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COMANDOS ELÉTRICOS I

APOENA CURSOS TÉCNICOS – CURSO TÉCNICO EM ELETROTÉCNICA – PROF.: ENG.º DIEGO LIMA
CONTEÚDO PROGRAMÁTICO
MÉTODOS AVALIATIVOS
UNIDADE I – INTRODUÇÃO E DISPOSITIVOS DE COMANDOS

APOENA CURSOS TÉCNICOS – CURSO TÉCNICO EM ELETROTÉCNICA – PROF.: ENG.º DIEGO LIMA
INTRODUÇÃO

 Em eletricidade, Comandos Elétricos ou acionamentos elétricos é uma disciplina que lida com projetos de
circuitos elétricos para o acionamento de máquinas elétricas.
 A formação nessa disciplina visa conhecer e dimensionar os principais dispositivos de comando e proteção
utilizados nestes circuitos, ler e interpretar os circuitos de comandos de máquinas elétricas e conhecer os
principais métodos de acionamento destas máquinas.
 O conhecimento sobre comandos elétricos é bastante importante, pois em qualquer sistema elétrico industrial e/ou
residencial, por exemplo, através de um motor elétrico, que é a forma mais utilizada para obtenção de energia
mecânica.
INTRODUÇÃO

 Explicar diferença entre circuitos de força e circuitos auxiliares (comando)


 Explicar código de números em comandos
 Apresentar a simbologia dos dispositivos
 Inserir animações do funcionamento dos componentes
INTRODUÇÃO

ACIONAMENTO CONVENCIONAL
 Nos acionamentos convencionais, também conhecidos como
partidas convencionais de motores, usam-se dispositivos
eletromecânicos para o acionamento (partida) do motor, como
contatores.

ACIONAMENTO ELETRÔNICO
 Nos acionamentos eletrônicos, também conhecidos como partidas
eletrônicas de motores, usam-se dispositivos eletrônicos que
realizam o acionamento do motor, como soft-startes, inversores de
frequência, etc.
INTRODUÇÃO

Em comandos elétricos, os circuitos são divididos em dois tipos:

CIRCUITO PRINCIPAL (DE FORÇA)


 É o circuito onde se encontram as cargas a serem acionadas,
tais como motores.

CIRCUITO AUXILIAR (DE COMANDO)


 Aciona os dispositivos de manobra. É utilizado para fins de
comando, trava e sinalização.
INTRODUÇÃO

DISPOSITIVOS DE COMANDO E SINALIZAÇÃO

 Botoeiras e chaves manuais;


 Contatores;
 Relés temporizadores;
 Relés protetores;
 Sinalizadores visuais e sonoros.
INTRODUÇÃO

DISPOSITIVOS DE PROTEÇÃO
 Os dispositivos de proteção têm a função de proteger os
equipamentos, circuitos eletroeletrônicos, máquinas e instalações
elétricas, contra alterações da tensão de alimentação e intensidade da
corrente elétrica. Nesses circuitos, a proteção é normalmente
garantida por fusíveis, relé térmico e disjuntor-motor.

Fusíveis
 São dispositivos que asseguram a proteção contra curto-circuito.
INTRODUÇÃO

DISPOSITIVOS DE PROTEÇÃO

Relés Térmico
 São dispositivos que asseguram a proteção dos
equipamentos contra a sobrecarga.

Disjuntores Motor
 Estes são os dispositivos que realizam a proteção
contra curto-circuito e sobrecarga (proteção térmica e
magnética).
DISPOSITIVOS DE COMANDO E SINALIZAÇÃO
BOTOEIRAS E CHAVES MANUAIS
 Botoeiras são dispositivos de comando, que tem como função
estabelecer ou interromper a carga em um circuito de comando, a
partir de um acionamento manual.
 Os tipos de botoeiras variam quanto as cores, formatos e
aplicações.
 As cores das botoeiras seguem um padrão, de acordo com sua
função.
 Para a instalação das botoeiras, também existe um padrão:
o Em posição vertical, o botão “Desliga” deve ficar sob o botão
“Liga”;
o Na horizontal, o botão “Desliga” fica a direita do botão
“Liga”.
DISPOSITIVOS DE COMANDO E SINALIZAÇÃO
BOTOEIRAS E CHAVES MANUAIS
DISPOSITIVOS DE COMANDO E SINALIZAÇÃO
BOTOEIRAS E CHAVES MANUAIS
As botoeiras, além de outros dispositivos, tem seus contatos divididos em dois tipos:

Contato Normalmente Aberto (NA)


 Sua posição original é aberta, ou seja, permanece aberto até que seja aplicada uma força externa. Também é
frequentemente chamado de contato NO (do inglês: normally open).

