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CURSO
INSTALADOR DE
SISTEMAS
FOTOVOLTAICOS
1
Eletricidade
Básica (Parte I)
PROFESSOR:
XXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXX
FORMAÇÃO:
• XXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXX
• XXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXX
• XXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXX

AULA:XX
2
INTRODUÇÃO
A matéria é formada de pequenas partículas, os
átomos. Cada átomo, por sua vez, é constituído de
partículas ainda menores, no núcleo: os prótons (positivos)
e os nêutrons (sem carga); na eletrosfera: os elétrons
(negativos). Às partículas eletrizadas, elétrons e prótons,
chamamos "carga elétrica".

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CONDUTORES E ISOLANTES
Condutores de eletricidade
São os meios materiais nos quais há
facilidade de movimento de cargas
elétricas, devido à presença de
"elétrons livres". Ex: fio de cobre,
alumínio, etc.

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Isolantes de eletricidade
São os meios materiais nos quais não há
facilidade de movimento de cargas
elétricas. Ex: vidro, borracha, madeira seca,
etc.

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MEDIDA DA CARGA ELÉTRICA
Com base no módulo da carga fundamental, é possível
descobrir qual é a quantidade de elétrons em falta ou
em excesso para que um corpo apresente certa carga
elétrica, da seguinte maneira:

Δq = - n.e (se houver excesso de elétrons)


Δq = + n.e (se houver falta de elétrons)
e = 1,6.10-19 C

Onde:
Δq = quantidade de carga (C)
n = número de cargas
e = carga elementar (C)
unidade de carga elétrica no SI é o coulomb (C)

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CAMPO ELÉTRICO
O campo elétrico E é uma grandeza vetorial. A figura
abaixo mostra a orientação do campo elétrico para uma
carga positiva e para uma carga negativa.

OBS.: Grandeza vetorial só pode ser


caracterizada quando tem intensidade,
direção e sentido.
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POTENCIAL ELÉTRICO
Potencial elétrico é a capacidade que um corpo
energizado tem de realizar trabalho, ou seja, atrair ou
repelir outras cargas elétricas. Com relação a um campo
elétrico, interessa-nos a capacidade de realizar trabalho,
associada ao campo em si, independentemente do valor
da carga q colocada num ponto desse campo.

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Consideremos um campo elétrico originado por uma
carga puntiforme Q. Define-se como potencial elétrico VA ,
num ponto A desse campo, o trabalho realizado pela força
elétrica, por unidade de carga, para deslocá-la desse ponto
A até o infinito.

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Nestas condições, o potencial
U – potencial elétrico (V)
elétrico é dado por:
Q – carga elétrica (C)
k0 – constante eletrostática do
vácuo (9,0.109 N.m²/C²)
d – distância (m)

OBS.: O potencial elétrico é uma grandeza


escalar, associado a cada ponto do campo
elétrico, ficando determinado apenas pelo
seu valor numérico.
Portanto, pode ser positivo ou negativo,
dependendo apenas do sinal da carga
criadora do campo elétrico.
1 Volt é o potencial de um ponto
que fornece a carga de 1C, nele
colocada, uma energia de 1J.
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DIFERENÇA POTENCIAL
ELÉTRICO
Graças à força do seu campo eletrostático,
uma carga pode realizar trabalho ao deslocar
outra carga por atração ou repulsão. Essa
capacidade de realizar trabalho é chamada
potencial.
Quando uma carga for diferente da outra,
haverá entre elas uma diferença de potencial
(ddp).

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MOVIMENTO DOS ELETRÔNS
Nos metais, os elétrons das últimas camadas
são fracamente ligados a seu núcleo atômico,
podendo facilmente locomover-se pelo material.
Geralmente, este movimento é aleatório, ou seja,
desordenado, não seguindo uma direção
privilegiada.

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Quando o metal é submetido a uma diferença
de potencial elétrico (ddp), como quando ligado
aos dois polos de uma pilha ou bateria, os elétrons
livres do metal adquirem um movimento ordenado.

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A esse movimento ordenado de elétrons
damos o nome de corrente elétrica.

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INTENSIDADE E MEDIDA DA CORRENTE
ELÉTRICA
A intensidade de corrente elétrica é dada por:

É possível relacionar a corrente


elétrica com o número de elétrons que
atravessam um corpo condutor
Onde :
durante um determinado intervalo de
Δq é a quantidade de carga que
atravessa a secção reta do tempo. Observe:
condutor num determinado
intervalo de tempo (Δt).

Onde:
n – número de elétrons
e – carga elétrica fundamental
(e = 1,6.10-19 C) 15
Sentido da corrente:
A corrente elétrica em condutores ocorre
pela movimentação de elétrons. Estes, por sua vez, apresentam cargas de
sinal negativo, por esse motivo, quando conduzidos, sempre caminham
em direção ao potencial elétrico positivo (mais alto). Esse sentido de
corrente elétrica é conhecido como sentido real.
Por questões de simplificação, adota-se o sentido convencional da
corrente elétrica. De acordo com o sentido convencional, atribuímos
à carga dos elétrons o sinal positivo, desse modo, os elétrons devem
sempre se mover em direção ao polo negativo (mais baixo).

