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Comandos Eletromagnéticos

Industriais

Disciplina: Desenho Eletrico II


Professor: Paulo Boccasius
Normas
NBR 5410/97

• A norma NBR 5410/97- Instalações Elétricas de Baixa


Tensão- fornece as medidas necessárias para que a
ênfase com relação a segurança e proteção, tenha
sempre como objetivo principal evitar a ocorrência de
sobrecarga, curtos-circuitos, choques elétricos, causas
de muitos acidentes e de outros problemas sérios que
poderão ser ocasionados devido ao mau uso de
eletricidade.
• A preocupação com a qualidade das instalações
elétricas é fundamental para que ocorra segurança das
pessoas e integridade do patrimônio da empresa.

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Introdução

• Um dos pontos fundamentais para o entendimento dos comandos elétricos é a


noção deque “os objetivos principais dos elementos em um painel elétrico são:
a) proteger o operador e b) propiciar uma lógica de comando”.
• Para o comando, regulação e proteção dos motores elétricos, que
constituem os elementos de potência das instalações elétricas industriais,
empregam-se diferentes dispositivos tais como: contatores, disjuntores,
reguladores, relés (proteção, auxiliares), eletroimãs, sinalizadores, engates
eletromagnéticos, alarmes, freios mecânicos, etc., interligados por
condutores elétricos.
• Estes dispositivos se conectam eletricamente a uma instalação elétrica em
geral destinada a efetuar as operações requeridas em uma ordem
determinada.

• Os diagramas elétricos são desenhados, basicamente, desenergizados e


mecanicamente não acionados.
• Os diagramas dividem-se em três grandes grupos para fins didáticos:
Diagramas

• Os diagramas dividem-se em três grandes grupos para fins didáticos:


• Diagrama Unifilar
• Representação simplificada, geralmente unipolar das ligações, sem o
circuito de comando, onde só os componentes principais são considerados.
Em princípio todo projeto para uma instalação elétrica deveria começar por um
diagrama unifilar.
Diagramas

• Diagrama Multifilar
• É a representação da ligação de todos os seus componentes e condutores. Em
contraposição ao unifilar, todos os componentes são representados, sendo
que a posição ocupada não precisa obedecer a posição física real em
que se encontram. Como ambos os circuitos, (principal e auxiliar) são
representados simultaneamente no diagrama, não se tem uma visão exata da
“função” da instalação, dificultando, acima de tudo a localização de uma
eventual falha, numa instalação de grande porte.
Diagramas

• Diagrama Funcional (Elementar)


• A medida que os diagramas multifilares foram perdendo a utilidade, foram
sendo substituídos pelos funcionais. Neste diagrama, todos os condutores
estão representados. Não é levada em conta a posição construtiva e a
conexão mecânica entre as partes. O sistema é subdividido de acordo com os
circuitos de correntes existentes. Estes circuitos devem ser representados
sempre que possível, por linhas retas, livres de cruzamentos. A posição dos
contatos é desenhada com o sistema desligado. A vantagem consiste no fato
de que se torna fácil ler os esquemas e respectivas funções.
Diagrama Funcional (Elementar)

• Basicamente o Diagrama Funcional é composto por 2 circuitos:

• Circuito Principal ou de Força


• Onde estão localizados todos os elementos que tem
interferência direta na alimentação da máquina, ou seja, aqueles
elementos por onde circula a corrente que alimenta a respectiva
máquina.

• Circuito Auxiliar ou de Comando


• Onde estão todos os elementos que atuam indiretamente na
abertura, fechamento e sinalização dos dispositivos utilizados no
acionamento da máquina, em condições normais e anormais de
funcionamento.
Diagrama Funcional (Elementar)

• Os diagramas funcionais são os mais importantes do ponto de


vista de projeto, permitindo obter uma ideia de conjunto sobre o
sistema de comando adotado, que é a base de partida,
proporcionando os dados fundamentais para a posterior
realização dos diagramas de interligação, nos trabalhos de
montagem como também a preparação da lista de materiais.
Diagrama de blocos da partida direta

Outro tipo de diagrama explicativo utilizado muitas vezes é o denominado Diagrama


de Blocos. Consiste essencialmente em um desenho simples cujo objetivo é apresentar
o princípio de funcionamento de uma instalação elétrica industrial.
A necessidade dos diagramas de blocos está muitas vezes no interesse em conhecer o
funcionamento de uma instalação sem ter que analisar detalhadamente o diagrama
funcional completo, o que levaria muito tempo.
Sequência genérica para o
acionamento de um motor