Contato Normalmente Fechado (NF)


 Sua posição original é fechada, ou seja, permanece fechado até que seja aplicada uma força externa. Também é
frequentemente denominado de contato NC (do inglês: normally closed).
DISPOSITIVOS DE COMANDO E SINALIZAÇÃO
DISPOSITIVOS DE COMANDO E SINALIZAÇÃO

BOTOEIRAS E CHAVES MANUAIS

 Assim como cada elemento em um circuito de comando elétrico tem o seu símbolo gráfico específico, também, a
numeração dos contatos e a sua representação literal, tem um padrão a ser seguido.

 A numeração dos contatos auxiliares (botoeiras, por exemplo) segue o seguinte padrão:
 1 e 2 = contato normalmente fechado (NF), sendo 1 a entrada e 2 a saída.
 3 e 4 = contato normalmente aberto (NA), sendo 3 a entrada e 4 a saída.
DISPOSITIVOS DE COMANDO E SINALIZAÇÃO
TIPOS DE BOTOEIRAS E CHAVES MANUAIS

a) Chave Seletora

 Possui duas ou mais posições, com a grande vantagem de


necessitar apenas de uma chave para várias funções, como
ligar e desligar, já que ela possui várias posições.
 O problema dessa botoeira é quando há uma falha na
energia elétrica. Se a botoeira estiver acionada para ligar e
o sistema desligar, a chave seletora continua na mesma
posição. Assim, quando a energia voltar, o circuito vai
estará em modo de funcionamento, o que pode ser um
problema de segurança.
DISPOSITIVOS DE COMANDO E SINALIZAÇÃO
TIPOS DE BOTOEIRAS E CHAVES MANUAIS

b) Botoeira sem Retenção, Pulsador ou Impulso


 Esse tipo de botoeira só permanece acionada mediante
aplicação de força externa. Cessada a força, o dispositivo volta
à posição inicial.
 Traz uma grande vantagem, que é a segurança em caso de uma
queda de energia, uma vez que, o circuito só é acionado
novamente se o botão for pressionado, entretanto, é necessário
um segundo botão para desligar.
c) Botoeira com Retenção ou trava
 Uma vez acionada, seu retorno à situação anterior somente
acontece com um novo acionamento.
DISPOSITIVOS DE COMANDO E SINALIZAÇÃO
TIPOS DE BOTOEIRAS E CHAVES MANUAIS

d) Botão liga e desliga conjugado

 Conjunto formado por duas botoeiras, normalmente utilizado


pra executar as funções de ligar e desligar.
 Tem como vantagem ocupar menos espaço.
 Pode ser do tipo sem retenção ou com retenção
DISPOSITIVOS DE COMANDO E SINALIZAÇÃO
TIPOS DE BOTOEIRAS E CHAVES MANUAIS

e) Botão cogumelo ou botão de emergência:

 Usado para desligar o comando em caso de alguma


anormalidade ou para que seja feito alguma manutenção onde é
preciso seu desligamento.
 Este botão conta com retenção quando acionado através da
pressão sobre sua estrutura. Para retornar ao seu estado normal
é necessário girar o botão de modo a promover o
destravamento, esta manobra torna o dispositivo muito seguro
evitando manobras inadvertidas.
DISPOSITIVOS DE COMANDO E SINALIZAÇÃO

