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CADERNO DE ELECTRICIDADE E ELECTRÓNICA INSTITUTO NACIONAL

DE TELECOMUNICAÇÕES (ITEL)

Electrónica vol 1

Engº.: Zélio Papel

Prof.: Zélio Papel


CADERNO DE ELECTRICIDADE E ELECTRÓNICA INSTITUTO NACIONAL
DE TELECOMUNICAÇÕES (ITEL)
Cap I- Campo Eléctrico
1.1.1 Estrutura Átomica da Matéria
Composição da Matéria
Matéria é tudo aquilo que nos cerca e que ocupa um lugar no espaço. Ela se
apresenta em porções limitadas que recebem o nome de corpos. Estes podem ser
simples ou compostos.

A matéria e, consequentemente, os corpos compõem-se de moléculas e átomos

Molécula é a menor partícula em que se pode dividir uma substância de modo que ela
mantenha as mesmas características da substância que a originou.

O Átomo é a menor partícula em que se pode dividir um elemento e que, ainda assim,
conserva as propriedades físicas e químicas desse elemento.

Constituição do Átomo
O átomo é formado por uma parte central chamada núcleo e uma parte periférica
formada pelos elétrons (com carga negativa) e denominada eletrosfera.
O núcleo é constituído por dois tipos de partículas: os prótons, com carga positiva, e
os nêutrons, que são eletricamente neutros.

Veja a representação esquemática de um átomo na ilustração a seguir.

Electricidade é uma forma de energia associada aos fenômenos causados por cargas
Electricas em repouso e em movimento.
Ex: um exemplo de um circuito eléctrico simples é o de uma lanterna.
Os seus dispositivos básicos são: bateria, conjunto de pilhas, Lampâda e chave liga
desliga.
O estudo da eletricidade é organizado em dois campos: a Eletrostática e a
Eletrodinâmica.
Electroestática esta associada aos fenômenos associados a cargas eléctricas em repouso.

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Electrodinâmica esta associada aos fenômenos associados a cargas eléctricas em
movimento.
Equilibrio Estático

Os átomos são, em pricipio eléctricamente neutros, pois o numero de prótons é igual ao


numero de electrons, fazendo com que a carga total negativa anule a carga total positiva.

Ou seja podemos afirmar que qualquer porção de matéria ou corpo é electricamente


neutro.

Principio Fundamental da electroestatica tambem chamado de principio da atração e


repulsão cujo enunciado é:

`` Cargas de sinais contrarios se atraem, e cargas de mesmo sinal se

repelem´´.

A Carga Eléctrica fundamental é simbolizada pela letra q e sua a unidade de medida é o


coulomb (C).
O modulo da carga Eléctrica de um Próton e de um Elóctron vale:
Sendo que a carga do Electron é negativa e a do Próton
positiva.

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Electrização dos Corpos
Processo pela qual se altera o equilíbrio estático dos corpos.
Podemos electrizar um corpo com carga Q por meio de ionização dos seus átomos, isto
é, retirando ou inserindo elétrons em suas órbitas, tornandos Íons positivos (cátions) ou
Íons negativos (ânions).
De uma forma mais simples a Elétrização pode ser positiva ou negativa.
Eléctrização Potiva
A elétrização é positiva quando o corpo perde Electrons. Pois o numero de Protons fica
maior que o número de Elétrons.

Electrização Negativa
A eléctrização é negativa quando o corpo ganha electróns. Pois o numero de Electróns
fica maior que o numero de Protons.
Assim a carga Q de um corpo pode ser calculada multiplicando a carga q de um eléctron
pelo número n de electróns retirados ou inseridos do corpo.

Q= 𝒒. 𝒏

Em que: q = −𝟏, 𝟔 × 𝟏𝟎−𝟏𝟗 C (carga de um electrón);

n positivo = número de Electróns inseridos.


n negativo = número de Electróns retirados.
Processos de Electrização
Os processos básicos de electrização dos corpos são: Atrito; Contacto e Indução.

1.1.2 Campo Eléctrico


O Campo eléctrico é o campo de forças provocado pela accão de cargas eléctricas (
Electróns, protons) ou por um sistemas delas.
Uma carga cria ao seu redor um campo eléctrico E que pode ser representado por linhas
de campo radiais orientadas, uma vez que é uma grandeza vectorial, sendo que sua
unidade de medida é o Newton /Coulomb (N/C).

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Se a carga é positiva o campo é divergente ou seja as linhas saem da carga.
Se a carga for negativa o campo é convergente ou seja a linhas chegam a carga.

A Intencidade do Campo Eléctrico criado por uma carga Q é directamente proporcional


a intencidade dessa carga e da constante dieléctrica do meio K e é inversamente
proporcional ao quadrado da distância d entre a carga e o ponto cosiderado.

