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NOÇÕES GERAIS SOBRE CÁLCULO FINANCEIRO

(MATEMÁTICA FINANCEIRA)

O cálculo financeiro também chamado por vários autores de


MATEMÁTICA FINANCEIRA pertence ao ramo da Matemática
Aplicada e coloca maior enfoque nas operações financeiras.
Ele constitui uma ferramenta indispensável no quotidiano das
Instituições Financeiras e de todos os agentes económicos,
particularmente as Empresas que com aqueles se relacionam.
São inúmeras as situações do nosso quotidiano em que estão
presentes conceitos de Cálculo Financeiro. Podem ser abordadas:
a) Numa ótica ou perspetiva de investimento;
b) Numa ótica ou perspetiva de financiamento.
O mundo foi e é sempre caraterizado pela escassez de recursos e
uma constante e permanente necessidade das pessoas em
adquirirem Bens ∕ Serviços essenciais cuja a oferta se encontram
limitadas no espaço e no tempo. Esta procura, constitui, assim,
um continuo problema económico. Tais necessidades, norteou ao
longo dos tempos, processos de desenvolvimento da sociedade
humana.
Como reza a história, as transações correntes com o objetivo de
cobrir as necessidades das pessoas eram feitas com o recurso ás
TROCAS DIRETAS DE PRODUTOS (produtos ∕ produtos). Com
o evoluir dos tempos e o desenvolvimento da sociedade surgia a
MOEDA e a sua consequente utilização como intermediário nas
relações de trocas correntes, o que veio a facilitar e melhorar
substancialmente as transações comerciais em todos os domínios.
A moeda passou não só a constituir elemento chave nas trocas dos
produtos, mas também permitiu surgir e instituir um
Denominador Comum que mede e estabelece o valor dos BENS
∕ SERVIÇOS, isto é, PREÇO.
Em termos de preferência (opção) na utilização ou consumo de
BENS ∕ SERVIÇOS- CAPITAL (perspetiva meramente
financeira), num horizonte temporal, existem duas formas da sua
concretização. Pode ser através do:
a) CONSUMO IMEDIATO – gastar no presente, aplicar em
bens poucos duradouros. Ex.: vestuário, lazer, etc…
b) CONSUMO FUTURO – projetar futuro, realizar uma
poupança de forma a ter maior rendimento no futuro. Ex.:
investimento nas ações das empresas, produtos bancários,
terrenos para construção de habitações, comércio e serviço,
etc…
O consumo futuro resulta normalmente quando se consegue criar
ou obter Bens ∕ Serviços suficientes para satisfazer o consumo
presente (imediato) e ainda restar para poupança (stock). Ex.:
deposito bancário- a prazo.
1. REGRAS BÁSICAS DO CÁLCULO FINANCERO
O capital é um fator de produção, a par do trabalho e dos
recursos naturais e como tal, a sua utilização tem de ser
remunerada. A remuneração do capital financeiro é o juro.
O cálculo financeiro constitui um segmento ou ramo da
Matemática Aplicada que tem por objeto o capital financeiro
e a analise temporal do seu valor.
Assim os três 3⃣ elementos básicos do cálculo financeiro,
são:
1. Capital;
2. Tempo; e,
3. Juro.
Tal como para os restantes fatores de produção, o valor da
remuneração vai depender de um padrão, que é o rendimento (ou
custo) de uma unidade de capital durante uma unidade de tempo.
Por questões de simplicidade de tratamento, convencionou-se
exprimir aquele valor em termos percentuais.
I. O capital: variável que representa um valor e que está
sempre associada a um momento no tempo, frequentemente
o início ou o fim do período de capitalização (o período de
capitalização ou período de formação dos juros é um
período, habitualmente de duração constante ao longo de um
processo de capitalização, durante o qual um capital está sob
efeitos de uma taxa de juro).
 Corresponde ao conjunto de meios líquidos (moeda
ou equivalente) cedido ou aplicado durante um
determinado período (temporária ou permanente)
produzindo uma certa remuneração para o seu
possuidor (proprietário).
 O capital também corresponde ao valor aplicado
através de alguma operação financeira. É também
conhecido como: Principal, Valor Atual, Valor
Presente e Valor Aplicado.
II. O tempo – período ou quantidade de tempo em que
decorre o processo de capitalização.
 Corresponde o prazo ao qual o capital é
aplicado
e pode ser numa perspetiva de curto, médio e
longo prazo consoante o caso.
 A unidade de tempo é normalmente
denominada por PERÍODO e é expresso em:
a) Ano (anual)
b) Semestre (semestral)
c) Bimestre (bimestral)
d) Trimestre (trimestral)
e) Quadrimestre (quadrimestral)
III. O juro – corresponde ao custo ou à remuneração do
capital aplicado.
 Corresponde ao pagamento pela utilização ou
uso de um determinado capital por um período
considerado.
 É o prémio pelo não consumo imediato de um
dado bem (capital).
 O juro traduz, ainda no valor gerado pela
passagem do tempo de um período de
capitalização sobre um capital, mas que só esta
disponível no memento do seu vencimento
(habitualmente o fim do período de
capitalização). Tal como para os restantes
fatores de produção, o valor da remuneração vai
depender de um padrão, que é o rendimento de
uma unidade de capital durante uma unidade de
tempo, que se convencionou designar por taxa
de juro.
Em suma, o juro é a remuneração pelo empréstimo do
dinheiro. Ele existe porque grande número de pessoas
elegem o consumo imediato em detrimento do consumo
futuro, e estão sempre dispostos a pagar um preço para tal.
Por outro lado, as pessoas sempre com interesse em
possuir uma determinada quantia para adquirir seu desejo.
Ex.: um bem; e também dispostas a emprestar esta
quantia para o cumprimento do tal desejo para tal, este
último, deve ser recompensado por esta abstinência na
produção do tempo e risco, que a operação envolver. O
tempo, o risco e a quantidade de dinheiro disponível no
mercado para empréstimos definem qual deverá ser a
remuneração, mais conhecida como taxa de juros.
TIPOS DE JUROS (CAPITALIZAÇÃO DE JUROS)

