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APRENDIZAGEM INDUSTRIAL
INSTALAÇÕES ELÉTRICAS INDUSTRIAIS
Extrema-MG
2012
Presidente da FIEMG
Olavo Machado Júnior
1
APRENDIZAGEM INDUSTRIAL
INSTALAÇÕES ELÉTRICAS INDUSTRIAIS
Extrema-MG
2012
3
SENAI
Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial
Departamento Regional de Minas Gerais
FIEMG
Av. do Contorno, 4456
Bairro Funcionários
30110-916 – Belo Horizonte
Minas Gerais
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Sumário
Prefácio ............................................................................................................................ 5
1. Fusíveis ........................................................................................................................ 6
2. Relé de proteção .......................................................................................................... 9
3. Disjuntor industrial .................................................................................................... 21
4. Contatores .................................................................................................................. 23
5. Relés de tempo .......................................................................................................... 34
6. Sinalização ................................................................................................................. 39
7. Botões de comando .................................................................................................. 42
8. Chave auxiliar tipo fim de curso............................................................................... 48
9. Grau de Proteção ....................................................................................................... 53
10. Transformadores ..................................................................................................... 54
11.Transformadores para comandos elétricos ........................................................... 70
12. Geração de corrente alternada ............................................................................... 83
13. Redes elétricas ........................................................................................................ 99
13.1. Rede trifásica de corrente alternada ............................................................... 99
13.2. Tensão trifásica com neutro .......................................................................... 100
13.3. Tipos de redes trifásicas de baixa tensão .................................................... 101
13.4. Circuitos trifásicos .......................................................................................... 101
14. Motores de CA monofásicos ................................................................................ 102
15. Motores de CA trifásicos ...................................................................................... 111
16. Motor de corrente contínua .................................................................................. 129
17. Circuitos de Comando .......................................................................................... 141
18. Exercícios ............................................................................................................... 163
Referências Bibliográficas.......................................................................................... 176
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Prefácio
Isto porque, nos embates diários, instrutores e alunos, nas diversas oficinas e
laboratórios do SENAI, fazem com que as informações, contidas nos materiais didáticos,
tomem sentido e se concretizem em múltiplos conhecimentos.
O SENAI deseja, por meio dos diversos materiais didáticos, aguçar a sua curiosidade,
responder às suas demandas de informações e construir links entre os diversos
conhecimentos, tão importantes para sua formação continuada !
1. Fusíveis
Simbologia
Constituição
São partes da constituição dos fusíveis: o contato, o corpo isolante, o elo de fusão
e o indicador de queima.
Contatos
Servem para fazer a conexão dos fusíveis com os componentes das instalações
elétricas. Feitos de latão ou cobre prateado, para evitar oxidação e mau contato.
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Corpo isolante
É feito de material isolante de boa resistência mecânica, que não absorve umida-
de. Geralmente de cerâmica, porcelana ou esteatita. Dentro do corpo isolante se
alojam o elo fusível e, em alguns casos, o elo indicador de queima, imersos por
completo em material granulado extintor - areia de quartzo de granulometria
adequada de (acordo com a corrente máxima circulante).
Elo de fusão
Material condutor de corrente elétrica e baixo ponto de fusão, feito em forma de
fios ou lâminas.
Em forma de fio
Em forma de lâmina
Elo fusível com seção constante - A fusão pode ocorrer em qualquer ponto do
elo.
Elo fusível com seção reduzida normal - A fusão sempre ocorre na parte onde
a seção é reduzida.
Elo fusível com seção reduzida por janelas - A fusão sempre ocorre na parte
entre as janelas de maior seção.
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Elo indicador de queima - É constituído de um fio muito fino, que está ligado em
paralelo com o elo fusível. No caso de fusão do elo fusível, o fio do indicador de
queima também se fundirá, provocando o desprendimento da espoleta.
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2. Relé de proteção
São dispositivos de proteção cujos contatos auxiliares comandam, de acordo com
a variação de certas grandezas (corrente, tensão), outros dispositivos de um
comando elétrico.
