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Operações Financeiras
1. Conceito E Tipos
OPERAÇÕES FINANCEIRAS são todas as operações que envolvam a variação do dinheiro
em função da passagem do tempo, havendo assim sempre três variáveis: tempo, capital e
taxa de juro.
Entre os diversos tipos de operações financeiras, os mais conhecidos são:
Aplicações Financeiras
Empréstimos e Financiamentos
Descontos de Duplicatas
2. Juro
A razão essencial do cálculo financeiro está focada num único conceito: o valor do dinheiro
ao longo do tempo.
Em outras palavras, o tempo é o fator essencial em qualquer análise que envolva capitais.
Desta forma, no cálculo financeiro é necessário atribuir um valor ao tempo e esse valor
denominamos JURO.
Em geral, o JURO corresponde à remuneração recebida na aplicação de dinheiro no mer-
cado financeiro ou cobrada pelo empréstimo de dinheiro ou venda a prazo de algum bem
(financiamento de bens).
Pode-se concluir, desta forma, que o JURO é equivalente a uma espécie de “aluguel do di-
nheiro”, ou seja, dá o direito ao tomador do empréstimo ou receptor da aplicação financeira
de usar o dinheiro recebido até o dia de sua devolução ao dono original do capital cedido
(credor).
Ao mesmo tempo, o JURO representa a compensação recebida pelo credor, em função deste
não poder usar o dinheiro até o dia do recebimento e também em razão do mesmo correr o
risco de inadimplência do devedor.
Resumidamente, podemos concluir que a existência do JURO se justifica por três razões:
3. Taxa De Juro
Representa a percentagem incidente em cada período (mês, trimestre, semestre, ano etc.)
sobre o dinheiro emprestado ou aplicado no mercado financeiro. Normalmente é representada
pela letra “i”, tendo em vista a origem da expressão inglesa “Interest Rate”.
6. Juro Simples
O juro simples cresce ao longo do tempo de forma linear, ou seja, é diretamente proporcio-
nal ao tempo transcorrido, tendo em vista que a taxa de juro incide o tempo todo sobre o
principal (valor original emprestado).
Assim, por exemplo, se alguém emprestasse R$ 1.000,00 com juro simples a uma taxa de
10% ao ano, após 1 ano o juro cobrado seria de R$ 100,00; após 2 anos, o juro cobrado
seria de R$ 200,00; após 3 anos, o juro cobrado seria de R$ 300,00, e assim por diante.
Se pusermos isso num gráfico, teremos uma função linear, pois a função é representada por
uma reta:
Admitindo que “J” são os juros totais, “C” é o capital inicial emprestado ou aplicado, que é o
mesmo que principal; “i” é a taxa unitária de juro (ex.: taxa percentual de 24% corresponde
à taxa unitária de 0,24; taxa percentual de 9% corresponde à taxa unitária de 0,09); “n” é o
número de períodos (ou tempo transcorrido); e “M” é o montante, que é a soma do principal
com os juros (M = C + J), teremos as seguintes fórmulas:
C = R$ 1.000,00
i = 10% = 0,1
n=8
--------------------------------------------------------
J = R$ 1.000,00 × 0,1 × 8 = R$ 800,00
M = C + J = R$ 1.000,00 + R$ 800,00 = R$ 1.800,00 (= total a pagar ao credor)
ou
M = R$ 1.000,00 (1 + 0,1 × 8) = R$ 1.000,00 × 1,8 = R$ 1.800,00
7. Juro Composto
De forma diferente do regime de juro simples, onde a taxa de juro incide o tempo todo
somente sobre o principal, tendo em vista que o juro não pago não é capitalizado (unido
ao principal), no regime de juro composto a taxa de juro incide em cada período sobre o
montante do período anterior, ou seja, há incidência cumulativa de juro sobre juro (capita-
lização dos juros), razão pela qual esse tipo de juro é considerado exponencial (não linear).
Cabe ressaltar que todas as normas impostas pelos pronunciamentos técnicos do Comitê de
Pronunciamentos Contábeis (CPC) no que se refere a empréstimos e financiamentos são
baseadas em juros compostos.
Além disso, normalmente, todas as operações nos bancos em geral e no mercado financeiro
também são realizadas em regime de juro composto.
No entanto, alguns exercícios e algumas questões de concursos “ainda” fazem referência à
solução considerando regime de juro simples apenas por simplificação dos cálculos, visto que
no regime de juro composto, os cálculos podem ser tão complexos que somente através do
uso de planilhas ou de máquinas financeiras de calcular é que podem ser realizados.
Também, no caso específico do tratamento contábil das aplicações financeiras, analogamente
ao caso dos empréstimos e financiamentos, a apropriação dos juros deve, em geral, ser feita
de forma exponencial (juros compostos).
No entanto, por questões de simplicidade e conveniência, é possível que em alguns exercícios
e questões de concursos públicos ainda se utilize a apropriação linear (juros simples), apesar
de na prática este tipo de apropriação ser cada vez menos utilizada, principalmente com o
advento das novas normas de contabilidade impostas pelo CPC.
Desta forma, se uma empresa aplicasse R$ 12.000,00 ao final de outubro de X1 no merca-
do financeiro de forma que irá resgatar R$ 13.500,00 ao final de 3 meses, se a apropriação
dos R$ 1.500,00 de receita de juros fosse feita de forma linear (juros simples), geraria uma
receita mensal de juros de R$ 500,00 (R$ 1.500,00 ÷ 3). Neste caso, teríamos as seguintes
contabilizações:
Obs. 1: 22,5% × R$ 1.500,00 (alíquota para aplicações financeiras com prazo de até 180
dias – Lei no 11.033/2004, art. 1o, inciso I).
Obs. 3: Evidentemente não estaria incorreta a apropriação da receita de juros acima de forma
não linear. No entanto, num exercício ou questão de concurso teria que ser explicitamente
informado no enunciado que os juros são compostos, visto que se nada for informado, pre-
sumimos que se trata de juros simples.
---------------------------------------------------------
Apresentação no balanço de 31/12/X1:
ATIVO CIRCULANTE
Aplicações Financeiras ............................................................................ 13.500,00
Juros Ativos a Vencer (ou Receitas Financeiras a Vencer) ........................ (500,00)
13.000,00
---------------------------------------------------------
Final de janeiro de X2 – apropriação da receita de juros:
D – Juros Ativos a Vencer ......................................................................... 500,00
C – Juros Ativos ....................................................................................... 500,00
Final de janeiro de X2 – Resgate da aplicação, supondo o IRRF (Imposto de Renda
Retido na Fonte) com alíquota de 22,5%:
D – Bancos .............................................................................................. 13.162,50
D – IRRF a Compensar ........................................................................... 337,50
C – Aplicações Financeiras ....................................................................... 13.500,00
Notemos que nas duas opções de contabilização, os resultados finais são os mesmos. Apenas,
na segunda opção, foi criada uma conta adicional (Juros Ativos a Vencer), a qual é retificadora
do ativo circulante.
