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Unidade III

Unidade III
Anteriormente, estudamos as aplicações básicas em Matemática Financeira; agora, vamos aplicar os
conceitos já estudados nos modelos de amortização.

7 SISTEMAS DE AMORTIZAÇÃO – PARTE I

7.1 SISTEMAS DE AMORTIZAÇÃO DE EMPRÉSTIMOS E FINANCIAMENTOS

Os sistemas de amortização são desenvolvidos basicamente para operações de empréstimos e


financiamentos de longo prazo, envolvendo desembolsos periódicos do valor principal e encargos financeiros.

7.1.1 Sistema Financeiro da Habitação (SFH)

Criado em 1964, com o objetivo de viabilizar a concessão de financiamentos de longo prazo para
aquisição da casa própria, o Sistema Financeiro da Habitação é composto por um complexo conjunto
de leis e regras próprias que definem as condições da concessão do financiamento em cada época.

A concessão de um financiamento habitacional inicia-se com a procura, pelos interessados, de um


agente financeiro. Os recursos para esse empréstimo podem ser oriundos das contas vinculadas do
FGTS, Fundo de Garantia do Tempo de Serviço, do SBPE, Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo e
demais fundos ou mesmo recursos próprios do agente financeiro.

A hipoteca do imóvel é a garantia do financiamento. Na vigência desse sistema (SFH), foram criados
planos e formas de reajuste de prestações, com benefícios aos tomadores, causando o descasamento
entre saldo e prestação, o que gerou um grande déficit a ser coberto pelo FCVS, Fundo de Compensação
de Variações Salariais.

Há várias maneiras de amortizar uma dívida. É imprescindível, em cada operação, que as partes
estabeleçam contrato para esclarecimento das formas, taxas e afins para o acerto da antecipação do
montante e quitação da dívida.

Uma característica fundamental dos sistemas de amortização é a utilização exclusiva do critério


de juros compostos, incidindo os juros exclusivamente sobre o saldo devedor (montante) apurado em
período imediatamente anterior.

Para cada sistema de amortização, é construída uma planilha financeira que relaciona, dentro de
certa padronização, os diversos fluxos de pagamentos e recebimentos.

São consideradas também, no SFH, modalidades de pagamento com e sem carência.


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Observação

Na carência, não há pagamento do valor principal, sendo pagos somente


os juros, que podem eventualmente ser capitalizados durante esse período.

Os sistemas de amortização mais usados no mercado são:

• Sistema de Amortização Constante – SAC;

• Sistema de Amortização Francês (Price) – SAF;

• Sistema de Amortização Misto – SAM;

• Sistema de Amortização Americano – SAA;

• Sistema de Amortização Crescente – Sacre;

• Sistema de Amortização Variável (parcelas intermediárias).

Saiba mais

Você pode aprofundar o seu conhecimento sobre o SFH, Sistema


Financeiro Habitacional, consultando o site do Banco Central: <http://
www.bcb.gov.br/?SFH>.

7.1.2 Definições básicas

Os sistemas de amortização de empréstimos e financiamentos tratam da forma pela qual o valor


principal e os encargos financeiros são restituídos ao credor. Antes de estudá-los, é importante definirmos
os principais termos empregados nas operações de empréstimos e financiamentos.

Encargos financeiros: representam os juros da operação, caracterizados como custo para o


devedor e retorno para o credor. Eles podem ser prefixados ou pós-fixados. O que distingue essas
duas modalidades é a correção (indexação) da dívida em função de uma expectativa (prefixação)
ou verificação posterior (pós-fixação) do comportamento de determinado indexador.

Nas operações pós-fixadas, há um desmembramento dos encargos financeiros em juros e correção


monetária (ou variação cambial, no caso de a dívida ser expressa em moeda estrangeira) que vier a se
verificar no futuro; nas prefixadas, estipula-se uma taxa única, a qual incorpora evidentemente uma

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expectativa inflacionária para todo o horizonte de tempo. Dessa forma, para uma operação pós-fixada,
a taxa de juros contratada é aquela definida como real, isto é, situada acima do índice de inflação
verificado no período.

Além do encargo real da taxa de juros, as operações pós-fixadas preveem também a correção
monetária (ou variação cambial) do saldo devedor da dívida, o que representa normalmente a recuperação
da perda de valor do capital emprestado e ainda não restituído, situação gerada pela desvalorização
perante a inflação.

Nas operações prefixadas, os encargos financeiros são medidos por uma única taxa, que engloba os
juros exigidos pelo emprestador e a expectativa inflacionária (correção monetária) para o período em
vigência. Segundo Rovina (2009, pp. 24-25), alguns termos são muito importantes dentro do estudo da
capitalização. São eles:

Amortização: a fração (parte) do capital paga ou recebida em um determinado período (data).


É representada pela variável A.

Prestação: é o pagamento efetuado ao longo da série de pagamentos, sendo composto de uma


parcela de capital chamada amortização e uma parcela de juros. É representada por PMT (abreviatura
de payment, que significa pagamento), nomenclatura aqui utilizada em função de ser a representação
mais comum na maioria das calculadoras financeiras.

Matematicamente, podemos agora descrever:

Prestação = Amortização + Juros.

PMT = A + INT

Carência: significa a postergação só do valor principal, excluídos os juros. Os encargos financeiros


podem, dependendo das condições contratuais, ser pagos ou não durante essa etapa. No primeiro caso,
eles são capitalizados e pagos junto à primeira parcela de amortização do valor principal ou distribuídos
por várias datas pactuadas de pagamento. Contudo, é mais comum o segundo caso: serem pagos no
período de carência.

Exemplo: ao tomar um empréstimo por 4 anos, a ser restituído em prestações trimestrais, o


primeiro pagamento ocorrerá normalmente 3 meses (um trimestre) após a liberação dos recursos,
vencendo os demais ao final de cada um dos trimestres subsequentes. Pode ocorrer um deferimento
(carência) quanto ao pagamento da primeira prestação, iniciando 9 meses após o recebimento
do capital emprestado. Nesse caso, diz-se que a carência corresponde a 2 trimestres, ou seja, ao
prazo verificado entre a data convencional de início de pagamento (final do primeiro trimestre) e
a do final do 9º mês.

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Vejamos, por fim, as características dos sistemas de financiamento habitacional:

• são basicamente desenvolvidos para operações de empréstimos e financiamentos de longo


prazo, envolvendo amortizações periódicas do valor principal e encargos financeiros (juros
da operação);

• utilizam exclusivamente o critério de juros compostos, incidindo os juros sobre o saldo devedor
apurado em período imediatamente anterior;

• obedecem certa padronização, tanto nos desembolsos quanto nos reembolsos;

• podem ter ou não carência; quando têm, normalmente são pagos os juros.

Temos ainda os conceitos de saldo devedor. Este é o elemento principal da dívida em um momento
em que se tem deduzido o valor pago ao credor a título de amortização e de carência (que é uma
diferenciação da data convencional do início dos pagamentos).

7.1.3 Sistema de Amortização Constante (SAC)

O Sistema de Amortização Constante tem como característica básica as amortizações sempre iguais
do valor principal, em todo o prazo da operação. O valor da amortização é facilmente obtido mediante
a divisão do capital (quantia emprestada) pelo número de prestações.