Dispositivos que atuam pelo efeito térmico provocado pela corrente elétrica,
protegendo componentes de uma instalação quando as sobrecorrentes que
ocorrem durante o seu funcionamento permanecem por tempo excessivo, ou
quando tais componentes de sobrecarga aquecem as bobinas dos motores e os
cabos a níveis inadmissíveis, reduzindo a vida útil de sua isolação.
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Simbologia:
Funcionamento
Condições de serviço
• relé direto;
• relé indireto;
• relé com retenção;
• relé sem retenção;
• relé compensado;
• relé diferencial ou falta de fase.
Relé direto - Quando aquecido pela passagem da corrente pelo próprio bimetal.
Relé diferencial ou falta de fase - Dispara com maior rapidez que o normal,
quando há falta de uma fase ou sobrecarga em uma delas.
Relés eletromagnéticos
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Simbologia:
• relé de subtensão;
• relé de sobrecorrente.
Funcionamento:
Circulando pela bobina uma corrente elevada, o núcleo atrai o fecho, o qual
provoca a abertura do contato abridor, interrompendo o circuito de comando.
Para que o núcleo atraia o fecho, é necessária uma grande imantação. Portanto,
será preciso que a bobina seja percorrida por uma elevada corrente.
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21
3. Disjuntor industrial
Simbologia:
Constituição
4. Contatores
Simbologia
Constituição
Contatos
Núcleo móvel
Elemento feito de lâminas de ferro sobrepostas, isoladas entre si, que diminuem
as perdas no ferro; acoplado mecanicamente ao suporte dos contatos móveis.
Bobina
Núcleo fixo
É feito de lâminas de ferro sobrepostas, isoladas entre si. Nos contatores com
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acionamento em cor- rente alternada é inserido ao núcleo fixo um anel me- tálico
nos pólos magnéticos, denominado anel de de- fasagem (anel de curto-circuito).
Este anel fica sob a ação do campo magnético, proveniente de uma cor- rente
alternada, e sua função é evitar que ocorram ruídos e trepidações. Já que, com a
passagem da corrente alternada por zero, a força magnética desa- parece, o anel
que está sob a ação do campo mag- nético sofre indução, dando origem a um
campo mag- nético próprio do original. Com isto, a força magnética atuante nunca
atinge o valor zero.
Observação
Funcionamento
Tipos de contatores
• Comando à distância.
• Facilidade de instalação.
• Elevado número de manobras (elevada durabilidade).
• Fácil substituição de peças danificadas.
• Tensão de operação de 85% a 110% da tensão nominal prevista para o
contator.
• Facilidade de associação a rei és, fusíveis e chaves especiais para
proteger e automatizar os circuitos.
• Atualmente, os fabricantes fornecem peças de reposição originais como
bobinas, jogos de contatos, câmara de faísca (arco), blocos de contato
auxiliares etc.
Características elétricas
• Exemplo
220V- 240V- 380V
Observação
Normalmente, nas placas de identificação dos contatores, vem expressa a
potência mecânica em CV ou HP, correspondente à potência elétrica.
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Tais motivos podem ser não apenas tolerância de fabricação, mas igualmente o
fato de que, muitas vezes, é impossível prever todas as condições de serviço
que determinam a durabilidade dos contatos.
Contatos auxiliares - São identificados por números de dois dígitos, sendo que
o primeiro dígito indica a posição ocupada pelo contato a partir da esquerda, e o
segundo indica a função do contato.
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5. Relés de tempo
Instantâneo à energização
Temporizadores eletrônicos
Simbologia
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Temporizadores pneumáticos
Simbologia
pneumático
2. BALANCIM
3. MOLA SUERIOR
4. VÁLVULA
Funcionamento
6. Sinalização
Símbolos
Sinaleiros luminosos
Constituição
Em alguns casos usa-se um tipo de sinaleiro com visar translúcido, que possibilita
a inserção de dizeres, números ou símbolos em suas lentes. A lente do
sinalizador deve propiciar bom brilho e apresentar-se completamente opaca em
relação à luz ambiente, quando a luz está apagada.