Obs. 5: Se a apropriação dos juros neste último exemplo fosse feita de forma exponencial
(juros compostos), em vez de apropriarmos nos três meses R$ 500,00 em cada mês de receita
de juros, teríamos que apropriar R$ 480,50 ao final do 1o mês; R$ 499,74 ao final do 2o mês;
e R$ 519,76 ao final do 3o mês (os cálculos dos juros simples e dos juros compostos nesse
exemplo serão explicados após às contabilizações a seguir). Assim, nesta hipótese teríamos
as seguintes contabilizações:
Abaixo, temos a explicação desses cálculos, onde a taxa de juro é a primeira coisa a ser calculada:
JURO SIMPLES:
i=M C
M = C (1 + in) 1 + in = M à in = M – 1 à
à nC
C C
---------------------------------------------------------
i = 13.500,00 – 12.000,00 = 1.500,00 = 0,041666 ou 4,1666%
3 × 12.000,00 36.000,00
Obs. 6: No caso específico de JURO SIMPLES, os cálculos acima poderiam ser simplificados.
Para acharmos o valor da despesa ou receita financeira a ser apropriado mensalmente, basta
dividirmos os juros totais de R$ 1.500,00 (= R$ 13.500,00 – R$ 12.000,00) pela quantidade
de períodos (3 meses), isto é, R$ 1.500,00 ÷ 3 = R$ 500,00, coisa esta impossível de fazer
no sistema de juros compostos.
JURO COMPOSTO:
n
M = C (1 + i) n à (1 + i) n = M à i= M 1
C C
---------------------------------------------------------
i= 3
13.500,00 – 1 = 3
1,125 – 1 = 1,040042 – 1 = 4,0042%
12.000,00
M = C (1 + i) n
FV = PV (1 + i) n
Onde, o montante estaria fazendo o papel de “FV” (Future Value – Valor Futuro) e o principal
estaria fazendo o papel de “PV” (Present Value – Valor Presente), de forma que se quisermos
calcular o valor presente de determinado montante, utilizamos a seguinte expressão:
PV = FV
(1 + i) n
Obs. 8: Sabendo o valor de “PV”, “FV” e de “n”, podemos determinar a taxa de juros da
seguinte forma:
i= n
FV – 1
PV
i= 3
1.331 – 1 = 1,1 – 1 = 0,1 ou 10%
1.000
8. Aplicações Financeiras
É comum o fato das empresas que possuem folgas de caixa aplicarem esse excesso no mercado
financeiro de renda fixa (aplicações financeiras de renda fixa) ou de renda variável (aplicações
financeiras de renda variável).
IRRF (Imposto de Renda Retido na Fonte) – Incide sobre os rendimentos das aplicações
financeiras sacadas, de acordo com a Lei no 11.033/2004, a partir de janeiro de 2005,
com as seguintes alíquotas sobre as aplicações de renda fixa:
22,5% - para aplicações com prazo de até 180 dias;
20,0% - para aplicações com prazo de 181 até 360 dias;
17,5% - para aplicações com prazo de 361 até 720 dias;
15,0% - para aplicações com prazo acima de 720 dias.
Obs. 1: Os rendimentos obtidos em caderneta de poupança pela pessoa física estão isentos
do imposto de renda (RIR/1999, art. 39, VIII; IN SRF no 25, de 2001, art. 20). No caso
do IOF, também não há incidência sobre rendimentos da poupança, visto que esta só rende
após 30 dias, ou seja, se o investidor retirar antes de 30 dias, não haverá rendimento algum
e, consequentemente, IOF zero, mesmo que a alíquota desse imposto não fosse zero.
Obs. 2: A alíquota do IRRF sobre aplicações em fundo de ações é de 15% e sobre os rendi-
mentos de aplicações de renda variável é de 0,005%.
Contabilização em 20/10/X1:
D – Aplicações Financeiras ................................................................... 2.000.000,00
C – Bancos ........................................................................................... 2.000.000,00
Resgate em 18/01/X2:
D – Bancos (2.060.602,00 – 22,5% 60.602,00) .................................. 2.046.966,55
D – IRRF a Compensar ....................................................................... 13.635,45
C – Aplicações Financeiras (2.048.336,45 + 12.265,55)....................... 2.060.602,00
Obs. 1: Podemos obter este último valor (2.060.602,00) diretamente através da fórmula
M = C (1 + i)n, pois os 90 dias da aplicação equivalem a 3 meses de 30 dias, ou seja, n = 3, i =
0,01 (= 1%) e C = 2.000.000,00: M = 2.000.000,00 × (1,01)3 = 2.060.602,00. Essa também
seria uma forma de tirarmos a “prova real” de todos os valores calculados anteriormente, visto
que há grande probabilidade de erro nos cálculos, dada a relativa complexidade dos mesmos.
Desta forma, tendo em vista que a apropriação linear é bem mais simples e dispensa o uso de
máquinas financeiras ou científicas, em questões de concursos públicos com problemas desse
tipo “provavelmente” a solução se dará através de apropriação linear, a qual iremos optar nas
contabilizações a seguir, ressaltando que na prática tal apropriação deve ser feita, preferen-
cialmente, de forma exponencial, tendo em vista as normas internacionais de contabilidade.
Além disso, nesse tipo de problema podemos optar pela contabilização do valor da aplicação
financeira pelo seu valor total de resgate (R$ 5.450.000,00) e utilizar a conta “Juros Ativos a
Apropriar” (ou “Juros Ativos a Vencer” ou “Juros Ativos a Transcorrer” ou “Receita Antecipada
de Juros” ou “Receita Diferida de Juros” ou “Receitas Financeiras a Apropriar” etc), ou optar
pela contabilização do valor da aplicação pelo seu valor inicial (R$ 5.000.000,00) e não utili-
zarmos a conta “Juros Ativos a Vencer”, visto que as receitas mensais de juros seriam as mesmas
nessas duas hipóteses e o saldo líquido de “Aplicações Financeiras” no balanço seria o mesmo.
Também, é conveniente nesse tipo de problema trabalharmos com a hipótese de que todos
os meses tenham 30 dias, visto que o erro em relação ao número exato de dias é mínimo e
não compensa complicarmos os cálculos em função de diferenças irrelevantes. Sendo assim,
teremos:
ATIVO CIRCULANTE
Aplicações Financeiras ......................................................................... 5.450.000,00
Juros Ativos a Apropriar ...................................................................... (425.000,00)
5.025.000,00
---------------------------------------------------------
Obs.: Nos dezessete meses restantes (jan. de X2 a maio de X3), seriam feitos 17 lançamentos
contábeis exatamente iguais do tipo:
D – Juros Ativos a Apropriar (450.000,00 ÷ 18) ................................... 25.000,00
C – Juros Ativos ................................................................................... 25.000,00
Nota: A conta “Variações Monetárias Ativas” é uma conta que representa um tipo de receita
financeira e se traduz na correção monetária pós-fixada de um crédito da empresa.