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FONTE ELÉTRICA

As fontes elétricas são fundamentais na


compreensão da eletrodinâmica, pois elas que
mantém a diferença de potencial (ddp) necessária
para a manutenção da corrente elétrica. Num
circuito elétrico, a fonte elétrica é representada
pelo símbolo abaixo:

Símbolo de fonte elétrica no circuito.

O polo positivo (+) representa o terminal cujo


potencial elétrico é maior. O polo negativo (-)
corresponde ao terminal de menor potencial elétrico.
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CIRCUITOS ELÉTRICOS SIMPLES

O sistema formado por um fio condutor com as extremidades


acopladas aos polos de um gerador é considerado um circuito
elétrico simples, no qual a corrente elétrica se dá através do fio.
No fio condutor os elétrons se deslocam do polo negativo para o polo
positivo. Nesse deslocamento há perda de energia elétrica, devido a
colisões dos elétrons com os átomos do material.

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CIRCUITOS ELÉTRICOS DE CORRENTE
CONTÍNUA

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RESISTORES
De onde provém o calor fornecido por aparelhos
como ferro elétrico, torradeira, chuveiro e secadora
elétrica? Por que a lâmpada fica quente depois de
acesa?
Esse aquecimento acontece pela transformação
da energia elétrica em calor, fenômeno denominado
efeito Joule, decorrente da colisão de elétrons da
corrente com outras partículas do condutor. Durante
a colisão, a transformação de energia elétrica em
calor é integral.
Condutores com essa característica são
denominados resistores.
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LEI DE OHM

A resistência elétrica é uma grandeza característica do resistor,


e mede a oposição que seus átomos oferecem à passagem da
corrente elétrica.
Considere o resistor representado no trecho do circuito abaixo,
onde se aplica uma ddp U ou V, e se estabelece uma corrente
de intensidade i.

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Define-se como resistência elétrica R do resistor o
quociente da ddp U aplicada pela corrente i que o atravessa.
R=U/i
A unidade de resistência elétrica no SI é ohm (Ω).
R=U/i => 1 ohm = 1Volt/1ampère
O físico e professor universitário alemão Georges Simon
Ohm (1787-1857) verificou experimentalmente que para alguns
condutores, o quociente entre a ddp U e a correspondente
intensidade i da corrente elétrica é constante e que essa
constante é a resistência R do resistor.

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Resistores Lineares
A relação U=Ri se transformou na primeira lei da
eletrodinâmica, conhecida como Lei de Ohm. Todo resistor
que obedece à Lei de Ohm é denominado resistor ôhmico,
cujo gráfico U x i é o seguinte:

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Resistores Não Lineares
Para resistores que não obedecem à 1a Lei de Ohm,
conhecidos como condutores não-ôhmicos ou não-lineares,
o gráfico U x i pode ser representado como a seguir:

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POTENCIA ELÉTRICA

Num chuveiro elétrico em funcionamento, que quantidade


de energia elétrica é transformada em calor por segundo?
Será que tanto no inverno quanto no verão essa quantidade
é a mesma?
Em Eletrodinâmica, a quantidade de energia transformada
por unidade de tempo é denominada potência elétrica.

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A partir de P = U2/R pode-se entender
o que acontece no chuveiro elétrico
quando a chave é mudada da posição
de inverno para a de verão. Formulas para calcular
potencia:
No inverno, a potência dissipada pelo
resistor do chuveiro deve ser maior
que no verão, portanto, como U é
constante, a resistência do chuveiro é
menor.

Observe que nesse caso circula pelo


resistor do chuveiro uma corrente
maior do que aquela que circula com
a chave na posição de verão.

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ASSOCIAÇÃO DE RESISTORES

Resistores em Série
Nesse tipo de associação, a corrente elétrica percorre
todos os resistores antes de retornar à tomada.

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A introdução da resistência equivalente em um circuito não
modifica o valor da corrente elétrica, temos:
U=Ri
Sabendo que U = U1+ U2 + U3, temos:

Req .i = R1 .i + R2 .i+ R3 .i
Dividindo os membros da igualdade pela corrente i, temos:
Req = R1 + R2 + R3

Em geral, numa associação de


resistores em série, a
resistência equivalente Req é
igual à soma das resistências
individuais.

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Resistores em Paralelo
Quando vários resistores estão associados em paralelo,
a ddp entre os terminais de cada resistor é a mesma e,
consequentemente, a ddp entre os terminais da associação
também é a mesma. Nesse tipo de associação, os elétrons
retornam à tomada cada vez que passam por um resistor.