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Circuito de distribuição

seccionadora com ampacidade


superior a 26 A

Cabo:Seção nominal 4mm²


com 4 condutores

Fusível NH 50 A

rele térmico com ampacidade


menor do que 26 A

Contactora AC3

Motor trifásico 15cv

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Circuito de Motores Elétricos

• Partindo do princípio da proteção do operador uma sequência


genérica dos elementos necessários a partida e manobra de
motores é mostrada na figura anterior. Nela podem-se distinguir

• Seccionamento: Só pode ser operado sem carga. Usado durante
a manutenção e verificação do circuito.
• Proteção contra correntes de curto-circuito: Destina-se a
proteção dos condutores do circuito terminal.
• Proteção contra correntes de sobrecarga: para proteger as
bobinas do enrolamento do motor.
• Dispositivos de manobra: destinam-se a ligar e desligar o motor
de forma segura, ou seja, sem que haja o contato do operador no
circuito de potência, onde circula a maior corrente.

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Partida de motores

• Os motores elétricos são comandados através de “chaves” ou


sistemas de partida, sendo que as mais empregadas são:
• 1) Partida Direta/ Reversora, para acionamento de pequenos
motores;
• 2) Partida Estrela Triângulo, para acionamento de grandes
motores sem carga;
• 3) Partida Compensadora, para acionamento de grandes motores
com carga;
• 4) Partida com Soft-Starter, para acionamento de grandes motores
com carga;
• 5) Partida com Inversor de Frequência, para acionamento de
pequenos e grandes motores elétricos.
Quadro de comando

A Figura acima mostra um painel completo para comando de motores elétricos (que deve
conter os circuitos de partida, comando e proteção).
Circuito do motor

Circuito de comando Circuito de força

O circuito principal ou de força é o responsável pela alimentação do motor, ou seja, pela


conexão dos terminais/fios do motor à rede elétrica. O circuito de comando é
responsável por comandar o circuito de força, determinando quando o motor será
ligado ou desligado.
Obtenção das informações

A norma NBR 5410/97 prescreve que todo circuito,


incluindo circuito terminal de motor, deve ser
protegido por dispositivos que interrompam a
corrente, quando pelo menos um dos condutores
for percorrido por uma corrente de curto-circuito.
Na maior parte das vezes obtemos as informações
através da placa do motor.
Chaves de partida

• As chaves de partida são compostas pelos dispositivos:

• - dispositivos de proteção: fusível, relé térmico, disjuntor;

• - dispositivos de comando: botoeira (existem vários


tipos), contator, temporizador;
• - dispositivos de sinalização e medição: sinaleiro,
voltímetro, amperímetro.
Representação gráfica de um
circuito elétrico
• Para ler e compreender a representação gráfica de um circuito
elétrico, é imprescindível conhecer os componentes básicos dos
comandos e também sua finalidade.

• Exemplo: A) Selo

O contato de selo é sempre ligado em paralelo


com o contato de fechamento da botoeira.
Sua finalidade é de manter a corrente circulando
pelo contator, mesmo após o operador ter retirado o
dedo da botoeira.
Dispositivos de proteção: fusível, relé
térmico, disjuntor
Fusíveis

• Os FUSÍVEIS são dispositivos de segurança e


proteção que são inseridos nos circuitos elétricos,
para interrompê-los quando alguma anomalia
acontece (situações anormais de corrente, como curto-
circuito ou sobrecargas de longa duração).
Formas construtivas

• As formas construtivas mais comuns dos fusíveis


aplicados nos circuitos de motores elétricos são os tipos
D (Diazed, diametral) e NH, de maior capacidade de
corrente
Fusíveis DIAZED

Os fusíveis Diazed podem ser de ação rápida ou retardada.


Os de ação rápida são usados em circuitos resistivos, ou seja, sem picos de corrente. Os
de ação retardada são usados em circuitos com motores e capacitores, sujeitos a picos de
corrente.
Esses fusíveis são construídos para valores de, no máximo 100 A e capacidade de ruptura
é de 70 kA com uma tensão de 500 V. Na a cima é apresentado um fusível Diazed montado
em base tipo rosca e na Figura ao lado o seu aspecto construtivo.
Fusíveis DIAZED

Classe de
serviço dos
fusíveis
Fusíveis NH

Os fusíveis NH são aplicados na proteção


de sobrecorrentes de curto-circuito e
sobrecarga em instalações elétricas
industriais. Atendem às normas IEC 60269-
2-1, VDE 0636 (alemã) e NBR11841
(ABNT, brasileira).
Na prática, por questões econômicas,
utilizam-se fusíveis do tipo D quando se
opera com correntes até 63 A. Acima deste
valor adotam-se os fusíveis do tipo NH (Fonte:
WEG – Transformando Energia em Soluções –
Manual de Treinamento. Módulo I – Comando e
Proteção).
Curva característica de um fusível
Curva característica de um fusível
Relés de sobrecarga
Relés de sobrecarga

• Os relés de sobrecarga são dispositivos baseados no princípio da


dilatação de partes elétricas bimetálicas (metais diferentes) que
sofrem dilatações diferentes quando submetidas a uma
variação de temperatura.
• A Figura abaixo mostra a deflexão do bimetal, onde se vê que a
curvatura do mesmo se dá para o metal de menor coeficiente de
dilatação. Esta curvatura é utilizada para desarmar um contato e
portanto desligar o relé.