200.000 = R + R + R + ... + R .
(1 + 0,02) (1 + 0,02) 2 (1 + 0,02) 3
(1 + 0,02) 10
A = R + R + R + ... + R .
(1 + i) (1 + i) 2 (1 + i) 3 (1 + i) n
Onde:
“A” = valor atual da renda, também pode ser representado por “NPV” (Net Present Value
A = Σ R .
k=1 (1 + i)k
No entanto, não é recomendável que resolvamos o problema utilizando essa fórmula, tendo
em vista o trabalho desnecessário.
Observando que a expressão acima representa a soma dos termos de uma progressão geo-
métrica de razão 1/(1 + i), podemos desenvolver algebricamente e finalmente chegarmos às
seguintes expressões:
A = R × (1 + i) n – 1 ou R = A × i × (1 + i) n
n
i × (1 + i) (1 + i) n – 1
Sendo assim, a resolução do problema anterior pode ser mais simplificada ainda com a
obtenção do fator de valor atual a 10/ 0,02 na tabela financeira, o qual acharemos 8,982585:
A = R × a n/ i ou R= A = R$ 200.000,00 = R$ 22.265,31
a n/ i 8,982585
200.000 = R + R + R + ... + R .
(1 + 0,02) (1 + 0,02) 2 (1 + 0,02) 9
Generalizando:
A = R + R + R + ... + R .
(1 + i) (1 + i) 2 (1 + i)n - 1
A = R × (1 + i) n – 1 – 1 + 1
n–1
i × (1 + i)
ou
R = A .
(1 + i) n – 1 – 1 + 1
n–1
i × (1 + i)
A = R × ( a n – 1 / i + 1) R = A .
(a n – 1 / i + 1)
---------------------------------------------------------
Apropriação das despesas de juros de dezembro de X1:
D – Juros Passivos ............................................................................. 20.000,00
C – Empréstimos a Pagar .................................................................. 20.000,00
---------------------------------------------------------
Apresentação no balanço de 31/12/X1:
PASSIVO CIRCULANTE
Empréstimos a Pagar ......................................................................... 1.020.000,00
Exemplo 2 (Financiamentos com ajuste a valor presente): Uma empresa adquire um ter-
reno mediante a emissão de uma nota promissória de R$ 1.000.000,00, a ser paga ao final
de quatro meses, sendo a taxa mensal de juros compostos de 2%. Assim, teremos:
PV = FV
(1 + i) n
Onde: PV (Present Value) é o Valor Presente do bem adquirido, o qual nem sempre coincide
com o Valor Justo (Fair Value) desse bem, mas “tende”, na maioria dos casos, a ser igual a esse
valor; FV (Future Value) é o Valor Futuro, ou seja, o valor presente do imóvel mais os juros.
PV = R$ 1.000.000,00 = R$ 923.845,43
(1 + 0,02) 4
---------------------------------------------------------
Cálculo da despesa de juros de dezembro de X1:
2% × R$ 923.845,43 = R$ 18.476,91
---------------------------------------------------------
Contabilização ao fim de novembro de X1 (aquisição do terreno):
D – Terrenos ......................................................................................... 923.845,43
D – Juros a Vencer (ou Juros a Apropriar ou Juros a Transcorrer) ...... 76.154,57
C – Promissórias a Pagar ..................................................................... 1.000.000,00
---------------------------------------------------------
Obs. 2: Nesse último exemplo, a empresa vendedora do terreno faria a seguinte contabilização pela
venda do mesmo, supondo que este possuía valor contábil na data da venda de R$ 870.000,00:
Ou, também:
Obs. 3: VALOR JUSTO (fair value) é o valor pelo qual um ativo pode ser negociado, ou
um passivo liquidado, entre partes interessadas, conhecedoras do negócio e independentes
entre si, com a ausência de fatores que pressionem para a liquidação da transação ou que
caracterizem uma transação compulsória. Em outras palavras, é o valor “normal” de mercado.
Desta forma, com base nos Pronunciamentos Técnicos do Comitê de Pronunciamentos
Contábeis (CPC), o valor justo tem como objetivo principal demonstrar o valor de mercado
de determinado ativo ou passivo; na impossibilidade disso, demonstrar o provável valor que
seria o de mercado por comparação a outros ativos ou passivos que tenham valor de mercado;
na impossibilidade dessa alternativa também, demonstrar o provável valor que seria o de
mercado por utilização do ajuste a valor presente dos valores estimados futuros de fluxos de
caixa vinculados a esse ativo ou passivo; finalmente, na impossibilidade dessas alternativas,
pela utilização de fórmulas econométricas reconhecidas pelo mercado.
Amortizações efetuadas:
15/02/X1 – U$ 25.000
15/06/X1 – U$ 25.000
15/10/X1 – U$ 35.000
Com base nas informações anteriores, marque a opção que indica, respectivamente, em
15/10/X1, os saldos das contas Variações Cambiais Passivas e Financiamentos a Pagar, após
as atualizações e os pagamentos:
a) R$ 62.500 e R$ 25.500;
b) R$ 42.500 e R$ 31.000;
c) R$ 62.500 e R$ 34.000;
d) R$ 52.500 e R$ 25.500;
e) R$ 52.500 e R$ 85.000.
(SOLUÇÃO)
Notemos que não há qualquer tipo de juro no problema. Só há variação cambial, a qual será
tratada de forma semelhante à correção pós-fixada.
Devemos também tomar cuidado quando o exercício pergunta qual o saldo da conta “Varia-
ções Cambiais Passivas” (perda cambial), em 15/10/X1, pois não devemos contabilizar como
parte desse saldo a perda cambial ocorrida entre 15/10/X0 e 31/12/X0, tendo em vista que a
Variação Cambial Passiva correspondente a essa perda foi zerada (encerrada) em 31/12/X0.
