou seja: CF2 = C0(1+3*i) que será o capital inicial do período seguinte (CF3 = CI4)
No período “n”:
CFn = CIn+Jn
Mas, como o Jn sai do processo juntamente com o saldo em dívida, então: CFn = CIn + Jn
Como Jn = C0*i e CIn = CFn-1=C0[1+(n-1)*i], então:
CFn = CFn-1 + C0*i = C0[1+(n-1)*i] + C0*i = C0[1+(n-1)*i + i] = C0(1+n*i)
Ou seja: CFn = C0(1+n*i) que não será o capital inicial do período seguinte porque não
existe período seguinte (é o último período).
Conclusão:
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J1 = J2 = J3 = ........ = Jn
Jk = C0 * i
- O juro total do processo é igual a pura soma dos juros produzidos ao longo do
processo: JT = ∑ C0*i = n * C0 * i
- O capital final do processo é igual ao capital inicial mais o juro total: CFn = Cn =
C0 + n * C0 * i = C0 (1 + n * i)
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RESOLUÇÃO:
processo.
c) JT = n * C0 * r = 5*100.000*20%=100.000,00.
e) CF= C0 (1 + r1 + r2 + r3+..+rn)=100.000*(1+21%+22%+23%+24%+25%)=
= 215.000
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Se considerarmos:
α – percentagem dos juros pagos/retirados (que saem do processo); e
β – percentagem dos juros remanescentes (retidos/mantidos no processo)
α + β = 1 ou α + β = 100%
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No período 1:
CF1 = CI1+J1
Mas, como do J1 uma parte dos juros são retirados (ou seja, “α*J1” é retirado) então só
ficará “β*J1”, assim: CF1 = CI1 + β*J1 = C0 + β*C0*i = C0(1+ β*i)
Ou seja: CF1 = C0(1+ β*i) que será o capital inicial do período seguinte (CF1 = CI2)
No período 2:
CF2 = CI2+J2
Mas, como do J2 uma parte dos juros são retirados (ou seja, “α*J2” é retirado) então só
ficará “β*J2”, assim: CF2 = CI2 + β*J2
Como CI2 = CF1 = C0(1+ β*i), e J2 = CI2*i=CF1*i = C0(1+ β*i) * i, então:
CF2 = C0(1+ β*i) + β*C0(1+ β*i)*i = C0(1+ β*i)(1+ β*i) = C0(1+ β*i)^2
Ou seja: CF2 = C0(1+ β*i)^2 que será o capital inicial do período seguinte (CF2 = CI3)
No período 3:
CF3 = CI3+J3
Mas, como do J3 uma parte dos juros são retirados (ou seja, “α*J3” é retirado) então só
ficará “β*J3”, assim: CF3 = CI3 + β*J3
Como CI3 = CF2 = C0(1+ β*i)^2, e J3 = CI3*i=CF2*i = C0(1+ β*i)^2 * i, então:
CF3 = C0(1+ β*i)^2 + β*C0(1+ β*i)^2 *i = C0(1+ β*i)^2(1+ β*i) = C0(1+ β*i)^3
Ou seja: CF3 = C0(1+ β*i)^3 que será o capital inicial do período seguinte (CF3 = CI4)
No período “n”:
CFn = CIn+Jn
Mas, como o Jn sai do processo juntamente com o capital/saldo em dívida, então: CFn =
CIn + Jn
Como Jn = CIn*i (no último período não pagamento parcial do juro) e CIn = CFn-1, então:
CFn = CIn + CIn*i = CFn-1 + CFn-1*i = CFn-1(1+i)
Como CFn-1 = C0(1+ β*i)^n-1, então:
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No período 1:
CF1 = CI1+J1
Mas, como do J1 uma parte dos juros são retirados (ou seja, “α*J1” é retirado) então só
ficará “β*J1”, assim: CF1 = CI1 + β*J1 = C0 + β*C0*i = C0(1+ β*i)
Ou seja: CF1 = C0(1+ β*i) que será o capital inicial do período seguinte (CF1 = CI2)
No período 2:
CF2 = CI2+J2
Mas, como do J2 uma parte dos juros são retirados (ou seja, “α*J2” é retirado) então só
ficará “β*J2”, assim: CF2 = CI2 + β*J2
Como CI2 = CF1 = C0(1+ β*i), e J2 = β*C0*i, então:
CF2 = C0(1+ β*i) + β*C0*i = C0(1+ β*i + β*i) = C0(1+ 2*β*i)
Ou seja: CF2 = C0(1+ 2*β*i) que será o capital inicial do período seguinte (CF2 = CI3)
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No período 3:
CF3 = CI3+J3
Mas, como do J3 uma parte dos juros são retirados (ou seja, “α*J3” é retirado) então só
ficará “β*J3”, assim: CF3 = CI3 + β*J3
Como CI3 = CF2 = C0(1+ 2*β*i), e J3 = β*C0*i, então:
CF3 = C0(1+ 2*β*i) + β*C0*i = C0(1+ 2*β*i + β*i) = C0(1+ 3*β*i)
Ou seja: CF2 = C0(1+ 3*β*i) que será o capital inicial do período seguinte (CF3 = C4)
No período “n”:
CFn = CIn+Jn
Mas, como o Jn sai do processo juntamente com o saldo em dívida, então: CFn = CIn + Jn
Como Jn = C0*i e CIn = CFn-1=C0[1+ β*(n-1)*i], então:
CFn = CFn-1 + C0*i = C0[1+ β*(n-1)*i] + C0*i = C0[1+ β*(n-1)*i + i]
Ou seja: CFn = C0[1+ β*(n-1)*i + i] que não será o capital inicial do período seguinte
porque não existe período seguinte (é o último período).
