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ACIONAMENTOS ELÉTRICOS

DIAGRAMAS DE COMANDO
Aula 05 – Relés de Sobrecarga + Relés Auxiliares

Professor: Carlos Carlini

SENAI 1
Relés de Sobrecarga ou Térmico
• A sobre carga é o defeito que se produz mais
frequentemente em máquinas elétricas;

• É uma situação que leva a um superaquecimento


por perda Joule, onde os materiais utilizados
suportam somente até um determinado valor e
por um tempo limitado;

• Tais determinações são feitas por meios de


normas técnicas.

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Relés de Sobrecarga
• Sempre que a temperatura de funcionamento de
um motor é ultrapassada, o seu tempo de vida útil
é reduzido significativamente;

• Isto ocorre por causa do envelhecimento


prematuro dos isolantes;

• Com temperatura de funcionamento 10°C acima


da definida, pode reduzir em até 50% a vida de um
motor.

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Relés de Sobrecarga

• Contudo, um aquecimento superior ao normal não


gera efeitos se for limitada no tempo e pouco
frequente;

• Para isto, é necessário uma parada do motor e


restabelecimento das condições normais de
funcionamento;

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Relés de Sobrecarga
• É função do relé de sobrecarga atuar antes que os
limites de deterioração sejam atingidos;

• Assim, garante-se uma vida útil apropriada aos


componentes do circuito;

• É um dispositivo de proteção baseado em um


método indireto de detecção de sobrecarga;

• É criado um modelo térmico do motor a ser


protegido por um elemento térmico.

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Relés de Sobrecarga
• Um relé térmico tripolar tem três bimetálicos;

• Cada um é formado por dois metais unidos por


laminação com diferentes coeficientes de
dilatação e um enrolamento de aquecimento em
volta de cada bimetálico;

• Cada enrolamento está ligado em série com uma


das fases do motor;

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Relés de Sobrecarga
• O aquecimento dos enrolamentos provoca uma
deformação nos bimetálicos.

• A deformação é maior ou menor, conforme o valor


da corrente.

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Relés de Sobrecarga
• A curvatura do conjunto bimetálico provoca dois
efeitos:

– Liberação do dispositivo de trava: ocasiona a abertura


dos contatos principais do relé de sobrecarga;

– Abertura de um contato fechado: causa a abertura do


circuito de comando de um acionamento do motor.

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Relés de Sobrecarga
• São usados para proteger motores e
transformadores de possíveis superaquecimentos
ocasionados por:
– Sobrecarga mecânica;
– Tempo de partida muito alto;
– Rotor bloqueado;
– Falta de fase;
– Elevada frequência de manobra;
– Desvio de tensão e de frequência.

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Relés de Sobrecarga
• Em motores trifásicos há a necessidade de
instalação de um elemento térmico por fase;

• O relé térmico não protege em caso de curto-


circuito, logo deve ser associado a fusíveis para
proteger de forma completa a partida do motor;

• O relé deve ser rearmado manualmente e só pode


ocorrer quando os bimetálicos estiverem
suficientemente frios.

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Relés de Sobrecarga
• Os fusíveis protegem o circuito contra curto-
circuito e o relé térmico protege o motor contra
sobrecarga e falta de fase.

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Relés de Sobrecarga
• Os fabricantes oferecem relés térmicos que
encaixam mecanicamente em seus contatores.

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Relés de Sobrecarga
• Compensação da temperatura ambiente: há um
bimetálico que é influenciado apenas pela
temperatura ambiente. Assim, somente a
deformação originada pela corrente dispara o relé;

• Classes de desligamento térmico: devem suportar


as corrente de pico nas partidas do motor:
– Classe 10: tempo de partida inferior a 10 segundos;
– Classe 20: tempo de partida de até 20 segundos;
– Classe 30: tempo de partida de até 30 segundos.

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Relés de Sobrecarga
• Possuem os seguintes elementos:

1 – Botão de rearme;
2 – Contatos auxiliares;
3 – Botão de teste;
4 – Lâmina bimetálica para
compensação de temperatura;
5 – Cursor de arraste;
6 – Lâmina bimetálica principal;
7 – Ajuste de corrente.

