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Eletrotécnica para Engenharia de Produção – (TE160)

Aula 13 - Dimensionamento de
Condutores Queda de tensão

P R O F. D R . S E B A S T I Ã O R I B E I R O J Ú N I O R
Tipos de Linhas Elétricas – Condutores
Condutor Isolado:
◦ Possui somente o condutor e a isolação
Cabo Unipolar:
◦ Condutor, isolação e uma camada de revestimento, chamada cobertura, para proteção mecânica
Cabo Multipolar:
◦ Possui sob a mesma cobertura, dois ou mais condutores isolados, denominados veias.
Tipos de Linhas Elétricas – Condutores
Condutor Isolado:
◦ Possui somente o condutor e a isolação
Tipos de Linhas Elétricas – Condutores
Cabo Unipolar:
◦ Condutor, isolação e uma camada de revestimento, chamada cobertura, para proteção mecânica
Tipos de Linhas Elétricas – Condutores

Cabo Multipolar:
◦ Possui sob a mesma cobertura, dois ou mais condutores isolados, denominados veias.

Cabo PP
Tipos de Linhas Elétricas – Condutores
Materiais poliméricos mais usados no setor elétrico
HDPE - Polietileno de alta densidade
XLPE - Polietileno entrecruzado
LDPE - Polietileno de baixa densidade
EPR - Borracha de etileno propileno
HEPR - Borracha de etileno propileno alto modulo
Resina epoxi
EVA - Espuma vinílica acetinada
Silicone
PVC – Cloreto de polivilina
Polipropileno e outros
Tipos de Linhas Elétricas – Condutores
Dimensionamento de Condutores

Conforme NBR 5410, item 6.2.6.1.2 – pg. 113

O dimensionamento técnico de um circuito corresponde à aplicação dos


diversos itens da NBR 5410 relativos à escolha da seção de um condutor e do
seu respectivo dispositivo de proteção.
Dimensionamento de Condutores

Os seis critérios da norma são:

• Capacidade de condução de corrente, conforme 6.2.5;


• Queda de Tensão, conforme 6.2.7;
• Seção mínima, conforme 6.2.6.1.1;
• Sobrecarga, conforme 5.3.4 e 6.3.4.2;
• Curto-circuito, conforme 5.3.5 e 6.3.4.3; e
• Choques elétricos, conforme 5.1.2.2.4.
Dimensionamento de Condutores
Para considerarmos um circuito completo e corretamente
dimensionado, é necessário aplicar os seis critérios, cada um
resultando em uma seção e considerar como seção final a maior
dentre todas as obtidas;

Especial atenção deve ser dispensada ao dimensionamento de


condutores em circuitos onde haja a presença de harmônicos. Este
tópico é abordado no item 6.2.6.2 da NBR 5410 (Condutor Neutro).
Capacidade de Condução de Corrente
O critério da capacidade de condução de corrente visa garantir uma vida
satisfatória a condutores e isolações submetidos aos efeitos térmicos
produzidos pela circulação de correntes equivalentes às suas capacidades
de condução durante períodos prolongados em serviço normal;

Para a determinação da seção do condutor por este critério, deve-se


seguir os seguintes passos principais:
1) Calcular a corrente de projeto do circuito;
2) Determinar o método de instalação;
3) Aplicar os fatores de correção apropriados.
Capacidade de Condução de Corrente
Cálculo da corrente de projeto

𝑃 𝑃
IB = IB =
𝑉.𝐹𝑃 3.𝑉𝑓𝑓 .𝐹𝑃

Monofásico trifásico
Onde:
◦ IB : corrente de projeto;
◦ P : potência ativa total do circuito (W);
◦ V : tensão do circuito;
◦ FP : fator de potência total do circuito.
Capacidade de Condução de Corrente
Métodos de Instalação

Método de referencia a utilizar a capacidade de condução de corrente 6.2.5.1.2


Capacidade de Condução de Corrente
Métodos de Instalação

Método de referencia a
utilizar a capacidade de
condução de corrente
6.2.5.1.2
Capacidade de Condução de Corrente
Método de referencia a utilizar a
Métodos de Instalação capacidade de condução de
corrente 6.2.5.1.2
Capacidade de Condução de Corrente
Métodos de Instalação

Método de referencia a
utilizar a capacidade de
condução de corrente
6.2.5.1.2
Capacidade de Condução de Corrente
Número de condutores carregados

Para 4 condutores carregados aplicar o fator de 0,86 “fator de correção devido ao carregamento do neutro”. Tal fator,
independentemente do método de instalação, é aplicável então às capacidades de condução de corrente válidas para 3
condutores carregados.
Considerar o trifásico com neutro com 4 condutores carregados quando a taxa de harmônicos triplos na corrente de fase for
superior a 15%.
Item 6.2.5.6.1 da NBR 5410
Capacidade de Condução de Corrente
Fatores de Correção:

1) Fatores de correção para temperatura (k1);

2) Fatores de correção para resistividade térmica do solo (k2);

3) Fatores de correção para agrupamento de circuitos (k3).