SINALIZADORES VISUAIS E SONOROS

 Servem para indicar o estado de um circuito e/ou máquina por meio de sinais luminosos e/ou sonoros.
 Os sinalizadores visuais seguem um padrão de cores, sendo ele:
 VERDE: máquina em perfeita em perfeita condição de funcionamento, pronta para operar.
 VERMELHO: estado de alerta, máquina parada, seja por dispositivo de emergência ou de proteção.
 AMARELO: alarme de falha, grandezas do sistema, como temperatura, atingido valor máximo.
 BRANCO: circuito pronto para funcionar, indica que tudo está normal.
 AZUL: função qualquer que não seja nenhuma acima.
DISPOSITIVOS DE COMANDO E SINALIZAÇÃO
DISPOSITIVOS DE COMANDO E SINALIZAÇÃO

CONTATOR

 É uma chave de operação não-manual, eletromagnética, capaz de


conduzir e interromper corrente em condições normais de circuito.
 É constituído por uma bobina que, quando é alimentada, cria um
campo magnético no núcleo fixo que atrai o núcleo móvel que
fecha o circuito.
 Cessando a alimentação da bobina, o circuito se abre e deixa de
circular corrente.
DISPOSITIVOS DE COMANDO E SINALIZAÇÃO
CONTATOR

É formado por 4 componentes básicos:


 Bobina: É um enrolamento de cobre que cria um campo eletromagnético quando
alimentada através dos terminais A1 e A2 e em função disto promove o
deslocamento do núcleo de ferro-magnético..
 Núcleo de ferro: É construído em lâminas de material ferro-magnético e é
constituído por duas partes, núcleo fixo e núcleo móvel. Estas partes são separadas
por ação mecânica de molas. Uma das partes do núcleo está acoplado aos
contatos, portanto o movimento do núcleo aciona os contatos de comando e de
carga do contator.
DISPOSITIVOS DE COMANDO E SINALIZAÇÃO
CONTATOR

É formado por 4 componentes básicos:


 Contatos: São lâminas metálicas com a função de chaveamento e
responsáveis pela condução de correntes de carga e correntes de
comando. Quando a bobina do contator está desenergizada os contatos
ficam em repouso, quando alimentada, os contatos são comutados
através do movimento do núcleo na qual estão acoplados
mecanicamente.
 Mola: Elemento responsável por levar de volta os contatos à posição
de repouso quando a bobina é desconecta da fonte (desenergizada).
DISPOSITIVOS DE COMANDO E SINALIZAÇÃO

CONTATOR
DISPOSITIVOS DE COMANDO E SINALIZAÇÃO
CONTATOR
 A numeração dos contatos que representam os terminais de força (circuito de
força) é feita como segue:
 1, 3 e 5 = Circuito de entrada (linha).
 2, 4 e 6 = Circuito de saída (terminal).
 Usa-se também o L e T para indicar os terminais de entrada (linha) e
saída (terminal) respectivamente.
 Nos relés e contatores tem-se A1 e A2 para os terminais da bobina. Os
contatos auxiliares de um contator seguem um tipo especial de numeração,
pois, o número é composto por dois dígitos, sendo:
 Primeiro dígito: indica o número do contato (identificação).
 Segundo dígito: indica se o contato é do tipo NF (1 e 2) ou NA (3 e 4).
DISPOSITIVOS DE COMANDO E SINALIZAÇÃO

CONTATOR – Modelos em corrente alternada (Circuitos de Força)

 AC1: aplica-se para aparelhos em CA com fator de potência , ou seja utilizado para manobras mais leves com
cargas ôhmicas ou pouco indutivas. Exemplo: aquecedores, lâmpadas fluorescente com fator de potência corrigido
etc.
  
 AC2: esta categoria deve ser utilizada para motores com manobras leves e pode ser usada para controlar partida e
desligamento em regime de frenagem, bem como partida para motores de anéis coletores. Ex: guinchos,
compressores.
 AC3: esta categoria aplica-se a motores de indução gaiola de esquilo. No fechamento, o contator deve suportar a
corrente de partida que é de 5 a 7 vezes a corrente nominal do motor. Ex: bombas e ventiladores industriais.
 AC4: utilizados em manobras pesadas, como partir motores a plena carga, reversão a plena carga.
DISPOSITIVOS DE COMANDO E SINALIZAÇÃO

CONTATOR – Modelos em corrente alternada (Circuitos de Comando)


DISPOSITIVOS DE COMANDO E SINALIZAÇÃO
DISPOSITIVOS DE COMANDO E SINALIZAÇÃO

RELÉS TEMPORIZADORES (DE TEMPO)


 São dispositivos que servem para realização de operações de chaveamento (comando) com manipulação de tempo,
funcionando como timer em aplicações variadas de modo auxiliar.

