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Faculdade Satc

TECNOLOGIA EM MANUTENÇÃO INDUSTRIAL

Victor Teixeira Colombo

METALOGRAFIA

ANALISE DAS IMAGENS METALOGRAFICAS

Docente : Mateus Milanez

Criciúma, novembro de 17
PROJETO DE ESTAMPO E MOLDE PARA FORJAMENTO

Trabalho apresentado a faculdade Satc

como Parte dos requisitos para aprovação

na disciplina De CAD/CAM, do curso de

tecnologia em manutenção industrial.

Docente : Prof. Daniel Fritzen

Criciúma, Santa Catarina

2017

SUMARIO

1. INTRODUÇAO....................................................................................................................4
2. OBJETIVOS.........................................................................................................................5
3. DESENVOLVIMENTO.......................................................................................................7
3.1. FORJAMENTO
3.2. RECURSOS
3.3. PEÇAS...........................................................................................................................8
3.4. MONTAGENS INTERMEDIARIAS...........................................................................9
3.5. MONTAGEM FINAL.................................................................................................10
4. CONCLUSAO....................................................................................................................11
5. REFERENCIAS..................................................................................................................12

1. INTRODUÇÃO

O forjamento é o mais antigo processo de conformação de metais, com


suas origens muitos séculos antes de Cristo. O primeiro processo de conformação
conhecido foi o forjamento com martelo de um metal maleável ou aquecido a altas
temperaturas tornando maleável. Com essas técnicas eram produzidas foices,
punhais, espadas, pregos, armaduras, etc. porem com a grande demanda pelo
processo de conformação que daria vantagem na corrida pela revolução industrial,
começou-se a criar maquinas e métodos diferentes para eliminar o braço do ferreiro.
Com o aprimoramento dos processos surgiram dois grandes grupos de operação: o
forjamento em matriz aberta ou forjamento livre e o forjamento em matriz fechada. o
de matriz aberta geralmente é usados para peças simples sem grandes
complexidades e para conformar peças que serão usadas posteriormente em
operações de forjamento mais complexos, já a matriz fechada o material se
conforma entre duas matrizes que possuem em baixo relevo, o formato que se
deseja obter, no nosso caso uma junta universal, que e amplamente utilizada em
aplicações industriais, marítimas e automotivas, sendo assim a qualidade e a
resistência a torção da mesma devem ser indiscutíveis para que haja um
funcionamento adequado da mesma, por isso a utilização da forja a quente.

Com o surgimento dessas tecnologias veio também o desenvolvimento de


projetos com grande riqueza de detalhes para dar mais confiabilidade e viabilidade
na execução do mesmo, vindo a tona os softwares CAD (Computer Aided Design )
que facilitam os projetos , permitindo facilmente modificações, como dimensões,
escalas, rotações, alterações em um modo geral, além do maior detalhamento. O
programa utilizado para o desenvolvimento desse projeto foi o SolidWorks,
desenvolvido pela Dassault Systèmes S.A.

2. OBJETIVOS

O objetivo geral do desenvolvimento do projeto em questão é a


aprendizagem da utilização do software, assim como suas funções de nível básico e
avançado, tais essas: recursos de filete, revolução, extrudado, corte, loft, varredura,
moldes e matrizes, combinar, assistente de perfuração, etc. tendo então uma
representação com montagem fidedigna ao modelo de base, estampo, pinos.
Buchas, grampos, arruelas, moldes e matrizes.
3. DESENVOLVIMENTO

O projeto esta formado por peças desenhadas com representação em 3d


que foram desenhadas uma a uma conforme referencias retiradas no catalogo
fornecido pelo professor Daniel e por um modelo de junta universal desenvolvido
pelos alunos, peças essas que serão montadas formando o conjunto final de
forjamento da junta universal.
3.1 FORJAMENTO

O forjamento é um processo de conformação mecânica por martelamento ou


por prensagem de um metal. Ele é o antecessor de todos os processos de
transformação por deformação plástica.