Exemplo
• Soquete 6A95 - Carga admissível
7. Botões de comando
Simbologia
Constituição básica
• normal;
• saliente;
• cogumelo;
• comutador de posições;
• comutador com Chave Vale.
Saliente com guarda total - Tem uma guarnição que impede a ligação acidental.
Bloco de contatos
Observação
• Travamento elétrico.
• Travamento mecânico
Travamento mecânico
Características elétricas
• Corrente nominal.
• Tensão nominal.
Corrente nominal
Tensão nominal
A tensão de isolação dos botões de comando varia entre 24V e 550V. Outra
característica é a tensão deteste, que corresponde â resistência desolação do
botão pôr um tempo reduzido. A tensão de teste é cinco vezes maior que a
tensão nominal.
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Simbologia
Constituição
Corpo
Bloco de contato
Exemplo
Sistemas de contato
Exemplo
Observação
Os bornes dos contatos são identificados por códigos numéricos, idênticos aos
contatos auxiliares dos outros dispositivos já estudados, padronizados pela IEC.
com ataque para direita e para a esquerda, como mostra a figura 3.9 (com retorno
automático ou sem retorno automático);
com ataque só para direita ou só para a esquerda, como mostra a figura (com
retorno automático ou sem retorno automático);
Funcionamento
Observação
Características
9. Grau de Proteção
Grau de proteção - O grau de proteção é expresso em código, devidamente
normalizado, que classifica, para determinado equipamento, sua proteção contra
choques, penetração de corpos estranhos e líquidos.
Exemplo
IP 65
Onde,
1 Proteção contra toque acidental com a mão. 1 Proteção contra gotas de água até
2 Proteção contra toque dos dedos. 2 Proteção contra gotas de água até
com a vertical.
todas as direções.
protegidas.
10. Transformadores
O transformador
Funcionamento
Observação
As perdas por histerese magnética são causadas pela oposição que o ferro
oferece à passagem do fluxo magnético. Essas perdas são diminuídas com o
emprego de ferro doce na fabricação do núcleo.
As perdas por corrente parasita (ou por correntes de Foucault) aquecem o ferro,
porque a massa metálica sob variação do fluxo gera dentro de si mesma uma
força eletromotriz (fem) que provoca a circulação de corrente parasita.
Observação
Observação
Relação de transformação
Observação
A tensão no secundário do transformador aumenta na mesma proporção da
tensão do primário até que o ferro atinja seu ponto de saturação. Quando esse
ponto é atingido, mesmo que haja grande variação na tensão de entrada, haverá
pequena variação na tensão de saída.
Tipos de transformadores
• Transformador elevador.
• Transformador abaixador.
• Transformador isolador.
Relação de potência
Vs . Is = Vp . Ip
Vp = 110V
Vs = 6V
Is = 4,5A
Ip =?
Onde:
Vp. Ip = (Vs1 . Is1) + (Vs2 . Is2) = (6V . 1A) + (40V . 1,5A) = (6VA + 60VA) =
66VA
Ip = 66VA = 0,6A
110V
Os aparelhos eletrônicos modernos são fabricados de tal forma que podem ser
usados tanto em redes de 110 quanto de 220V. Isso é possível através da
seleção feita por meio de uma chave situada na parte posterior do aparelho. Na
maioria dos casos, essa chave está ligada ao primário do transformador. De
acordo com a posição da chave, o primário é preparado para receber 110 ou
220V da rede elétrica e fornece o mesmo valor de tensão ao secundário.
Existem dois tipos de transformadores cujo primário pode ser ligado para 110 e
220V:
O primário do transformador a três fios é constituído por uma bobina para 220V
com uma derivação central.