 Os relés temporizadores mais utilizados são:


 Relé de retardo na energização (RE).
 Relé de retardo de desenergização (RD).
 Relé temporizador estrela-triângulo.
 Relé cíclico
DISPOSITIVOS DE COMANDO E SINALIZAÇÃO
RELÉ DE RETARDO NA ENERGIZAÇÃO (RE – ON-delay)
 Energizando-se a bobina, os contatos levam um tempo predeterminado para mudar de posição. Ao desligar,
instantaneamente os contatos assumem a posição normal.
DISPOSITIVOS DE COMANDO E SINALIZAÇÃO
RELÉ COM RETARDO NA DESENERGIZAÇÃO (RD – OFF-delay)
 Energizando-se a bobina, os contatos levam um tempo predeterminado para mudar de posição. Quando
desenergizada, seus contatos demoram um tempo pré-ajustado para retornar a posição normal.
DISPOSITIVOS DE COMANDO E SINALIZAÇÃO

TEMPORIZADOR ESTRELA TRIÂNGULO


 Construído especialmente para os sistemas de partida estrela
triângulo automático, proporciona que haja maior segurança
na comutação do motor de ligação de partida para a de
funcionamento, já que oferece defasagem nas trocas de
ligações, garantindo que o contator triângulo só entre quando
o contator estrela estiver fora e o arco elétrico extinto.
 Quando energizam sua bobina, o contato estrela é acionado.
Decorrido o tempo de ajuste, o contator retorna a posição
inicial e, após alguns milissegundo (50 a 100 ms), aciona o
contato triângulo. Permanecendo assim até que seja
desenergizado.
DISPOSITIVOS DE COMANDO E SINALIZAÇÃO

TEMPORIZADOR CÍCLICO
 Quando energizado, mantem-se abrindo e fechando seus contatos nos tempos ajustados até que seja desligado.
Possui um funcionamento semelhante a um pisca-pisca.
DISPOSITIVOS DE COMANDO E SINALIZAÇÃO
RELÉ FALTA DE FASE
 É um componente que monitora a presença ou não das três fases. Desliga-o caso isso ocorra, evitando que a
maquina funcione com falta. Alguns modelos também verificam a presença do neutro.
DISPOSITIVOS DE COMANDO E SINALIZAÇÃO

Existem também outros tipos de relé para auxilio e proteção dos motores elétricos, tais como:

 Relé sequencia de fase;


 Relé de temperatura;
 Relé de mínima e máxima tensão.
DISPOSITIVOS DE PROTEÇÃO
FUSÍVEIS – Conceito
 São componentes de circuito de alimentação que têm como função a proteção contra curto-circuito. Sua operação se
baseia em um elemento fusível devidamente projetado que abre o circuito, interrompendo-o na ocorrência de uma falha.
 A falha pode ser originada por diversos fatores, como falta de aperto de componentes, ruptura ou falha de isolação de
condutores, penetração de agua ou outros líquidos condutores, etc.
 Fusíveis são dispositivos constituídos de um material condutor, chamado de elo de fusão, envolto por um corpo de
material isolante (porcelana) e ligado a dois contatos que facilitam sua conexão com os componentes das instalações
elétricas. no interior do fusível há um material granulado chamado extintor (areia de quartzo).
DISPOSITIVOS DE PROTEÇÃO