Todos os metais conformáveis podem ser forjados. Os mais utilizados são os


aços (comuns e ligados, aços estruturais, aços para cementação e para
beneficiamento, aços inoxidáveis ferríticos e austeníticos, aços ferramenta), ligas
de alumínio, de cobre (especialmente os latões), de magnésio, de níquel
(inclusive as chamadas superligas, como Waspaloy, Astraloy, Inconel, Udimet
700, etc., empregadas principalmente na indústria aeroespacial) e de titânio.

3.1 .1Tipos de Forjamento

O processo de forjamento pode ser classificado quanto a temperatura e também


pelo método de aplicação de carga.

3.1.1.1Forjamento a Quente

A palavra forjamento deriva do fato de que este processo de produção realiza-se


através da utilização de estampos, fazendo com que a peça, ao fim do processo,
obtenha uma forma definida. Esta forma é muito próxima àquela da peça acabada
que será usada pelo cliente. As peças estampadas a quente, comparadas àquelas
produzidas por fusão, sinterização ou laminação tem algumas vantagens

Vantagens do processo

Maior resistência mecânica devido ao arranjo das fibras e à compactação do


material Menor peso, uma vez que é possível utilizar peças menores com a mesma
resistência mecânica; Redução das usinagens por remoção de aparas, porque deixa
um resíduo metálico mínimo na parte não usinada da peça, eliminado
posteriormente através de sucessivas usinagens; Eliminação de defeitos internos
devido à grande compressão obtida mediante a forjamento.

Desvantagens do processo

Necessidade de equipamentos especiais e gasto de energia maior, Reações do


metal com a atmosfera do forno, levando a perdas de material por oxidação e outros
problemas relacionados, Desgaste das ferramentas é maior e a lubrificação é difícil,
Necessidade de grandes tolerâncias dimensionais por causa de expansão e
contração térmica.
3.1.1.2Forjamento a Frio

realizado abaixo da temperatura de recristalização do material forjado. O


acabamento superficial e a exatidão dimensional de uma peça forjada a frio
são superior ao do forjamento a quente e até de outros processos de
conformação e fundição. A maioria dos aços trabalhados no forjamento
possui uma resistência mecânica muito alta, o que torna a carga necessária
de conformação elevada e consequentemente diminui a vida das ferramentas
utilizadas. Para que se diminua a resistência desses aços e torne mais amena
a carga de aplicação, é interessante que o aço passe por um tratamento
térmico de esferoidização

Vantagens do processo

Menor quantidade de matéria-prima requerida,Alta produtividade, Possibilita a


substituição de um material de custo maior (alta liga) forjado a quente, por outro de
custo menor (aço carbono) forjado a frio, obtendo-se assim peças forjadas com
propriedades mecânicas equivalentes.

Desvantagens do processo

Equipamentos de maior capacidade, Pressões elevadas nas ferramentas,


Necessidade de recozimentos intermediários para obterem- se grandes
deformações, Viável economicamente apenas para lotes grandes de peças.

Forjamento Por Martelamento

O forjamento por martelamento é feito aplicando-se pancadas (golpes ou batidas)


rápidas e sucessivas no metal, Este processo age sobre as camadas mais externas
do material, podendo ou não gerar pontos de tensão, que se não forem controlados
podem gerar falhas.

Forjamento Por Prensagem

Nesse tipo de processo uma pressão continua e devagar é aplicada na área a ser
forjada. A operação a frio é utilizada em materiais recozidos, e o processo a quente
é feito em peças para maquinaria pesada. O forjamento por pressão é mais
econômico do que o forjamento por impacto, e grandes tolerâncias dimensionais são
obtidas. Estes tipos de operação podem ser divididos de duas formas:

Forjamento em Matriz Aberta

O material é conformado entre matrizes planas ou de formato simples, que


normalmente não se tocam.
É usado geralmente para fabricar peças grandes, com forma relativamente simples
e em pequeno número; e também para pré-conformar peças que serão submetidas
posteriormente a operações de forjamento mais complexas.

Forjamento em Matriz Fechada

O material é conformado entre duas metades de matriz que possuem, gravadas em


baixo-relevo, com o formato que se deseja fornecer à peça. A deformação ocorre
sob alta pressão em uma cavidade fechada ou semifechada, obtêm se tolerâncias
dimensionais menores do que no forjamento livre.

Equipamentos e Metodos

Os equipamentos comumente empregados incluem duas classes principais:

Martelos de forja: que deformam o metal através de rápidos golpes de impacto na


supefície do mesmo;

Prensas: que deformam o metal submetendo-o a uma compressão contínua com


velocidade relativamente baixa.

Tipos de Martelos

Os três tipos básicos de martelo são: Martelo de Queda Livre com Prancha ,Martelos
de Duplo Efeito, Martelo de Contragolpe

Tipos de Prensa

Prensa de fuso, Prensa excêntrica,Prensa Hidráulica

Juntas universais

A junta universal também é conhecida como junta cardan em homenagem ao seu


criador Girolamo Cardano,É um componente de transmissão, sua função é
redirecionar o movimento de giro, Composta pelo conjunto de garfos e cruzeta, O
forjamento dessas peças tem um melhoramento das propriedades mecânicas da
peça produzida(ductilidade, tensão, resistência).

RECURSOS

Loft

A função desse recurso é criar geometrias através de transições entre perfis , o loft
de superfície pode ser criado através de dois ou mais perfis abertos ou fechados,
sendo que o primeiro ou o último perfil pode ser um ponto.
com o loft podemos realizar uma série de configurações na aplicação do comando,
essas configurações fazem grande diferença na geometria Vejamos as opções que
podem ser configuradas:

Perfis,Restrição inicial/ final,Curvas-guia,Parâmetros de linha de


centro,Ferramentas de esboço,Recurso fino,Opções (mesclar faces, fechar loft,
exibição e mesclar resultados),Escopo do recurso.

o loft de superfície é uma poderosa ferramenta com capacidade para criar


facilmente geometrias complexas de superficie de um projeto de qualquer natureza.

Varredura

Com o ressalto/base varrido podemos criar superfícies de uma seção ou perfil que
percorrerá um caminho, mas devemos observar alguns pontos importantes : O perfil
poderá ser aberto ou fechado para criar geometrias de superfícies, o caminho
deverá interceptar o perfil ou a seção. O perfil , o caminho e o corpo resultante
nunca poderão se autointerceptar As curvas-guia devem coincidir ou com o perfil, ou
com um ponto no perfil ou seção. Quando aplicamos o recurso de varredura
também configuramos várias opções que o comando disponibiliza para que a
geometria de superfície esteja em concordância com o projeto que está sendo
desenvolvido: Perfil e caminho, Opções, Tipo de orientação / torção,Tipo de
alinhamento,Curvas-guia, Tangência inicial / final.

Moldes e matrizes

O projeto de moldes é um processo em múltiplas etapas, é utilizado para criação de


moldes em diversas áreas da indústria.
Uma vez criado o modelo para o qual você deseja desenhar um molde, é preciso
seguir várias etapas para a criação do macho e da cavidade. São utilizadas
ferramentas de analise como: analise de inclinação, rebaixo e linha de partição,
superfície de fechamento, etc, para analisar e corrigir deficiências nos modelos para
fabricação do molde .
3.1 PEÇAS

Com a primeira informação em mãos, que seria o modelo da nossa base


iniciamos a busca das dimensões da mesma no catalogo, criamos uma nova peça,
novo esboço em qualquer plano, posteriormente iniciamos desenhando o retângulo
e posicionado os furos com a dimensão inteligente, extrudamos a peça dando assim
o formato a ela, feito os chanfros utilizando filete, e em fim utilizando o assistente de
furação, são feitos furos para fixação da bucha. Logo após criado a base utilizasse a
ferramenta base de estampo para criar a segunda base.

Base de estampo K8
Logo iniciamos o desenho do pino com base nas referencias utilizadas na
base, abrindo um novo esboço e fazendo apenas meia peça utilizando line e
utilizando a linha de construção fizemos a revolução, adicionamos os chanfros com
filete e os furos com assistente de perfuração, foi utilizada a norma ISO para seleção
dos parafusos.

Pino

Com o catalogo em mãos iniciamos o desenho da bucha e arruela, todos


em esboços separados, utilizando revolução e corte extrudado, não se esquecendo
de tornar a linha de centro para construção. Desenhamos os grampos com base nas
referencias do catalogo e de acordo com a especificação de nossa base, utilizamos
recurso extrudado e corte.

Bucha, arruela e grampo

Com todas as peças do nosso modelo de base de estampo devidamente


desenhadas, utilizamos o recurso de solução de problemas para detecção de falhas
a corrigir no esboço e iniciamos a montagem das peças com a ferramenta de
montagem posicionando e relacionando as faces e arestas devidamente.

Montagem final da base de estampo


Conforme proposto no projeto iniciamos o desenho do modelo a ser forjado,
um conjunto de cardam e cruzeta.

Iniciamos o desenho do cardam com o comando linha, arco e linha


formando o formato inicial, logo desenhamos uma elipse em outro plano
perpendicular ao primeiro e relacionamos com a estrutura desenhada anteriormente
através dos pontos de perfuração, criamos um novo plano a frente e desenhamos
outro perfil e assim sucessivamente quantas vezes achar necessário ao longo da
estrutura guia. Use o recurso loft, clique nos perfis criados ou selecione a curva guia,
o programa irá mostrar uma pré-visualização do loft. Utilizamos ferramentas de corte
para fazer o rasgo do anel e extrudamos o acoplamento do cardan, para finalizar
foram feitos os chanfros e a furação para fixação do mesmo.

Cardam

Para o desenho da cruzeta foram utilizados recursos de extrusão, filete e


padrão circular. Inicialmente criamos um quadrado extrudamos, e adicionamos um
circulo em uma face do plano, utilizasse extrudar, logo após foi utilizado padrão
circular, desenhando uma linha de centro, selecionando o corpo a ser copiado, a
quantidade, ângulo, faz se o padrão. Para adicionar os rolamentos, selecionamos o
rolamento de rolete agulha, sem pista interna na toolbox, na pasta SKF, fizemos a
montagem na cruzeta utilizando o recurso de montagem.

Cruzeta

Após concluído o desenho da cruzeta ou cardam precisamos simular os


movimentos possíveis do conjunto, para isso utilizamos a ferramenta de montagem,
posicionamos as peças dando referencias de alinhamento e faces e executando a
montagem. Na ferramenta detectar interferências selecionasse as peças as quais
fazer a simulação, defina quadro inicial e final, e de ok.
Molde e matriz

Uma vez criado o modelo para o qual você deseja desenhar um molde, é preciso
seguir várias etapas para a criação do macho e da cavidade. São utilizadas
ferramentas de analise como: analise de inclinação para definição do ângulo de
saída correto, rebaixo e linha de partição para criação da linha de divisão, superfície
de fechamento para corrigir superfícies com furos, etc, para analisar e corrigir
deficiências nos modelos para fabricação do molde.
CONCLUSAO

Com desenvolvimento deste projeto os alunos envolvidos puderam ter um


embasamento solido dos conceitos de modelagem 3D utilizando com grande
aprendizagem vários recursos com ampla gama de aplicações no mercado de
trabalho.

Nota se também um profundo aprendizado sobre como um projeto pode se


tornar bem mais explicativo e simples utilizando o software SolidWorks, a
importância do domínio e do estabelecimento das dimensões do desenho com
precisão. Sendo assim temos em mente a grandiosidade do desenho assistido por
computador (CAD), no nosso caso o SolidWorks nas mais variadas aplicações e na
modelagem de qualquer objeto 3D.
Referencias

Centro Brasileiro de Inovação em Conformação Mecânica - CBCM (Metal Forming Inovation Center -
MFC) Tecnologia Mecanica –

Processos de Fabricacao e tratamento – Volume II - Vicente Chiaverini

ROHLEDER,E; SPECH.H.J;.tutoriais de modelagem 3d utilizando o solidworks.2 ediçao

Visual books

O que é uma junta universal Mecânica Industrial. Disponível


em://www.mecanicaindustrial.com.br/277-o-que-e-uma-junta-universal/. Acesso em 1
de novembro de 2017

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