Em que:
 K= 9×109N.m2/C2 (no Vácuo e no Ar);
 Q= modulo da carga eléctrica em Coulomb;
 d= Distância, em metro.
Note que pela expressão matematica fica claro que quanto maior for a distância menor
sera a intencidade do campo Eléctrico.
Linhas de força do campo eléctrico
Analisando o comportamento das linhas de força do campo eléctrico levando em conta as
cargas geradoras vimos o seguinte:
Qando duas cargas de sinais contrários estão proximas, as linhas de carpo divergente da
carga positiva tendem a convergir para a carga negativa por isso a força é de atracção.

Quando duas cargas do mesmo sinal estão próximas, se elas forem positivas as linhas de
campo são divergente para ambas as cargas. E se as cargas forem negativas as linhas de
campo são convergentes para ambas cargas. Por isso a força entre elas é de repulsão.

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Linhas de campo divergente Linhas de campo convergente


Quando duas placas paralelas estão electrizadas com cargas de sinais contrários, surge
entre elas um campo eléctrico unioforme, caracterizado por linhas de campo paralela.

FORÇA ELÉCTRICA
Considerando uma região submetida a um campo eléctrico E uniforme.
Colocando uma carga Q num ponto dessa região essa carga fica sujeita a uma
força F , cuja unidade de medida é o newton [N] e cujo o módulo pode ser calculado
por:

Em que:
 Q= Módulo da carga eléctrica em coulomb (C);
 E= Módulo do campo eléctrico, em Newton por Coulomb (N/C).
LEI DE COULOMB
A lei de coulomb diz que a força de interação entre duas cargas QA e QB, é directamente
proporcional ao producto do valor dessas cargas e inversamente proporcional ao

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quadrado da distâncias que as separa. Matematicamente:

Essa força sera de atracção se as cargas forem de sinais contário e de repulsão se


as cargas forem de mesmo sinal.

POTENCIAL ELÉCTRICO

Um corpo com uma intensa eletrização tem maior Energia Potencial, ou maior
POTENCIAL ELÉTRICO que outro que tenha fraca eletrização, podendo portanto
realizar mais trabalho.
O potencial eléctrico é uma grandeza escalar pode ser positiva ou negativa
dependendo do valor das cargas.

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A figura acima mostra que cada ponto dessa região existe um potencial para a
realização de trabalho, independente da carga ali colocada.
O Potencial Eléctrico é simbolizado pela levra V e a sua unidade de medida é o
Volt (V).
Quanto maior a Distância d entre o ponto considerado e a carga geradora, menor
é o potencial electrico (V).

EXERCÍCIOS DE APLICAÇÃO
Electrização dos corpos

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DIFERENÇA DE POTENCIAL
Também conhecida como ddp ou TENSÃO é a comparação entre os potenciais elétricos
de 2 corpos, que podem ter cargas iguais ou diferentes. Exemplos:

TENSÃO ELÉCTRICA É a Grandeza gerada a partir do desequilíbrio de potencial


entre 2 pontos, conhecidos como Pólos. Podendo ser simbolizada pelas lectras “ V ” , U
ou E;

Por se tratar de uma grandeza elétrica, pode ser medida e a unidade de medida é “ Volt ”.
Como qualquer outra unidade de medida, a unidade de medida de tensão (volt) também
tem múltiplos e submúltiplos adequados a cada situação. Veja tabela a seguir:

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INSTRUMENTO DE MEDIDA DA TENSÃO ELÉCTRICA
Voltimetro é o Instrumento utilizado para medir a Tensão Eléctrica (Diferenca de
potencial ddp) entre dois pontos de um circuito eléctrico.
Para que o multimetro funcione como um voltimetro basta seleccionar uma das escalas
para medida da tensão (CC ou CA).
Para medir uma tensão, os terminais do voltimetro devem ser ligados aos dois pontos do
circuito em que se deseja conhecer a ddp, isto é, em paralelo podendo envolver um ou
mais dispositivos.

CAP 2- FONTES DE ENERGIA


2.1. CORRENTE ELÉCTRICA
Aplicando uma diferença de potencial num conductor metálico, os electróns livres
movimentam-se de forma ordenada no sentido contrario ao do campo eléctrico. Assim
sendo podemos definir a corrente eléctrica como sendo:
O movimento orientado de cargas, provocado pelo desequilíbrio elétrico (tensão elétrica).
É a forma pela qual os corpos tentam restabelecer o equilíbrio elétrico.
Para que haja corrente elétrica, é necessário que haja ddp e que o circuito esteja fechado.
Logo, pode-se afirmar que existe tensão sem corrente, mas nunca existirá corrente sem
tensão. Isso acontece porque a tensão orienta as cargas elétricas.
Ela é simbolizada pela Letra I ou i, sendo que a sua unidade de medida é colomb por
segundo o Ampère (A). Ou se
INTENSIDADE DA CORRENTE ELÉCTRICA
A intensidade instantanea da i da corrente electrica é a medida da variação da carga dQ,
em coulomb,[C] por meio da secção transversal de um conductor durante um intervalo de
tempo dt, em segundo [S]. matematicamente é dada por:

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Se a variação da carga for linear, a corrente sera contínua e constante. Neste caso ela sera
simbolizada pela letra I e podera ser calculada por:

SENTIDO DA CORRENTE ELÉCTRICA


Existem dois sentidos para a corrente eléctrica, o sentido convencional e o sentido
real.
Sentido Real
O sentido do movimento real de cargas é do terminal negativo da fonte (ponto de menor
potencial) para o terminal positivo da fonte (ponto de maior potencial).