FUSÍVEIS – Funcionamento

 Quando o fusível está operando em regime permanente, o condutor e o elemento fusível são percorridos por uma
mesma corrente que produz aquecimento.
 A temperatura do condutor atinge um valor . Por possuir uma alta resistência elétrica, o fusível tem um
  
aquecimento maior , resultando em uma alta temperatura no ponto médio do elemento fusível.
 A temperatura diminui desde o ponto médio até as extremidades do elemento fusível. A temperatura não deve
ultrapassar um valor determinado por norma para não prejudicar a vida útil da isolação dos condutores. A corrente
que percorre o fusível sem que esse valor seja ultrapassado chama-se corrente nominal do fusível.
 Um valor acima do nominal causa um rompimento do elemento fusível, ocasionando abertura do circuito.
DISPOSITIVOS DE PROTEÇÃO

FUSÍVEIS – Funcionamento

 Quando ocorre a fusão, o elemento fusível está


interrompido mecanicamente, porém a corrente
não é extinguida plenamente, sendo mantido um
arco elétrico. A fusão e o arco elétrico provocam a
evaporação do material metálico. O arco é
envolvido pelo elemento extintor.
DISPOSITIVOS DE PROTEÇÃO

FUSÍVEIS – Corrente Nominal

 Alguns fabricantes de fusíveis estabeleceram


código de cores padronizadas para cada valor da
corrente nominal.
DISPOSITIVOS DE PROTEÇÃO

FUSÍVEIS – Características

Os fusíveis têm como classificação a faixa de interrupção ou classe de função, as classes de função são descritas da
seguinte maneira:
 g. Fusíveis que atuam na menor intensidade de sobrecorrente, sendo considerados fusíveis de faixa completa.
 a. Fusível que atua a partir de um valor elevado de sobrecorrente, sendo considerado fusível de faixa parcial.

Temos também as classes de objetos protegidos:


 L – G: Cabos e Linhas/ Proteção geral;
 M: equipamentos eletromecânicos;
 R: semicondutores;
 B: instalações em minas.
DISPOSITIVOS DE PROTEÇÃO

FUSÍVEIS – Características
Portanto, podemos encontrar fusíveis com a seguinte nomenclatura:
 gL: Proteção total de cabos e linhas;
 aM: Proteção parcial de equipamentos eletromecânicos;
 aR: proteção parcial de equipamentos eletrônicos;
 gR: proteção total de equipamentos eletrônicos;
 gB: proteção total de equipamentos em minas.

Geralmente se empregam fusíveis de classe aM, pois a característica dessa proteção é ter efeito atrasado já que a
corrente de partida de um motor é diversas vezes maior que a corrente nominal
DISPOSITIVOS DE PROTEÇÃO

FUSÍVEIS – Tipo D

 Os fusíveis diazed, silized e neozed têm seu elo de fusão


envolto por um corpo isolante de cerâmica com formas
cilíndrica, possuindo um indicador de queima , com a cor que
representa a sua corrente nominal.
 Nestes tipos de fusíveis há um fio (muito fino), ligado em
paralelo com o elo que prende a espoleta. Quando o elo se
funde, esse fio também se funde desprendendo a espoleta,
para indicar a queima do elo.
DISPOSITIVOS DE PROTEÇÃO

FUSÍVEIS – Tipo D

 Esse tipo de fusível é mais indicado em residências ou em


industrias.
 Corrente nominal – 2A, 4A, 6A, 10A, 16A, 20A, 25A,
35A, 50A, 63A, 80A, 100A
 Tensão nominal – 500V
 Alta capacidade de ruptura – 50 kA .
 Fusão rápida ou retardada.
DISPOSITIVOS DE PROTEÇÃO
FUSÍVEIS – Tipo NH
 Os fusíveis NH têm seu elo de fusão envolto por um corpo isolante de cerâmica com forma retangular ou quadrada
e os contatos em forma de faca. Têm também indicador de queima, com a cor que representa a sua corrente
nominal.
 O fusível NH tem na faixa de sobrecarga uma característica de desligamento com retardo, isto é, um tempo de
atuação tão longo, que é possível ligar um motor com sua corrente de partida, sem que se funda o seu elo fusível.
Eles têm alta capacidade de interrupção (podem interromper correntes de curto-circuito até 1000KA).
DISPOSITIVOS DE PROTEÇÃO