Nessa modalidade, os juros, por incidirem sobre o saldo devedor, cujo montante decresce após o
pagamento de cada amortização, assumem valores decrescentes nos períodos.

Em consequência do comportamento da amortização e dos juros, as prestações periódicas e


sucessivas do SAC são decrescentes em progressão aritmética.

Lembrete

Para o cálculo da amortização no SAC, é importante lembrar que:

• o capital da operação é dividido pelo número de parcelas;

• os juros incidem sempre sobre o saldo devedor.

Para sua melhor compreensão, exploremos agora um exemplo. Trata-se de empréstimo de


R$ 100.000,00, concedido dentro de um prazo de 10 anos, com pagamento em 20 prestações
semestrais. Desconsidere a existência de um prazo de carência. Foram considerados
juros de 7% a.s.

Devemos desenvolver uma planilha que mostre o desenrolar das prestações e dos juros.
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Tabela 1

Período Saldo devedor Amortização Juros Prestação


0 100.000,00
1 95.000,00 5.000,00 7000,00 12.000,00
2 90.000,00 5.000,00 6650,00 11.650,00
3 85.000,00 5.000,00 6300,00 11.300,00
4 80.000,00 5.000,00 5950,00 10.950,00
5 75.000,00 5.000,00 5600,00 10.600,00
6 70.000,00 5.000,00 5250,00 10.250,00
7 65.000,00 5.000,00 4900,00 9.900,00
8 60.000,00 5.000,00 4550,00 9.550,00
9 55.000,00 5.000,00 4200,00 9.200,00
10 50.000,00 5.000,00 3850,00 8.850,00
11 45.000,00 5.000,00 3500,00 8.500,00
12 40.000,00 5.000,00 3150,00 8.150,00
13 35.000,00 5.000,00 2800,00 7.800,00
14 30.000,00 5.000,00 2450,00 7.450,00
15 25.000,00 5.000,00 2100,00 7.100,00
16 20.000,00 5.000,00 1750,00 6.750,00
17 15.000,00 5.000,00 1400,00 6.400,00
18 10.000,00 5.000,00 1050,00 6.050,00
19 5.000,00 5.000,00 700,00 5.700,00
20 - 5.000,00 350,00 5.350,00
Total 100.000,00 73.500,00 173.500,00

O SAC determina que a restituição do valor principal (capital emprestado) seja efetuada em parcelas
iguais. Assim, o valor de cada amortização devida semestralmente é calculado pela simples divisão do
valor principal pelo número fixado de prestações, ou seja:

Amortização = valor do empréstimo / número de prestações

100.000, 00
Amortização = = 5.000, 00
20
Amortização = 5.000,00 ao semestre

Observação

Note que, no período 0 (zero), não há amortização, pois é o momento


em que ocorre o empréstimo.

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Os pagamentos desses valores determinam decréscimos iguais e constantes no saldo devedor em


cada um dos períodos, ocasionando reduções nos valores semestrais dos juros e das prestações, como
observamos na tabela.

Nesse exemplo, o cálculo de juros foi realizado como é mais comum nessas operações de crédito de
médio e longo prazos: com a taxa equivalente composta. Assim, para uma taxa equivalente nominal de
30% ao ano, conforme a taxa equivalente semestral, os juros atingem 7% a.s. Vejamos.

Taxa equivalente semestral de 14,49% a.a. = 1 + 0,1449 – 1 = 1,07 – 1 = 0,07. Como é taxa
devemos multiplicar por 100, resultando em 7% a.s.

Os juros, por incidirem sobre o saldo devedor imediatamente anterior, apresentam valores aritmeticamente
decrescentes, conforme são apurados na penúltima coluna da tabela exemplificada anteriormente. Ao final
do primeiro semestre, os encargos financeiros correspondem a: 7% x 100.000,00 = R$ 7.000,00; ao final do
segundo semestre: 7% x 95.000 = R$ 6.650,00; ao final do terceiro semestre: 7% x 90.000 = R$ 6.300,00; e
assim por diante.

Lembrete
Para calcular os juros, considera-se sempre o saldo devedor do
período anterior. Por exemplo, se desejamos calcular os juros do período
1, consideramos saldo devedor do período zero, se juros do período 2,
consideramos saldo devedor do período 1.

Soma-se, em cada período, o valor da prestação semestral do financiamento. Assim, para o primeiro
semestre, a prestação atinge: R$ 5.000,00 + R$ 7.000,00 = R$ 12.000,00; para o segundo semestre:
R$ 5.000,00 + R$ 6.650,00 = R$ 11.650,00. O mesmo processo foi realizado até o último período.

Pode ser observado, uma vez mais, que a diminuição de R$ 350,00 no valor dos juros em cada
período é explicada pelo fato de as amortizações (fixas) reduzirem semestralmente o saldo devedor da
dívida (base de cálculo dos juros) em R$ 5.000,00.

7.1.4 Expressões de cálculo do SAC

São desenvolvidas, a seguir, as expressões genéricas de cálculo de cada parcela da planilha do sistema
de amortização constante.

Amortização (Amort): os valores são sempre iguais e obtidos por:


PV
Amort =
n
PV = principal (valor do financiamento)

n = número de prestações.
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Logo,
PV Amort = Amort = Amort … Amort
1 2 3 n
n
PV Amort + Amort + Amort +… + Amort
1 2 3 n
n
Saldo devedor (SD): é decrescente em PA (progressão aritmética) pelo valor constante da
amortização. Logo, a redução periódica do SD equivale a subtrair, do seu valor anterior, a amortização
(PV/n) do período atual:

PV
SD =
n
Juros (J): pela redução constante do saldo devedor, os juros diminuem linearmente ao longo do
tempo, comportando-se como uma PA decrescente.

A expressão de cálculo dos juros é então esta:


PV
J1   (n  t  1)  i
n
Prestação (PMT): é a soma da amortização com juros e encargos administrativos que deve ser
analisada em cada situação de empréstimo com a instituição financeira.

PMT = Amort + J (não consideraremos encargos administrativos nesse modelo).

Algebricamente, a prestação é, portanto, assim expressa:


PV
PMT   1  (n  t  1)  i
n
Vejamos um exemplo de cálculo de prestação no sistema SAC.

Um capital de R$ 100.000,00 financiado em 5 anos, com taxa de juros de 30% ao ano terá, pelo SAC,
a prestação do 5º semestre de que valor?

Legenda:

PV = 100.000

n = 5 anos = 10 semestres

i = 30% ao ano. Transformando-a em taxa semestral: 1 + 0.30 –1 = 1,140175 – 1 = 0,140175 x


100 = 14,0175% a.s.