Nesta hipótese apenas a fórmula de cálculo do capital final (ou acumulado) é que muda, o
resto mantém-se inalterado, ou seja:
Cn = C0 (1+ β*r)n para o Regime Composto, com pagamentos periódicos de parte de juros
Cn = C0 (1 + nβ* r) para o Regime Dito Simples, com pagamentos periódicos de parte de
juros
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a) Jk = Co(1+β*i)k-1*i
J4 = Co(1+0,7*15%)4-1*15% = 200.000(1+0,7*15%)3*15% =
40.476,98
Neste caso, pretende-se saber o valor do juro que foi pago, ou seja, do montante de juro
NOTA:
Para se determinar o capital final (ou acumulado) neste regime misto é necessário
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multiplicada pela percentagem dos juros que ficam retidos no processo (β). No
NOTA:
n, i (ou seja, o tempo e a taxa de juro) devem vir expressos na mesma
unidade de tempo que é o período de capitalização, ou seja, se período de
capitalização for mensal, n e i, deverão vir expressos em meses (ou seja,
devem ser convertidos para meses); se o período de capitalização for anual, n
e i, deverão vir expressos em anos (ou seja, devem ser convertidos para anos).
Cálculo do juro quando o tempo vem dado em dias (e a taxa de juro é anual):
C0 * t * r t
J= , onde n = para o ano civil e dividir por 360 para o ano comercial
365 365
Cálculo do juro quando o tempo vem dado em meses (e taxa de juro é anual):
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C0 * t * r t
J= , onde n =
12 12
Deve-se utilizar o ano comercial (360) somente quando for indicado, pois que, nos casos
em que nada se diz, utiliza-se o ano civil (365).
NOTA IMPORTANTE:
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Assumimos até aqui que o período de capitalização coincide com o período de referência
da taxa de juro, mas nem sempre isto ocorre, situação há em que a taxa de juro vem dada
numa unidade de tempo diferente do período de capitalização.
Neste caso, a taxa de juro dada é de período anual e a capitalização faz-se ao semestre. A
questão que se coloca é de como capitalizar ao semestre com uma taxa anual?
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Considerando o conceito de equivalência de taxas, que diz que “duas taxas de juro
referidas a períodos diferentes (uma anual ou maior e outra subanual ou menor) dizem-se
equivalentes, quando aplicadas ao mesmo capital inicial e para a mesma duração do
processo de capitalização produzem o mesmo valor acumulado.
Comparando os dois valores acumulados, concluímos que estes são diferentes e onde
então podemos dizer que a taxa de 10% ao ano não é equivalente a taxa de 5% ao
semestre.
Posto isto, qual é então a taxa semestral equivalente a taxa anual de 10%?
CF1ano = CF2sem
10.000 (1+10%) = 10.000 (1+i’)2
(1+10%)=(1+i’)2
i’ = (1+10%)1/2 – 1 = 4,88% (taxa semestral equivalente a taxa anual de 10%)
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Se 4,88% é a taxa semestral equivalente, que tipo de taxa é então a taxa de 5%?
A taxa de 5% foi obtida com recurso a proporcionalidade directa, donde é designada por
taxa proporcional.
Assim, podemos concluir que entre duas taxas referidas a períodos diferentes (uma taxa
anual ou maior e outra subanual ou menor), podemos encontrar dois tipos de relações:
relação de equivalência e a relação de proporcionalidade.
Atenção: tem que ser taxas de períodos diferentes (uma deve ser maior que outra).
Fórmulas
Seja:
i taxa anual (ou maior) equivalente
i(m) taxa anual (ou maior) proporcional, composta m meses durante o ano
Exemplos:
i(2) = taxa anual proporcional, composta semestralmente (duas vezes ao
ano)
i(4) = taxa anual proporcional, composta trimestralmente (quatro vezes ao
ano)
i(12) = taxa anual proporcional, composta mensalmente (doze vezes ao ano)
im taxa subanual (ou menor) reportada ao período que corresponde a 1/m do ano.