Capacidade de Condução de Corrente
Fatores de Correção para Temperatura – k1
◦ Utilizado para temperaturas ambientes diferentes de 30ºC para linhas não subterrâneas
◦ e de 20ºC (temperatura do solo) para linhas subterrâneas.
Capacidade de Condução de Corrente
Fatores de Correção para Temperatura – k1

PVC tem classe térmica, que em condição de regime permanente, pode suportar temperatura
de operação de até 70º C.

XLPE ou EPR tem classe térmica de 90º C em regime permanente, 130º C em caso de
sobrecarga e 250º C quando em curto-circuit
Capacidade de Condução de Corrente
Fatores de Correção para Temperatura – k1

PVC
Capacidade de Condução de Corrente
Fatores de Correção para Temperatura – k1

XLPE
Capacidade de Condução de Corrente
Fatores de Correção para Temperatura – k1

EPR
Capacidade de Condução de Corrente
Fatores de Correção para Resistividade Térmica do Solo – k2 :
◦ Utilizado em linhas subterrâneas, onde a resistividade térmica do solo seja diferente de 2,5
K.m/W
◦ caso típico de solos secos, deve ser feita uma correção adequada nos valores da capacidade de
condução de corrente
◦ Solos úmidos possuem valores menores de resistividade térmica, enquanto solos muito secos
apresentam valores maiores
Capacidade de Condução de Corrente
Fatores de Correção para Resistividade Térmica do Solo – k2 :
Capacidade de Condução de Corrente

Fatores de Correção para Agrupamento de Circuitos – k3

◦ Para linhas elétricas contendo um total de condutores superior às quantidades


indicadas nas tabelas de capacidade de condução de corrente, fatores de
correção devem ser aplicados;

◦ Se um agrupamento consiste em N condutores isolados ou cabos unipolares,


pode-se considerar N/2 circuitos com 2 condutores carregados.
Capacidade de Condução de Corrente

Fatores de Correção para Agrupamento de Circuitos – k3


Capacidade de Condução de Corrente
Capacidade de Condução de Corrente
Fatores de Correção para Agrupamento de Circuitos – k3

◦ Os fatores das tabelas 42 a 45 são válidos para grupos de condutores semelhantes, igualmente
carregados.
◦ São considerados semelhantes aqueles que se baseiam na mesma temperatura máxima para serviço
contínuo e cujas seções nominais estão contidas no intervalo de 3 seções normalizadas sucessivas.

◦ Quando os condutores de um grupo não preencherem essa condição, os fatores de agrupamento


aplicáveis devem ser obtidos recorrendo-se a qualquer das duas alternativas seguintes:
• Cálculo caso a caso, utilizando, por exemplo, a ABNT 11301; ou
• Caso não seja viável um cálculo específico, adoção do fator F da expressão:
1
F=
𝑛
F : fator de correção
n : número de circuitos ou de cabos multipolares
Capacidade de Condução de Corrente

Cálculo da Corrente de Projeto Corrigida

IB
I´B =
𝑘1 .𝑘2 .𝑘3

O valor da corrente de projeto corrigida é utilizado na determinação da seção do condutor


através da tabelas a seguir.
Capacidade de Condução de Corrente

Cálculo da Corrente
de Projeto Corrigida
Capacidade de Condução de Corrente
Cálculo da Corrente de Projeto Corrigida
Capacidade de Condução de Corrente

Exemplo:

Um circuito de iluminação de 1200 W, fase-neutro (127 V / PVC), passa no


interior de um eletroduto embutido em alvenaria, juntamente com 2
circuitos TUG de 127 V (2F de 2,5 mm, 2N de 2,5 mm e 1P de 2,5 mm). A
temperatura ambiente é de 35°C. Determinar a seção do condutor.
Capacidade de Condução de Corrente
Exemplo 2:
𝑃 1200
1. 𝐼𝐵 = 𝑉 . 𝐹𝑃
=
127 . 1
≅ 9,45 𝐴
2. Método de Instalação: B1
3. Número de condutores carregados: 2
4. 𝑇𝑎𝑚𝑏. = 35 °𝐶 𝒌𝟏 = 𝟎, 𝟗𝟒
5. 𝒌𝟐 = 𝟏
6. 3 circuitos + B1 𝒌𝟑 = 𝟎, 𝟕
𝐼
𝐵 9,45
7. 𝐼′𝐵 = 𝑘1 . 𝑘2 . 𝑘3
=
0,94 . 1 . 0,7
≅ 14,36 𝐴 ∴

8. Pelo critério de corrente corrigida o dimensional mínimo é de 1,5 mm2.


Capacidade de Condução de Corrente
Exemplo:

Um circuito de chuveiro de 7800 W, fase-neutro (127 V / PVC), passa no interior


de um eletroduto embutido em alvenaria, juntamente com 3 circuitos TUG de
127 V (3F de 4 mm, 3N de 4 mm e 1P de 4 mm). A temperatura ambiente é de
45°C. Determinar a seção do condutor tipo unipolar.
Capacidade de Condução de Corrente
Exemplo 2:
𝑃 7800
1. 𝐼𝐵 = 𝑉 . 𝐹𝑃
=
127 . 1
≅ 61,42 𝐴
2. Método de Instalação: B1
3. Número de condutores carregados: 2
4. 𝑇𝑎𝑚𝑏. = 45 °𝐶 𝒌𝟏 = 𝟎, 𝟕𝟗
5. 𝒌𝟐 = 𝟏
6. 4 circuitos + B1 𝒌𝟑 = 𝟎, 𝟔𝟓
𝐼
𝐵 61,42
7. 𝐼′𝐵 = 𝑘1 . 𝑘2 . 𝑘3
=
0,79 . 1 . 0,65
≅ 119,61 𝐴 ∴

8. Pelo critério de corrente corrigida o dimensional mínimo é de 35 mm2.


Queda de Tensão

A queda de tensão entre a origem da instalação e


qualquer ponto de utilização não deve ser superior
aos valores indicados na NBR 5410.
Queda de Tensão
Queda de Tensão
Queda de Tensão
Queda de Tensão
Queda de Tensão
Queda de Tensão

CREDER, 2007.

MAMEDE FILHO, J., 2017


Queda de Tensão
Cálculo da Queda de Tensão

V𝑒𝑛𝑡𝑟𝑎𝑑𝑎 −V𝑐𝑎𝑟𝑔𝑎
𝑄𝑢𝑒𝑑𝑎 𝑑𝑒 𝑡𝑒𝑛𝑠ã𝑜 =
V𝑒𝑛𝑡𝑟𝑎𝑑𝑎

Método 1 – Circuitos Monofásicos

200𝜌 σ 𝑙.𝐼𝐵
𝑆𝑐 =
∆𝑉𝑐 .𝑉𝑓𝑛

Onde
◦ Sc : seção em mm2;
◦ ∆𝑉𝑐 : queda de tensão máxima, em %;
◦ 𝑉𝑓𝑛 : tensão do circuito fase-neutro, em V;
◦ l : comprimento do circuito, em m
◦ IB : corrente de projeto, em A;
MAMEDE FILHO, J., 2017
◦  : resistividade do material condutor = cobre = 1/56 Ω.mm2/m
Queda de Tensão
Método 1 – Circuitos Trifásicos

Sabendo aqueda de tensão máxima 100. 3. 𝜌. σ 𝑙. 𝐼𝐵


S𝑐 = (𝑚𝑚2 )
∆𝑉𝑐 . 𝑉𝑓𝑓

Sabendo a seção do condutor 3. 𝑙. 𝐼𝐵 . (𝑅. 𝑐𝑜𝑠𝜑 + 𝑋. 𝑠𝑒𝑛𝜑)


∆𝑉𝑐 = %
10. 𝑁𝑐𝑝 . 𝑉𝑓𝑓
Onde
◦ Sc : seção em mm2;
◦ ∆𝑉𝑐 : queda de tensão máxima, em %;
◦ 𝑉𝑓𝑓 : tensão do circuito fase-fase, em V;
◦ l : comprimento do circuito, em m
◦ IB : corrente de projeto, em A;
◦  : resistividade do material condutor = cobre = 1/56 Ω.mm2/m
◦ 𝑁𝑐𝑝 : Número de condutores em paralelo por fase
◦ R: Resistência do condutor (mΩ/m)
◦ X: Reatância do condutor (mΩ/m)
◦ : Ângulo do fator de potência da carga (graus)
MAMEDE FILHO, J., 2017
Queda de Tensão