Os juros podem ser capitalizados em dois regimes


 Juros simples (JS)
 Juros Compostos (JC)
JUROS SIMPLES
 O juro simples é diretamente proporcional ao capital
emprestado, a taxa de juro e ao tempo de duração do
empréstimo, isto é a data de vencimento ou do
reembolso do capital.
 No juro simples o juro de cada intervalo de tempo
sempre é calculado sobre o capital inicial emprestado
ou aplicado.
 No juro simples apenas o capital inicial é que rende
juros, dependendo da taxa de juro acordado.
JUROS COMPOSTO
 O juro gerado também gera juros, isto é, há por assim
dizer juros de juros e são capitalizados da seguinte
forma:
o O capital inicial gera juros e estes por sua vez
são utilizados ou adicionados ao capital inicial
para gerar juros no período seguinte e assim
sucessivamente;
o O juro de cada intervalo de tempo é calculado a
partir do saldo no início de cada intervalo. Ou
seja: o juro de cada intervalo de tempo é
incorporado ao capital inicial e passa a render
juros também.
EM QUE CIRCUNSTÂNCIAS SE USA JUROS
SIMPLES E JUROS COMPOSTOS?
Quase todas as operações que envolvem dinheiro,
normalmente se recorrem ao juro composto. Estas
operações incluem compras a médio e longo prazo,
compras com cartão de crédito, empréstimos bancários, as
aplicações financeiras usuais como caderneta de poupança
e aplicações em fundos de renda fixa, etc.…. Raramente
encontramos situações do uso de regime de juros simples,
somente em caso das operações de curtíssimo prazo, e do
processo de desconto simples de duplicatas.

TAXA DE JURO
Nas operações financeiras recorre-se normalmente a taxa
de juro como forma de segurar a recompensa de um
empréstimo.
Existem vários conceitos ou definições sobre a taxa de
juro a saber:
1. A taxa de juro corresponde ao juro de uma unidade
de capital durante uma unidade de tempo.
2. A taxa de juro é o indicador que mede o custo de
unidade de capital no período a que se refere a taxa
(anual, semestral, trimestral, etc.…).
3. Taxa de juro é o coeficiente que representa a
remuneração do capital empregado num período igual
à da taxa.
A taxa de juros indica qual remuneração a pagar ao
dinheiro emprestado, para um determinado período. Ela
vem normalmente expressa da forma percentual (%) e
seguida da especificação do tempo a que se refere. A
taxa de juro é sempre expressa em percentagem.

Ex.: Diz-se que uma taxa de juro é de 8% ao ano, é


quando se pretende dizer que ao utilizarmos um dado
capital, por um 1⃣ ano obteremos 8% desse capital.