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Fórmula:
PV
PMT   1  (n  t  1)  i
n
Substituindo:

100.000
PMT5   1  (10  5  1)  0,140175
10

PMT5  10.000  1  6  0,140175

PMT5  18.410, 50

Vejamos a representação do cálculo na tabela em seguida:

Tabela 2

Período Saldo devedor Amortização Juros Prestação


0 100.000,00
1 90.000,00 10.000,00 14017,5 24.017,50
2 80.000,00 10.000,00 12615,75 22.615,75
3 70.000,00 10.000,00 11214 21.214,00
4 60.000,00 10.000,00 9812,25 19.812,25
5 50.000,00 10.000,00 8410,5 18.410,50
6 40.000,00 10.000,00 7008,75 17.008,75
7 30.000,00 10.000,00 5607 15.607,00
8 20.000,00 10.000,00 4205,25 14.205,25
9 10.000,00 10.000,00 2803,5 12.803,50
10 - 10.000,00 1401,75 11.401,75
Total 100.000,00 77.096,25 177.096,25

Lembrete

Veja que podemos obter os valores das prestações do SAC, de qualquer


período, pela fórmula a seguir ou pela tabela apontada.
PV
PMT   1  (n  t  1)  i
n

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7.1.5 SAC com carência

A ilustração desenvolvida na tabela anterior não previu existência de prazo de carência para a
amortização do empréstimo. Ao supor uma carência de dois anos (contada a partir do final do primeiro
semestre), por exemplo, três situações podem ocorrer:

a) os juros são pagos durante a carência;


b) os juros são capitalizados e pagos totalmente quando do vencimento da primeira amortização;
c) os juros são capitalizados e acrescidos ao saldo devedor, gerando um fluxo de amortizações de
maior valor.

Lembrete
Carência é o prazo concedido nas operações de financiamento em que
o credor não paga ou não amortiza o valor principal da dívida contraída.

Vejamos, em seguida, um caso em que a tabela demonstra uma situação em que os juros são pagos
durante a carência estipulada.

Exemplo 1. Ao final dos 4 primeiros semestres, a prestação, constituída unicamente dos encargos
financeiros, atinge R$ 14.017,50, ou seja, 14,0175% x R$ 100.000,00. A partir do 5º semestre, tendo sido
encerrada a carência de 2 anos, inicia-se a amortização do valor principal emprestado, sendo o fluxo de
prestações, desse momento em diante, idêntico ao desenvolvido anteriormente:
Tabela 3 – SAC com carência (2 anos) e pagamento dos juros

Período/semestre Saldo devedor Amortização Juros Prestação


0 100.000,00
1 100.000,00 14.017,50 14.017,50
2 100.000,00 14.017,50 14.017,50
3 100.000,00 14.017,50 14.017,50
4 100.000,00 14.017,50 14.017,50
5 90.000,00 10.000,00 14.017,50 24.017,50
6 80.000,00 10.000,00 12615,75 22.615,75
7 70.000,00 10.000,00 11214 21.214,00
8 60.000,00 10.000,00 9812,25 19.812,25
9 50.000,00 10.000,00 8410,5 18.410,50
10 40.000,00 10.000,00 7008,75 17.008,75
11 30.000,00 10.000,00 5607 15.607,00
12 20.000,00 10.000,00 4205,25 14.205,25
13 10.000,00 10.000,00 2803,5 12.803,50
14 - 10.000,00 1401,75 11.401,75
Total 100.000,00 133.166,25 233.166,25

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Vejamos agora como fica a tabela, com relação ao mesmo exemplo, para o caso de carência e
capitalização de juros.

Tabela 4 – SAC com carência (2 anos) e capitalização dos juros

Período Saldo devedor Amortização Juros Prestação


0 100.000,00
1 114.017,50 -
2 129.999,90 -
3 148.222,64 -
4 168.999,75 -
5 152.099,77 16.899,97 23.689,54 40.589,51
6 135.199,80 16.899,97 21320,5857 38.220,56
7 118.299,82 16.899,97 18951,63174 35.851,61
8 101.399,85 16.899,97 16582,67777 33.482,65
9 84.499,87 16.899,97 14213,7238 31.113,70
10 67.599,90 16.899,97 11844,76984 28.744,74
11 50.699,92 16.899,97 9475,815868 26.375,79
12 33.799,95 16.899,97 7106,861901 24.006,84
13 16.899,97 16.899,97 4737,907934 21.637,88
14 - 16.899,97 2368,953967 19.268,93
Total 168.999,75 130.292,47 299.292,22

A tabela ilustra o plano de amortização da dívida na hipótese de os juros não serem pagos durante
a carência. Nesse caso, os encargos são capitalizados segundo o critério de juros compostos e devidos
integralmente quando do vencimento da primeira parcela de amortização.

Quando uma loja de móveis ou outra qualquer faz financiamento de um produto, e o pagamento inicia-
se após 3 ou 4 meses, aplica-se o mesmo conceito aqui estudado. Vejamos isso com o exemplo a seguir.

Exemplo 2. Um banco concede um financiamento de R$ 660.000,00 para ser liquidado em 8


pagamentos mensais pelo SAC. A operação é realizada com uma carência de 3 meses, sendo pagos
somente os juros nesse período.

Considerando uma taxa efetiva de juros de 2,5% ao mês, elabore a planilha de desembolsos desse
financiamento.

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Tabela 5

Período Saldo devedor Amortização Juros Prestação


0 660.000,00
1 660.000,00 16.500,00 16.500,00
2 660.000,00 16.500,00 16.500,00
3 660.000,00 16.500,00 16.500,00
4 577.500,00 82.500,00 16.500,00 99.000,00
5 495.000,00 82.500,00 14.437,50 96.937,50
6 412.500,00 82.500,00 12.375,00 94.875,00
7 330.000,00 82.500,00 10.312,50 92.812,50
8 247.500,00 82.500,00 8.250,00 90.750,00
9 165.000,00 82.500,00 6.187,50 88.687,50
10 82.500,00 82.500,00 4.125,00 86.625,00
11 - 82.500,00 2.062,50 84.562,50
Total 660.000,00 123.750,00 783.750,00

Observe, no período 1, que o valor pago como prestação é apenas aquele equivalente aos
juros: R$ 16.500,00. Note ainda que a amortização só começa a acontecer depois do prazo de
PV
carência, ou seja, no 4º mês. Lembre que: Amort = ; no caso: 660.000/8 = 82.500, ou seja:
´
valor do emprØstimo n
. Portanto, a prestação de cada período equivale à soma: juros + amortização.
nϫ mero de parcelas

Exemplo 3. Um banco concede um financiamento de R$ 100.000,00 para ser liquidado em 10 anos,


mediante SAC.

Considerando uma taxa efetiva de juros de 25% a.a., elabore a planilha de desembolsos desse
financiamento.

Observação

Ignora-se a carência quando não mencionada no problema. Nesse caso,


a amortização já começa então no 1º mês.

´
valor do emprØstimo
Lembremos da fórmula: amortização =
nϫ mero de parcelas

100.000
Temos então = = 10.000, 00
10.000

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Tabela 6

Período Saldo devedor Amortização Juros Prestação


0 100.000,00
1 90.000,00 10.000,00 25.000,00 35.000,00
2 80.000,00 10.000,00 22.500,00 32.500,00
3 70.000,00 10.000,00 20.000,00 30.000,00
4 60.000,00 10.000,00 17.500,00 27.500,00
5 50.000,00 10.000,00 15.000,00 25.000,00
6 40.000,00 10.000,00 12.500,00 22.500,00
7 30.000,00 10.000,00 10.000,00 20.000,00
8 20.000,00 10.000,00 7.500,00 17.500,00
9 10.000,00 10.000,00 5.000,00 15.000,00
10 - 10.000,00 2.500,00 12.500,00
Total 100.000,00 137.500,00 237500

7.2 SISTEMA DE AMORTIZAÇÃO FRANCÊS

O Sistema de Amortização Francês (SAF), desenvolvido originalmente pelo inglês Richard Price,
assumiu essa denominação pelo seu uso amplamente generalizado na França no século passado.
Amplamente adotado no mercado financeiro do Brasil, estipula que as prestações sejam iguais,
periódicas e sucessivas. Equivalem, em outras palavras, ao modelo de fluxos de caixa. Os juros,
por incidirem sobre o saldo devedor, são decrescentes, e as parcelas de amortização assumem
valores crescentes.