FUSÍVEIS – Tipo NH

 NH00 – 4 a 160 A
 NH1- 50 a 250 A
 NH2 – 125 a 400 A
 NH3 – 315 a 630 A

 Capacidade de ruptura 1000KA


DISPOSITIVOS DE PROTEÇÃO
CLASSIFICAÇÃO DOS FUSÍVEIS QUANTO AO TIPO DE AÇÃO
 Existem fusíveis de ação rápida ou normal, ultra-rápida e retardada. A necessidade dessas três características
de fusíveis surgiu em consequência da existência do modelo de circuitos a ser instalado.
Ação rápida ou normal
 Nos fusíveis de ação rápida ou normal a fusão do elo ocorre após alguns segundos, quando estes recebem uma
sobrecarga de curta ou longa duração. Estes fusíveis podem ser elos de fios com seção constante ou de lâminas
com seção reduzida.
Fusíveis de ação ultra-rápida
 São próprios para protegerem circuitos com cargas eletrônicas, quando os dispositivos são a semicondutores
(tiristores, diodos, etc.). Nos fusíveis de ação ultra-rápida, a fusão do elo é imediata quando recebem uma
sobrecarga, mesmo que esta seja de curta duração. Os dispositivos a semicondutores são mais sensíveis e precisam
ser protegidos contra sobrecargas de curta duração.
DISPOSITIVOS DE PROTEÇÃO

CLASSIFICAÇÃO DOS FUSÍVEIS QUANTO AO TIPO DE AÇÃO


Fusíveis de ação retardada
 Estes fusíveis são próprios para protegerem circuitos com cargas indutivas e/ou capacitivas (motores,
transformadores, capacitores e indutores em geral).
 A ação retardada ocorre onde a sobrecarga de curta duração não deve provocar a fusão do elo. A fusão do
elo, na ação retardada, só acontece quando houver sobrecargas de longa duração ou curto-circuito.
EXEMPLO:
 Na instalação de motores, transformadores e capacitores, a corrente elétrica não se mantém constante no início do
funcionamento, ou seja, a corrente ultrapassa seu valor nominal por alguns segundos, dando a impressão de uma
sobrecarga de curta duração (o que não deve provocar a queima do elo fusível); logo em seguida, a corrente
diminui até seu valor nominal.
DISPOSITIVOS DE PROTEÇÃO

DIMENSIONAMENTO DE FUSÍVEIS

No dimensionamento de fusíveis retardados, deve-se levar em consideração dois critérios:


a) Maior fusível aplicável no circuito : Neste critério a corrente de pico do motor será utilizado como base, desta
forma tenha em mãos a corrente de pico calculada, seguindo a seguinte equação:
DISPOSITIVOS DE PROTEÇÃO

DIMENSIONAMENTO DE FUSÍVEIS

b) Fusível ideal em função da curva de atuação: A escolha do fusível pela curva de atuação leva em consideração
o tempo que o motor demora para efetuar a partida e a corrente de pico. Este tópico serve para que possamos
identificar se o fusível pode ser menor que o dimensionado no item a), de forma a otimizar os custos dos fusíveis
e da instalação.
DISPOSITIVOS DE PROTEÇÃO
DIMENSIONAMENTO DE FUSÍVEIS
Ex: Dimensione os fusíveis para proteger o motor de 5 cv, 220 V/60 Hz, supondo que o tempo de partida seja de 5 s.

1° Critério:

 Dessa forma o fator de multiplicação é:


  

 Assim o fusível a ser usado será um de


DISPOSITIVOS DE PROTEÇÃO

DIMENSIONAMENTO DE FUSÍVEIS

2° Critério:
 Ex: Dimensione os fusíveis para proteger o motor
 de
  5 cv, 220 V/60 Hz, supondo que o se tempo de
partida seja de 5 s.
DISPOSITIVOS DE PROTEÇÃO

RELÉ TÉRMICO DE SOBRECARGA – Conceito

 A sobrecarga é o defeito que se produz mais frequentemente nas


máquinas. Definida como um situação que leva a um
superaquecimento por efeito Joule, que os materiais utilizados
somente suportam até um determinado valor e por tempo limitada.
 É função do relé de sobrecarga atuar antes que esse limites de
deterioração sejam atingidos, garantindo uma vida útil apropriada
aos componentes do circuito.
DISPOSITIVOS DE PROTEÇÃO