Desta forma, devemos considerar como integrante do saldo da conta Variações Cambiais
Passivas a perda cambial ocorrida entre 01/01/X1 e 15/10/X1. Assim:
Saldo = (1,2 – 1) × (100.000) + (1,5 – 1,2) × (100.000 – 25.000) + (1,7 – 1,5) × (75.000
– 25.000) = R$ 52.500
––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––
O saldo da conta “Financiamentos a Pagar”, em 15/10/X1, será a quantidade devida em
dólares pela empresa, multiplicada pelo câmbio em moeda nacional, na referida data, ou seja:
Fin. a Pagar. = (100.000 – 25.000 – 25.000 – 35.000) × 1,70 = R$ 25.500
(Opção d)
Supondo unicamente esta operação e considerando o mês com 30 dias e o ano com 360 dias,
pode-se afirmar que os saldos das contas referentes a BCM (Bancos Conta Movimento) e a
Despesas Financeiras, em 30/12/X0, em reais, são, respectivamente:
a) 300.000 e 276.400;
b) 273.000 e 353.400;
c) 183.000 e 276.400;
d) 183.000 e 303.400;
e) 176.600 e 297.000.
(SOLUÇÃO)
Esta questão envolve, ao mesmo tempo, variação cambial e juros. Assim:
20/05/X0 a 20/11/X0: 6 meses à Taxa de Juros = 12% × 2 = 6%
20/11/X0 a 30/12/X0: (1/3 + 1) me = 4/3 meà Taxa de Juros = 4/3 × 1% = 4/3%
––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––
BCM = (300.000 × 1) – (300.000 × 1,5) × 5 – (6% × 300.000 × 1,5) = R$ 183.000
Logo, o saldo de BCM em 30/12/X0 também será o mesmo que o saldo de 20/11/X0, isto
é, R$ 183.000, visto que, no período compreendido por estas duas datas, não houve movi-
mentação na conta BCM
––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––
Var. Camb. Pas. = 300.000 × (1,5 – 1) + (300.000 × 4/5) × (2 – 1,5) = R$ 270.000
12.1. Conceito
Com base no Pronunciamento Técnico CPC 08, Custos de Transação são somente aqueles
incorridos e diretamente atribuíveis às atividades necessárias exclusivamente à consecução
de transações tais como:
Distribuição primária de ações;
Distribuição primária de bônus de subscrição;
Tais custos são, por natureza, gastos incrementais, já que não existiriam ou teriam sido evi-
tados se essas transações não ocorressem. Exemplos de custos das transações:
Taxas e comissões;
Custos de transferência;
Obs.: Custos de Transação NÃO incluem ágios ou deságios na emissão dos títulos e valores
mobiliários, despesas financeiras, custos internos administrativos ou custos de
carregamento.
12.4. Debêntures
Debêntures são títulos de crédito com valor nominal (= valor de face do título) emitidos por
sociedades anônimas, os quais dão aos seus titulares (debenturistas) participação nos lucros
da companhia, juros e correção monetária.
Sob a ótica da companhia emissora, as debêntures representam uma espécie de empréstimo
de dinheiro, onde os credores são os próprios debenturistas.
Existem três formas de emissão de debêntures:
Emissão ao par – é aquela onde não há ágio ou deságio, visto que o valor bruto capitado
(valor do dinheiro recebido sem os custos de transação) é igual ao valor nominal. Assim,
a contabilização da emissão nesse caso pode ser feita da seguinte forma (sem contar com
a existência de custos de transação):
D – Caixa
C – Debêntures (conta do passivo exigível)
Emissão acima do par – quando o valor de emissão for superior ao valor nominal, ou
seja, emissão com ágio, onde este pode ser chamado de PRÊMIO. Nesta hipótese, a
contabilização da emissão, considerando a existência dos custos de transação, pode ser
feita da seguinte forma:
D – Caixa
D – Custos a Amortizar (conta retificadora do passivo exigível)
C – Debêntures
C – Prêmio a Amortizar
(SOLUÇÃO)
Contabilização da emissão:
D – Caixa/Bancos (Disponível) .............................................................. 10.178,00
D – Custos a Apropriar ......................................................................... 100,00
C – Prêmios a Apropriar ......................................................................... 278,00
C – Debêntures ...................................................................................... 10.000,00
Conclusão: O Passivo foi aumentado em 10.178,00, que é equivalente a dizer que o Passivo
foi creditado nesse valor.
(Resposta: opção e)
M = CL (1 + TIR) n TIR =
n
M – 1
CL
TIR = 5
521.673,33 – 1 = 5
1,213193791 – 1 = 1,039407954 – 1
430.000
Nota: Atualmente, o cálculo da raiz quíntupla de qualquer número é feito com o uso de
máquina de calcular científica. Antes da existência dessas máquinas, esse cálculo era feito
com o uso de logaritmos. Manualmente ... nem pensar!!!
Nota: Observemos que a diferença entre o total pago ($ 521.673,33) e o total dos juros
apropriados nos cinco meses ($ 71.673,33) é exatamente igual ao valor da capitação bruta
($ 450.000,00), como já havia de se esperar.
F) Planilha com a indicação da despesa mensal dos custos de transação a serem apro-
priadas:
R + R + R = R$ 300.000,00 (× 1,13)
(1 + 0,1) (1 + 0,1) 2 (1 + 0,1) 3
3,31R = R$ 399.300,00
R = R$ 120.634,44
Obs. 2: Outra forma de calcularmos a prestação anual é utilizarmos o Fator de Valor Atu-
al (a n/ i), o qual é obtido de tabela financeira:
1 + 1 + 1 = 2,38
(1 + TIR) (1 + TIR) 2 (1 + TIR) 3
1 =x
1 + TIR
x3 + x2 + x – 2,38 = 0
---------------------------------------------------------
6o) Apertar a tecla “PV” (Present Value), a fim de incluir os 287.000,00 como valor presente.
---------------------------------------------------------
7o) Digitar o valor da prestação anual (120.634,44);
---------------------------------------------------------
8o) Apertar a tecla “PMT”, a fim de incluir os 120.634,44 como valor de cada prestação;
---------------------------------------------------------
9o) Digitar o número 3, que é o número de prestações de 120.634,44;
---------------------------------------------------------
10o) Apertar a tecla da função “n”, a fim de incluir o 3 como número de prestações;
---------------------------------------------------------
11o) Por fim, apertar a tecla “i”, a qual fornecerá a TIR de 12,555503%, ou, arredondando,
12,56%.
Assim, teremos:
A) Cálculo das prestações anuais (R) – Faremos esses cálculos de três formas, onde “A” é
o valor da capitação “bruta”, ou seja, $ 1.000.000,00; “n” é o número de prestações (n = 8);
e “i” é a taxa de juros anual contratada (i = 6,0% = 0,06):
2ª FORMA (com o uso de tabela financeira, a qual fornecerá o Fator de Valor Atual “a n/ i ” ):
---------------------------------------------------------
11o) Apertar a tecla com a função escrita em azul “END”, a fim de informar que a pri-
meira prestação será paga “ao fim” de 1 ano após o recebimento do principal (principal =
capitação bruta).