63
Essa derivação permite que se utilize apenas uma das metades do primário. de
modo que 110V sejam aplicados entre uma das extremidades da bobina e a
derivação central.
Ligação para
110V
Observação
Tanto na ligação para 110 quanto para 220V, a ordem de início e fim das
bobinas
é importante. Normalmente, os quatro fios do primário são coloridos e o
esquema indica os fios.
I1 - início da bobina 1
F1 - fim da bobina 1
I2 - início da bobina 2
F2 - fim da bobina 2
procedimento é o seguinte:
Observação
Especificação de transformadores
• potência - 21VA;
• primário - entrada para 110 ou 220V;
ocorre normalmente.
Transformadores de tensão
Simbologia
Aplicações
• Reduzir a tensão da rede a nível compatível com a tensão de
alimentação dos componentes de comando (bobinas, sinaleiros, relés
etc.).
• Segurança nas manobras e nas correções de defeitos do equipamento.
• Separar o circuito principal do circuito auxiliar, restringindo e
limitando possíveis curtos-circuitos a valores que não afetem os
condutores do circuito a que estão ligados.
• Amortecer variações de tensão, evitando possíveis trepidações dos
contatos de dispositivos, prolongando assim a vida útil do
equipamento.
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Autotransformador
Simbologia:
Constituição
Funcionamento
Simbolog
ia:
Funcionamento
Estando o seu circuito primário (barra condutora ou cabo) ligado em série com
a alimentação de uma instalação ou equipamento onde se desejam medições
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Por estas características, irão surgir tensões da ordem de vários kV, nos
terminais do secundário, quando este for aberto em funcionamento. Os
inconvenientes destes fatos são:
Aplicações
Transformadores trifásicos
Como já sabemos, o transformador é o equipamento que permite rebaixar
ou ele- var os valores de tensão ou corrente de CA de um circuito. Seu
princípio de funcionamento baseia-se no fato de que uma tensão é induzida
no secundário, quando este é percorrido pelo fluxo magnético variável
gerado no primário.
O transformador é formado
basicamente pelo núcleo e pelas
bobinas (primária e secundária). O
núcleo constitui o circuito magnético do
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Se, por exemplo, a fase 1 do secundário estiver recebendo mais carga, esse
desequilíbrio será compensado pela indução das duas colunas onde a fase 1
está distribuída. Para que as combinações de ligações sejam realizadas, os
transformadores são divididos em dois grupos:
Observação
NH – número de espiras do
primário
Nx – número de espiras do
secundário
Observação
Existe também um óleo chamado de asca rei, mas seu uso é proibido por ser
altamente tóxico e, portanto, prejudicial à saúde.
Indução Eletromagnética
onde:
e – força eletromotriz induzida (tensão induzida) [V]
Δφ/Δt – taxa de variação do fluxo magnético no tempo [Wb/s]
N – número de espiras.
A Lei de Lenz diz que o sentido da corrente induzida é tal que origina um fluxo
magnético induzido, que se opõe à variação do fluxo magnético indutor .
84
onde:
φ - fluxo magnético [Wb]
B – intensidade do campo magnético [T]
A – área do condutor [m2]
85
Figura 3.2.2 – Geração de Corrente: (a) primeira meia volta da espira [1]; (b)
forma de onda do sinal gerado.
89
Figura 2.2.3 – Geração de Corrente: (a) segunda meia volta da espira [1]; (b)
forma de onda do sinal gerado.
90
No gerador das figuras 2.2.2 e 2.2.3 temos apenas dois pólos magnéticos
produzindo um Δφ = 2φ em meia volta. Se tivermos um número p de pólos
teremos:
92
Substituindo
assim
onde:
e – força eletromotriz (tensão) média induzida [V];
φ - fluxo magnético por pólo [Wb];
p – número de pólos;
n – velocidade [rpm];
N – número de espiras
O gerador de dois pólos da figura 3.2.2 e 3.2.3, completa um ciclo a cada
rotação. Em cada segundo teremos n/60 rotações. Assim:
2 pólos ⎯ n/60 rotações por segundo
p pólos ⎯ f rotações por segundo
equacionando, temos:
onde:
f – freqüência da tensão induzida em ciclos por segundo, Hertz [Hz];
p – número de pólos;
n – rotação em rpm.