O relé de proteção contra sobrecarga, também conhecido como relé bimetálico ou


ainda relé térmico é aplicado na proteção de motores elétricos contra sobrecarga.
Relé térmico

• São construídos para proteção de motores contra sobrecarga,


falta de fase e tensão.
• Seu funcionamento é baseado em dois elementos metálicos, que
se dilatam diferentemente provocando modificações no
comprimento e forma das lâminas quando aquecidas.

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Funcionamento dos relés térmicos

• Quando dois metais, de coeficientes de dilatação diferentes, são


unidos em superposição, temos um par metálico. se esses metais
forem em forma de tiras, teremos um par metálico (ou bimetal)
com a conformação apropriada para o relé.
• Em virtude da diferença do coeficiente de dilatação, um dos
metais se alonga mais que o outro. Por estarem rigidamente
unidos, o de menor coeficiente de dilatação provoca um
encurvamento do conjunto para o seu lado, afastando o conjunto
de um ponto determinado

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Funcionamento dos relés térmicos

• Esse movimento pode ser usado


para diversos fins, como disparar
um gatilho e abrir um circuito.
• O gatilho tem a função de fazer
com que a abertura ou o
fechamento dos contatos seja o
mais rápido possível, a fim de que
o arco elétrico não provoque a
soldagem ou o desgaste dos
contatos.

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Relé térmico

Simbologia

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Relé térmico com retenção

• São relés térmicos que possuem dispositivos que travam as


lâminas bimetálicas na posição desligada, após sua atuação.
• Para recolocá-las em funcionamento, é necessário soltar
manualmente a trava, o que se consegue ao apertar e soltar um
botão (figura abaixo). O relé estará novamente pronto para
funcionar.

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Relés de sobrecarga

Os relés de sobrecarga bimetálicos protegem cargas contra o aquecimento indevido


causado por sobrecarga ou falta de fase. Quando temos uma sobrecarga ou uma falta de
fase no circuito ocorre um aumento na corrente do motor. Esta elevação de corrente causa
o acionamento do mecanismo de disparo que atuará sobre os contatos auxiliares 95-96
(NF) e 97-98 (NA).
Relés de sobrecarga
Disjuntores
Disjuntor

• O Disjuntor é um dispositivo eletromecânico que permite proteger


uma determinada instalação elétrica contra curto-circuito e/ou
sobrecargas.
• Sua principal característica é a capacidade de poder ser
rearmado manualmente quando estes tipos de defeitos
ocorrem, diferindo do fusível, que tem a mesma função, mas que
fica inutilizado depois de proteger a instalação.
• Assim, o disjuntor interrompe a corrente em uma instalação
elétrica antes que os efeitos térmicos e mecânicos desta
corrente possam se tornar perigosos às próprias instalações.
• Por esse motivo, ele serve tanto como dispositivo de manobra
como de proteção de circuitos elétricos.
Visão interna de um disjuntor e funções
integradas.
Disjuntor

• Os disjuntores são dispositivos “termomagnéticos” que fazem


a proteção de uma instalação contra curtos-circuitos e contra
sobrecargas. O Disjuntor não deve ser utilizado como
dispositivo de liga-desliga de um circuito elétrico e sim, de
proteção.
Curvas de disparo do Disjuntor

• As curvas de disparo do
disjuntor indicam o tempo
que o mesmo leva para
interromper a corrente quando
esta ultrapassa o valor da
nominal.
• Um exemplo é mostrado na
Figura ao lado. Note que
quanto maior a corrente,
menor o será o tempo para a
interrupção.
Simbologia gráfica

• Até o presente momento mostrou-se a presença de diversos


elementos constituintes de um painel elétrico.
• Em um comando, para saber como estes elementos são
ligados entre si é necessário consultar um desenho chamado de
esquema elétrico.
• No desenho elétrico cada um dos elementos é representado
através de um símbolo.
• A simbologia é padronizada através das normas NBR, DIN e IEC.
Na tabela a seguir apresenta-se alguns símbolos referentes aos
elementos estudados nos slides anteriores.
Simbologia em
comandos
elétricos
Dispositivos de comando: botoeira,
contator, temporizador;
Botoeiras e Chaves Manuais