No SAF, os juros decrescem, e as amortizações crescem ao longo do tempo. A soma dessas duas
parcelas permanece sempre igual ao valor da prestação. É importante, então, que o aluno veja as
principais diferenças entre o SAC e o SAF, pois os valores pagos ao final do período de cada um deles
são diferentes.

Para exemplificar, a planilha financeira do SAC é mais bem elaborada partindo-se da última coluna
para a primeira, isto é, calculam-se inicialmente as prestações e, posteriormente, para cada período, os
juros, as parcelas de amortização e o respectivo saldo devedor.

Da mesma forma em que ocorre com o SAC, o SAF pode ser realizado com ou sem carência,
capitalizando ou não os juros durante a carência.

Exemplo 1 - SAF sem carência. Consideremos a mesma situação de exemplos já citados:


financiamento de R$ 100.000,00, com prazo de pagamento de 10 semestres, com taxas de
14,01755% ao semestre.

159
Unidade III

Tabela 7

Período Saldo devedor Amortização Juros Prestação


0 100.000,00
1 94.833,06 R$5.166,94 14.017,50 R$19.184,44
2 88.941,84 R$5.891,22 13.293,22 R$19.184,44
3 82.224,83 R$6.717,02 12.467,42 R$19.184,44
4 74.566,25 R$7.658,57 11.525,87 R$19.184,44
5 65.834,14 R$8.732,12 10.452,32 R$19.184,44
6 55.878,00 R$9.956,14 9.228,30 R$19.184,44
7 44.526,26 R$11.351,74 7.832,70 R$19.184,44
8 31.583,28 R$12.942,97 6.241,47 R$19.184,44
9 16.826,03 R$14.757,25 4.427,19 R$19.184,44
10 0,18 R$16.825,85 2.358,59 R$19.184,44
R$99.999,82 91.844,58 R$191.844,40

As prestações semestrais são determinadas pela aplicação da fórmula de valor presente:

PV = PMT x FPV (i,n)

PV = valor presente

PMT = valor da prestação periódica, igual e sucessiva

FPV = fator de valor presente, sendo:

1  (1  i)n
FPV 
i
Substituindo os valores do exemplo ilustrativo na equação, tem-se:

1  (1140175
, )10
100.000, 00  PMT 
0,140175
1  (0, 269330)
100.000  PMT 
0,140175
0, 73067
100.000  PMT 
0,140175
100.000  PMT  5, 212555
100.000
PMT   19.184, 44 / semestre
5, 212555

160
MATEMÁTICA FINANCEIRA

Os demais valores da planilha são mensurados de forma sequencial em cada um dos períodos. Assim,
para o primeiro semestre, têm-se:

• Juros (calculados sobre o saldo devedor imediatamente anterior): 14,0175% x 100.000,00 = R$ 14.017,50.
• Amortização (obtida pela diferença entre o valor da prestação e dos juros acumulados para o
período): R$19.184,40 – R$ 14.017,50 = R$5.166,90.
• Saldo devedor (saldo anterior no momento zero – parcela de amortização do semestre):
R$100.000,00 – R$ 5.166,90 = R$94.833,10.

Para o segundo semestre, os cálculos são os seguintes:

• Juros: 14,0175% x R$94.833,70 = R$13.293,20.


• Amortização: R$ 19.184,40 – R$ 13.293,20 = R$ 5.891,20.
• Saldo devedor: R$ 94.833,10 – R$ 5.891,20 = R$ 88.941,90, e assim por diante.

7.2.1 Expressões de cálculo do SAF

No SAF, as prestações são constantes, os juros, decrescentes e as amortizações, exponencialmente


crescentes ao longo do tempo. As expressões básicas de cálculo desses valores são
desenvolvidas a seguir.

Amortização (Amort): é obtida pela diferença entre o valor da prestação e os juros:

Amort = PMT – J

A amortização do primeiro período é assim expressa:

Amort1 = PMT – J1, o que equivale a:

Amort1 = PMT – (PV x i).

Como o seu crescimento é exponencial no tempo, o valor da amortização num momento t qualquer
é calculado desta forma:

Amort1 = Amort1 x (1 + i)t-1

Por exemplo, o valor da amortização no 4º semestre atinge:

Amort4 = 5.166,90 x (1 + 0,140175)4–1

Amort4 = 7.658,60 (valores arredondados)

161
Unidade III

Prestação (PMT): conforme demonstrado, o valor da prestação é calculado mediante a aplicação da


fórmula do valor presente desenvolvida para o modelo padronizado para fluxos de caixa:

1
PMT  PV 
FPV(i, n)

Onde:

1  (1  i)n
FPV(i, n) 
i

Vale salientar que os cálculos das prestações foram realizados em exemplos anteriores.

Saldo devedor (SD): para cada período, é calculado pela diferença entre o valor devido no início do
intervalo de tempo e a amortização do período. Logo, para uma dada taxa de juros, o saldo devedor de
qualquer período é assim apurado:

SDt = PMT x FPV (i, n–t)

1  (1  i)(nt )
SD  PMT 
i

Por exemplo, o saldo devedor no 6º semestre do financiamento atinge:

1  (1  0,140175)(106 )
SD  19.184, 44 
0,140175

0, 408283
SD  19.184, 44 
0,140175

SD  19.184, 44  2, 912667

SD  55.877, 88

Cumpre observar que, nas planilhas, o resultado pode ocorrer com pequenas diferenças
nos centavos. No nosso caso não consideramos arredondamentos, pois as tabelas foram
desenvolvidas no Excel.

Juros (J): incidem sobre o saldo devedor apurado no início de cada período (ou ao final de cada
período imediatamente anterior). A expressão de cálculo de juros pode ser ilustrada desta forma:

162
MATEMÁTICA FINANCEIRA

J1 = SD0 x i = PV x i

J2 = SD1 x i = (PV – Amort) x i

J3 = SD2 x I = (PV – Amort1 – Amort2 ) x i

E assim, sucessivamente.

7.2.2 SAF com carência

De modo idêntico aos demais sistemas, no SAF, podem-se verificar períodos de carência, nos quais,
ainda, os encargos financeiros podem ser pagos ou capitalizados.

A seguir, ilustramos a situação em que os juros são pagos durante a carência e capitalizados para
resgate posterior (juntamente às prestações).

Exemplo 1 – SAF com carência (2 anos) e pagamentos dos juros.