Substituindo esta equação na anterior, temos para a tensão induzida:
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A figura 2.3.1 mostra dois geradores com o campo magnético girante no rotor e
a armadura fixa no estator. O primeiro apresenta 8 pólos e o segundo 2 pólos.
Como ambos giram a mesma velocidade, o gerador de mais pólos produz um
sinal de maior freqüência do que o outro. Assim, para uma dada freqüência
desejada (como 60Hz, por exemplo), um gerador de mais pólos pode girar a
uma velocidade menor.
Figura 3.4.5 – Dois tipos de rotores: (a) para turbinas de alta velocidade e (b) para
turbinas de baixa velocidade.
99
Figura 4.1
Figura 4.2
100
Figura 4.3
UF = UL : √3
UL = UF x √3 √3 = 1,73
101
Figura 4.4
Figura 4.5
P = √3 x UF x I
I = __P___
√3 x UF
102
Motores monofásicos
Motor universal
Observação
Motor de indução
Para dar o giro inicial do rotor, são usados comumente dois tipos de partida:
• de campo distorcido - motor de campo distorcido;
• de fase auxiliar com capacitar - motor de fase auxiliar.
Funcionamento
Com o aumento gradativo do campo até 90°, a maior parte das linhas de força
fica concentrada fora da região do anel. Quando o campo atinge o máximo,
ou seja, os 90°, não há campo criado pela bobina auxiliar, formada pelo anel,
e ele se distribui na superfície da peça polar.
Funcionamento
O motor monofásico de fase auxiliar funciona em função da diferença entre as
indutâncias dos dois enrolamentos, uma vez que o número de espiras e a
bitola dos condutores do enrolamento principal são diferentes em relação ao
enrolamento auxiliar.
Os de quatro terminais são construídos para uma tensão (110 ou 220V) e dois
sentidos de rotação, os quais são determinados conforme a ligação
efetuada entre o enrolamento principal e o auxiliar.
Os motores de seis terminais são construidos para duas tensões (110 e 220V)
e para dois sentidos de rotação. Para a inversão do sentido de rotação,
inverte-se o sentido da corrente no enrolamento auxiliar.
A potência desse motor varia de 1 /6cv até 1 cv, mas para trabalhos especiais
existem motores de maior potência. A velocidade desse tipo de motor é
constante
110
Motores trifásicos de CA
Motor assíncrono de CA
correntes de
CA são induzidas no circuito do rotor pelo campo magnético rotativo do
estator.
Funcionamento
no momento circula por ela. Se a corrente for nula, não haverá formação de
campo magnético; se ela for máxima, o campo magnético também será
máximo.
Como as correntes nos três enrolamentos estão com uma defasagem de 120°
os três campos magnéticos apresentam também a mesma defasagem. Os três
campos magnéticos individuais combinam-se e disso resulta um campo único
cuja posição varia com o tempo. Esse campo único, giratório, é que vai agir
sobre o rotor e provocar seu movimento.
O motor com rotor em gaiola de esquilo tem um rotor constituído por barras de
cobre ou de alumínio colocadas nas ranhuras do rotor. As extremidades são
unidas por um anel também de cobre ou de alumínio.
115
Esses motores são usados para situações que não exigem velocidade variável
e que possam partir com carga. Por isso são usados em moinhos,
ventiladores, prensas e bombas centrifugas, por exemplo.
S = Vs – VR . 100
Vs
Onde,
VS é a velocidade de sincronismo
VR é a velocidade real do rotor
O rotor bobinado usa enrolamentos de fios de cobre nas ranhuras, tal como o
estator.