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Relés de Sobrecarga
• É possível parametrizar sua atuação de acordo
com funções na sua parte frontal:

– A: somente rearme automático;

– Auto: rearme automático e possibilidade de teste;

– Hand: rearme manual e possibilidade de teste;

– H: somente rearme manual.

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Relés de Sobrecarga

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Relés de Sobrecarga
• Dimensionamento:

– Devem conter em sua faixa de ajuste a corrente


nominal (In) que circulará por ele;

– É ajustada com o auxílio de um botão que gira atuando


sobre o alongamento ou sobre a curvatura das lâminas
bimetálicas;

– Cada relé cobre apenas uma faixa de corrente, assim


há uma grande variedade de relés de proteção.

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Relés de Sobrecarga
• Dimensionamento:

– Não deve ser dimensionado com a corrente nominal,


pois pode haver necessidade de usar fator de serviço
acima de 1;

– In: corrente nominal do motor;


– Ir: corrente de ajuste do relé térmico.

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Relés de Sobrecarga

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Relés de Sobrecarga

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Relés Auxiliares
• É comum o uso de relés para controle de
acionamentos, alarmes, proteção etc. Os mais
comuns são:
– Relé de tempo com retardo na ligação;
– Relé de tempo com retardo no desligamento;
– Relé de tempo estrela-triângulo (Y-Δ);
– Relé de sequência de fase;
– Relé de proteção PTC;
– Relé de falta de fase;
– Relé de mínima e máxima tensão.

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Relé de Tempo com Retardo na Ligação
• Comuta seus contatos em um determinado tempo
após os contatos A1 e A2 serem energizados.

Onde:
a: instante da comutação;
b: retorno ao estado inicial;
T: tempo selecionado.

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Relé de Tempo com Retardo na Ligação
• Exemplo:

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Relé de Tempo com Retardo no Desligamento
• Exemplo:

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Relé de Tempo Estrela-Triângulo (Y-Δ)
• Usado em chaves de partida estrela-triângulo;

• Possui dois circuitos de temporização separados;

• Um controla o contator estrela e o outro tem um


tempo fixo (100 ms) para controle do contator da
ligação das bobinas triângulo.

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Relé de Tempo Estrela-Triângulo (Y-Δ)

Sendo:

a: início da comutação;
b: retorno ao repouso;
T1: tempo ajustável para ligação estrela;
T2: tempo fixo de 100 ms para ligação em triângulo.

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Relé de Tempo Estrela-Triângulo (Y-Δ)

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Relé de Sequência de Fase
• Usado para controle da sequência de fase em
sistemas trifásicos;

• O relé atua caso haja alguma inversão na


sequência das fases R, S, T;

• Seu contato de saída não comuta, bloqueando o


comando do sistema.

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Relé de Sequência de Fase

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Relé de proteção PTC
• Empregados em motores que usam sondas PTC
(Positive Temperature Coeficient);
• O PTC sofre brusca alteração de sua resistência em
virtude da elevação da temperatura;
• A instalação é feita entre
as espiras, no início das
bobinas, sempre no lado
oposto ao ventilador.
Geralmente é instalado um PTC por fase e ligado em série.

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Relé de proteção PTC
• É projetado de acordo com a temperatura de
proteção;

• Protege o motor contra qualquer tipo de


aquecimento no enrolamento;

• O relé PTC atua fazendo com que o contato de


saída abra;

• Só retorna se a temperatura voltar ao normal.

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Relé de proteção PTC
• Diagrama de atuação do relé PTC.

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Relé de Falta de Fase
• Detecta a falta de uma ou mais fases e desliga um
contato quando a falta ocorrer;

• Tem um retardo de aproximadamente cinco


segundos, evitando assim que opere sem
necessidade na partida ou na falta de fase por
instante muito breve;

• Dois tipos: com ligação do neutro e sem a ligação


do neutro.

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Relé de Falta de Fase
• Ligação do neutro:

• Sem a ligação do neutro.

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Relé de Mínima e Máxima Tensão
• Usado como proteção em redes monofásicas e
trifásicas;

• Atua quando a rede encontra-se fora dos limites


estabelecidos;

• Podem atuar também como relé de falta de fase.

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