• Para o acionamento de um motor, necessita-se de um dispositivo que


realize a operação de ligar e desligar o motor elétrico, como por exemplo as
chaves manuais ou os botões manuais (botoeiras).
• As chaves manuais são os dispositivos de manobra mais simples e de baixo
custo para realizar o acionamento do motor elétrico, podem acionar
diretamente um motor ou acionar a bobina de um contator .
• Sua operação é bastante simples e funcionam como um interruptor que liga
ou desliga o motor, normalmente utilizam- se de alavancas para realizar
esta operação de liga/desliga.
Botoeiras e Chaves Manuais

• As botoeiras, como são conhecidas, são outra forma de acionamento de


motores por meio manual e servem para energizar ou desenergizar
contatores, a partir da comutação de seus contatos NA ou NF. Existem
diversos modelos e podem variar quanto ao formato, cor, tipo de proteção
do acionador, quantidade e tipos de contatos.
• As botoeiras podem ser do tipo pulsante ou com Inter travamento. As
botoeiras com Inter travamento mantém a posição de NA ou NF toda vez
que é acionada (pressionada), ou seja, permanecem na nova posição até o
próximo acionamento. Já as botoeiras pulsante apenas durante o tempo
que o botão está pressionado mantém os contatos em NA ou NF, ou seja,
permanecem na nova posição apenas durante o tempo em que o botão está
pressionado.
Linha de Botões
Botoeiras e Chaves Manuais
Comutadores
Botoeira,

• Os dispositivos de comando e sinalização são os componentes


usados no circuito elétrico para controle e atuação da carga.
• Os componentes de comando de entrada são aqueles que
geram um sinal quando acionados, como botões, chaves e
sensores, podendo, por meio de cabos condutores, conduzir esse
sinal diretamente para os componentes de comando de
saída, ou atuadores.
Botoeira

• Quando se fala em ligar um motor, o primeiro elemento que


vem a mente é o de uma chave para ligá-lo. Só que no
caso de comandos elétricos a “chave” que liga os motores é
diferente de uma chave usual, destas que se tem em casa
para ligar a luz por exemplo.
• A diferença principal está no fato de que ao movimentar a
“chave residencial” ela vai para uma posição e permanece
nela, mesmo quando se retira a pressão do dedo. Na “chave
industrial” ou botoeira há o retorno para a posição de repouso
através de uma mola, como pode ser observado na figura a
seguir:
Botoeira

(a) Esquema de uma botoeira – (b) Exemplos de botoeiras comerciais

O contato NA (Normalmente Aberto) pode ser utilizado como botão LIGA e o NF


(Normalmente Fechado) como botão DESLIGA. Esta é uma forma elementar de
intertravamento. Note que o retorno é feito de forma automática através de
mola.
Dispositivos de
comando usados
em acionamentos
elétricos
Contatores
Dispositivos de controle

• Os dispositivos de controle dos motores tem por função


partir ou para os motores.
• Exemplo: contatores
• Contatores: É um dispositivo de manobra mecânica,
acionado eletromagneticamente, construído para uma
elevada frequência de operação cujo arco é extinto no
ar.

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Acionamento com contator
Construção

• Os contatores são construídos de um


grande número de peças, tendo como
elementos principais os representados
na figura ao lado.
• Observação: A bobina de sombra (anel
em curto) tem a finalidade de eliminar
a trepidação produzida no núcleo pelo
campo magnético de C.A.

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Contatores

A bobina eletromagnética, quando alimentada por um circuito elétrico forma um campo


magnético que, concentrando-se no núcleo fixo, atrai o núcleo móvel.
Como os contatos móveis estão acoplados mecanicamente com o núcleo móvel, o
deslocamento deste último no sentido do núcleo fixo desloca consigo os contatos móveis.
Quando o núcleo móvel se aproxima do fixo, os contatos móveis também devem se aproximar
dos fixos, de tal forma que, no fim do curso do núcleo móvel, estejam em contato e sob
pressão suficiente, as peças fixas e móveis do sistema de comando elétrico 59
Funcionamento

• Sua velocidade de fechamento tem seu valor dado pela resultante da


força magnética proveniente da bobina e da força mecânica das
molas de separação, que atuam em sentido contrário.
• São assim as molas as únicas responsáveis pela velocidade de
abertura do contator, função que ocorre quando a bobina magnética
não estiver sendo alimentada, ou quando o valor da força magnética
for inferior à força das molas.