Deve-se lembrar, porém, que o motor de rotor bobinado é mais caro que os
outros devido ao elevado custo de seus enrolamentos e ao sistema de
conexão das bobinas do roto r, tais como: anéis, escovas, porta-escovas,
reostato.
Em pleno regime de marcha, o motor de rotor bobinado apresenta um
118
Observação
Funcionamento
𝑓𝑥60
𝑁= (𝑅𝑃𝑀)
𝑃
Motor síncrono de CA
Funcionamento
A energia elétrica de CA no estatar cria o campo magnético rotativo, enquanto
o rotor, alimentado com CC, age como um ímã.
Um ímã suspenso num campo magnético gira até ficar paralelo ao campo.
120
Quando o campo magnético gira, o ímã gira com ele. Se o campo rotativo for
intenso, a força sobre o rotor também o será. Ao se manter alinhado ao campo
magnético rotativo, o rotor pode girar uma carga acoplada ao seu eixo.
Quando parado, o motor síncrono não pode partir com aplicação direta
de corrente CA trifásica no estator, o que é uma desvantagem.
De modo geral, a partida é feita como a do motor de indução (ou assíncrono).
Isso porque o roter do motor síncrono é constituído, além do enrolamento
normal, por um enrolamento em gaiola de esquilo.
Na ligação em estrela, o final das fases se fecha em si, e o início se liga à rede.
121
Potência Elétrica
A lâmpada de esquerda tem uma potência elétrica três vezes maior do que a
lâmpada da direita, como conseqüência, o consumo é proporcional.
Outro exemplo:
123
O mesmo caso se aplica aqui. O motor da esquerda tem potência três vezes
maior que o motor da direita. Logo, tanto a quantidade de energia que o
motor produzirá e o consumo serão cerca de três vezes maior que o motor
da direita.
7,5 x 736
X = —————
1
X = 5.520 Watts
Logo, um motor de 7,5 CV tem 5520 Watts.
124
15x746
X = —————
1
X = 11.190 Watts
As perdas por efeito Joule são as que se verificam nos condutores estatóricos e
rotóricos por efeito da passagem da corrente elétrica.
Perdas mecânicas:
Pe = potência efetiva em W
Pf = potência final também em W
O cálculo dessas perdas é muito complexo, pois cada tipo de perda tem um
peso diferente para cada tipo de motor. A tabela a seguir mostra como
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R E N D I M E N T O
N ÚSM E R O D E P Ó L O S
CV II IV VI VIII
3600 RPM 1800 RPM 1200 RPM 900 RPM
1 0,809 0,759 0,794 0,750
1,5 0,829 0,795 0,792 0,805
2 0,830 0,825 0,840 0,841
3 0,851 0,848 0,847 0,862
4 0,863 0,862 0,870 0,865
5 0,860 0,873 0,875 0,881
6 0,874 0,880 0,882 0,881
7,5 0,887 0,890 0,893 0,897
10 0,901 0,901 0,901 0,907
12,5 0,905 0,909 0,905 0,910
15 0,910 0,917 0,902 0,914
20 0,920 0,923 0,906 0,919
25 0,915 0,925 0,921 0,927
30 0,923 0,930 0,932 0,930
40 0,931 0,933 0,933 0,930
50 0,932 0,935 0,932 0,936
60 0,927 0,936 0,936 0,941
75 0,934 0,938 0,940 0,944
100 0,939 0,943 0,946 0,945
125 0,934 0,944 0,945 0,952
150 0,938 0,950 0,947 0,954
175 0,943 0,951 0,953
200 0,946 0,953 0,954
250 0,950 0,956
O ideal seria que o rendimento de um motor fosse igual a 1, ou seja, que não
houvesse perda nenhuma, mas isso não é possível.
Fator de potência
Um fator de potência igual a 1 indica que o aparelho utilizou toda a energia elétrica
consumida, transformando - a em outras formas de energia. Um aparelho que
apresentasse o fator de potência igual a zero não transformaria nenhuma energia
elétrica, ou seja, estaria desperdiçando toda a energia recebida.