---------------------------------------------------------
12o) Por fim, apertar a tecla “PMT”, a qual fornecerá o valor da prestação, ou seja, “– $
161.035,94”.
---------------------------------------------------------
Obs.: Este último valor aparecerá no visor com valor negativo, pois o valor da capitação
bruta foi digitado como número positivo, tendo em vista que a máquina resolveu o problema
pela seguinte ótica:
Para que o valor da prestação viesse “+ 161.035,94” e não “– 161.035,94” seria necessário
que se pusesse o sinal negativo no valor da capitação bruta, ou seja, apertasse a tecla “CHS”
logo após digitar os 1.000.000,00, pois neste caso a máquina faria a conta pela seguinte ótica:
Ressaltando que esse detalhe do sinal é irrelevante, pois nos dois casos temos o mesmo valor
absoluto da prestação.
Obs.: Sendo o montante total pago foi de $ 1.288.287,52, conforme indicado na tabela
acima, então os juros totais pagos foram de $ 288.287,52, tendo em vista que o
principal (= capitação bruta) foi de $ 1.000.000,00. No entanto, na soma da última
coluna encontramos o total dos juros de $ 288.287,54, isto é, $ 0,02 a mais. Esta
irrelevante diferença é em função dos arredondamentos feitos nas contas.
F. Planilha com a indicação da despesa anual dos custos de transação a serem apropriadas:
Pagamentos
Pagamentos Amortização
Ano = juros +
dos juros do principal
principal
1 161.035,94 60.000,00 101.035,94
2 161.035,94 53.937,84 107.098,10
3 161.035,94 47.511,96 113.523,98
Nas tabelas acima, apresentamos as despesas de juros e as despesas com amortização dos
custos de transação supondo apropriação anual.
Na prática, a apropriação é mensal, tendo em vista que muitas empresas precisam elaborar
balancetes mensais.
Assim, os oito anos seriam divididos em noventa e seis meses e as taxas de juros de 6% e 9%
ao ano seriam convertidas para taxas de juros equivalentes ao mês.
No entanto, supondo que a contabilização fosse anual, teríamos os seguintes lançamentos
contábeis e apresentação no balanço de forma analítica, supondo que toda movimentação
financeira foi realizada em conta-corrente da empresa:
Final do período 1
Apropriação dos Encargos Financeiros (juros + despesas com amortização de custos
de transação):
D – Encargos Financeiros
Juros Passivos ........................... 60.000,00
Custos de Transação ................. 20.217,43 ........................ 80.217,43
C – Empréstimos a Pagar ................................................................. 60.000,00
C – Custos de Transação a Amortizar .............................................. 20.217,43
2ª FORMA (com o uso de tabela financeira, a qual fornecerá o Fator de Valor Atual “a n/ i ” ):
Amortização
(prêmio – custo Amortização do prêmio na Amortização dos custos de
Ano de transação emissão das debêntures transação
= receita – (= receita) (= despesa)
despesa)
X1 7.799,77 7.799,77 × 2,50 = 19.499,425 7.799,77 × 1,50 = 11.699,655
X2 7.200,35 7.200,35 × 2,50 = 18.000,875 7.200,35 × 1,50 = 10.800,525
X3 6.511,40 6.511,40 × 2,50 = 16.278,50 6.511,40 × 1,50 = 9.767,10
X4 5.724,84 5.724,84 × 2,50 = 14.312,10 5.724,84 × 1,50 = 8.587,26
X5 4.831,99 4.831,99 × 2,50 = 12.079,975 4.831,99 × 1,50 = 7.247,985
X6 3.823,53 3.823,53 × 2,50 = 9.558,825 3.823,53 × 1,50 = 5.735,295
X7 2.689,38 2.689,38 × 2,50 = 6.723,45 2.689,38 × 1,50 = 4.034,07
X8 1.418,74 1.418,74 × 2,50 = 3.546,85 1.418,74 × 1,50 = 2.128,11
Total 40.000,00 100.000,00 60.000,00
Lançamentos contábeis:
Início do exercício de X1 (emissão das debêntures):
D – Caixa (capitação líquida) ........................................................... 1.040.000,00
D – Custos de Transação a Amortizar ................................................. 60.000,00
C – Debêntures ................................................................................. 1.000.000,00
C – Prêmio a Amortizar ...................................................................... 100.000,00
Nota: Em todos os exemplos a expressão “a amortizar” pode ser substituída pelos seguintes
sinônimos “a apropriar”, “a vencer” ou “a transcorrer”.
Comentário final: A conta “Prêmio a Amortizar” representa uma receita diferida. No en-
tanto, apesar do artigo 299-B da Lei no 6.404/76 determinar que as receitas diferidas são
classificadas no passivo não circulante, classificamos parte do referido prêmio como passivo
circulante (18.000,88), visto que a apropriação se dará no exercício social seguinte. Desta
forma, entendemos aqui que não se deve interpretar a Lei das Sociedades por Ações “ao pé da
letra”, e sim utilizarmos o bom-senso em alguns pontos “aparentemente” polêmicos, mesmo
porque há várias partes na referida lei que contrariam explicitamente as atuais normas do
CPC, as quais, em geral, têm prioridade em relação à essa lei.
Cabe ressaltar que Ajuste a Valor Presente tem relação direta com transações de COMPRA
e VENDA, ou seja, tal ajuste é feito no reconhecimento inicial de compras e vendas a longo
prazo e as de curto prazo quando seus valores forem relevantes.
Desta forma, não há que se falar em Ajuste a Valor Presente, por exemplo, em operações
de empréstimos obtidos ou concedidos, tendo em vista que essas operações não envolvem
compras ou vendas financiadas.
b) D – Caixa 80.000,00
D – Notas Promissórias a Receber 120.000,00
C – Receita de Venda do Bem 200.000,00
c) D – Caixa 80.000,00
D – Juros a Valor Presente 6.970,00 86.970,00
d) D – Caixa 80.000,00
D – Notas Promissórias a Receber 86.970,00
C – Receita de Venda do Bem 166.970,00
e) D – Caixa 80.000,00
D – Notas Promissórias a Receber 86.970,00
D – Desconto a Valor Presente 33.030,00
(SOLUÇÃO)
Receita de venda = Receita à vista + Receita a prazo = 80.000,00 + 86.970,00 = 166.970,00
Nota: o valor da Receita a Prazo é exatamente o valor atual do fluxo de caixa (86.970,00).
---------------------------------------------------------
Ajuste a Valor Presente (Receita de Juros a Apropriar) = Promissórias a Receber – Valor atual do
fluxo de caixa = 120.000,00 – 86.970,00 = 33.030,00
---------------------------------------------------------
Assim, a conta Caixa será debitada pela entrada do dinheiro à vista (80.000,00), a conta Notas
Promissórias a Receber será debitada pela soma do valor das três promissórias (120.000,00), a
conta “Receita” de Juros a Apropriar será creditada pelo ajuste a valor presente (33.030,00) e a
conta Receita da Venda do Bem será creditada pela soma da receita à vista (80.000,00) com a
receita a prazo (86.970,00), ou seja, creditada de 166.970,00.