Exemplos:
i2 = taxa semestral
i4 = taxa trimestral
i12 = taxa mensal
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Considerando que entre a taxa i e a taxa im existe uma relação de equivalência e tomando
em atenção o conceito de equivalência de taxas, teremos a seguinte equação de
equivalência:
C0 (1+i) = C0 (1+im)m
Onde:
m = é o número de vezes que o período da taxa subanual (ou menor) cabe no período da
Considerando que entre a taxa i(m) e a taxa subanual im, existe uma relação de
proporcionalidade, teremos a seguinte equação de proporcionalidade
Onde:
m = é o número de vezes que o período da taxa subanual (ou menor) cabe no período da
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Quando a relação que existe entre a taxa anual (ou maior) i e a taxa subanual (ou menor)
im for de equivalência, é indiferente trabalhar com a taxa anual i (contando o tempo em
anos) ou trabalhar com a taxa subanual im (contando o tempo em meses) pois obtém-se o
mesmo valor acumulado. Assim, podemos concluir que se i e im são equivalentes,
então ambas são efectivas (portanto, taxas equivalentes são efectivas).
Chama-se taxa ilíquida (ou bruta) à taxa que não leva em consideração a existência de
impostos sobre os juros produzidos e a taxa líquida que já reflete o efeito da fiscalidade.
Regra geral, sempre que há juro, há imposto. Este imposto é normalmente determinado
aplicando uma taxa (t) ao montante do juro produzido, pelo que o beneficiário fica apenas
com o restante do juro periódico produzido (a outra parte vai para o Estado).
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Fórmula:
Seja:
iliq taxa de juro líquida
iiliq taxa de juro ilíquida (ou bruta)
t taxa de imposto2
Chama-se taxa corrente à taxa que não leva em consideração o efeito correctivo da
inflação e a taxa real aquela que já reflecte essa correcção.
Existe inflação num dado período quando nesse período o nível geral de preços sobe.
Portanto, quando a taxa de juro real for inferior a taxa de juro corrente significa que, em
termos reais, o poder de compra se deteriore. Por outro lado, quando a taxa de juro real
for superior a taxa de juro corrente significa que, em termos reais, o poder de compra seja
maior.
Fórmula:
Seja:
i taxa de juro corrente (anual)
iz taxa de juro real (anual)
z taxa de inflação
2
É chamada de taxa liberatória, na medida em que “libera” o beneficiário da obrigação de incluir esses
rendimentos na sua declaração anual de rendimentos
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1 i
Assim, teremos iz3 = 1
1 z
Vejamos, agora, o que sucede para n períodos de tempo, se as taxas forem variáveis
período a período. Aqui deve-se determinar a taxa real média para o prazo da aplicação e
que notaremos por i’z. Logo, vem que:
C0(1+i1)*….*(1+in) = C0(1+z1)*….*(1+zn)(1+iz)
(1 i 1 ) * .... * (1 i n )
iz = 1
(1 z 1 ) * .... * (1 z n )
Exemplo 1: Dada a taxa anual efectiva de 10%, calcule a taxa equivalente de período
bimestral.
Dados:
i = 10% anual (1 + i) = (1 + im)m
i6 = ? bimestral (1 + 10%)= (1 + i6)6
m = 12/2 = 6 (1,1)1/6 - 1 = i6
i6 = 1,6%
3
Deve perceber-se que, em rigor, a taxa real não é igual à diferença entre a taxa corrente e a taxa de
inflação conforme vem nalguns manuais de economia
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Ano Lectivo: 2023
Dados:
C0 = 8.000
i = 6%
z1 = 3%
z2 = 1,75%
Vamos calcular o juro, considerando à taxa real média para o prazo da aplicação. Assim
sendo, vem que:
(1 6%) 2
iz = 1 iz = 7,2%
(1 3%)(1 1,75% )
Podemos, agora, calcular o montante dos juros. E sendo que a taxa obtida anteriormente
se reporta a todo o prazo da aplicação, o montante total dos juros pode ser obtido
multiplicando esta taxa pelo valor de C0. Donde resulta que:
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Ano Lectivo: 2023
Exemplo 3: Qual o capital final real líquido de um capital de MT 100.000,00 que esteve
aplicado a prazo em regime de juro composto, durante 5 anos, sabendo que:
- Produziu, durante os 3 primeiros anos, juros à taxa de 8%, tendo sido de 6% a
taxa praticada nos 2 últimos;
- Do 1º ao 5º ano da aplicação se observou uma taxa de inflação da ordem dos
6,75%, 4,5%, 5% e 6,5%, respectivamente?
Resolução:
Assim, os juros vão capitalizar à taxa líquida, isto é, 6,4% (=8%*80%) nos 3 primeiros
anos e 4,8% (=6%*80%) nos 2 últimos.
(1 i 1 ) 3 (1 i 2 ) 2
CFRL = C0*
(1 z 1 )(1 z 2 )(1 z 3 )(1 z 4 )(1 z 5 )
Enquanto que as taxas constantes no numerador nos permitem apurar o valor líquido do
capital, no denominador consideramos o efeito resultante da perda do poder de compra da
moeda. Logo,
(1 6,4% ) 3 (1 4,8%) 2
CFRL = 100.000* = 99.115,28
(1 6,75% )(1 4,5% )(1 5% )(1 7% )(1 6,5% )
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O capital final real líquido é inferior ao seu valor inicial, donde resulta que a
rendibilidade auferida por este investimento, ao longo dos 5 anos, não foi suficiente para
compensar os efeitos das elevadas taxas de inflação, sendo que deverá ser procurado uma
aplicação alternativa.