Considerações finais
O decreto n° 479 de 20/03/92 reiterou a obrigatoriedade de se manter o fator de
potência o mais próximo possível da unidade, tanto pelas concessionárias quanto
pelos consumidores.
consumimos e pagamos;
Circuitos trifásicos:
P = U x I x cosφ x √3
Máquinas de Papel
Bobinadeiras e desbobinadeiras
Laminadores
Máquinas de Impressão
Extrusoras
Prensas
Elevadores
Movimentação e Elevação de Cargas
Moinhos de rolos
Indústria de Borracha
Mesa de testes de motores
16.2. O MOTOR CC
(a) (b)
dos ímãs fixos (estator). Nessa situação (c) – a bobina girou de 90o – não há
torque algum, uma vez que os braços de alavanca são nulos (a direção das forças
passa pelo centro de rotação); o rotor está em equilíbrio estável (força resultante
nula e torque resultante nulo). Esse é o instante adequado para inverter o sentido da
corrente na bobina. Agora os pólos de mesmo nome estão muito próximos e a força
de repulsão é intensa. Devido à inércia do rotor e como a bobina já apresenta um
momento angular “para a esquerda”, ela continua girando
torque (agora propiciado por forças de repulsão), como em (d), colabora para a
manutenção e aceleração do movimento de rotação.
Mesmo após a bobina ter sido girada de 180o, situação não ilustrada na
novo torque e a bobina chega novamente à situação (a) – giro de 360o. E o ciclo se
repete.
(1)
Onde: Ua = Tensão de armadura
Ra = Resistência da armadura
Ia = Corrente de armadura
(2)
Combinando as eq. (1) e (2), a expressão para a velocidade do motor
CC é dada por:
136
(3)
(4)
(5)
Onde: k2 = constante
If = corrente de campo
(6)
137
Pela eq. (4), para se aumentar a velocidade, deve-se reduzir o fluxo, existindo entre
ambos, uma relação hiperbólica. Ainda, combinando as equações (4) e (6), tem-se:
(7)
Portanto, acima da rotação nominal, como tensão e corrente de armadura são
constantes, o conjugado é inversamente proporcional à rotação, como também pode
ser visto na figura 6.
16.2.5.1 Vantagens
16.2.5.2 Desvantagens
18. Exercícios
Exercícios comando 1
5) Elabore um circuito onde uma lâmpada (L1) seja acionada por uma botoeira
b1(NA) ou por uma botoeira b2, e duas lâmpadas L2 e L3 ligadas em paralelo
sejam acionas por uma botoeira b3(NA). Quando L1 estiver acesa L2 e L3 não
poderão acender-se.
6) Desenhe um circuito com três lâmpadas de forma que duas sejam acionadas
juntas por uma chave e a outra seja acionada por outra chave.
7) Desenhe um circuito com quatro lâmpadas de forma que duas sejam acionadas
juntas por uma chave e as outras duas sejam ligadas em série e acionadas por
outra chave.
Exercícios de comando 2
2) Elaborar um circuito elétrico onde uma botoeira (b1) quando acionada irá ligar
uma lâmpada (L1) e uma botoeira (b2) ao ser acionada ligará uma lâmpada (L2),
e ao mesmo tempo desligará outra lâmpada (L3). Construa o circuito de tal forma
165
3) Desenhe um circuito que uma lâmpada (L1) seja ligada quando tivermos
somente b1 acionada ou somente b2 acionada. E outra lâmpada (L2) esteja
normalmente acesa e só se desligue quando for pressionado b1 e b2 ao mesmo
tempo.
4) Elabore um circuito elétrico onde uma lâmpada (L1) seja ligada por uma chave
fim de curso (FC1) ou por uma botoeira (b1). E outra lâmpada (L2) seja ligada
quando tivermos acionadas a chave fim de curso (FC1) e a botoeira (b1)
acionadas ao mesmo tempo.