(Opção a)
Comentário extra: Para determinarmos o valor atual de um fluxo de caixa, precisamos do número
de prestações (n), do valor de cada prestação (R) e da taxa de juros (i). Na questão, temos o seguinte:
n=3
R = 40.000,00
i = 0,18 (ou 18%)
Desta forma, mesmo que no enunciado da questão não fosse fornecido os R$ 86.970,00, daria
para resolvê-la.
Ao fornecer esse valor, o objetivo da banca elaboradora foi facilitar o candidato, poupando-o de
fazer a conta acima sem o uso de máquina de calcular, a qual sabemos que não é permitida nos
concursos em geral.
No entanto, nem sempre os candidatos a concursos públicos devem contar com essa “boa vontade”
da banca elaboradora!
(SOLUÇÃO)
Receita a prazo = R$ 968.000,00 + R$ 968.000,00 = R$ 1.680.000,00
1 + 0,1 (1 + 0,1)2
15.1. Introdução
Em muitos casos, empresas que trabalham com vendas a prazo, mediante a emissão de du-
plicatas, realizam com os bancos operações envolvendo esses títulos.
Entre outras razões, uma das mais comuns é a necessidade imediata de dinheiro, visto que a
duplicata tem data de vencimento, e nem sempre a empresa pode esperar.
Exemplo: Ao fim de outubro de X1, a Cia. Pinheiros, que encerra o seu exercício social em
31 de dezembro de cada ano, descontou duplicatas vencíveis em três meses no valor de R$
30.000,00 no Banco Norte S/A, cobrando, este, antecipadamente juros de R$ 2.400,00 e
mais despesas bancárias de R$ 300,00 pela operação, de tal forma que o mesmo creditou na
conta corrente da empresa o valor líquido de R$ 27.300,00. Assim, teremos:
A) Lançamento efetuado na empresa ao final de outubro de X1:
D – BCM ......................................................................................... 27.300,00
D – Juros a Apropriar ......................................................................... 2.400,00
D – Custos de Transação a Apropriar ................................................... 300,00
C – Duplicatas Descontadas ................................................................ 30.000,00
n
i = FV – 1
PV
i= 3
30.000,00 –1 = 3
1,086956522 – 1 = 0,028183723 = 2,8183723%
27.600,00
Obs: A apropriação linear seria “muito” mais fácil, pois apenas dividiríamos R$ 2.400,00
pelos três meses e encontraríamos R$ 800,00 por mês, em vez de R$ 777,87 no 1o mês;
799,79 no segundo mês; e 822,34 no 3o mês. No entanto, “infelizmente” essa não é mais
a realidade contábil atual, ressaltando, no entanto, que é possível que alguns elaboradores
de questões de concursos públicos ainda utilizem o critério linear (juros simples) para a
apropriação dos juros por questões de simplicidade dos cálculos, apesar de tal procedimento
não ser o correto.
M = CL (1 + TIR) n ou n
TIR = M – 1
CL
TIR = 3
30.000,00 – 1 = 3
1,098901099 – 1 = 0,031936251= 3,1936251%
27.300,00
E) Planilha com a indicação da despesa mensal dos custos de transação a serem apro-
priadas:
Despesa
Encargos Fi- Despesa com Amortização dos
Mês com
nanceiros (EF) Custos de Transação = EF - DJ
Juros (DJ)
1 871,86 777,87 93,99
(nov. X1)
2 899,70 799,79 99,91
(dez. X1)
3 928,44 822,34 106,10
(jan. X2)
Total 2.700,00 2.400,00 300
K) Supondo que o banco não recebesse as duplicatas, então este teria duas opções:
Devolveria as duplicatas para a empresa; ou
De qualquer forma, a empresa teria que arcar com o pagamento da dívida, debitando o
banco R$ 30.000,00 na conta-corrente da empresa, havendo nesta o seguinte lançamento:
D – Duplicatas Descontadas .................................................................. 30.000,00
C – BCM .............................................................................................. 30.000,00
EXERCÍCIO RESOLVIDO 4: A comercial atacadista Carioca Ltda., além das vendas à vista,
também opera com vendas a prazo alternando a cobrança de seus clientes em carteira e em
bancos. Em 01/03/X1 mantinha as duplicatas de sua emissãonos 09, 11 e 12 descontadas no
banco, as de nos 10, 13 e 14 em carteira de cobrança e as de nos 06 e 08 em cobrança simples.
As duplicatas nos 06, 08, 09, 10, 11, 12, 13 e 14 tinham, respectivamente, os seguintes valores
de face: R$ 1.200, R$ 1.200, R$ 2.250, R$ 2.250, R$ 2.600, R$ 1.000, R$ 1.000, e R$ 1.600.
Ao longo do mês de março, ocorreram os seguintes fatos:
(1) recebimento em carteira das duplicatas nos 10 e 14;
(2) vendas de mercadorias a prazo com a emissão das duplicatas nos 15, 16 e 17 no valor de
face de R$ 1.160 cada uma;
(3) vendas à vista no valor de R$ 3.400;
(4) desconto bancário das duplicatas nos 16 e 17;
(5) baixa da duplicata no 13 por ter sido considerada incobrável;
(6) devolução pelo banco das duplicatas nos 08 e 09, sem cobrar;
(7) transferência feita pelo banco da duplicata no 11 para cobrança simples;
(8) recebimento pelo banco das duplicatas nos 06 e 12.
Assim, com base nas informações supracitadas, pode-se afirmar que os valores dos saldos de
Duplicatas a Receber e Duplicatas Descontadas diferem de:
a) R$ 7.210;
b) R$ 6.790;
c) R$ 7.150;
d) R$ 9.300;
e) R$ 7.560.
(SOLUÇÃO)
Duplicatas a Receber (saldo inicial) = 1.200 + 1.200 + 2.250 + 2.250 + 2.600 + 1.000 +
1.000 + 1.600 = 13.100
Duplicatas Descontadas (saldo inicial) = 2.250 + 2.600 + 1.000 = 5.850
––––––– –––––––––––––––––––––– –––––––––––––––
Duplicatas a Receber Duplicatas Descontadas Caixa
13.100 3.850 (1) (6) 2.250 5.850 (1) 3.850
(2) 3.480 1.000 (5) (7) 2.600 2.320 (4) (3) 3.400
1.200 (8) (8) 1.000
1.000 (8) 2.320
9.530
Vendas Bancos Perdas c/Clientes
3.480 (2) (4) 2.320 2.250 (6) (5) 1.000
3.400 (3) (8) 1.200 2.600 (7)
duplicatas caucionadas;
o valor das duplicatas caucionadas;
as despesas bancárias da empresa na operação.