Tabela 8

Período Saldo devedor Amortização Juros Prestação


0 100.000,00
1 100.000,00 14.017,50 14.017,50
2 100.000,00 14.017,50 14.017,50
3 100.000,00 14.017,50 14.017,50
4 100.000,00 14.017,50 14.017,50
5 94.833,10 5.166,90 14.017,50 19.184,40
6 88.941,93 5.891,17 13.293,23 19.184,40
7 82.224,96 6.716,96 12.467,44 19.184,40
8 74.566,45 7.658,52 11.525,88 19.184,40
9 65.834,40 8.732,05 10.452,35 19.184,40
10 55.878,34 9.956,06 9.228,34 19.184,40
11 44.526,68 11.351,65 7.832,75 19.184,40
12 31.583,81 12.942,87 6.241,53 19.184,40
13 16.826,67 14.757,14 4.427,26 19.184,40
14 0,95 16.825,72 2.358,68 19.184,40
Total 99.999,05 147.914,95 247.914,00

Observação

O cálculo da prestação no 5º período foi realizado com a fórmula


vista anteriormente:

163
Unidade III

1
PMT  PV 
FPV(i, n)
1  (1  i)n
Onde : FPV(i, n) 
i

O sistema francês com carência e pagamento dos juros no período segue basicamente o mesmo
esquema anterior (SAF sem carência), diferenciando-se unicamente quanto às prestações dos 4 primeiros
semestres (carência). Nesses períodos, são previstos somente pagamentos de R$ 14.017,50 referentes
aos juros do valor principal não amortizado (14,0175% x R$ 100.000,00).

Observação

Para os demais semestres, o raciocínio é idêntico ao formulado


anteriormente, apurando-se prestações com valores constantes, juros
decrescentes e amortizações crescentes.

No quadro SAF com carência, está prevista a capitalização dos juros durante o período de carência de
4 semestres. Somando esse montante ao saldo devedor, tem-se um novo valor ao final do 4º semestre:
de R$169.000,00, o qual serve de base para o cálculo das prestações com vencimento a partir do 5º
semestre, ou seja:

saldo devedor (4º semestre) serve de base para o cálculo das prestações após o período de carência
(5º semestre):

R$ 100.000,00 x (1,140175)4 = R$ 169.000,00

Prestação (PMT) semestral a ser paga a partir do 5º semestre será:

1  (1  i) n
PV  PMT 
i

1  (1  0,140175) 10
169.000  PMT 
0,140175
1  (11401
, 75) 10
169.000  PMT 
0,140175
1  (0, 269330)
169.000  PMT 
0,140175
0, 730669
169.000  PMT 
0,140175
169.000  PMT  5, 212548
164 169.000
PMT   32.42176,
1  (0, 269330)
169.000  PMT 
0,140175
MATEMÁTICA FINANCEIRA
0, 730669
169.000  PMT 
0,140175
169.000  PMT  5, 212548
169.000
PMT   32.42176
,
5, 212548

AO SEMESTRE

O preenchimento da planilha financeira a partir do final do período de carência é análogo ao


proposto anteriormente. Os valores 169.000 e 198,999,75 são os mesmos, foram arredondados
para facilitar.

Vejamos:

Tabela 9

Período Saldo devedor Amortização Juros Prestação


0 100.000,00
1 114.017,50 14.017,50
2 129.999,90 15.982,40
3 148.222,64 18.222,74
4 168.999,75 20.777,11
5 160.267,62 8.732,13 23.689,54 32421,67
6 150.311,46 9.956,16 22.465,51 32421,67
7 138.959,70 11.351,76 21.069,91 32421,67
8 126.016,71 12.942,99 19.478,68 32421,67
9 111.259,43 14.757,28 17.664,39 32.421,67
10 94.433,55 16.825,88 15.595,79 32.421,67
11 75.249,10 19.184,45 13.237,22 32.421,67
12 53.375,47 21.873,63 10.548,04 32.421,67
13 28.435,71 24.939,76 7.481,91 32.421,67
14 0,02 28.435,69 3.985,98 32.421,67
Total 168.999,73 155.216,97 324.216,70

Exemplo 2. Um equipamento no valor de R$ 1.200.000,00 será financiado por um banco pelo prazo
de 6 anos. A taxa de juros contratada é de 15% ao ano, e as amortizações anuais são efetuadas pelo
SAF, Sistema de Amortização Francês.

O banco concede uma carência de 2 anos para o início dos pagamentos, sendo os juros cobrados
nesse intervalo. Vamos preencher a tabela:

165
Unidade III

Tabela 10

Período Saldo devedor Amortização Juros Prestação


0 1.200.000,00
1 1.200.000,00 180.000,00 180.000,00
2 1.200.000,00 180.000,00 180.000,00
3 1.062.915,72 137.084,28 180.000,00 317.084,28
4 905.268,80 157.646,92 159.437,36 317.084,28
5 723.974,84 181.293,96 135.790,32 317.084,28
6 515.486,78 208.488,05 108.596,23 317.084,28
7 275.725,52 239.761,26 77.323,02 317.084,28
8 0,07 275.725,45 41.358,83 317.084,28
Total 1.062.505,75 2.262.505,68

Recomendamos ao aluno refazer essas planilhas para treinar o aprendizado, pois o raciocínio
matemático se desenvolve com a prática; devemos utilizar os três meios de absorção: audição, visão e
sentimento ao aproximarmos os assuntos do nosso dia a dia.

8 SISTEMAS DE AMORTIZAÇÃO – PARTE II


8.1 TABELA Price

O Sistema Price de Amortização (ou Tabela Price) representa uma variante do SAF, Sistema de
Amortização Francês.

Compreendamos como funciona o Sistema Price com exemplo em seguida, em que consideramos a
taxa equivalente semestral de 14,0175 % para o cálculo dos juros (assim como aconteceu nos exemplos
usados para o SAC).

Exemplo 1 - Sistema Price sem carência:

Tabela 11

Período Saldo devedor Amortização Juros Prestação


0 100.000,00
1 97.752,91 2.247,09 5.000,00 7247,09
2 95.393,47 2.359,44 4.887,65 7247,09
3 92.916,05 2.477,42 4.769,67 7247,09
4 90.314,76 2.601,29 4.645,80 7247,09
5 87.583,41 2.731,35 4.515,74 7247,09
6 84.715,49 2.867,92 4.379,17 7247,09
7 81.704,17 3.011,32 4.235,77 7247,09
8 78.542,29 3.161,88 4.085,21 7247,09
9 75.222,32 3.319,98 3.927,11 7247,09
10 71.736,34 3.485,97 3.761,12 7247,09

166
MATEMÁTICA FINANCEIRA

11 68.076,07 3.660,27 3.586,82 7247,09


12 64.232,78 3.843,29 3.403,80 7247,09
13 60.197,33 4.035,45 3.211,64 7247,09
14 55.960,11 4.237,22 3.009,87 7247,09
15 51.511,03 4.449,08 2.798,01 7247,09
16 46.839,49 4.671,54 2.575,55 7247,09
17 41.934,37 4.905,12 2.341,97 7247,09
18 36.784,00 5.150,37 2.096,72 7247,09
19 31.376,11 5.407,89 1.839,20 7247,09
20 25.697,83 5.678,28 1.568,81 7247,09
21 19.735,63 5.962,20 1.284,89 7247,09
22 13.475,32 6.260,31 986,78 7247,09
23 6.901,99 6.573,32 673,77 7247,09
24 0,00 6.901,99 345,10 7247,09
100.000,00 73.930,16 173930,16

Exemplo 2

Empréstimo: R$ 100.000,00

Prazo: 10 anos

Taxa: 25% a.a.

Usando a fórmula usada para séries de pagamentos iguais com termos postecipados:

Observação
O termo postecipado significa que o primeiro pagamento será realizado
no período seguinte.