Portanto:
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1. Se a taxa dada for anual efectiva, primeiro temos que calcular a taxa subanual usando
a equação de equivalência. E depois a partir dessa taxa subanual podemos calcular a
taxa anual nominal usando a equação de proporcionalidade;
2. Mas, se a taxa dada for anual nominal, primeiro temos que calcular a taxa subanual
usando a equação de proporcionalidade. E depois a partir dessa taxa subanual
podemos calcular a taxa anual efectiva usando a equação de equivalência.
Expressando o período não inteiro x em fracção de período inteiro p, teremos x/p e para o
nosso processo de capitalização n + x/p períodos de capitalização.
Cn+x/p = Cn + Jx/p
Cn = C0 (1 + i)n e Jx/p = CIx/p * ix/p
Como CIx/p = Cn então
Cn+x/p = C0 (1+i)n + C0 (1+i)n * rx/p
= C0 (1+i)n (1+ix/p)
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Neste tipo de problemas, normalmente é conhecido a taxa do período inteiro (i), mas não
é conhecido a taxa do período não inteiro. Como não é conhecido, deve ser calculado.
Mas, para calcular temos que saber que tipo de relação existe entre a taxa de período
inteiro (i) e taxa de período não inteiro (ix/p)?
Ou seja, neste caso, toma-se que no período não inteiro vigora uma taxa equivalente,
donde a taxa subanual (a não inteira) é obtida por recurso a equação de equivalência de
taxas. Assim:
Dados:
i = taxa do período inteiro
ip/x = ? taxa do período não inteiro
m = p/x (onde p é o período da taxa inteira ou maior e x é o período da taxa não inteira ou
menor)
Ou seja, neste caso, toma-se que no período não inteiro vigora uma taxa proporcional,
donde a taxa subanual (não inteira) é obtida por recurso a equação de proporcionalidade
de taxas.
Assim:
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ip/x =
x
Assim, Cn+x/p = C0 (1+i)n (1+ip/x) = C0 (1+i)n (1+ * i)
p
NOTA: Nas duas relações acima, devemos assegurar que o período da taxa i (taxa
inteira) seja igual ao período de capitalização. Desse modo, a taxa i (inteira) será
uma taxa de juro simultaneamente efectiva e nominal, pelo que com essa taxa é
possível usar na equação de equivalência como na equação de proporcionalidade.
No regime simples, vimos que o juro é pago no final de cada período da sua
formação/produção e no final do processo o devedor tem a pagar o capital inicialmente
obtido mais o juro do último período. O último período, é neste caso o período não inteiro
(x/p), donde:
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Ano Lectivo: 2023
x
A taxa subanual (ou taxa de período não inteiro) será ip/x = *i
p
x
E o Cn+x/p = C0 (1+ * i)
p
NOTA: Nas duas relações acima, devemos também assegurar que o período da taxa
i (taxa inteira) seja igual ao período de capitalização. Desse modo, a taxa i (inteira)
será uma taxa de juro simultaneamente efectiva e nominal, pelo que com essa taxa é
possível usar na equação de equivalência como na equação de proporcionalidade.
a) Taxa proporcional;
b) Taxa equivalente.
exercício é trimestral.
20%
i4 = = 5%
4
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para trimestres:
2
n = 43 + trimestres
3
prática:
solução teórica:
a) i4 = 15%/4 = 3,75%
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DESCONTOS
- Introdução
- Desconto Simples: Desconto por Fora e Desconto por Dentro
- Desconto Composto
- Desconto bancário de letras e livranças
Até aqui temos analisado processos de capitalização que vão do início até ao vencimento
dos mesmos, mas nem sempre isso ocorre, situação há em que quer por necessidade do
devedor como do credor os processos são interrompidos antes do seu vencimento, quando
faltam t períodos do processo por cumprir.
Perante esta situação, quanto é que o devedor terá que pagar na data da antecipação? Ou
ainda, do ponto de vista do credor, quanto ele irá receber na data da antecipação?
Na data da antecipação, o devedor irá pagar o valor actual da dívida, isto é, o valor
nominal da dívida actualizado ou descontado para o momento da antecipação.
Designando por Desconto, o encargo que o credor suporta pelo recebimento antecipado
da dívida e representando por D, podemos concluir que o valor actual da dívida (Cn-t) é
igual ao valor nominal da dívida (Cn) deduzido do montante de Desconto (D):
Cn-t = Cn – D
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Esta capitalização poderá ser feita recorrendo ao regime dito simples ou ao regime
composto. O caso de regime puramente simples, deixa de ter relevância dado que neste
regime o capital em dívida em qualquer momento corresponde ao valor inicialmente
cedido mais o juro do período vencido.
Ao Desconto realizado com base no regime dito simples, designa-se por Desconto
Simples e ao realizado com base no regime composto designa-se por Desconto
Composto.
Desconto Simples
Tem como base o regime de capitalização dito simples e corresponde ao juro dito simples
referente aos t períodos que faltam por cumprir, e pode ser calculado com base no valor
actual da divida ou com base no valor nominal da dívida.