A taxa de juro é uma variável positiva (>0) de


proporcionalidade entre o capital e juro, para cada
período de capitalização, habitualmente expressa na
forma percentual.
Por questões de simplicidade de tratamento,
convencionou-se exprimir aquele valor em termos
percentuais, ou seja, se a remuneração de 100.000 Fcfa
no período de um ano é de 4.800 Fcfa, dissemos que a
taxa de juro é de 4,8%.
Desde sempre uma dessas práticas mais comuns é a do
cálculo do juro, como sendo o produto de um capital por
uma taxa.
 Qualquer operação de empréstimo implica riscos de
várias ordens, como:
a) Credibilidade contraente do empréstimo;
b) Incumprimento da obrigação por parte do
Devedor;
c) Tempo de reembolso ou retorno do empréstimo
(CURTO ∕ MEDIO E LONGO PRAZO);
d) Estabilidade Política e Institucional do País;
e) Volume (montante) do capital emprestado ou
aplicado, etc…

OBS.: Maior ou menor taxa de juro face ao


montante emprestado depende do grau ou nível
de risco que o detentor (credor) do capital, esta
disponível a correr. Normalmente, as condições
do reembolso (taxa de juro, período de
liquidação do capital e o respetivo juro, a forma
de restituição- parcelada ou fracionada, etc.…)
do capital, vem sempre plasmado nos termos do
contrato a rubricar entre as partes.

TAXA MÉDIA
A taxa media (iM) corresponde à taxa única
aplicada a vários empréstimos para que o valor
total dos juros seja o mesmo.

iM=
somatoriia n sobre a taxa de 0 vezescjnjij sobre a somatoria do mesmo numerador

CAPITALIZAÇÃO
É o processo de transformação, provocada pelo tempo, de capital
mais juro, chama-se "capitalização". As variáveis envolvidas
neste processo são, como referido acima o tempo, o capital e o
juro.

Há três princípios ou regras básicas, que gerem as relações entre


estas variáveis, nomeadamente:

1. REGRA: A presença de capital e de tempo e ausência de


juro é uma impossibilidade em cálculo financeiro. Se há
capital e tempo, tem que haver um juro. O juro zero pode
ocorrer se e só o capital for zero e ou o prazo for zero.
2. REGRA: Qualquer operação financeira sobre dois ou mais
capitais requer a sua homogeneização no tempo. Dados dois
capitais quaisquer C e C`, podem-se adicionar, subtrair ou
estabelecer uma relação de grandeza entre eles (C >C` ou
C`>C ou C = C`) se e só se eles estiverem referidos ao
mesmo momento. É, pois, incorreto afirmar que 100 euros a
receber daqui a três meses são 200 euros.
3. REGRA: Sendo JK- Juro do período K, CK-1 → O capital
no início do mesmo período, isto é, no momento K-1 e iK
→ Taxa de juro em vigor no mesmo período, será
JK=iK*CK-1 (K=1,2, 3, …)
Temos, pois, que, qualquer capital aplicado durante um
determinado tempo (período de capitalização), a uma dada
taxa de juro, gera uma remuneração (juro), que é o produto
desse capital pela taxa de juro em vigor nesse período.
Todas as operações envolvendo capitais devem observar
estes princípios, o contrário é estarmos perante uma situação
enganadora ou de pura especulação.
"Praticas correntes como o empréstimo de dinheiro sem
juros, comum entre amigos ou familiares, são considerados
um erro e uma impossibilidade em termos de matemática
financeira ".
2.OPERAÇÕES DE CAPITALIZAÇÃO E
ATUALIZAÇÃO – DESCONTO
A aplicação de um capital (capital inicial) durante um
determinado período, a uma determinada taxa de juro,
resulta num determinado rendimento (juro), ao fim desse
período, o capital inicial transforma-se num montante
capitalizado (capital inicial +rendimento).
À operação que consiste em adicionar o juro do período ao
capital inicial chama-se Operação de Capitalização. Um
processo de capitalização decorre ao longo de n (n >0)
períodos de capitalização, podendo a taxa de juro em vigor
para cada um desses períodos ser fixa ou variável. O estudo
do processo de capitalização permite-nos, entre outras
coisas, calcular, em função da taxa de juro, quanto vai valer
num momento futuro (capital acumulado), um capital
colocado em capitalização num momento anterior.