Sentido Convencional
O sentido do movimento convencional de cargas é o contrário do movimento real, ou
seja, do terminal positivo ao terminal negativo da fonte, passando pela carga.
Assim, para se evitar o uso frequênte de valor negativo para a corrente usa-se o sentido
convencional para ela.

2.2. INSTRUMENTO DE MEDIDA DA INTENSIDADE DA CORRENTE


ELÉCTRICA

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O Aparelho usado para medir a corrente Electrica é o Amperimetro, o mesmo deve ser
ligado em série com o componente a ser medido.

CIRCUITO ELÉCTRICO
Circuito Eléctrico é o caminho fechado por onde circula a corrente. Caso o movimento
das cargas eléctrica seja sempre no mesmo sentido, o circuito eléctrico é chamado de
circuito de corrente continua ( CC ou DC).
O circuito eléctrico é constituido basicamente por quarto( 4) partes:
1- Fonte deTenão (bateria, gerador ``E``);
2- Conductores (fios, trilhos de baixa resistencia);
3- Carga;
4- Interruptor (fusivel, dinjuntor, chave
``S``)

MATERIAS INSOLANTES E CONDUTORES


Materias Insolantes

Isolantes são aqueles matérias que não conduzem a eletricidade. Possuem electrões
fortemente ligados ao núcleo dos seus átomos, o que dificulta a sua movimentação e
oferece alta resistência a circulação da corrente.Ex: plástico, a madeira seca, borracha, etc.
Materias Condutores

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Condutores são aqueles matérias que conduzem facilmente a eletricidade. Possuem
electrões fracamente ligados ao núcleo dos seus átomos, o que facilita a sua
movimentação e oferece baixa resistência a circulação da corrente.Ex: cobre, prata, ouro,
alumínio, etc.
RESISTÊNCIA ELÉCTRICA
Anteriormente, você aprendeu que para haver tensão, é necessário que haja uma diferença
de potencial entre dois pontos. Aprendeu também, que corrente elétrica é o movimento
orientado de cargas provocado pela ddp.
Além da ddp, para que haja corrente elétrica, é preciso que o circuito esteja fechado. Por
isso, você viu que existe tensão sem corrente, mas não existe corrente sem tensão.
Agora vamos tratar do conceito de resistência elétrica. Vamos tratar também das
grandezas da resistência elétrica e seus efeitos sobre a circulação da corrente.
RESISTÊNCIA é a caracteristica electrica dos materias que representa a oposição da
passagem da corrente eléctrica. Ou seja, resistência elétrica é a oposição que um material
apresenta ao fluxo orientado de cargas elétricas.

Todos os dispositivos elétricos e eletrônicos apresentam uma certa oposição à passagem


da corrente elétrica.

Essa oposição a condução da corrente eléctrica é provocada, principalmente, pela


dificuldade dos eléctrons livres se movimentarem pela estrutura atômica dos matérias.

É simbolizada pela ``R`` e a sua unidade de medida é o Ohm(Ω ). Eles podem ser fixo e
Ajustavel.
RESISTOR FIXO
Resistor fixo é aquele que o seu valor ohmico é conhecido e bem definido.

Simbologia de resistores fixos

Resistor é todo material electrico que se opõe a passagem da corrente eléctrica.

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Para medir a resistência electrrica de uma resistência fixa ou variavel ou conjunto de
resistores interligados é preciso que eles não sejam submetidos a qualquer tensão, se não
corremos o risco de obter valores errados ou ate mesmo danificar o instrumento.

A Condutância é outra caracteristica dos materias e, ao contrário da resistência, expressa


a facilidade com que a corrente electrica pode atravessa- los. A condutância é o inverso
da resistência sendo simbolizada pela letra`` G`` e a sua unidade de medida é 1/Ohm (Ω-
1
) ou Siemens( S).

Resistividade elétrica é a resistência elétrica específica de um certo condutor com 1 metro de


comprimento, 1 mm2 de área de seção transversal, medida em temperatura ambiente constante de
20°C. A unidade de medida de resistividade é o Ω .m, representada pela letra grega ρ ( lê-se “rô).

CÓDIGO DE CORES
Os valores nominais dos resitores podem ser obtidos de várias formas ( por meio de um
ohmímetro, pelo valor inscrito nele e pelo código de cores gravados neles).

Os resistores de maior potência, por terem maiores dimensões, podem ter gravados em
seus corpos os seus valores nominais e tolerância. Porem, os resistores de baixa potência
são muito pequenos, tornando inviável essa gravação.

Assim sendo, gravam-se nos resistores aneis coloridos que, a partir de um codigo de cores
preestablecido, informam os seus valores nominais e suas tolerâncias.

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Existem dois codigos de cores:

1º Para resistores de 5% e 10% de tolerância, formado por 4 anéis.