Desconto por Dentro ou Racional – neste caso o desconto corresponde ao juro dito
simples calculado com base no valor actual da dívida:
DD = JDS = Cn-t * t * r
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Sabendo que:
Cn C *t*r
Assim, como DD = Cn-t * t * r e Cn-t = , então DD = n (Fórmula de cálculo
1 t *r 1 t *r
do desconto por dentro, com base no valor nominal).
Desconto por Fora ou Comercial – É o que mais se pratica e toma como base o valor
nominal da dívida, ou seja, o desconto corresponde ao juro dito simples calculado com
base no valor nominal:
DF = JD S= Cn * t * r
Nota:
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Tanto o desconto por fora como por dentro são utilizados para períodos de tempo curtos,
geralmente inferiores a 1 ano. Normalmente a taxa de juro que nos é dada é de período
anual pelo que nos casos em que o tempo vem dado em meses ou dias deve-se dividir o t
por 12 quando o tempo vem dado em meses e por 365 ou 360 quando o tempo vem dado
em dias.
Desconto Composto
O valor actual é calculado com base na actualização do valor nominal nos moldes do
regime de capitalização composto:
Cn-t = Cn (1+r)-t
Sabendo que:
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que os títulos podem ser endossados (desse modo, os próprios títulos funcionam
como meios de pagamento, uma vez que o direito ao crédito é transferido para
outrem).
A letra é um título de crédito pelo qual uma pessoa (sacador/credor) ordena a outra
(sacado/devedor) que lhe pague a si próprio ou a um terceiro (tomador/beneficiário) uma
determinada importância, em determinada data.
Para além dos intervenientes acima apontados – sacador, sacado e tomador ou
beneficiário – outros poderão surgir no contexto da emissão e da negociação de uma
letra:
Aceitante – o sacado após ter reconhecido o saque e assinado a letra;
Endossante – pessoa que transfere os seus direitos por intermédio do acto de
endosso;
Endossado – aquele a quem são transmitidos os direitos pelo endossante;
Cedente – pessoa que apresenta a letra ao banco para desconto.
Desde a emissão da letra até ao seu vencimento, duas situações podem ocorrer:
Desconto de letras
NOTA:
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A prática bancária permite que as letras sejam liquidadas nos 2 dias posteriores ao
seu vencimento.
Assim,
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Cn = PPP + DB
Se: DB = Cn(t * r + α)(1+I) + P
Então Cn = PPP + Cn(t * r + α)(1+I) + P
PPP P
Cn =
1 - (t * r )(1 I)
Na determinação do valor nominal de cada letra, o somatório dos valores nominais das
letras será igual a PPP (valor em dívida) mais o somatório do desconto bancário das
letras.
C n PPP DB
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Chegada a data de vencimento da letra, uma das duas situações pode ocorrer: o devedor
paga o valor em dívida ou o devedor não paga. Nesta segunda hipótese, ele pode negociar
com o vendedor a prorrogação do prazo, pois uma das condições essenciais da letra é a
inclusão da data de vencimento e esta não pode ser rasurada. Esta situação leva a emissão
de uma nova letra com um novo prazo de vencimento – a esta substituição de uma letra
vencida por uma nova de vencimento posterior designa-se por reforma da letra.
Os procedimentos para o cálculo do valor nominal da nova letra (Cn+t) são os mesmos
que vimos anteriormente, mas só que o preço de pronto pagamento (PPP) é substituída
pelo valor nominal da antiga letra (Cn).
Há reforma total/integral quando na data de vencimento o devedor/comprador não
efectua qualquer amortização. No caso da reforma parcial, o devedor/comprador liquida
certa percentagem do valor em dívida, havendo lugar à emissão de uma nova letra
correspondente à quantia remanescente.
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Na livrança intervirão o subscritor ou emitente, quem emite o título e que pela sua
assinatura se obriga a pagar uma determinada importância no futuro e o beneficiário ou
tomador, aquele a quem ou à ordem de quem, o título é pagável.
Desconto de livranças
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Nesta opção, uma vez que o valor nominal da letra engloba os encargos inerentes à
operação de desconto, na data da emissão, a conta à ordem do subscritor será creditada
pelo capital mutuado (C0), devendo a mesma ser debitada, no vencimento, pelo valor
nominal da livrança.
VN = C0 + DD + IS
VN = C0 + DD + DD*I = C0 + DD (1+I)
Aqui o valor nominal vai corresponder à quantia a liquidar no vencimento e o saldo final
na conta à ordem do subscritor na data de emissão será menor que o valor do título e a
diferença corresponderá aos encargos actualizados de acordo com a modalidade do
desconto por dentro.
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VN * t * i t *i
Pelo que, SF = VN – (1 I) = VN 1 (1 I)
1 t *r 1 t *r
t *i t *i
SF = VN 1 (1 I) ou SF = C0 1 (1 I)
1 t *r 1 t *r
EQUIVALÊNCIA DE CAPITAIS
- Equivalência Simples;
- Equivalência composta.