5) Elabore um circuito elétrico onde umas lâmpadas (L1) seja ligada quando
tivermos a botoeira (b1) e a chave fim de curso(CF1) acionadas ao mesmo tempo
ou não acionadas ao mesmo tempo. Outra lâmpada (L2) deverá acender quando
a botoeira (b1) for acionada junto com outra botoeira (b2).
6) Elabore um circuito elétrico onde uma lâmpada (L1) seja acionada por uma
bóia ou por uma botoeira (b1). Quando uma botoeira (b2) for acionada a lâmpada
(L1) não poderá se acender mesmo que se acione a bóia ou a botoeira (b1).
8) Elabore um circuito onde uma lâmpada (L1), seja acionada por uma fotocélula
em uma rede de 220V ou por uma botoeira (b1). Coloque outra botoeira (b2) de
forma que quando b2 for acionada a lâmpada não poderá acender mesmo que se
acione b1 ou pela fotocélula.
9) Elabore um circuito elétrico onde uma lâmpada seja acionada por um sensor de
proximidade de forma que quando aproximarmos um elemento metálico deste
sensor a lâmpada deverá acender e quando retirarmos o elemento metálico a
lâmpada deverá apagar.
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10) Elabore um circuito elétrico onde uma lâmpada (L1) normalmente acesa seja
desligada por uma chave fim de curso ou por uma botoeira. Outra lâmpada (L2)
normalmente acesa deverá ser desligada por um sensor ou pela chave fim de
curso.
Exercícios de comandos 3
5)Projete um circuito onde um contator seja acionado por uma chave fim de curso
FC1 e permaneça ligado até seja pressionada outra chave fim de curso FC0.
Exercícios de comandos 4
b) fechamento triângulo.
3) Calcule a potência elétrica de um motor trifásico que consome 3,8A por linha
quando ligado em uma rede de 380V e:
a) fechado em triângulo.
b) fechado em estrela.
4) Calcule a potência elétrica de um motor trifásico que consome 2,2A por fase
quando ligado em uma rede de 380V e:
a) fechado em estrela.
b) fechado em triângulo.
8) Desenhe a chave de partida direta, usando uma lâmpada para indicar quando o
motor esta ligado.
11) Desenhe a chave de partida direta com reversão, e explique como fazemos a
inversão de rotação de motor.
12) Desenhe uma chave de partida estrela triangulo. Usando uma botoeira para a
partida estrela e outra para a partida triângulo.
Sugestão: Comece pelo circuito de carga.
3) Desenhe um circuito onde um contator (K1) será acionado por uma botoeira b1,
e após 10 segundos seja acionado outro contator (K2), que deverá permanecer
acionado por 15 segundos, após esse período se desligará todos os contatores.
K1 deverá acionar L1 e K2 deverá acionar L2.
Exercícios de comando 5
1) Projete um semáforo que registre vinte segundos na luz verde dois segundos
na luz amarela e quinze segundos na luz vermelha para uma rua que esta sendo
cruzada por uma avenida.
14) Desafio: Desenhe um circuito onde uma botoeira b1 (NA somente) ao ser
acionada a primeira vez ligue um contator K1 e ao ser acionada a segunda vez
desligue o mesmo K1. Obs não se pode outros contatos da botoeira e nem
temporizador.
Obs.: todos esses comandos serão novamente desenhados porém usando PLC.
4) deseja-se montar uma chave reversora para um motor que consome uma
corrente nominal de 4A, e consome uma corrente de partida de 14A. Sabendo
que o relé térmico e os contatores devem ser regulados para 25% a mais que a
corrente do motor, e que os fusíveis devem ser 10% acima da corrente do motor.
Calcule qual deve ser a corrente dos fusíveis, do relé, e dos contatores.
6) Trocando-se o motor da questão 4 por outro que possua uma corrente nominal
de 12A, e consome uma corrente de partida de 40A, calcule os valores da
corrente para os fusíveis, o relé, e os contatores das questões 4 e 5.
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7) Observe o esquema:
Referências Bibliográficas