PMT = PV / FRC (i, n) ∴ PMT = 100.000,00 x 0,28007 = R$ 28.007,00

Em que:
1  (1  i) n
FRC(i, n) 
i
1  (1  0, 25) 10
0, 25
1  0,107374
0, 25
0, 892625
 3, 5705
0, 25
100.000 167
PMT   28.007, 28
3, 5705
1  (1  0, 25) 10
0, 25
Unidade III
1  0,107374
0, 25
0, 892625
 3, 5705
0, 25
100.000
PMT   28.007, 28
3, 5705

Tabela 12

Período Saldo devedor Amortização Juros Prestação


0 100.000,00
1 96.992,74 3.007,26 25.000,00 28.007,26
2 93.233,67 3.759,07 24.248,19 28.007,26
3 88.534,83 4.698,84 23.308,42 28.007,26
4 82.661,28 5.873,55 22.133,71 28.007,26
5 75.319,34 7.341,94 20.665,32 28.007,26
6 66.141,91 9.177,42 18.829,83 28.007,26
7 54.670,13 11.471,78 16.535,48 28.007,26
8 40.330,41 14.339,73 13.667,53 28.007,26
9 22.405,75 17.924,66 10.082,60 28.007,26
10 -0,07 22.405,82 5.601,44 28.007,26
Total 100.000,07 180.072,51 280072,58

Como o crescimento da amortização é exponencial, o valor dela, em um determinado momento t,


é calculado da seguinte forma:

Amortt = Amort1 x (1 + i)t – 1

Logo, Amort6 = 3.007, 00 x (1,25)5 = 3.007,00 x 3,05176 = 9.176,64

Esse cálculo realizado pode ser desenvolvido para encontrar qualquer período.

8.1.1 Sistema de amortização misto

O Sistema de Amortização Misto (SAM) foi desenvolvido originalmente para as operações de


financiamento do Sistema Financeiro de Habitação. Trata-se simplesmente de uma mescla do Sistema
de Amortização Francês (SAF) e do Sistema de Amortização Constante (SAC), por meio de uma média
aritmética. Por ser uma mescla entre dois sistemas, recebeu a denominação de sistema misto. Para cada
um dos valores do seu plano de pagamentos, devem-se somar aqueles obtidos pelo SAF com os do SAC
e dividir o resultado por dois. Ao se adotar o SAM para o empréstimo contraído, têm-se, para o primeiro
período (semestre), os seguintes valores:

168
MATEMÁTICA FINANCEIRA

Tabela 13 – SAC

Período Saldo devedor Amortização Juros Prestação


0 100.000,00
1 90.000,00 10.000,00 14017,5 24.017,50
2 80.000,00 10.000,00 12615,75 22.615,75

Tabela 14 – SAF

Período Saldo devedor Amortização Juros Prestação


0 100.000,00
1 94.833,06 R$5.166,94 14.017,50 R$19.184,44
2 88.941,84 R$5.891,22 13.293,22 R$19.184,44

24.017, 50  19.184, 44
PMTSAM   21.600, 97
2
14.017, 50  14.017, 50
Juros SAM   14.017, 50
2
10.000  5.166, 90
Amort SAM   7.583, 45
2
90.000  94.833,10
SDSAM   92.416, 55
2

Para os demais semestres, segue-se o mesmo raciocínio, conforme a tabela:

Tabela 15

Período Saldo devedor Amortização Juros Prestação


0 100.000,00
1 92.416,53 R$7.583,47 R$14.017,50 R$21.600,97
2 84.470,92 R$7.945,61 R$12.954,49 R$20.900,10
3 76.112,41 R$8.358,51 R$11.840,71 R$20.199,22
4 67.283,13 R$8.829,29 R$10.669,06 R$19.498,35
5 57.917,07 R$9.366,06 R$9.431,41 R$18.797,47
6 47.939,00 R$9.978,07 R$8.118,53 R$18.096,60
7 37.263,13 R$10.675,87 R$6.719,85 R$17.395,72
8 25.791,64 R$11.471,49 R$5.223,36 R$16.694,85
9 13.413,01 R$12.378,63 R$3.615,34 R$15.993,97
10 0,09 R$13.412,93 R$1.880,17 R$15.293,10
R$99.999,91 84.470,41 R$184.470,33

169
Unidade III

8.1.2 Comparações entre SAC, SAF e SAM

Uma avaliação comparativa dos três sistemas de amortização é desenvolvida na tabela a seguir.

Tabela 16 – Comparação entre SAC, SAF E SAM

SAC SAF
Sado Sado
Amortização Juros Prestação Amortização Juros Prestação
devedor devedor
0 100.000,00 100.000,00
1 90.000,00 10.000,00 14.017,50 24.017,50 94.833,06 5.166,94 14.017,50 19.184,44
2 80.000,00 10.000,00 12.615,75 22.615,75 88.941,84 5.891,22 13.293,22 19.184,44
3 70.000,00 10.000,00 11.214,00 21.214,00 82.224,83 6.717,02 12.467,42 19.184,44
4 60.000,00 10.000,00 9.812,25 19.812,25 74.566,25 7.658,57 11.525,87 19.184,44
5 50.000,00 10.000,00 8.410,50 18.410,50 65.834,14 8.732,12 10.452,32 19.184,44
6 40.000,00 10.000,00 7.008,75 17.008,75 55.878,00 9.956,14 9.228,30 19.184,44
7 30.000,00 10.000,00 5.607,00 15.607,00 44.526,26 11.351,74 7.832,70 19.184,44
8 20.000,00 10.000,00 4.205,25 14.205,25 31.583,28 12.942,97 6.241,47 19.184,44
9 10.000,00 10.000,00 2.803,50 12.803,50 16.826,03 14.757,25 4.427,19 19.184,44
10 - 10.000,00 1.401,75 11.401,75 0,18 16.825,85 2.358,59 19.184,44
Total 100.000,00 77.096,25 177.096,25 99.999,82 91.844,58 191.844,40

Compare os valores com a tabela do sistema amortização mistos, que fizemos na tabela anterior.

8.1.3 Gráfico de comparação entre SAC, SAF e SAM


PMT ($)
24.017,50

21.601,00

19.184,40 SAF

SAM

SAC
Período (n)
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
4,45

Figura 1

O ponto em que as retas se cruzam indica valores iguais para as prestações. Calculando-se
analiticamente esse ponto de interseção, verifica-se que as prestações se igualam por volta da 4ª

170
MATEMÁTICA FINANCEIRA

prestação. No SAF, as prestações tornam-se maiores que as determinadas pelos demais sistemas de
amortização.

Ponto de igualdade das prestações

PMTSAF  19.184, 44(cons tan te)


PV
PMTSAC   1  (n  t  1)  i
n
100.000
PMTSAC   1  (10  t  1)  0,140175
10

Igualando PMTSAC e PMTSAF

100.000
 1  (10  t  1)  0,140175  19.184, 44
10
10.000  1  1, 40175  0,140175  t  0,140175  19.184, 44
10.000  14.017, 50  0,140175  t  1.40175
,  19.184, 44
, t  6.234, 81
1.40175
6.234, 81
t  4, 45
1.40175
,

8.2 Sistema de Amortização Americano

O Sistema de Amortização Americano (SAA) estipula que a devolução do capital emprestado seja
efetuada ao final do período contratado, ou seja, deve ser efetuada de uma só vez. De acordo com essa
característica básica do SAA, não estão previstas amortizações intermediárias durante o período de
empréstimo. Os juros costumam ser pagos periodicamente.