2º O segundo é para resistores de 1% e 2% de tolerância (resistores de precisão),


formado por 5 anéis.

O.B.S: Há também os resistores com 20% de tolerância, cujo, código de cores é


formado por 3 anéis. Atualmente, estes resistores não são mais fabricados em grande
escala.
A leitura do valor nominal e da tolerância de um resistor é feita conforme mostra o
esquema e a tabela dados abaixo

Tolerância: Os resistores não são componentes ideais. Por isso, os fabricantes fornecem
o seu valor nominal RN acompanhado de uma tolerância r%, que nada mais é do que a
sua margem de erro, expressando a faixa de valores prevista para ele. Assim, o valor real
R de um resistor pode estar compreendido entre um valor mínimo Rm e máximo RM , isto
é, Rm≤R≤RM

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RESISTOR AJUSTAVEL
Resistor Ajustavel é aqule que o ser valor ohmico pode ser ajustavel, sendo chamando de
Potencíometro, Reóstato, Trimpot, e LDR.

Potenciômetro rotativos e deslizantes: são utilizados em equipamentos que precisam


da atuação constante do usuário, como o controle de volume de um amplificador de
áudio. Ex.: Quando aumentamos o volume de um rádio.
Trimpot: é utilizado em equipamentos que necessitam de calibração ou ajuste interno,
cuja ação não deve ficar acessível ao usuário, como nos instrumentos de medidas.
Reostato é a uma resistência variável de alta potência, sendo utilizado em instalações
que operam com altas correntes eléctricass, como o controle de motores eléctricos.
LDR (do inglês Light Dependent Resistor), em português Resistor Dependente de
Luz ou Fotoresistência é um componente eletrônico passivo do tipo resistor variável.
Mais especificamente, é um resistor cuja resistência varia conforme a intensidade da luz
que incide sobre ele.

Tipicamente, à medida que a intensidade da luz aumenta, a sua resistência diminui.


O LDR é construído a partir de material semicondutor com elevada resistência elétrica.
Quando a luz que incide sobre o semicondutor tem uma frequência suficiente, os fótons
que incidem sobre o semicondutor libertam elétrons para a banda condutora que irão
melhorar a sua condutividade e assim diminuir a resistência.

MEDIÇÃO DE RESISTÊNCIA ELÉCTRICA


O instrumento que mede resistência eléctrica é chamado de Ohmímetro.
Os multímetros possuem escalas apropriadas para a medida de resistência eléctrica.
Para medir a resistência eléctrica de uma resistência fixa ou variável, ou seja, de um
conjunto de resistores interligados, é preciso que eles não estejam submetidos a qualquer
tensão, pois isso poderia acarretar em erro de medida ou até danificar o instrumento.

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Assim, é necessário desconectar o dispositivo do circuito para a medida de sua resistência
eléctrica.
Para a medida, os terminais do ohmímetro devem ser ligados em paralelo com o
dispositivo ou circuito a ser medido, sem se importar como a polaridade dos terminais do
ohmímetro.
OBS: Nunca segure os dois terminais do dispositivo a ser medido com as mãos, pois a
resistência do corpo humano pode interferir na medida, causando erro.

ANÁLISE DE CIRCUITOS RESISTIVOS EM CORRENTE CONTÍNUA


Leis de Ohm
As leis de Ohm postuladas por George Simon Ohm, físico alemão, determinam a
resistência eléctrica dos condutores. Sendo por isso muito importantes no estudo da
eletricidade. Ohm estableu duas Leis.
Primeira Lei de Ohm
A primeira lei de Ohm diz que: A resistência eléctrica de um material é directamente
proporcional a diferença de potencial (ddp) aplicada entre as suas extremidades, e
inversamente proporcional a intensidade da corrente ( I) que a percorre.
Matematicamente:

Segunda Lei de Ohm


A segunda lei surgiu quando George Ohm estudou a resistência eléctrica do ponto de vista
dos elementos que têm influência sobre ela. Por esse estudo ele conclui que a resistência
eléctrica de um condutor depende fisicamente de 4 fatores que são:

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1º Material do qual é feito;
2º Comprimento (L) do condutor;
3º Área de sua secção transversal (S);
4º Temperatura no condutor.
Assim ele formulou a segunda lei de Ohm que diz:
A resistência eléctrica de um condutor, é diretamente proporcional ao produto da
sua resistividade especifica (ρ) pelo seu comprimento (L), e inversamente
proporcional a sua área de secção transversal.
Matematicamente:

Onde:
R= a resistência eléctrica (Ω)
ρ= resistividade eléctrica do material (Ω .m)
l= comprimento do condutor (m)
S=área da secção transversal do conductor (m2)
RESISTÊNCIA E A TEMPERATURA
A resistividade dos matérias depende da temperatura, assim, uma outra característica dos
materiais é o coeficiente de temperatura, que é simbolizada pela letra grega α (lê-se
1
alfa), cuja unidade de medida é o (℃). A expressão para calcular a variação da

resistividade com a temperatura é a seguinte:

𝜌 = 𝜌𝑜. (1 + 𝛼𝛥𝑇°)
Onde:
𝜌= Resistividade final
𝜌𝑜 = Resistividade inicial
α = Coeficiente de temperatura
ΔT = Variação de temperatura (T-T0)
Neste caso a relação entre as resistências envolvidas, é a seguinte:

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A tabelas seguintes mostram o coeficiente de temperatura, as caractéristicas e as


aplicações de diferentes materiais.

