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Rotomoldagem
Edição: Outubro/2015
Índice
1. