Universidade Estadual do Maranhão ー UEMA

Centro de Ciências Tecnológicas ー CCT Engenharia Mecânica

Aluno: Luis Eduardo Silva dos Santos Matrícula: 2017152226
Disciplina: Laboratório de Processos de Fabricação
Prof. Diego Rosa dos Santos
Data de entrega: 12/07/2022
enviado por e-mail: diegosantos@professor.uema.br

Corte e dobra (dobramento) de peças metálicas

No primeiro semestre do ano de 2022 o laboratório de mecânica

Nutenge/UEMA recebeu novas máquinas de corte e dobra de peças metálicas
(figuras 1 e 2), estas maquinas são muito utilizadas na indústria e oferece solução
personalizada para cada projeto.

Figura 1: Máquina de conformação mecânica Figura 2: Maquias de corte e dobramento

por dobramento (prensa dobradeira), contempladas ao curso de mecânica/UEMA,
localizada no Nutenge/UEMA. Fonte: acervo localizadas no Nutenge/UEMA. Fonte:
Pessoal de Luis Eduardo, jul. 2022. acervo Pessoal de Luis Eduardo, jul. 2022.

Dobra de chapas metálicas

O dobramento de chapas consiste no processo de conformação mecânica,

onde é realizado a aplicação de força em um material plano, flexionando sobre uma
base de apoio, obtendo a dobra do material. Utilizado para a obtenção de partes
dobradas de chapas, e estas peças dobradas podem compor elementos laterais,
bordas, perfis dobrados e outras formas geométricas. Essas chapas podem se
transformar em diversos produtos como telhas, rufos, calhas, dentre outros tipos.

Sua eficiência é um ponto de destaque, já que peças de perfil dobrado são

mais leves que peças de perfil extrudado ou laminado, além de ser feito com muita
praticidade e de forma rápida.

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em pdf: https://drive.google.com/file/d/1L36Jx06cGXRliwy3zOsqanx_cBrqkre7/view?usp=sharing
em docs: https://docs.google.com/document/d/1_Kz6ulxIJSkK6934sYz9gUOUgUiuCDTYnRUYVA-jV-o/edit#heading=h.jerz6ns44sad
 Existem duas maneiras de realizar o dobramento de chapas metálicas: 1.
Dobramento Manual, onde se utiliza a ação de martelamento da chapa sobre uma
matriz previamente desenhada, utilizando ferramentas especificas como morsa,
cantoneiras e mordentes postiços, ou ainda utilizando prensas dobradeiras manuais.
2. Dobramento Mecânico, realizado por máquinas, denominadas prensas
dobradeira. Normalmente o processo é feito a frio, mas também pode ser aquecido.

Figura 3: Representação de dobramento Figura 4: Exemplo de dobramento mecânico

manual

Fatores de Influência no Dobramento

A operação de dobramento pode ser considerada uma operação crítica, onde a na

operação de dobramento deve-se levar em conta 4 (quatro) fatores importantes:

● As forças que atuam na operação de dobramento;

● A capacidade elástica do material (efeito mola);
● O raio interno mínimo da peça a ser dobrada;
● Comprimento e Direção da laminação da chapa.

Esforços de Dobramento

Na operação de dobramento, a chapa é submetida a esforços aplicados em

duas direções opostas para provocar a flexão e a deformação plástica, mudando a
forma de uma superfície plana para duas superfícies concorrentes, isto é, duas
partes congruentes (em ângulo), com raio de concordância em sua junção.

Para determinação da força de dobramento, utiliza-se a fórmula abaixo

2
2* σ*𝑏*𝑒
𝑝 = 3*𝑙

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Onde: 𝑙 = distância entre os apoios (mm)
𝑝 = força necessária para o dobramento 𝑒 = espessura da chapa (mm)
(Kgf) σ = limite de resistência à tração (Kgf' mm)
𝑏 = largura da chapa

Figura 5: exemplos de perfis produzidos por dobramento.

Corte de chapas metálicas

O corte de chapas é um processo de conformação que visa o seccionamento

de materiais, normalmente é um processo intermediário, uma preparação do
material para passar por um novo processo (outra conformação). O processo de
corte por conformação pode ser utilizado ainda na preparação de juntas soldadas,
servindo como elemento de acabamento.

A conformação por corte de chapas pode ser obtida de variadas formas,

sendo adotada na aplicação industrial duas classes de processos básicos: 1. Cortes
não-térmicos - que utilizam recursos mecânicos ou outros recursos para obtenção
do seccionamento; 2. Cortes térmicos - que utilizam da ação termoquímica para
obtenção do seccionamento.

1. Processos de Corte Não térmicos

Os processos de corte Não térmicos, podem ser divididos em 3 (três)

categorias de processos: a. Corte por Jato d'água Ultra-pressurizado; b. Corte
por Cisalhamento; c. Corte Abrasivos.

a. Corte por Jato d'água Ultra-pressurizado (Flow Cut Water);

A tecnologia de corte a jato d'água é um processo de corte que se utiliza de

um jato de água, devidamente purificado, à uma pressão elevadíssima. Não
necessitando de fluidos de corte, meios de resfriamento forçado ou limpeza de
resíduos, pois a própria água utilizada no corte resfria a peça e efetua a limpeza.

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 O corte por jato d'água, em suma, coleta água corrente normal, purifica-a
(para isentá-la de partículas indesejáveis e compostos químicos danosos), e
pressuriza-a até pressão de 60.000 psi. Após está pressurizada, é então liberada
através de um orifício de diamante e um tubo de focalização. O orifício e o tubo de
focalização produzem um jato preciso de água pura, ou com a adição de um pó
abrasivo, criando bordas bem acabadas prontas para aplicação em produtos
finalizados. O jato d'água permite tremenda flexibilidade e versatilidade de
fabricação e admite mais possibilidades de corte, podendo atuar sobre uma gama
imensa de materiais.

Figura 5 e 6: Exemplo de corte por jato d'água Ultra-pressurizado

b. Corte por Cisalhamento (Guilhotina e tesouras);

O corte por cisalhamento é um processo de corte que se utiliza a ação

mecânica, que provoca o rompimento de um material (ao ultrapassar as tensões de
cisalhamento do mesmo), orientado pelo perfil do ferramental utilizado, que podem
ser réguas ou conjunto punção-matriz.

Figura 7: Processo de conformação - Corte por Cisalhamento Figura 8: Guilhotina manual.

c. Corte Abrasivos.

Realizado por discos ou ferramentas laminares de corte, manuais ou

controlas numericamente por computador (exemplo fresa CNC).

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 Figura 9: Corte por serra circular Figura 10: Fresa Router CNC
MAKER,
feita com arduino e disponível na locomotiva HUB.

Processos de Corte Térmicos

Os processos de corte Térmicos, podem ser classificados em 3 (três)

categorias de processos: Oxicorte, Corte por Arco-plasma e corte por LASER.

a. Corte Oxi-combustível (oxicorte)

O corte por combustível a oxigênio (Oxy-Fuel gas Cutting - OFC) é um

processo de corte térmico que utiliza um jato de oxigênio puro para oxidar o metal de
base e remover a mistura, no estado líquido, de óxidos e do material de base da
região de corte. O processo é usado basicamente para ligas de ferro, principalmente
aços carbono e aços de baixa liga, podendo ser usado, também, para ligas de
titânio.

Figura 9: Representação do oxicorte. Figura 10: Exemplo de oxicorte usado na manutenção de ferrovia.

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 O processo é usado, para aços de baixo carbono, para cortar chapas de até
300 mm de espessura. Técnicas especiais permitem o corte de espessuras acima
de 1 m. Elementos de liga tendem, de uma forma geral, a dificultar o corte por
promover a formação de um óxido refratário (por exemplo, cromo, alumínio e silício)
ou por reduzir a temperatura de fusão do metal de base (carbono, por exemplo)
tornando o corte mais grosseiro.

b. Corte por Arco-plasma (PAC)

Corte a plasma (Plasma Arc Cutting, PAC) é realizado com um jato de plasma
quente de alta velocidade obtido de forma similar ao processo de soldagem a
plasma. Um fluxo suplementar de gás (CO2, ar, nitrogênio, oxigênio) ou, mesmo, de
água pode ser usado para resfriar e aumentar a constrição do arco. Em sistemas de
grande porte, o corte pode ser realizado sob uma pequena camada de água para
reduzir os seus efeitos ambientais (elevada geração de fumaça, radiação e de
ruídos).

Figura 11: Processo Plasma Comum Figura 12: Processo Plasma com Injeção
D'água

c. Corte por LASER.

O corte a laser (Laser Beam Cutting, LBC) é baseado na ação de um feixe de

luz coerente concentrado sobre a peça. A elevada densidade de energia utilizada
possibilita a fusão e vaporização do material na região sendo atingida pelo laser
levando à remoção de material e à ação de corte.

Muitos sistemas trabalham com um jato de gás auxiliar para facilitar a

expulsão de material da região de corte. O gás pode ser inerte, para gerar uma
superfície da corte limpa e suave, ou pode ser reativo (em geral, oxigênio), para
aumentar a velocidade de corte. O processo pode ser utilizado para cortar todos os
metais além de certos materiais não metálicos como cerâmicas, polímeros e

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compósitos (madeira, balsa), contudo ao cortar metal se deve ter um ponto de
atenção, pois em sua maioria são materiais reflexivos, dificultando o corte e/ou
danificando a máquina.

Como exemplo, a equipe especial zeus Aerodesign/UEMA utiliza do corte a

laser para produção do perfil da asa e gabarito de construção da aeronave. Não
possuímos uma corte a laser na UEMA, mas no casarão tech (HUB de tecnologia e
inovação da SECTI localizado no centro histórico de são Luís) possui uma máquina
de corte a laser de uso publico e gratuito.

Figuras 13 e 14: Exemplos de corte a laser

Figura 15: Enfeites no teto e logo da Locomotiva HUB feitas utilizando corte a laser realizado no
Casarão Tech.

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Referências:

Prof. Luis C. Simel. Apostila de Processos de Fabricação - Corte, Calandragem e

Dobramento. USP – Universidade de São Paulo, 2013.

Corte e dobra de chapa: Como funciona?. GalvaMinas, 2022. Disponível em:

<https://galvaminas.com.br/corte-e-dobra-de-chapa-como-funciona/>. Acesso em:
jul. 2022.

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