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EXERCICIOS DE APLICAÇÃO

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ASSOCIAÇÃO DE RESISTORES
Os resistores entram na constituição da maioria dos circuitos eletrônicos, sendo que
quando for um circuito formado por mais de um resistor urge a necessidade de os
associarmos.
É importante, então, conhecer os tipos e características elétricas destas associações, que
são a base de qualquer actividade ligada à eletrônica.
Associação de Resistores
Associação de resistores é uma reunião de duas ou mais resistências em um circuito
elétrico.
Na associação de resistências é preciso considerar dois Itens: os Terminais e os
Nós.
Terminais são os pontos da associação conectados à fonte geradora.
Nós são os pontos em que ocorre a interligação de três ou mais ramos, para o nosso caso
em estudo ``resistências``.
Tipos de Associações de Resistência
As resistências podem ser associadas de modo a formar diferentes circuitos eléctricos que
são:
 Associação Série;
 Associação Paralela;
 Associação Mista.
Cada um desses tipos de associação apresenta características especificas de
comportamento eléctrico.
Aos circuitos formados por várias resistências ligadas em série ou em paralelo,
alimentadas por uma única fonte (E), denominamos de rede resistiva.
Associação Série
Na associação série, os resistores estão ligados de forma que a corrente (I) que passa por
eles seja a mesma, e a tensão total (E) aplicada aos resistores se subdivida entre eles
proporcionalmente aos seus valores.
Ou seja, nesse tipo de associação, as resistências são interligadas de forma que exista
apenas um caminho para a circulação da corrente eléctrica entre os seus terminais.
Associamos em série quando queremos ter um resistor de maior valor.
Ex:. Na figura abaixo mostra dois circuitos séries.

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Matematicamente a lei de Ohm nos diz que o resultado E/I corresponde a resistência
equivalente ou resistência total (Req ou Rt) da associação série, isto é, a resistência que
a fonte de alimentação entende como sendo sua carga é:

Req= R1 + R2+ R3 + R4+. . .+ Rn

Se os valores nominais dos resistores da associação série forem iguais, a resistência equivalente
pode ser calculada por:

Req = n. R

Onde:
R: é o valor dos resistores iguais associados em série.
n: é o número de resistores associados em série.

Associação Paralela
Na associação paralela os resistores estão ligados de forma que a tensão total aplicada
ao circuito seja a mesma em todos os resistores, e a corrente I total do circuito se
subdivida entre eles de forma inversamente proporcional aos seus valores. Ou seja, trata-
se de uma associação em que os terminais dos resistores estão interligados de forma que
exista mais de um caminho para a circulação da corrente eléctrica.
Associamos em paralelo quando queremos ter um resistor de menor valor.
Ex:.As figuras abaixo mostram circuitos de associação em paralelo.

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O resistor equivalente é dado por:

1 1 1 1 1 1
Req = 1 1 1 1 1 = + + + ⋯+
+ + + +⋯+ 𝑅𝑒𝑞 𝑅1 𝑅2 𝑅3 𝑅𝑛
𝑅1 𝑅2 𝑅3 𝑅4 𝑅𝑛

Se o número (n) de resistores da associação paralela forem iguais a R, a resistência


equivalente pode ser calculada por:
𝑅
Req =
𝑛
Onde:

R: é o valor dos resistores iguais

n: é o número de resistores iguais

No caso especifico de dois resistores ligados em paralelo, a resistência equivalente pode


ser calculada por uma equação mais simples tambem conhecida como producto sobre
soma:
𝑅1 . 𝑅2
Req =
𝑅1+𝑅2

OBS: Em um texto pode-se representar dois resistores em paralelo por R1//R2

Associação Mista

A associação mista é composta por grupos de resistores ligados em série e em paralelo,


não existindo uma equação geral para a resistência equivalente, pois ela depende da
configuração do circuito.

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Se o circuito tiver apenas uma fonte de alimentação (rede resistiva), a sua análise, isto é,
a determinação das correntes e tensões nos diversos ramos e resistores do circuito pode
ser feita aplicando apenas os conceitos de associação série e paralela de resistores, bem
como da Lei de Ohm.

Ex:. circuito de associação mista

Divisores de Tensão (D.T) e Divisor de Corrente (D.C)

Com a evolução tecnológica, a tendência é produzir equipamentos eletrônicos cada vez


mais compactos e alimentados por fontes de energia portáteis (pilhas, baterias etc…).
A função dos divisores de tensão e corrente é permitir o fornecimento de diferentes
tensões e correntes a cada componente a partir de uma única fonte de tensão ou de
corrente.
Divisor de Tensão D.T

Na associação série de resistor, vimos que a tensão da fonte de alimentação se subdivide


entre os resistores, formando um divisor de tensão.