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Contator
Classificação

• Os contatores podem ser classificados como principais


(CW, CWM) ou auxiliares (CAW).
• De forma simples pode-se afirmar que os contatores
auxiliares tem corrente máxima de 10A e possuem de 4a
8 contatos, podendo chegar a 12 contatos.
• Os contatores principais tem corrente máxima de até
600A. De uma maneira geral possuem 3 contatos
principais do tipo NA, para manobra de cargas trifásicas
a 3 fios.

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Classificação

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Categorias de emprego

Basicamente existem 4 categorias de emprego de contatores


principais:

• AC1: é aplicada em cargas ôhmicas ou pouco indutivas, como


aquecedores e fornos a resistência.
• AC2: é para acionamento de motores de indução com rotor
bobinado.
• AC3: é aplicação de motores com rotor de gaiola em cargas normais
como bombas, ventiladores e compressores.
• AC4: é para manobras pesadas, como acionar o motor de indução
em plena carga, reversão em plena marcha e operação intermitente.

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Simbologia numérica e literal
Simbologia numérica

• A identificação dos contatos dos relés e contatores é feita por


meio de números que indicam a função e a posição do contato.
• Os contatos dos contatores de potência que alimentam a carga,
contatos principais (três), têm a identificação feita da seguinte
forma; entrada de força números ímpares e saída dos contatos
para a carga, números pares.
• A figura a seguir ilustra essa identificação.
Simbologia numérica

• Os contatos de comando, ou seja, os contatos dos contatores auxiliares e


contatos auxiliares dos contatores de potência são identificados da seguinte
forma:
• São identificados por dois números, sendo que;
• • o primeiro número (dezena) tanto na entrada como na saída indica a
sequência do contato, ou seja, se o contator auxiliar tem quatro contatos, o
primeiro será número “1”, o segundo número “2” e assim por diante.
• • o segundo número (unidade) identifica se o contato é aberto NA, números “1”
e “2” sendo o “1” entrada e “2” saída, ou se o contato é fechado NF, números
“3” e “4”, sendo “3” entrada e “4” saída.
• Esse descritivo pode ser observado no esquema que segue.
Simbologia numérica

• Assim como cada elemento em um comando tem o seu símbolo


gráfico específico, também a numeração dos contatos e
denominação literal dos mesmos tem um padrão que deve ser
seguido. Neste capítulo serão apresentados alguns detalhes,
para maiores informações deve-se consultar a norma NBR 5280
ou a IEC 113.2.
• A numeração dos contatos que representam terminais de força é
feita da seguinte maneira:

• 1, 3 e 5 Æ Circuito de entrada (linha)


• 2, 4 e 6 Æ Circuito de saída (terminal)
Simbologia numérica

• Já a numeração dos contatos auxiliares segue o seguinte padrão:

• 1 e 2 Æ Contato normalmente fechado (NF), sendo 1 a entrada e 2 a saída


• 3 e 4 Æ Contato normalmente aberto (NA), sendo 3 a entrada e 4 a saída

• Nos relés e contatores tem-se A1 e A2 para os terminais da bobina.


• Os contatos auxiliares de um contator seguem um tipo especial de numeração
pois o número é composto por dois dígitos, sendo:

• Primeiro dígito: indica o número do contato


• Segundo dígito: indica se o contato é do tipo NF (1 e 2) ou NA (3 e 4)
Exemplo

• Exemplo 1: Numeração de um contator de potência com dois


contatos auxiliares 1 NF e 1 NA.

Numeração de contatos de um contator


de potência

Numeração de um contator de auxiliar com 4 contatos NA e 2


contatos NF

Numeração de contatores auxiliares


Símbolos literais segundo NBR 5280
Identificação de componentes nos
diagramas elétricos
Dispositivos de sinalização e medição:
sinaleiro, voltímetro, amperímetro.
Dispositivos de sinalização

• Os sinalizadores são equipamentos de comandos elétricos com a


finalidade de sinalizar uma ocorrência ou status de um
equipamento ou máquina. Os sinalizadores são fabricados de
diversas cores e formas.
• Os mais comuns são os sonoros e luminosos.
• Os sinalizadores sonoros podem ser buzinas ou campainhas. A
principal função desse equipamento num sistema industrial é
alertar os operadores que uma máquina iniciou um movimento ou
uma ação de risco.
• Os sinalizadores luminosos são os mais utilizados nos painéis de
comando, pois com esse elemento é possível monitorar todo
sistema da planta industrial.
• A norma define as cores e as condições que o
sinalizador está alertando. A tabela a seguir ilustra essa
descrição.

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