A relação entre o devedor e o credor em muitos casos não se resume a uma única dívida,
pode ser estendida a várias dívidas que o devedor tem para com o seu credor e pode haver
interesse em substituir essas dívidas por um pagamento único ou por vários pagamentos.
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Tanto num como noutro, os capitais a substituir como os capitais substitutos deverão ser
financeiramente equivalentes.
Diz-se que dois ou mais capitais são financeiramente equivalentes quando, para um
determinado momento (data focal), os seus valores actuais são iguais.
2. Adicionar os valores actuais dos capitais a substituir e igualar aos valores actuais
dos capitais substitutos. No caso de substituição de vários capitais por um único
pagamento a esse pagamento único é designado por capital comum (CC) e o
vencimento desse capital designa-se por vencimento comum (t).
Equivalência Simples
Toma como base o regime dito simples e actualização dos capitais é feita nos moldes do
desconto por fora ou por dentro, daí desdobra-se em equivalência por fora e por dentro.
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Neste caso toma-se a fórmula do valor actual por dentro para a actualização dos capitais.
Seja os capitais Cx e Cy vencíveis em tx e ty, para que esses capitais sejam equivalentes é
necessário que os seus valores actuais sejam iguais. Sabendo que o valor actual no
Cn
Desconto por Dentro é dado pela formula: Cn-t = e considerando os passos
1 t *r
necessários para estabelecer a equivalência:
C C
Cα-tα = ; Cβ-tβ =
1 t * r 1 t * r
C C
1 t * r 1 t * r
Sejam os capitais C1; C2;....; Cn, vencíveis em t1; t2;.....; tn. Para substituir esses capitais
por um capital único de vencimento único (t), teremos:
1º. Actualizar os capitais (para o momento presente):
C1 C2 Cn
C1-t1 = ; C2-t2 = ; Cn-tn =
1 t1 * r 1 t2 * r 1 tn * r
CC (t)
VA =
1 t *r
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2º. Adicionar os valores actuais a substituir e igualar ao valor actual do capital único:
C1 C2 Cn CC(t)
.......
1 t1 * r 1 t2 * r 1 tn * r 1 t * r
CC(t)
1+ t*r =
C
1 t * r
C C
1 t * r 1 t * r
Neste caso, utiliza-se a fórmula de cálculo do valor actual no Desconto por FORA e os
procedimentos são os mesmos da equivalência por dentro.
Equivalência Composta
Os passos para estabelecer a equivalência são os mesmos, mas a actualização é feita com
base no regime composto.
Sejam os capitais C1; C2; ....; Cn vencíveis em t1; t2; ...; tn. Para substituir esses capitais
por um capital único vencível no momento t (vencimento comum), teremos:
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2º. Adicionar os valores actuais dos capitais a substituir e igualá-los ao valor actual
da dívida única (capital único):
n
CC(t) = (1+r)t C k (1 r) - tk
k 1
Determine:
a) O vencimento médio;
b) O vencimento comum, considerando um pagamento único de MT 80,000;
c) O pagamento único que teria de fazer de imediato, para liquidar aquelas
dividas.
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RESOLUÇÃO:
(15.000+27.500+15.000+20.000) (1+10%)-t
t = 1,37 anos
b)
67.982,7 = 80.000 (1,1)-t
t = 1,74 anos
c)
RENDAS
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Calcular o valor duma renda num momento t qualquer, não é mais do que calcular o
capital comum desse conjunto de capitais. Sabendo que o capital comum no momento t é
n
dado por CC(t) = (1+r)t C k (1 r) - k e representando por R(t), o valor da renda no
k 1
momento t será:
n
R(t) = CC(t) = (1+r)t C k (1 r) - k ,
k 1
onde k é o vencimento de cada capital, que no caso das rendas é precedido ou inclui a
parte do diferimento (w) e considerando as rendas posticipadas ou de termos normais, em
que o primeiro termo vence no final do primeiro período após o diferimento (w+1) e o
segundo termo dois períodos após o diferimento (w+2) e assim em diante, podemos
constituir tk por w+k, onde w representa o diferimento e k o vencimento do termos após
o diferimento, variando de 1 ate n, no caso de rendas temporárias ou finitas.
Assim teremos:
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As rendas antecipadas são aquelas cujos termos vencem no início do respectivo período.
Se considerarmos a existência de um período antes de w (ou seja, antes do momento da
constituição da renda) a nossa renda antecipada passa a ser posticipada mas com um
diferimento de w-1, ou seja, R(t)AntW = R(t)PostW-1.
que vimos que era igual a uma renda posticipada diferida de w-1.
n n
R(t)AntW = R(t) PostW-1 = (1+r)t-(w-1) C k (1 r) -k = (1+r)t-w+1 C k (1 r) -k
k 1 k 1
n
= (1+r) (1+r)t-w C k (1 r) -k
k 1
Onde a taxa de juro (i), período de diferimento (w) e momento da renda (t) tem que estar
referidas na mesma unidade de tempo, que é o período da renda (ou seja, a
periodicidade da renda/periodicidade do pagamento das prestações).