A Atualização ou Desconto é o processo de cálculo inverso


a capitalização, pelo qual podemos calcular, em função da
taxa de juro, quanto vale, num momento anterior, um capital
vencível num momento posterior (num período posterior, ou
seja, Xn+1).

A operação de desconto encontra sua relevância na situação


em que porventura o devedor pretende liquidar o capital em
dívida antes da data de vencimento ou o credor receber os
seus créditos antes de estarem vencidos.
TAXA DE DESCONTO – Corresponde a redução sofrida
por uma unidade de capital descontada durante uma unidade
de tempo.
PERCENTAGEM – Corresponde a proporção ou parte
(parcela) de um dado valor (X) em relação a um montante
ou outro valor dado (Y). é representado pelo símbolo %.
FORMA PERCENTUAL DA TAXA DE JURO

FORMA TRANSFORMAÇÃO FORMA


PERCENTUAL UNITÁRIA
12% 12 ∕ 100 0.12
10.5% 10.5 ∕ 100 0.105
1% 1 ∕ 100 0.01
0.5% 0.5 ∕ 100 0.005

Recapitulando e tendo em conta tudo o que foi dito atrás, o


cerne do cálculo financeiro reside no Valor Temporal do
Capital que é um conceito intuitivo.

100.000 Fcfa, seja investido, ou seja, emprestado, não tem


para nós, o mesmo valor consoante fique disponível
imediatamente ou apenas daqui a algum tempo (5) anos.
Esta atitude racional é a chamada preferência pela
liquidez, pois relativamente a uma determinada quantia,
preferimos dispor dela imediatamente a dispor dela apenas
daqui a algum tempo.
Dispondo imediatamente dessa quantia ficamos com
liberdade para decidir o destino a dar-lhe, ou seja, podemos
tomar uma das seguintes opções:
 CONSUMO
 POUPANÇA
 MISTA (PARTE CONSUMO, PARTE POUPANÇA)
Optando pela poupança podemos aplicar essa quantia num
depósito bancário (risco reduzido), que nos proporcionará ao
fim de um ano um valor superior – os juros.
Em síntese, relativamente a uma mesma quantia, a preferência
é receber o mais cedo possível e pagar o mais tarde possível. É,
pois, intuitiva a importância do fator tempo em qualquer
análise que envolva capitais. Também é determinante o fator
juro ou remuneração do capital durante o referido tempo, que é
no fundo, o valor monetário tendo em conta o fator tempo.
Quer o juro quer o fator tempo (prazo) justificam-se por 3
razões:
 PRIVAÇÃO DA LIQUIDEZ;
 PERDA DO PODER DE COMPRA; E,
 RISCO
Atendendo ao valor temporal do dinheiro, para comparar capitais
é necessário que estejam reportados a um mesmo momento. Esta
é a chamada REGRA DE OURO DO CÁLCULO FINANCEIRO
e é o amago de todo e qualquer problema financeiro.
Sendo o juro, a remuneração pelo empréstimo do capital. Ele
existe porque a maioria das pessoas preferem o consumo
imediato, e dispostas a pagar um preço para tal. Por outro lado,
quem for capaz de esperar até possuir a quantia suficiente para
adquirir um bem que deseja, e se neste intervalo estiver disposta a
emprestar essa quantia a alguém, sob condição de que deve ser
recompensado por esta abstinência na proporção do tempo e
risco, que a operação envolver. O tempo, o risco e o montante do
valor disponível no mercado para empréstimos, definem qual
deverá ser a remuneração, mais conhecida como a taxa de juro.

CAPITALIZAÇÃO DE ACORDO OS REGIMES DE JUROS


A capitalização é o ato de adicionar os rendimentos da aplicação
ou empréstimo, os JUROS, ao montante principal (o valor
inicialmente aplicado ou emprestado). O processo de produção do
juro designa-se por processo de capitalização. A frequência com
que em determinada operação se processa o juro designa-se por
frequência ou periodicidade de capitalização.
Tradicionalmente há dois regimes extremos (opostos) de
capitalização:
1) No regime de capitalização simples – os juros de cada
período são, sempre, calculados sobre o capital inicial
(principal). É a situação em que os juros são retirados logo
que se vencem – pressupõe-se que estes juros são colocados
noutro processo de capitalização deixando por isso, de ser o
objeto da nossa atenção.
2) No regime de capitalização composta – os juros de cada
período são sempre calculados sobre o saldo de cada
período (montante). É o regime em que os juros são
totalmente, recapitalizados, isto é, são adicionados ao capital
no momento do seu vencimento (período seguinte).