Obs.: De acordo com a Resolução do Banco Central no 695, além da lavratura de um con-
trato, a empresa beneficiária do empréstimo sob caução deverá também assinar uma
promissória e entregá-la ao banco.
Nota 2: No decorrer dos oito meses esta última conta terá sido creditada num total de
R$ 1.200,00, que são o total das despesas com a operação.
Findo os oito meses, a empresa dará baixa na conta “Empréstimos sob Caução”, a qual já
estará com saldo de R$ 50.000,00, tendo em vista o aumento de saldo de R$ 10.000,00
que são os juros totais cobrados pelo banco, sendo tal baixa feita em contrapartida com
a conta Duplicatas a Receber, visto que o banco é que as recebeu dos clientes:
D – Empréstimos sob Caução .................................................................. 50.000,00
C – Duplicatas a Receber ......................................................................... 50.000,00
1. Ao efetuar o registro relativo ao aviso bancário de que o cliente, cuja duplicata de $ 700
fora descontada, não efetuou o pagamento, o contabilista responsável pela escrituração
da empresa fez indevidamente o seguinte lançamento no livro Diário:
Duplicatas a Receber
a Duplicatas Descontadas 700
Desta forma, a correção poderá ser feita mediante o seguinte lançamento:
a) Duplicatas Descontadas
a Duplicatas a Receber 1.400
b) BCM
a Duplicatas a Receber 700
c) Duplicatas Descontadas
a BCM 1.400
d) Duplicatas Descontadas
a Diversos
a BCM 700
a Duplicatas a Receber 700 1.400
e) Duplicatas Descontadas
a Duplicatas a Receber 700
2. Com relação à questão anterior, caso o aviso bancário fosse de quitação da duplicata
de $ 700, o lançamento de correção seria:
a) Duplicatas Descontadas
a Duplicatas a Receber 1.400
b) BCM
a Duplicatas a Receber 700
c) Duplicatas Descontadas
a BCM 1.400
d) Duplicatas Descontadas
a Diversos
a BCM 700
a Duplicatas a Receber 700 1.400
e) Duplicatas Descontadas
a Duplicatas a Receber 700
– Envio de duplicatas ao Banco ABC S/A, sendo $ 11.000 para cobrança simples, e
$ 25.000 em desconto, cobrando o banco 4% de juros.
– Baixa de duplicatas incobráveis no valor de $ 5.000, sendo que havia uma provisão
para devedores duvidosos no valor de $ 3.800.
Sabendo-se que, em dezembro de X1, dos $ 11.000 de duplicatas em cobrança simples
o banco recebeu $ 9.000, mantendo $ 2.000 em cobrança simples, e dos $ 25.000 de
duplicatas descontadas o banco recebeu $ 21.000, devolvendo, sem cobrar, duplicatas
descontadas no valor de $ 4.000, podemos afirmar que o saldo da conta Duplicatas a
Receber, em 31/12/X1, era de:
a) $ 60.200;
b) $ 61.200;
c) $ 64.200;
d) $ 39.200;
e) $ 30.200.
Atualização monetária
Variação cambial
Taxas
Prêmios
Ágios
a) 3;
b) 2;
c) 4;
d) 5;
e) 6.
5. Em 18/11/X1, a Comercial Dilema S/A, cujo exercício social coincide com o ano-
calendário, aplicou $ 60.000 no Banco AMS S/A, para que, em 10/02/X2, resgatasse
o valor de $ 64.200. Assim, no exercício social de X1, a empresa irá apropriar como
receitas financeiras o valor de (desconsidere o IRRF):
a) $ 4.200;
b) $ 1.950;
c) $ 1.500;
d) $ 1.750;
e) $ 2.150.
6. A Empresa KVA S/A, cujo exercício social coincide com o ano-calendário, obteve, em
31/03/X1, um financiamento no valor de US$ 60.000, com vencimento em 31/03/
X2. Os juros foram de 16% do valor do financiamento, vencíveis na mesma data do
pagamento do principal. Por ocasião do encerramento do exercício de X1, a dívida
total da empresa junto ao credor era, de Câmbio:
9. Em 30/07/X2, a Indústria de Peças Roma Ltda., que encerra seu exercício social em 31
de dezembro de cada ano, obteve um financiamento externo no valor de US$ 50.000.
Taxas de câmbio (hipotéticas):
30/07/X2 – US$ 1,00 = R$ 0,80
30/09/X2 – US$ 1,00 = R$ 0,90
30/11/X2 – US$ 1,00 = R$ 1,00
31/12/X2 – US$ 1,00 = R$ 1,20
Amortizações efetuadas:
30/09/X2 – US$ 10.000
30/11/X2 – US$ 10.000
Com base nas informações anteriores, marque a opção que indica, em 31/12/X2, antes
do encerramento das contas de resultado, o saldo da conta Variações Cambiais Passivas:
a) R$ 14.000 d) R$ 12.000
b) R$ 15.000 e) R$ 18.000
c) R$ 10.000
10. (Auditor da Receita Federal/Esaf ) A empresa Delta devia à empresa Gama duplicatas
no valor de $ 100,00.
Para liquidar a dívida, devolveu a mercadoria comprada, acrescido 6% de juros a serem
pagos em 60 dias.
O registro, de forma simplificada, na contabilidade de Gama é:
a) Diversos
a Diversos
Mercadorias 100,00
Juros a Receber 6,00
a Duplicatas a Receber 100,00
a Juros Ativos 6,00
b) Mercadorias
a Diversos
a Duplicatas a Pagar 100,00
a Juros a Pagar 6,00
106,00
c) Diversos
a Mercadorias
Duplicatas a Pagar 100,00
Juros a Pagar 6,00
106,00
d) Diversos
a Mercadorias
Duplicatas a Receber 100,00
Juros a Receber 6,00
106,00
e) Mercadorias
a Diversos
a Duplicatas a Receber 100,00
a Juros a Receber 6,00
106,00
12. A Cia. Ônix emitiu 8.000 debêntures a R$ 6,00 cada, com taxa de juros compostos de
5% ao ano, com prazo de 4 anos e pagamentos anuais de R$ 13.536,57. Os custos de
transação incorridos e pagos foram de R$ 540,00 e houve prêmio na emissão desses
títulos, no valor de R$ 1.870,00. Considerando o Pronunciamento Técnico CPC 08
13. Com relação à questão anterior, a Taxa Interna de Retorno (TIR) pode ser obtida,
mediante a seguinte igualdade:
4
a) Σ 13.536,57 = 48.000,00
k=1 (1 + TIR)k
b) Σ 13.536,57 = 50.410,00
k=1 (1 + TIR)k
c) Σ 13.536,57 = 49.870,00
k=1 (1 + TIR)k
d) Σ 13.536,57 = 47.460,00
k=1 (1 + TIR)k
e) Σ 13.536,57 = 49.330,00
k=1 (1 + TIR)k
14. A Industrial Siqueira S/A tinha duplicatas a receber descontadas no Banco do Brasil.
Em 21/06 recebeu o aviso de que o banco recebera uma duplicata no valor de R$ 1.300.