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O divisor de tensão é formado por uma associação série de resistores, no qual a tensão
total aplicada na associação se divide nos resistores, proporcionalmente aos valores de
cada resistor.
Podemos deduzir uma equação geral para calcular a tensão Vi num determinado resistor
Ri da associação em função da tensão E aplicada.

A tensão Vi no resistor é dada por: Vi = Ri x I (I)


𝑬
Mas a corrente I que passa pelos resistores em série vale: 𝑰 = (II)
𝑹𝒆𝒒

Sabendo que Req= R1+R2+R3...


Substituindo a (II) na (I), teremos a equação geral do divisor de tensão:

𝑹𝒊
𝑽𝒊 = .𝑬
𝑹𝒆𝒒

No caso de um divisor de tensão formado por dois resistores, as equações de V1 e V2


são:

𝑅1 𝑅2
𝑉1 = .𝐸 𝑉2 = .𝐸
𝑅1 + 𝑅2 𝑅1 + 𝑅2

Divisor de Corrente

Na associação paralela de resistores, vimos que a corrente fornecida pela fonte de


alimentação se subdivide entre os resistores, formando um divisor de corrente.

Podemos deduzir de igual modo uma equação geral para calcular a corrente Ii num
determinado resistor Ri da associação em função da corrente total It.

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𝐸
Como os resistores estão em paralelo, temos: 𝐼𝑖 = (I)
𝑅𝑖

Mas a tensão E aplicada a associação paralela vale: E = Req x Ii (II)

Substituindo-se (II) na (I) podemos deduzir a equação geral do divisor de corrente,


.atematicamente:

No caso de um divisor de corrente formado por dois resistores, as equações de I1 e I2 são:

Trabalho, Energia, Joule

Quando um condutor é percorrido por corrente, ou seja, quando os electrões livres que
nele existem se movimentam por acção de um campo eléctrico exterior, ocorrem choques
dos electrões livres com as partículas estacionárias que formam o material. Então, sempre
que há um choque, a energia cinética que o campo eléctrico tinha fornecido aos electrões
livres para eles se moverem liberta-se e é convertida em calor, fazendo aumentar a
temperatura do condutor. Há, portanto, uma transformação da energia do campo eléctrico
em calor.
Lei de Joule
Como visto anteriormente a corrente eléctrica é a quantidade de carga que passa atravez
de um conductor durante um intervalo de tempo. I= Q/t
Então a quantidade de carga eléctrica que passa atravez desse segmento é:

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Q=I.t

E o trabalho da força électrica neste processo é:


A=Q (VA-VB) como V = VA-VB então podemos escrever:

A=Q.V
E como visto na equação anterior a carga eléctrica é I.t então podemos escrever a equação
do trabalho da força electrica como sendo:
A=V.I.t

Mas segundo a lei de Ohm U=R.I então podemos escrever:

A=R.I2.t

Aqui estamos a considerar as correntes eléctricas invariáveis no tempo; por isso todo este
trabalho da corrente eléctrica transforma-se em calor pelo efeito de Joule; isto é, calor
desenvolvido na resistência em questão: Q=A
Isto é:
Q=R.I2.t

Q- Aqui refere-se a quantidade de calor desenvolvido na resistência em questão.


Pela expressão matematica acima podemos de enunciar a Lei de Joule:

A lei de Joule Diz que: A quantidade de calor desenvolvida na resistência R durante o


intervalo de tempo t pela corrente eléctrica de intensidade I. Cuja unidade de medida
no S.I é o Joule (J)
Potência
Potência é a quantidade de energia produzida num intervalo de tempo 𝛥t por um dispositivo
elétrico. É dada como:
𝑾𝒆𝒍
P=
𝒕

Sua unidade de medida é o joule/segundo [J/s] ou Watt (W)

Em um circuito elétrico a Potência pode também ser defina como sendo a quantidade de
carga elétrica Q que uma fonte de tensão V pode fornecer num intervalo de tempo 𝛥t. A
sua equação é dada por:

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Sendo Q/𝛥t corresponde a corrente elétrica I fornecida pelo circuito. Assim a equação
resume em:

A sua unidade é Volt Ampere [VA]. Mas em circuito CC normalmente não se usa como
unidade de medida o [J/s] ou [V.A]. É mais utilizado a unidade equivalente denominada
watt [W].

Quando analisarmos potência em circuito indutivo e capacitivo operando em corrente


alternada, veremos que além dessas unidade, é também usada a unidade volt. Ampere
resistivo [VAR].

Analisemos agora uma fonte de tensão alimentando uma carga resistiva R.