Exemplo 1

Tabela 17

Período Saldo devedor Amortização Juros Prestação


0 100.000,00
1 100.000,00 14.017,50 14.017,50
2 100.000,00 14.017,50 14.017,50
3 100.000,00 14.017,50 14.017,50
4 100.000,00 14.017,50 14.017,50
5 100.000,00 14.017,50 14.017,50
6 100.000,00 100.000,00 14.017,50 114.017,50
Total 100.000,00 84.105,00 184.105,00

171
Unidade III

O exercício a seguir foi baseado em Boggiss (2003), Lapponi (1995) e Puccini (1983). Trata-se de um
exercício-padrão, com redação muito próxima ao que geralmente se observa em treinamentos e testes
de Matemática Financeira no Brasil.

Exemplo 2. Um financiamento para capital de giro no valor de R$ 2.000.000,00 é concedido a uma


empresa pelo prazo de 4 semestres. A taxa de juros contratada é de 10% a.s., sendo adotado o Sistema
Americano de Amortização para essa dívida, e os juros pagos semestralmente durante a carência.
Calcular o valor de cada prestação mensal.

Admita que a taxa de aplicação seja de 4% ao semestre. Calcular os depósitos semestrais que a
empresa deve efetuar nesse fundo, de maneira que possa acumular, ao final do prazo de financiamento,
um montante igual ao desembolso da amortização exigido.

Tabela 18

Período Saldo devedor Amortização Juros Prestação


0 2.000.000,00
1 2.000.000,00 200.000,00 200.000,00
2 2.000.000,00 200.000,00 200.000,00
3 2.000.000,00 200.000,00 200.000,00
4 - 2.000.000,00 200.000,00 2.200.000,00
Total 2.000.000,00 800.000,00 2.800.000,00

Para ampliar o exemplo, vamos imaginar que, para facilitar o cumprimento da dívida de
R$ 2.800.000,00 no final do período 4, a empresa decida fazer aplicações mensais para que tenha
a quantia no final do período. Assim sendo, quanto deveria aplicar mensalmente?

O valor de cada parcela a ser depositada semestralmente no fundo de amortização é de R$


470.980,00, isto é:
FV = 2.000.000,00

0 1 2 3 4
PMT PMT PMT PMT

Figura 2

PV  PMT  FPV(i, n)
(1  i)n  1
PV  PMT 
i
i
172 PMT  PV 
(1  i)n  1
PV  PMT  FPV(i, n)
MATEMÁTICA FINANCEIRA
n
(1  i)  1
PV  PMT 
i
i
PMT  PV 
(1  i)n  1
0, 04
PMT  2.000.0000 
(1, 04 )4  1
PMT  470.980, 00

8.2.1 Sinking fund ou fundo de amortização

Dentro do Sistema de Amortização Americano, costuma-se utilizar um dispositivo denominado sinking


fund, ou fundo de amortização, cujo propósito é estocar poupanças periodicamente durante a vigência do
empréstimo para, ao final do empréstimo, o montante do fundo igualar-se ao valor da dívida.

Lembrete

Lembre-se de que a preocupação em formar um fundo desse tipo é a


de evitar que o mutuário tenha de desembolsar uma quantia muito grande
de dinheiro de uma vez só.

Representando matematicamente, se considerarmos:

• a taxa de juros: i

• o período: n

• o montante igual ao principal: S

• o depósito do período: R

• o fato de valor presente em séries uniformes postecipadas (valor da tabela): K,

surge a seguinte fórmula:

R=S/k

Por exemplo, se considerarmos um empréstimo de R$100.000,00 com uma taxa de juros de 12% ao
ano e um prazo de 4 anos, é possível criarmos um fundo de amortização com uma taxa de aplicação
de 10% ao ano.

Se:

S = R$100.000,00
173
Unidade III

k: a constante para uma taxa de 10% e um período de 4 anos (4,641)

R: o valor do depósito anual,

temos:

R = S/k

R = 100.000/4, 641

R = 21.547,08

É possível, dessa forma, obtermos a seguinte planilha:

Tabela 19

Anos Saldo devedor Depósito Juros


0 - - -
1 21.547,08 21.547,08 -
2 45.248,87 21.547,08 2.154,71
3 71.320,84 21.547,08 4.524,89
4 100.000,00 21.547,08 7.132,08
Total - 86.188,32 13.811,68

8.2.2 Sistema de Amortização Crescente (Sacre)

O Sacre é um sistema misto de cálculos do SFH, muito utilizado pela Caixa Econômica Federal. Nele
utiliza-se a metodologia de amortização constante (SAC anual), mas sem adicionar o valor da TR (Taxa
Referencial).

Dessa forma, o Sacre proporciona uma amortização variável. Apesar do nome, amortização
“crescente”, ele pode resultar amortizações decrescentes, caso a TR esteja com valor baixo.

A intenção desse sistema misto é proporcionar maior amortização do valor emprestado, reduzindo ao
mesmo tempo a parcela de juros sobre o saldo devedor. Comparando-o com a Tabela Price, descobre‑se
que a sua prestação inicial pode comprometer até 30% da renda, enquanto na Tabela Price, 25%.
O grande atrativo do Sacre é que, enquanto na Tabela Price as prestações tendem a aumentar sempre,
nele, a partir de um momento, as prestações começam a diminuir.

Para os cálculos do sistema Sacre, de acordo com a ABC (d.o.)1, que utilizou dados do SFH, temos os
seguintes conceitos:

1
ABC (ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE CONSUMIDORES). Cartilha SFH. Disponível em: <http://www.ongabc.org.br/
cartilha_shf.doc>. Acesso em: 01 dez. 2011.
174
MATEMÁTICA FINANCEIRA

Valor da razão da progressão aritmética (corresponde ao decréscimo das prestações)

Valor da primeira prestação:

i  PV
r b
n
PV  (1  b)  i  (1  i)n 1
PMT1  n
 b  (  i)  PV
(1  i)  1 n

Valor das prestações no período t (t > 1)

PMTt1  PMTt  r

Juros na data t

Jt  i  SDt1

PV = valor do principal

PMT1 = valor da primeira prestação

b = coeficiente variável por tipo de plano

r = razão da progressão (corresponde ao decréscimo do valor das prestações sucessivas).

Dependendo do valor de b, o sistema de reembolso pode resultar no Sistema Price (para b = 0) ou no


SAC (no caso de b = 1). O denominado Sacre é um caso particular em que b = 0,5. Nesse sistema, devido
à ponderação 0,5, o valor das prestações, amortizações, juros e saldos devedores correspondem à média
aritmética dos sistemas Price e SAC.

8.2.3 Custo efetivo

Quando é cobrado unicamente juro nas operações de empréstimos e financiamentos, o custo


efetivo, qualquer que seja o sistema de amortização adotado, é a própria taxa de juro considerada.
Por outro lado, é comum as instituições financeiras cobrarem, além do juro declarado, outros tipos de
encargos, tais como: IOC (Imposto sobre Operações de Crédito), comissões, taxas administrativas etc.
Essas despesas adicionais devem ser consideradas na planilha de desembolsos financeiros.