Assim, a contabilização do evento se dará pelo seguinte lançamento:
a) Bancos Conta Movimento
a Duplicatas a Receber 1.300
b) Duplicatas a Receber
a Duplicatas Descontadas 1.300
c) Duplicatas Descontadas
a BCM 1.300
d) Duplicatas a Receber
a BCM 1.300
e) Duplicatas Descontadas
a Duplicatas a Receber 1.300
15. Uma empresa, cujo exercício social coincide com o ano calendário, contraiu uma dívi-
da junto ao Banco VIP S/A, mediante a assinatura de uma promissória nas seguintes
condições:
– Nota Promissória:
Data da emissão: 23/11/X0
Vencimento: 13/03/X1
Valor do título: $ 80.000
– Juro = $ 22.000
– Despesas Bancárias = $ 900
– IOF = $ 1.100
Assim, com relação à operação descrita, marque a opção que indica, respectivamente, o
valor da capitação líquida a ser debitado à conta Banco VIP S/A – Conta Movimento,
em 23/11/X0:
a) $ 58.000
b) $ 56.000
c) $ 57.100
d) $ 56.900
e) $ 80.000
17. (Auditor-Fiscal da Receita Federal/Esaf ) A firma Duplititus opera com vendas a prazo
alternando a cobrança em carteira e em bancos, mediante desconto de duplicatas. Em
primeiro de abril mantinha as duplicatas de sua emissão nos 03, 05 e 08 em carteira de
cobrança e as de nos 04, 06 e 07 descontadas no banco. Cada uma dessas letras tinha valor
de face de R$ 60,00, exceto a no 07, cujo valor era R$ 70,00.
Durante o mês de abril ocorreram os seguintes fatos:
– vendas a prazo com emissão das duplicatas nos 09, 10 e 11 (3 x 50): R$ 150,00;
– vendas à vista mediante notas fiscais: R$ 200,00;
– desconto bancário das duplicatas nos 09 e 10: R$ 100,00;
– recebimento em carteira das duplicatas nos 03 e 05: R$ 120,00;
– devolução pelo banco da duplicata no 04, sem cobrar: R$ 60,00;
– recebimento pelo banco da duplicata no 07: R$ 70,00.
Com essas informações podemos concluir que, após a contabilização, o saldo final das
contas Duplicatas a Receber e Duplicatas Descontadas será, respectivamente, de:
20. Em 31/12/X1, quando a empresa apresentar seu Balanço Patrimonial, o efeito gerado
pela operação retrocitada na apuração do resultado da empresa, supondo apropriação
linear (juros simples), será:
a) nulo, por se tratar de Resultados de Exercícios Futuros;
b) de apropriação de despesa financeira em $ 4.000;
c) de apropriação de despesa financeira em $ 8.000;
d) de apropriação de despesa financeira em $ 2.000;
e) de apropriação de despesa financeira em $ 6.000.
21. Admita que a Cia. TWA no final de X0 captou R$ 500.000,00 num empréstimo bancário
com prazo de 3 anos à taxa de juro de 10% ao ano a ser pago em uma única prestação ao
final desse prazo. Desta forma, considerando as normas do CPC e supondo não haver
custos de transação na operação, o valor das despesas financeiras a serem apropriadas
no exercício social de X3 serão de:
a) R$ 50.000,00;
b) R$ 55.000,00;
c) R$ 55.500,00;
d) R$ 60.500,00;
e) R$ 165.500,00.
26. A contabilização no ato da venda feito pela empresa Falcão S/A será feita da seguinte
forma:
a) D – Caixa 43.000,00
D – Promissórias a Receber 116.640,00
C – Juros Ativos a Apropriar 8.640,00
C – Receita de Venda 151.000,00
b) D – Caixa 43.000,00
D – Promissórias a Receber 116.640,00
C – Juros Ativos a Apropriar 16.640,00
C – Receita de Venda 143.000,00
c) D – Caixa 43.000,00
D – Promissórias a Receber 116.640,00
C – Juros Ativos a Apropriar 12.640,00
C – Receita de Venda 147.000,00
d) D – Caixa 43.000,00
D – Promissórias a Receber 116.640,00
C – Receita de Vendas 159.640,00
27. Supondo que a venda fosse feita ao final do ano 0, então ao final do ano 1 a apropriação
da receita de juros será feita da seguinte forma:
a) D – Juros Ativos a Apropriar 6.320,00
C – Juros Ativos 6.320,00
29. Com base no Pronunciamento Técnico CPC 12 – Ajuste a Valor Presente, a taxa de
juro mensal “i” cobrada na operação foi de:
a) i = (1,220/3 – 1) × 100% a.m.;
b) i = (1,20,15 – 1) × 100% a.m.;
c) i = (1,21/6 – 1) × 100% a.m.;
d) i = (0,2) 3/20 × 100% a.m.;
e) i = (0,2) 20/3 × 100% a.m.
30. Considerando a questão anterior, o lançamento contábil feito pela empresa compradora
da mercadoria em 10/10/X1 será:
a) D – Mercadorias 48.000,00
C – Duplicatas a Pagar 48.000,00
b) D – Mercadorias 40.000,00
D – Juros Passivos 8.000,00
C – Duplicatas a Pagar 48.000,00
c) D – Mercadorias 48.000,00
C – Juros a Pagar 8.000,00
C – Duplicatas a Pagar 40.000,00
d) D – Mercadorias 40.000,00
C – Duplicatas a Pagar 40.000,00
e) D – Mercadorias 40.000,00
D – Juros a Apropriar 8.000,00
C – Duplicatas a Pagar 48.000,00
31. Admitindo que a taxa de juro mensal na operação seja de 2,772563%, ao final de
novembro a empresa apropriou as despesas financeiras do mês, fazendo a seguinte
contabilização:
D – Juros Passivos ............................... ?
C – Juros a Apropriar .......................... ?
Desta forma, o valor da despesa financeira de novembro foi, em R$, de:
a) 40.000 × 1,027725632/3 × 0,02772563;
b) 40.000 × 1,027725635/3;
c) 40.000 × 1,02772563;
d) 40.000 × 0,027725632/3;
e) 40.000 × 0,02772563.