A potência para este circuito será: 𝑃 = 𝐸. 𝐼 mais como tensão no resistor é a mesma, isto
é, E=V. Assim a potência dissipada pelo resistor é: Pe=P. A energia está sendo
transformada pela resistência em energia térmica (calor) por efeito de joule. No resistor,
a potência em função de R também pode ser calculada sendo que P=V.I podemos
aplicando a lei de Ohm obter as seguintes equações:

 Abrindo a tensão V=R.I logo temos: P=R.I.I P=R.I2

𝐕.𝐕 𝑽𝟐
 Abrindo a corrente I=V/R temos: 𝑷= 𝐑 𝑷=
𝐑

Energia Eléctrica

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Inicialmente vimos que P=Wel/t assim a energia electrica desenvolvida em um
circuito pode ser calculada da seguinte forma:

𝑾𝒆𝒍 =P.t

Essa expressão é usada para calcular a energia eléctrica consumida por circuitos
eléctronicos, equipamentos eléctrodomesticos, lâmpadas e maquinas eléctricas.
Por essa expressão a unidade de medida da energia electrica é o joule (J) ou
Watt.segundo (W.s).
Prem, como a ordem de grandeza do consumo da energia eléctrica em residências e
industrias é elevada, a unidade de medida utilizada no lugar de W.s é o quilowatt.hora
(K.h).
OBS.: por todas as expresões pode-se concluir que trabalho realizado (A) por uma carga
eléctrica refere-se a energia Eléctrica. Ou seja estamos a afirmar que A=Wel.
Sendo que o trabalho é: A=V.I . Como V.I corresponde a potência (P=V.I)
podemos escrever
A=P.t

Leis de kirchhoff

Em geral, os circuitos eletrônicos constituem-se de vários componentes, todos


funcionando simultaneamente. Ao abrir um rádio portátil ou outro aparelho eletrônico
qualquer, observamos quantos componentes são necessários para fazê-lo funcionar.
Ao ligar um aparelho, a corrente flui por muitos caminhos; e a tensão fornecida pela fonte
de energia distribui-se pelos componentes. Esta distribuição de corrente e tensão obedece
a duas leis fundamentais formuladas por Kirchhoff.
As Leis de Kirchhoff envolvem conceitos básicos de para análise e resolução de circuitos
eléctricos, tanto em corrente continua como alternada. Antes, porem, de apresenta-las
vejamos os elementos que formam um circuito eléctrico.
Nó: ponto de ligação de três ou mais condutores do circuito.

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Ramo: Qualquer parte de um circuito eléctrico composta por um ou mais dispositivo
ligado em serie.

Malha: Qualquer parte de um circuito eléctrico cujos ramos formam um único caminho
fechado pra a corrente elétrica.

Primeira Lei de Kirchhoff para as corrente ou lei dos nós

Definindo arbitrariamente as correntes que chegam a um nó como sendo positivas e as


que saem desse mesmo nó como negativa, podemos enunciar a Lei de Kirchhoff para
as corrente como sendo:

``A soma Algébrica das correntes em um nó é igual a zero ( ∑ 𝑰 = 𝟎)``

Ou

``A soma das correntes que chegam a um nó é igual á soma das correntes que saem
desse mesmo nó``.

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Segunda Lei de Kirchhoff para as tensões - Lei das Malhas

Adotando um sentido arbitrário de correntes para análise de uma malha, e considerando


as tensões que elevam o potencial do circuito como sendo positivas (geradoras) e as
tensões que causam queda de potencial como sendo negativas (recptores passivos e
activos) a Lei de Kirchhoff para as tensões pode ser enunciada como se sgue:

``A soma das tensões que elevam o potencial do circuito é igual a soma das tensões que
causam a queda de potencia``.

Ou

``A soma algébrica das tensões em uma malha é igual a zero``.

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EXERCICIOS DE APLICAÇÃO

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METODOLOGIA DE ANÁLISE DE CIRCUITOS
Neste Capítulo, aprenderemos alguns métodos importantes de análise de circuitos
eléctricos, todos baseados em teoremas e nos principais fundamentos da eléctricidade.
Método da Superposição
O Método da superposiçãoé baseado no Teorema da Superposição de Efeitos e se aplica
nos casos em que desejamos analisar o comportamento eléctrico (tensão e corrente) num
único dispositivo ou ramode um circuito, sem precisar determinar as tensões e correntes
nos demais.
Teorema da Superposição de Efeitos
``Num circuito eléctrico formado por vários bipolos lineares, o efeito causado pelos
geradores num determinado ramo ou bipolo é equivalente á soma algébrica dos efeitos
causados por cada gerador individualmente, eliminados os efeitos dos demais.``

Para eliminar o efeito causado por um gerador de tensão, ele deve ser substituído por um
curto-circuito.

Para eliminar o efeito causado num circuito por um gerador de corrente, ele deve ser
substituido por um circuito aberto.

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EXEMPLO
No circuito abaixo, determinaremos a corrente e a tensão no resistor Rx:

1. Primeiro, eliminaremos o efeito causado pelo gerador de tensão E2 por meio da


sua substituição por um curto-circuito e determinaremos a tensão Vx1 e a corrente
Ix1 em Rx, por efeito de E1.

como R2 e Rx estão em paralelo podemos determinar RA como


sendo:

O circuito fica :

Olhando para o circuito podemos aplicar a formula de divisor de tensão para calcularmos
a tensão em RA (VA) R2 e Rx estão em paralelo o que faz com que a tensão sobre eles seja
a mesmo logo podemos escrever:

Tendo a tensão em Rx podemos calcular a corrente que circula por ele pela lei de Ohm

2. Em seguida, eliminaremos o efeito causado pelo gerador de tensão E1 por meio


da substituição de um curto-circuito e determinaremos a tensão Vx2 e a corrente
Ix2 em Rx, por efeito de E2.

