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II Congresso de Pesquisa e Extensão da FSG

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ISSN 2318-8014

ANÁLISE DA REPOSIÇÃO HÍDRICA COM SOLUÇÕES ISOTÔNICAS,


HIPOTÔNICAS OU HIPERTÔNICAS EM ATLETAS

Ana Paula Bosia,Graciele Solange Gazzolab, Morgana Agostinic, Simone Loureirod,


QueliDefaveriVarelae
a
Graduanda em Nutrição (FSG). Faculdade da Serra Gaúcha (FSG); anapaula_bosi@hotmail.com
b
Graduanda em Nutrição (FSG). Faculdade da Serra Gaúcha (FSG);fulana.tal@fsg.br
c
Graduanda em Nutrição (FSG). Faculdade da Serra Gaúcha (FSG); beltrano.tal@fsg.br
d
Graduanda em Nutrição (FSG). Faculdade da Serra Gaúcha (FSG);simoneloureirofarr@hotmail.com
e
Mestre em Biotecnologia (UCS). Professora da Faculdade da Serra Gaúcha (FSG).Queli.varela@fsg.br

Informações de Submissão Palavras-chave:


Autor Correspondente: Ana Paula Bosi Exercício físico. Hidratação. Reidratação. Repositores energéticos.
endereço: Rua Marechal Randon, 650 -
Caxias do Sul - RS - CEP: 95076-300

INTRODUÇÃO: A água é de extrema importância para os processos de digestão, absorção e


excreção, além de atuar como meio de transporte para nutrientes e substâncias para o nosso
organismo, participa também da função e da estrutura do sistema circulatório. Entre 75% a 85% do
nosso peso corporal é formado pela água, e com o tempo e conforme o grau de adiposidade, este
valor pode chegar a 60% a 70% do peso de um individuo eutrófico (MAHAN, 2012). Durante o
exercício físico, ocorre um aumento da temperatura corporal e com isso, o corpo utiliza da perda de
líquidos pelo suor para regular sua temperatura interna. A desidratação em atletas confere grandes
prejuízos nas respostas fisiológicas, alterações no equilíbrio eletrolítico, comprometimento
cardiovascular, fadigas musculares (SBME, 20013). FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA: A
necessidade hídrica de cada indivíduo depende de alguns fatores como condições ambientais,
característica do esporte praticado, e dentro deste último fator, é importante observar o tempo e a
intensidade do exercício físico (CARVALHO, 2010; GUERRA, 2010). O estado de desidratação,
junto com o exercício físico faz com que o organismo tenha um elevado nível de estresse. Como

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consequência, há comprometimento do desempenho físico, redução do fluxo sanguíneo e com isso,


baixo aporte de oxigênio para os músculos, aumento da frequência cardíaca e diminuição do ritmo
de transpiração (GUERRA, 2010; MOREIRA, 2006; CARVALHO, 2010; SILVA, 2011). Com a
intenção de proteger o organismo de atletas de uma desidratação e perda de sais, foram
desenvolvidos os repositores hidroeletrolíticos, dos quais tem crescido e muito seu consumo nos
últimos anos (EMBRAPA, 2009). Segundo Simões, 2003 as bebidas isotônicas são indicadas
quando o indivíduo perde mais de 2% do peso corpóreo pela sudorese, durante atividade física
intensa. Pode ser utilizada até mesmo em casos de elevada temperatura ambiente, que provoque
sudorese intensa (EMBRAPA, 2009; SILVA, 2010).Bebidas hipotônicas são normalmente
designadas desta forma, por conterem baixa osmolalidade, compostas com 6% - 7% [m/V] de
carboidratos e eletrólitos, enquanto as bebidas hipertônicas são compostas de 15% - 17% [m/V] de
carboidratos e eletrólitos. (ROMBALDI e SAMPEDRO, 2001). MATERIAL E MÉTODOS:O
presente estudo consiste em uma análise crítica de quatro dos rótulos de repositores eletrolíticos
presentes no mercado, além de uma revisão da bibliografia existente sobre o tema, realizada nos
meses de Março e Abril de 2014, visando verificar quais soluções são mais indicadas em diferentes
grupos de atletas. RESULTADOS E DISCUSSÕES: Foram analisadas quatro bebidas presentes
no mercado: “A”,”B”, “C” e “D”. Dentre elas pode se observar que a bebida “A” possui duas vezes
mais calorias que as demais bebidas, apresentando 100 kcal enquanto as demais apresentam a média
de 50 kcal. Esta quantidade elevada deve-se ao fato de a bebida “A” possuir uma grande quantidade
de açúcar presente em sua composição (25g) enquanto os outros analisados, “B”, “C” e “D”
apresentam 7,4g, 12g e 12g respectivamente. Nenhuma bebida apresenta em sua composição fibras
alimentares, gorduras totais e proteínas. Após a comparação dos rótulos das bebidas, pode-se
verificar pouca variação do teor de sódio existente, enquanto na vitamina do complexo B, houve
uma grande variação, onde a bebida “A” apresentou 120g, enquanto as outras bebidas apresentaram
valor zero. Em relação ao potássio, a bebida que apresentou um elevado teor deste elemento foi a
bebida ”C” com 48mg. Por fim, “B” foi a bebida que mais apresentou o elemento Cloreto em sua
composição com 126mg contra 45mg da “C”, sendo que “A” e “D” não apresentaram valores.
CONCLUSÃO: Após as análises bibliográficas e da rotulagem dos produtos disponíveis do
mercado, ficou claro que no Brasil ainda não há muitos estudos sobre qual é a bebida ideal para
cada modalidade esportiva, fazendo-se necessários mais estudos nesta área.

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REFERÊNCIAS

BRASIL. Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. Embrapa Agroindústria de


Alimentos. Bebidas para praticantes de atividades físicas: Repositores hidroeletrolíticos. Rio
de Janeiro, 2009. Disponível em: <http://ainfo.cnptia.embrapa.br/> Acesso em: 20 mar. 2014.

CARVALHO, Tales de; MARA, Lourenço Sampaio de. Hidratação e Nutrição no


Esporte.RevBrasMed Esporte, Niterói, v. 16, n. 2, abr. 2010.

GUERRA, Isabela. Hidratação no Exercício. In_____. Estratégias de Nutrição e Suplementação


no Esporte.2.ed. rev. e ampl. São Paulo: Manole, 2010. p. 144 – 161.

MOREIRA, Christiano Antônio Machado. Hidratação durante o exercício: a sede é suficiente?Rev.


Bras. Med. Esporte, vol. 12, n° 6, nov./dez. 2006.

ROMBALDI, A.J; SAMPEDRO, M.F. Fatores a considerar na suplementação com soluções


esportivas. Revista Brasileira de Atividade Física e Saúde. v, 6, n. 1, 2001.

SILVA, Francisca L. C.; SANTOS, Arcângela M. L.; ADRIANO, Luciane S; LOPES, Reginaldo S;
VITALINO, Rosana; SÁ, Naiza A. R.A Importância da Hidratação Hidroeletrolítica.RevBras
Ciência e Movimento, Piauí, v.19, n. 3, out. 2011.

SIMÕES, M. C. Formulação de um repositor hidroeletrolítico para o trabalho físico ostensivo


de policiais militares, adaptado as variações climáticas de Florianópolis. Florianópolis: UFSC,
2003. Tese (Doutorado em Engenharia de Produção), Universidade Federal de Santa Catarina,
2003.

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