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O valor duma renda no momento t de uma renda antecipada diferida de w é igual ao valor
no mesmo momento de uma renda posticipada com o mesmo diferimento capitalizada em
mais 1 período.
Sabendo que o valor no momento t de uma renda posticipada de termos quaisquer é dada
por:
n
R(t)PostW = (1+r)t-w C k (1 r) -k
k 1
Se a renda for de termos constantes, podemos substituir Ck por C, que pode-se tirar do
somatório, visto ser uma constante:
n
R(t)PostW = (1+r)t-w C (1 r) -k
k 1
n
onde (1 r) -k
= (1+r)-1 + (1+r)-2 + ...+ (1+r)-n vai constituir a soma de n termos
k 1
U1 - U n * R
Se a soma de um progressão geométrica é dada por Sn =
1 R
(1 r) -1 (1 r) -n * (1 r) -1 1 (1 r) -n
Então a soma da nossa renda será: Sn =
1 - (1 r) -1 r
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1 (1 r) -n
R(t)Postw = (1+ β*r)t-w C
r
Expressão geral do valor da Renda constante, no momento t, posticipada,
temporária e diferida de w.
Entre as rendas de termos variáveis podemos encontrar dois grupos: i. Aquelas cujas
variações dos termos não obedece a qualquer tipo de critério e ii. Aquelas cuja variação
dos termos ocorre de acordo com regras previamente estabelecidas.
No caso das primeiras, torna-se difícil encontrar um método que permita determinar
rapidamente tanto o valor actual como o valor acumulado, pelo que torna-se necessário
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considerar individualmente cada um dos termos, como vimos acima no cálculo das
rendas de termos quaisquer.
No caso das segundas, dedicaremos a nossa atenção a dois casos particulares: o caso em
que os termos da renda variam em função de um progressão aritmética e o caso em que
os termos da renda variam em acordo com uma progressão geométrica.
Donde podemos concluir que um dado termo k pode ser obtido através de
Ck=Ck-1+B=C1+(k-1)*B
O valor de uma renda cujos termos obedecem a estas características será dado por:
Onde:
R(0) = C1(1+r)-1 + C2(1+r)-2 + C3(1+r)-3 +….+ Cn(1+r)-n (renda actual, sem diferimento)
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1 (1 r) -n
R(0)*r = C1[1 – (1+r)-n] + B – nB(1+r)
-n
r
1 (1 r) -n B 1 (1 r) -n nB(1 + r) -n
R(0) = C1 + –
r r r r
B 1 (1 r) -n nB(1 + r) -n
R(0) = [C1+ ] –
r r r
B 1 (1 r) -n nB(1 + r) -n
R(t) = [C1+ ] – (1+ β*r)t-w
r r r
Nota: a condição base para a aplicação desta fórmula, é que t, n, w e r devem vir
expressos numa mesma unidade de tempo, que é o período da renda (periodicidade dos
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termos). Nos casos em que a taxa dada vem numa unidade de tempo diferente do período
da renda, recorre-se, como se sabe, na equivalência de taxas.
Donde podemos concluir que um dado termo k pode ser obtido através de
Ck=Ck-1*B=C1*B(k-1)
O valor de uma renda cujos termos obedecem a estas características será dado por:
Onde:
R(0) = C1(1+r)-1 + C2(1+r)-2 + C3(1+r)-3 +….+ Cn(1+r)-n (renda actual, sem diferimento)
= C1(1+r)-1 + C1*B(1+r)-2 + C1*B2(1+r)-3 +….+ C1*B(n-1)(1+r)-n
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Dentro dos parênteses rectos temos os n termos de uma progressão geométrica de razão
igual a B*(1+r)-1.
Sabendo que a soma dos n termos de uma progressão geométrica é dada por:
U1 - U n * R
Sn =
1 R
(1 r) -1 B n -1 * (1 r) -n B * (1 r) -1 1 B n (1 r) -n
Então, resulta que: Sn =
1 - B * (1 r) -1 1 r - B
1 B n (1 r) -n
Assim R(0) = C1
1 r - B
1 B n (1 r) -n
(1+ β*r)
t-w
Sendo que R(t) = C1
1 r - B
Nota: a condição base para a aplicação desta fórmula, é que t, n, w e r devem vir
expressos numa mesma unidade de tempo, que é o período da renda (periodicidade dos
termos).
Rendas perpétuas
São rendas que têm um número ilimitado de termos. Neste tipo de rendas, interessa
apenas calcular o valor actual pois o valor no vencimento do último termo não tem
sentido e o valor num outro momento tem pouca relevância.
Considerando n = ∞, teremos:
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1
1 (1 r)
- 1 - (1 r)
R(t)PostW = (1+ β*r)t-w C (1 r)
t-w
C
r r
1
Como a expressão tende para zero, as fórmulas de cálculo de rendas perpétuas
(1 r)
1
R(t)PostW = (1+ β*r)t-w C
r
B 1
R(t) PostW = [C1+ ] (1+ β*r)t-w
r r
1
R(t) = C1 (1+ β*r)t-w
1 r - B
RESOLUÇÃO:
a) Em primeiro lugar, vamos apurar qual o valor das prestações inicialmente
previsto. Estas correspondem ao termo de uma renda de amortização com 300
termos (12 mensalidades por ano, durante 25 anos), calculados a taxa mensal de
0,75% (=9%/12), calculado usando a proporcionalidade.