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como R1 e Rx estão em paralelo podemos determinar RB


como sendo:

O circuito fica :

Olhando para o circuito podemos aplicar a formula de divisor de tensão para calcularmos
a tensão em RB (VB) R1 e Rx estão em paralelo o que faz com que a tensão sobre eles seja
a mesmo logo podemos escrever:

Tendo a tensão em Rx podemos calcular a corrente que circula por ele pela lei de Ohm:

3. Finalmente podemos calcular a tensão em e a corrente em Rx, pela soma


algébrica dos efeitos de E1 e E2

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Método de Thévenin
O Método de Thévenin é baseado no Teorema de Thévenin e se aplica nos casos em que
desejamos simplicar um circuito complexo por um mais simples equivalente.
Esse procedimento é muito útil quando precisamos analisar, em detalhes, o
comportamento de apenas uma parte de um circuito eléctrico.
Teorema de Thévenin
``Num circuito formado por vários bipolos lineares, todos os geradores e receptores do
circuito que envolvem um determinado bipolo ou ramo de interesse podem ser
substituidos por um gerador de tensão Thévenin formado por uma fonte de tensão
equivalente Thévenin Eth em série com uma resistência interna equivalente Thévenin Rth

Os valores de Eth e Rth são calculados da seguinte forma:


Eth: tensão em aberto entre os pontos em que está localizado o bipolo ou ramo de
interesse, causada por todos os geradores e receptores do circuito.

Rth: Resistência equivalente vista pelo bipolo ou ramo de interesse, quando todos os
geradores de tensão são substituidos por curto-circuito e todos os geradores de correrte
são substituidos por circuitos abertos:

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EXEMPLO
No circuito abaixo vamos determinar a corrente e a tensão no resistor Rx

1. primeiramente, retiraremos Rx e calcularemos a tensão ETh entre os pontos A e B


e o circuito fica como mostra a figura:

Aplicando a lei de kirchoff para as tensões podemos calcular a I que circula pelo
circuito e a tensão de thévenin ETh

2. Em seguida, substituiremos os geradores de tensão E1 e E2 por curto-circuitos e


calcularemos a resistência RTh entre A e B, vista pela resistência Rx.

como R1 e R2 estão em paralelo podemos determinar RTh


como sendo:

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3. Com o gerador de tensão Thévenin determinado, ligaremos novamente Rx entre


os pontos A e B e calcularemos a tensão Vx, Por meio de um divisor de tensão
visto pelo resistor Rx.

Logo Ix pode ser calculado aplicando a Lei de Ohm por meio de Rx

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Método de Thévenin
O Método de Norton é baseado no Teorema de Norton, que é similar ao de Thévenin, isto
é, se aplica nos casos em que desejamos simplificar um circuito complexo por um mais
simples equivalente, com a diferença de que o circuito simplificado é formado por um
gerador de corrente no lugar do gerador de tensão.
Teorema de Norton
`` Num circuito formado por vários bipolos lineares, todos os geradores e receptores do
circuito que envolvem um determinado bipolo ou ramo de interesse podem ser
substituidos por um gerador de corrente Norton formado por uma fonte de corrente
equivalente Norton IN em paralelo com uma resistência interna equivalente Norton RN``

Os valores de IN e RN são calculados da seguinte forma:


IN : Corrente que passa pelos pontos em que esta localizado o bipolo ou ramo de
interesse, quando ele é substituido por um curto-circuito.

RN: Resistência equivalente vista pelo bipolo ou ramo de interesse, quando todos os
geradores de tensão são substituídos por curto-circuitos e todos os geradores de corrente
são substituidos por circuuitos abertos.

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EXEMPLO
No circuito abaixo determinaremos, a corrente e a tensão no resistor Rx:

1. Primeiramente, substituiremos os geradores de corrente I1 e I2 por circuitos


abertos e o gerador de tensão E3 por um curto-circuito e calcularemos
aresistencia RN entre os pontos A e B, vista pela resistência Rx.

Podemos ver pelo circuito acima que o circuito esta em série logo RN sera dada por:

2. Em seguida converteremos os geradores de corrente em geradores de tensão,


para nos facilitar o calculo de IN pela segunda Lei de Kircchoff.

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O circuito equivalente fica como mostrado abaixo:

3. Agora, substituiremos Rx por um curto-circuito entre os pontos A e B e


calcularemos a corrente IN como disse anterirmente por meio da Lei de
Kircchoff.

4. Agora com IN e RN já estamos em condições de calcular Vx e Ix em Rx.

Por meio de um divisor de corrente podemos calcular Ix:

Aplicando a lei de Ohm sobre o resistor Rx podemos calcular Vx

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