Exemplo de aplicação

Ao longo da unidade, você teve contato com termos das áreas financeira e matemática que
correspondem a determinados conceitos. Propomos, por isso, que aprofunde sua compreensão com
relação a eles. Tente explicar a seguir com suas próprias palavras o que significa amortização. Caso
175
Unidade III

necessite, volte ao texto, releia-o e pesquise, em livros e na internet, não só o que o termo significa, mas
como os profissionais da área financeira e matemática o utilizam.
______________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________

Saiba mais
Para quem gosta de estratégia, a Matemática Financeira é um
dos principais exemplos da chamada Teoria dos Jogos. Nesse sentido,
recomenda-se assistir ao filme Uma mente brilhante (A beautiful mind), de
2001, com direção de Ron Howard, que aborda a vida de um dos principais
autores dessa teoria, o matemático John Nash. Uma interessante crítica a
esse filme pode ser encontrada em: <http://www.cineclick.c om.br/critic as/
ficha/film e/uma-mente-brilha nte /id/471>.

Resumo

Você estudou, nesta terceira unidade, os sistemas de amortização e


mais especificamente os seguintes tópicos: Sistemas de amortização de
empréstimos e financiamentos; Sistema de Amortização Constante (SAC);
Sistema de Amortização Francês; Sistema de Amortização Americano;
Tabela Price; sistema misto; Comparações entre os sistemas de amortização;
Sinking fund ou fundo de amortização; Sistema de Amortização Constante
(Sacre); Custo efetivo.

Parabéns pelo esforço. No entanto, é sempre bom lembrar que você não
esgotou todo o conhecimento sobre a Matemática Financeira; esta disciplina é
uma introdução. Sempre é necessário estudar mais e se manter atualizado.

É muito comum, ao longo do tempo, principalmente se você não


aplica constantemente esses conhecimentos, esquecer-se por completo
das fórmulas. Contudo, certamente você ainda se lembrará dos conceitos
e suas aplicações, de modo que as fórmulas possam ser relembradas a
qualquer momento. O uso de artefatos e dispositivos eletrônicos também
ajuda muito nesse sentido.

176
MATEMÁTICA FINANCEIRA

De qualquer forma, aplique sempre esses conceitos de Matemática


Financeira. Bom trabalho e bons negócios!

Exercícios

Questão 1. (Enade 2011) Em uma empresa, visando atender a uma demanda crescente por
determinada família de produtos, deseja-se expandir suas instalações adquirindo novos equipamentos.
A partir de estudos realizados, verificou-se que o capital necessário para essa expansão é de R$ 120.000,00.
Ao buscar financiamento, a empresa encontrou as seguintes alternativas:

• Banco A: taxa de juros de 15% a.a., capitalizados mensalmente;

• Banco B: taxa de juros de 14,5% a.a., capitalizados trimestralmente.

Possibilidades de Amortização: Tabela Price e Sistema de Amortização Constante (SAC).

Tempo de financiamento: 120 meses.

O financiamento não será quitado antecipadamente.

Nesse contexto, analise as asserções seguintes.

A melhor opção de financiamento é pelo Banco B, utilizando-se o sistema de amortização constante.

porque

O Banco B oferece menor taxa de juros efetivos e, no sistema de amortização constante, o valor
pago de juros é menor que na Tabela Price.

Acerca dessas asserções, assinale a opção correta.

A) As duas asserções são proposições verdadeiras, e a segunda é uma justificativa correta da primeira.
B) As duas asserções são proposições verdadeiras, e a segunda não é uma justificativa correta da primeira.
C) A primeira asserção é uma proposição verdadeira, e a segunda, uma proposição falsa.
D) A primeira asserção é uma proposição falsa, e a segunda, uma proposição verdadeira.
E) Tanto a primeira quanto a segunda asserções são proposições falsas.

Resposta correta: alternativa A.

177
Unidade III

Análise da questão

A taxa de juros no Banco B é menor que no Banco A. Além disto, a capitalização no Banco B é
trimestral, o que resulta em uma taxa efetiva menor que a praticada pelo Banco A.

O total de juros pago em um financiamento pelo Sistema de Amortização Constante (SAC) é sempre
menor que o pago em um financiamento com mesmo período sujeito à mesma taxa de juros pelo
Sistema Price.

Considerando que o Banco B oferece o empréstimo a uma taxa anual menor que o Banco A
capitalizado trimestralmente, é de se entender que o total de juros cobrados pelo Banco B, quando
comparado com o mesmo tipo de sistema de amortização, é menor que o do Banco A.

Com essas considerações, podemos chegar à conclusão que as duas asserções são corretas e a
segunda justifica a primeira; logo, a alternativa correta é a alternativa A.

Questão 2. (Enade 2015) Um cidadão procurou um banco para contratar financiamento de um


imóvel cujo valor é de R$ 450 mil, utilizando o Sistema de Amortização Constante (SAC). O custo efetivo
total (CET) da operação realizada é de 10% ao ano. Sendo o financiamento em 100 parcelas, o valor da
amortização mensal seria igual a

A) R$ 4.000,00

B) R$ 4.500,00

C) R$ 4.950,00

D) R$ 5.200,00

E) R$ 5.500,00

Resolução desta questão na plataforma.

178
REFERÊNCIAS

Audiovisuais

UMA MENTE brilhante. Direção de: Ron Howard. Roteiro: Akiva Goldsman. EUA: 2001. 1 DVD ( ).

Textuais

ABC (ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE CONSUMIDORES). Cartilha SFH. Disponível em: <http://www.


ongabc.org.br/cartilha_shf.doc>. Acesso em: 1º dez. 2011.

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Exercícios

Unidade II - Questão 1: INSTITUTO NACIONAL DE ESTUDOS E PESQUISAS EDUCACIONAIS ANÍSIO


TEIXEIRA (INEP). Exame Nacional de Desempenho dos Estudantes (ENADE) 2015: Tecnologia em
Gestão Financeira. Questão 18. Disponível em: <http://download.inep.gov.br/educacao_superior/
enade/provas/2015/22_cst_gestao_fincanceira.pdf>. Acesso em: 27 maio. 2019.

Unidade III - Questão 1: INSTITUTO NACIONAL DE ESTUDOS E PESQUISAS EDUCACIONAIS ANÍSIO


TEIXEIRA (INEP). Exame Nacional de Desempenho dos Estudantes (ENADE) 2011: Engenharia
Grupo VI. Questão 29. Disponível em: http://download.inep.gov.br/educacao_superior/enade/
provas/2011/ENGENHARIA_GRUPO_%20VI.pdf>. Acesso em: 27 maio. 2019.

Unidade III - Questão 1: INSTITUTO NACIONAL DE ESTUDOS E PESQUISAS EDUCACIONAIS ANÍSIO


TEIXEIRA (INEP). Exame Nacional de Desempenho dos Estudantes (ENADE) 2015: Tecnologia em
Gestão Financeira. Questão 20. Disponível em: http://download.inep.gov.br/educacao_superior/
enade/provas/2015/22_cst_gestao_fincanceira.pdf>. Acesso em: 27 maio. 2019.

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Informações:
www.sepi.unip.br ou 0800 010 9000

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