MAMEDE FILHO, J., 2017


Queda de Tensão
Exercício 1:

Calcular a seção do condutor que liga um QGF ao CCM, sabendo‐se que a carga é composta por
dez motores de 10 cv, IV polos, 380 V, fator de serviço unitário (Tabela 6.3), e o comprimento do
circuito é de 150 m. Adotar o condutor unipolar isolado em PVC, instalado no interior de
canaleta não ventilada enterrada (método 61A – Tab. 3.4) , admitindo uma queda de tensão
máxima de 3%
Queda de Tensão
Exercício 1: 𝑃𝑐
𝐼𝐵𝑚 = . 𝐹𝑠
3. 𝑉𝑓𝑓 . 𝑐𝑜𝑠𝜑. 𝜂

𝐼𝐵𝑚 : Corrente de projeto ou de carga (A)


𝑃𝑐 : Potência da Carga (W)
𝑉𝑓𝑓 : tensão do circuito fase-fase(V)
𝑐𝑜𝑠𝜑 : Fator de potência da carga

Fator de Serviço (Fs): é um número que pode ser multiplicado pela potência nominal
do motor, a fim de se obter a carga permissível que o mesmo pode acionar, em regime
contínuo. Representa uma potência adicional contínua.
Queda de Tensão
Exercício 1:

MAMEDE FILHO, J., 2017


Queda de Tensão
Exercício 1:

𝑃𝑐 7500
𝐼𝐵𝑚 = . 𝐹𝑠 = . 1 ≅ 15,6 𝐴
3. 𝑉𝑓𝑓 . 𝑐𝑜𝑠𝜑. 𝜂 3. 380. 0,85.0,86

𝐼𝐵𝑇 = 10 . 15,6 ≅ 156 𝐴

100. 3.𝜌.σ 𝑙.𝐼𝐵 100. 3.0,017.150.156


S𝑐 = = ≅ 61,3 𝑚𝑚2
∆𝑉𝑐 .𝑉𝑓𝑓 3.380

Seção do condutor de 70 𝑚𝑚2


Queda de Tensão

Método 3 – Queda de queda de tensão unitário

10 . 𝑉. ∆𝑉 %
∆V = (V/A.km)
𝑙. 𝐼𝐵

Onde
◦ 𝜟V : queda de tensão, em V/A.km;
◦ 𝜟V(%) : queda de tensão máxima, em %;
◦ V : tensão do circuito, em V;
◦ l : comprimento do circuito, em m
◦ IB : corrente de projeto, em A;
Queda de Tensão

Queda de tensão em V/A.km


Queda de Tensão

Queda de tensão em V/A.km


Queda de Tensão
Exercício 3: Queda de tensão em V/A.km

Considerando o exercício 1 calcule o sessão do condutor pelo método 3.

𝑃𝑐 7500
𝐼𝐵𝑚 = . 𝐹𝑠 = . 1 ≅ 15,6 𝐴
3. 𝑉𝑓𝑓 . 𝑐𝑜𝑠𝜑. 𝜂 3. 380. 0,85.0,86

𝐼𝐵𝑇 = 10 . 15,6 ≅ 156 𝐴

10 .V.∆V(%) 10 .380 .3
∆V = = ≅ 0,49 V/A. km
l.IB 150 .156

Para Cabo Superastic, Cabo Superastic Flex, Fio Superastic e Afumex 750 V. (Prysmian)

• Circuito em instalação em eletroduto magnético - Secção mínima de 120 mm2


• Circuito em instalação em eletroduto não-magnético - Secção mínima de 95 mm2
Queda de Tensão

Método 4 – Queda de tensão percentual

𝑒% = P . ෍ 𝑙

𝑒% 𝑇 = ෍ 𝑒%

CREDER, 2007
Queda de Tensão
Método 4

CREDER, 2007
Queda de Tensão

Método 4

CREDER, 2007
Queda de Tensão
Exemplo 4:
Dimensionar o alimentador e ramais de um apartamento situado no 9º andar
com dois circuitos de acordo com a figura abaixo. Tensão de 127 V.
Queda de Tensão

Exemplo:

Circuito 1
𝑒% = 100 ∗ 5 = 500 𝑊𝑚
𝑒% = 60 ∗ (5 + 8) = 780 𝑊𝑚
𝑒% = 600 ∗ (5 + 8 + 2) = 9000 𝑊𝑚
𝑒% 𝑇 = ෍ 𝑒% = 500 + 780 + 9000 = 10.280 𝑊𝑚

e% = 2%

Seção de 1,5 mm2


Exemplo:

Circuito 2
𝑒% = 40 ∗ 6 = 240 𝑊𝑚
𝑒% = (100) ∗ (6 + 5) = 1.100 𝑊𝑚
𝑒% = (180) ∗ (6 + 5 + 10) = 3.780 𝑊𝑚
𝑒% = (600) ∗ (6 + 5 + 10 + 4) = 15.000 𝑊𝑚
𝑒% 𝑇 = ෍ 𝑒% = 240 + 1100 + 3780 + 15000 = 20120 𝑊𝑚

e% = 2%

Seção de 2,5 mm2


Queda de Tensão
Exemplo:
Circuito de entrada 3F
𝑒% = 20.000 ∗ 27 ∗ 0,866 = 467.640 𝑊𝑚
e% = 3 %
Seção de 16 mm2 Circuito de entrada 2F 127 V
𝑒% = 20.000 ∗ 27 = 540.000 𝑊𝑚
e% = 3 %
Circuito de entrada 2F 220 V Seção de 50 mm2
𝑒% = 20.000 ∗ 27 = 540.000 𝑊𝑚
e% = 3 %
Seção de 16 mm2

A norma pede máxima de 4% entre o quadro e os dispositivos garantindo 3%


tem maior segurança.
Para o dimensionamento final deve escolher o condutor com maior área examinado os
seguintes critérios:
- Queda de tensão admissível;
- Capacidade de corrente (Aula anterior).
Seção Mínima de Condutores
Condutor Neutro

Conforme NBR 5410, apenas nos circuitos trifásicos é admitida a


redução do condutor neutro. Tal procedimento deve atender,
simultaneamente, as três condições seguintes:
◦ O circuito for presumivelmente equilibrado, em serviço normal;

◦ A corrente das fases não contiver uma taxa de 3ª harmônica e seus múltiplos
superior a 15%; e

◦ O condutor neutro for protegido contra sobrecorrentes.


Condutor Neutro

Nestes casos, os seguintes valores mínimos


podem ser adotados para a seção do
condutor neutro para circuitos 3F:

• Em nenhuma circunstância o condutor


neutro poderá ser comum a vários
circuitos.
Condutor de Proteção (terra) - PE
A seção do condutor de proteção pode ser determinada através da seguinte
tabela:
Condutor de Proteção (terra) - PE
A seção do condutor de proteção pode ser determinada também pela seguinte
equação: 2
𝐼𝑓𝑡 . 𝑇𝑐
𝑆𝑝 = (𝑚𝑚2 )
𝐾
𝐼𝑓𝑡 :Valor eficaz da corrente de falta fase e terra, em A;
𝑇𝑐 : Tempo de eliminaçao do defeito pelo dispositivo de proteçao;
K: fator que depende da natureza do material do conductor.
- Para cabos de proteção com isolação não incorporados
Fator K - PVC K=143
- EPR ou XLPE K = 176
- Para cabos de proteção incorporados a cabos multipolares
- PVC K=115
- EPR ou XLPE K = 143
- Para condutores nus
- PVC K=228
- EPR ou XLPE K = 159
Sobrecarga e Curto-Circuito
Para que a proteção dos condutores contra sobrecargas fique assegurada, as
características de atuação do dispositivo a provê-la devem ser tais que:

𝐼𝐵 ≤ 𝐼𝑁 ≤ 𝐼𝑍 . 𝑘1 . 𝑘2 . 𝑘3 e 𝐼2 ≤ 1,45. 𝐼𝑍 . 𝑘1 . 𝑘2 . 𝑘3

Onde:
◦ IB: corrente de projeto, em A;
◦ IZ: capacidade de condução de corrente dos condutores;
◦ IN: corrente nominal do dispositivo de proteção (ou corrente de ajuste
para dispositivos ajustáveis), nas condições previstas para sua instalação.
◦ I2: corrente convencional de atuação, para disjuntores, ou corrente
convencional de fusão, para fusíveis.
REVISÃO
DIMENSIONAMENTO CONDUTOR
TIPOS DE CONDUTOR
CAPACIDADE DE CONDUÇÃO DE CORRENTE
QUEDA DE TENSÃO
Fev 2020 68

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