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De acordo com a 1ª Lei de Ohm, a corrente
que atravessa cada um dos resistores é
inversamente proporcional à respectiva
resistência.
E a corrente total que atravessa o conjunto
de resistores em paralelo é igual à soma das
correntes que atravessam cada resistor
individualmente.

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35
SEGUNDA LEI DE OHM

OBSERVE DOIS CANOS DE ÁGUA.

Em qual deles a água passa


com maior facilidade ?

36
OBSERVE O BRILHO DA
LÂMPADA DO CONDUTOR
LONGO

QUANTO MAIOR O COMPRIMENTO DO


CONDUTOR MENOR A INTENSIDADE
DE CORRENTE ELÉTRICA
CIRCULANDO POR ELE.
37
OBSERVE DOIS CANOS DE ÁGUA.

Em qual deles a água passa


com maior facilidade ?

38
OBSERVE O
BRILHO DA
LÂMPADA DO
CONDUTOR FINO

39
Agora vamos pegar novamente dois
canos de água e em um deles colocar
alguns objetos:

Em qual deles a água passa


com maior facilidade ?
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NIQUEL COBRE
CROMO

OBSERVE O
BRILHO DAS
DUAS LÂMPADAS

Alguns materiais oferecem maior ou


menor resistência a passagem de corrente
elétrica.

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Conclusão
• Maior o comprimento do condutor – maior a
resistência;
• Maior a seção do condutor – menor a resistência;
• A resistência depende do material.

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A segunda lei de ohm permite determinar a
resistência do condutor através da seguinte relação:

• Onde:
• R - Resistência elétrica do condutor
(  );
•  - Resistividade do condutor
( .mm2/m );
• l - Comprimento do condutor ( m) e
• s - Seção do condutor (mm2).

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Os valores da resistividade () são tabelados:

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LEIS DE KIRCHHOFF

Em 1854, Gustav Robert Kirchhoff, físico alemão,


publicou um trabalho sobre circuitos elétricos, cujas
conclusões passaram a ser conhecidas como leis de
Kirchhoff. Estas leis facilitam a resolução de circuitos
elétricos;

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Conceitos Básicos:

Fonte ideal de tensão: elemento de circuito que


mantém uma tensão prescrita em seus terminais,
independente da corrente que flui entre eles.

Fonte ideal de corrente: elemento de circuito que


mantém uma corrente prescrita em seus terminais,
independente da tensão entre eles.

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Conceitos Básicos:

Nó: qualquer ponto no qual concorrem três ou


mais condutores;

Ramo: qualquer trecho do circuito compreendido entre


dois nós consecutivos.

Malha: qualquer circuito fechado, formado por ramos.

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1º LEI DE KIRCHHOFF

A 1ª Lei de Kirchhoff, ou lei dos nós: “A soma algébrica


das correntes que chegam a um nó é igual à soma
algébrica das correntes que saem desse nó.”

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A corrente convencional parte da fonte e se divide pelos nós.
Polariza com sinal positivo o “lado” do resistor por onde entra.

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2º LEI DE KIRCHHOFF

A 2ª Lei de Kirchhoff, ou lei dos malhas:


“Percorrendo-se uma malha, em um mesmo sentido, a
soma das tensões nos elementos de circuito
encontrados é igual a zero.”

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PROCEDIMENTO

1º Passo: Definir o sentido da corrente em cada ramo e


escolher o sentido em que iremos percorrer as malhas do
circuito. Essas definições são arbitrárias, contudo,
devemos analisar o circuito para escolher de forma
coerente esses sentidos.
2º Passo: Escrever as equações relativas a Lei dos Nós e
Lei das Malhas.
3º Passo: Juntar as equações obtidas pela Lei dos Nós e
das Malhas em um sistema de equações e calcular os
valores desconhecidos. O número de equações do sistema
deve ser igual ao número de incógnitas.

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Exemplo:
No circuito abaixo, determine as intensidades das
correntes em todos os ramos:

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Escrever um sistema com as equações
estabelecidas usando a Lei dos Nós e das
Malhas. Sendo assim, temos:

         Por fim, vamos resolver o sistema.


Começando substituindo i3 por i1 -
i2 nas demais equações:
              

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Resolvendo o sistema por soma, temos:

        
                
Agora vamos encontrar o valor de i1,
substituindo na segunda equação o valor
encontrado para i2:
                                                                                                                       

Finalmente, vamos substituir esses


valores encontrados na primeira
equação, para encontrar o valor de i3: Assim, os valores das
correntes que percorrem o
circuito são: 3A, 8A e 5A.

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REFERÊNCIAS
 FUNDAMENTOS da eletricidade. 1. ed. [S. l.]: SENAI-SP Editora,
2018. 252 p. v. 1. ISBN 9788553400461, 8553400468.
 GREF. Física 3: Eletromagnetismo. São Paulo: EDUSP, 1993
(adaptado).

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