Há obviamente outros regimes de juros mistos, por exemplo,


a recapitalização parcial dos juros ou a retirada ou adição de
parte do capital, não merecerão a nossa atenção neste
momento.

A maioria das operações envolvendo capital são utilizados


juros compostos. Por exemplo as compras a médio e longo
prazo, compras com cartão de crédito, empréstimos
bancários, as aplicações financeiras usuais como caderneta
de poupança e aplicações em fundos de rendimento fixo,
etc.…. Raramente encontramos uso para o regime de juro
simples e verificam-se, mas nos casos das operações de
curtíssimo prazo, e do processo de desconto simples.
Ex.: determine o juro produzido por um capital de 100.000
Fcfa, após um ano, a taxa de 10%, nas 4 situações seguintes:
a) RJS, capitalização anual;
b) RJS, capitalização semestral;
c) RJC, capitalização anual; e,
d) RJC, capitalização semestral.
RESOLUÇÃO
a) RJS
J= c*n*i → J= 100.000*1*0,1→J=10.000 Fcfa
Assim o juro total, ao fim de um ano, é 10.000 Fcfa

b) RJS
J= c*n*i→ J=100.000*(n ∕ 2 ou seja 6 ∕ 12=0,5)
*0,1→j=5.000 Fcfa.

Como vigora RJS, estes 5.000 Fcfa não se vão


capitalizar no período seguinte, pelo que o capital
que volta ao processo de capitalização, continua a
ser os 100.000 Fcfa e o juro é o mesmo (5.000).

Assim o juro total, ao fim de um ano é, novamente,


10.000 Fcfa (5.000 + 5.000).

c) RJC
J=c*n*i→ J=100.000*1*0,1→J=10.000 Fcfa

Neste caso há apenas uma capitalização. Logo não


vai haver juros de juros. Assim o juro total, ao fim
de um ano é, novamente, 10.000 Fcfa.

d) RJC
J=c*n*i→ J=100.000*(n ∕ 2 ou seja 6 ∕ 12=0,5)
*0,1→ J=5.000 Fcfa.

Como vigora o RJC, estes 5.000 Fcfa vão


capitalizar no período seguinte, pelo que o capital
sobre o qual vão incidir os juros, são agora de
105.000 Fcfa.
J=105.000*0,5*0,1→ J=5.250 Fcfa
Deste modo o juro total, ao fim de um ano é, agora,
10.250 Fcfa.

1)REGIME DE JURO SIMPLES –


CAPITALIZAÇÃO EM REGIME DE
JURO SIMPLES
No regime de juros simples o
stock(quantidade) de capital (também
designado por capital acumulado) mantém-se
constante, de período de capitalização: os
capitais iniciais e finais são iguais em todos os
períodos de capitalização ao longo do
processo de capitalização, só vária se variar a
taxa de juro. Não há juros de juros. Tal
acontece porque o juro, quando vencido, é
retirado do circuito de capitalização,
mantendo-se inalterado o capital inicial. Este
fator garante a proporcionalidade entre o juro
de qualquer período e o capital inicial, ou seja,
o rácio entre o juro e o capital mantem-se
constante seja qual for o período de
capitalização.

Juros=J1+J2+J3 → J=J2+J3=i

Capital Inicial=Co

Jt=Jt+j1+j2+j3(t=1, 2, 3, …, n)

Obviamente que no final do último (n)


período de capitalização se faz o reembolso do
capital inicial e do juro desse último período:
Co + it*Co.
FÓRMULA FUNDAMENTAL DE JURO
SIMPLES

J=C×n×i
C → capital
n → tempo (prazo de aplicação)
J → juro
i → taxa de juro %

FORMULAS FUNDAMENTAIS DE
JURO SIMPLES TENDO EM CONTA OS
PERÍODOS

J=C× n× i → juro produzido com


duração de n ano

J=C× n ∕ 12× i →juro produzido com


duração de n meses

J=C× n ∕ 365× i → Ano civil

J=C× n ∕ 360× i → Ano económico

Ex.: 1. a) Qual o juro gerado (criado)


num depósito de 600 xof durante um ano
se a taxa de juro anual for de 7%?

1.b) se o juro gerado pelo mesmo depósito no mesmo


período fosse de 72 xof, qual seria a taxa de juro desse
depósito.

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