RELÉ TÉRMICO DE SOBRECARGA – Funcionamento


 Esse relé funciona baseado na deformação que ocorre nos
elementos bimetálicos, quando sofrem um aumento de temperatura.
Por esta razão, também é chamado de relé bimetálico.
O que é elemento bimetálico?
 É constituído de duas lâminas, bastante finas, de metais de diferentes
coeficientes de dilatação. Essas lâminas normalmente são de ferro e
níquel, sobrepostas e soldadas, formando o bimetal.
 Como o coeficiente de dilatação do ferro é menor que o coeficiente
de dilatação do níquel, quando aquecido, provoca um
encurvamento.
DISPOSITIVOS DE PROTEÇÃO

RELÉ TÉRMICO DE SOBRECARGA – Funcionamento

Ao dilata-se o relé térmico é responsável por dois efeitos:

 Liberação do dispositivo de trava: que ocasiona a abertura dos contatos principais do relé.
 Abertura de um contato fechado: que causa a abertura de um circuito de comando de um acionamento do motor.
DISPOSITIVOS DE PROTEÇÃO

RELÉ TÉRMICO DE SOBRECARGA – Classes de desligamento

Na partida de motores temos um pico de corrente e os reles devem deixar passar a sobrecarga temporária, e disparar
unicamente se esse pico for prolongado. Dependendo do tipo de aplicação o tempo de partida pode variar de alguns
segundos a algumas dezenas de segundos. Sendo assim, são necessários relés de tempo de partida de acordo com as
seguintes classes de disparo:

 Classe 10: aplicações com tempo de partida inferior a 10 s;


 Classe 20: aplicações com tempo de partida inferior a 20 s;
 Classe 30: aplicações com tempo de partida inferior a 30 s.
DISPOSITIVOS DE PROTEÇÃO

RELÉ TÉRMICO DE SOBRECARGA

Os relés de sobrecorrente possuem os seguintes elementos


1. Botão de rearme;
2. Contatos auxiliares;
3. Botão de teste;
4. Lamina bimetálica auxiliar para compensação de temperatura;
5. Cursor de arraste;
6. Lamina bimetálica principal;
7. Ajuste de corrente.
DISPOSITIVOS DE PROTEÇÃO

RELÉ TÉRMICO DE SOBRECARGA

Por meio de um botão localizado na parte frontal do relé, é possível


parametrizar a sua atuação de acordo com as seguintes funções:

 H = somente rearme manual;


 A= somente rearme automático.
DISPOSITIVOS DE PROTEÇÃO

RELÉ TÉRMICO DE SOBRECARGA – Dimensionamento.

O relé não deve ser dimensionado com a corrente nominal do circuito, pois se houver necessidade de o motor ser
usado com fator de serviço acima de 1, o relé não permitirá tal corrente mesmo que o motor suporte essa situação. O
ajuste de corrente deverá ser feito da seguinte maneira:
  
DISPOSITIVOS DE PROTEÇÃO

DISJUNTOR MOTOR – Conceito.

Os disjuntores motores são simultaneamente dispositivos de proteção e


manobra , exercendo as seguintes funções:

 São empregados para efetuar a proteção elétrica no circuito com a


detecção de sobrecorrente;
 Permite comandar seus respectivos circuitos comandados, por meio de
abertura ou fechamento de seus contatos;
DISPOSITIVOS DE PROTEÇÃO

DISJUNTOR MOTOR – Características básicas


 Ao contrário dos fusíveis, apresentam atuação multipolar, evitando operação desequilibrada nos equipamentos
trifásicos;
 Oferecem larga margem de escolha de correntes nominais, e em muitos casos podem admitir ajustes nos seus
disparadores;
 Operação repetitiva, ou seja, podem ser ligados após serem atuados sem a necessidade de substituição.

O disjuntor motor oferece dois tipos de proteção:


 Contra sobrecorrente através de disparadores magnéticos ou térmicos;
 Contra correntes de curto-circuito

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