1 (1 r) -n 1 (1 0,75%) -300
R(0)Postw = (1+r)t-w C → 150.000 = (1+0,75%)0-0
C
r 0,75%
150.000 = C * 119,16162 → C = 1.258,79
Este foi o valor das mensalidades inicialmente previsto e foi também o valor
efectivamente pago, em cada mês, pelo casal Borges, durante os 8 primeiros anos de
vigência do contrato.
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Ora, já foram pagas 96 prestações de 1.258,79, estando, então por liquidar outras 204.
Daí que:
1 (1 0,75%) -204
Capital em divida = 1.258,79
0,75%
= 1.258,79*104,29661
= 131.287,53
b)
1 (1 0,75%) -204
19.763,81 = C
0,75%
19.763,81 = C*104,29661
C = 189,50
O casal Borges passaria a pagar uma prestação mensal no montante de MT 189,50.
c)
1 (1 0,75%) -n
19.763,81 = 1.258,79
0,75%
n = 16,767
totalmente saldada. Deve ser, então, paga uma quantia adicional, para além das 16
prestações inteiras, um mês após o pagamento da última prestação:
1 (1 0,75%) -16
19.763,81 = 1.258,79 + X(1+0,75%)
-17
0,75%
X = 966,67
No pressuposto de manter o valor dos termos, devem ser pagas 16 prestações mensais de
MT 1.258,79, bem como uma 17 prestação adicional no montante de MT 966,67.
AMORTIZAÇÃO DE EMPRÉSTIMOS
4
A definição não é acabada, devendo os estudantes consultar a bibliografia recomendada.
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Não é normal que a amortização de um empréstimo seja feita sem nenhuma regra
estabelecida no início. Só podemos encontrar em dois casos:
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Nos empréstimos com reembolso integral de uma única vez, o montante que o tomador
de empréstimo (devedor) deverá pagar no vencimento pode ser demasiado elevado. Para
se precaver, o devedor pode constituir um fundo de amortização onde periodicamente
deposita uma certa quantia cujo objectivo é constituir um fundo suficiente (fundo de
amortização) para fazer o pagamento da dívida no vencimento.
Fundo de Amortização
Portanto,
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1 (1 r2 ) n
Fundo de Amortização = (1+r2)t-w C = C0(1+r1)
r
Onde: t= w+n (no futuro), C = Capital e Juros, r1 = taxa do empréstimo e r2 = taxa do
fundo.
t-w
1 (1 r2 ) -n
Fundo de Amortização = (1+r2) C
r
Reembolso integral do empréstimo = C0(1+r1)n.
Portanto,
t-w
1 (1 r2 ) -n n
Fundo de Amortização = (1+r2) C = C0(1+r1)
r
Onde: t= w+n (no futuro), C = Capital e Juros, r1 = taxa do empréstimo e r2 = taxa do
fundo.
que é a soma da quota de capital (ou reembolso) do período e a quota do juro do período,
também será decrescente.
CK = M K + J K
Onde: MK é a quota de capital ou reembolso do período K
JK é a quota do juro do período K
CK é o pagamento no período K (ou prestação do período K)
Empréstimo
MK = (1+ β*r)w
n
Onde β é a percentagem de juros que fica no processo (no caso de regime misto), no
perído de diferimento.
Quando existe o período de diferimento o prazo total será a soma entre o período de
diferimento (w) e o período de reembolso (n), mas quando o período de diferimento não
existe o prazo total é igual ao período de reembolso (n).
Para se calcular o pagamento (ou prestação) periódico (CK), recorre-se a fórmula das
rendas com pagamentos ou termos iguais, ou seja:
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1 (1 r) -n
R(t)Postw = (1+ β*r)t-w C
r
Onde β é a percentagem de juros que fica no processo (no caso de regime misto) no
período de diferimento. Prazo total nestes casos é igual a soma do período de diferimento
(w) e o período de reembolso (n). Na ausência do perído de diferimento, o prazo total
será igual ao período de diferimento.
BIBLIOGRAFIA
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ANEXO
TABELA PARA A CONTAGEM DOS DIAS
Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez
1 1 32 60 91 121 152 182 213 244 274 305 335
2 2 33 61 92 122 153 183 214 245 275 306 336
3 3 34 62 93 123 154 184 215 246 276 307 337
4 4 35 63 94 124 155 185 216 247 277 308 338
5 5 36 64 95 125 156 186 217 248 278 309 339
6 6 37 65 96 126 157 187 218 249 279 310 340
7 7 38 66 97 127 158 188 219 250 280 311 341
8 8 39 67 98 128 159 189 220 251 281 312 342
9 9 40 68 99 129 160 190 221 252 282 313 343
10 10 41 69 100 130 161 191 222 253 283 314 344
11 11 42 70 101 131 162 192 223 254 284 315 345
12 12 43 71 102 132 163 193 224 255 285 316 346
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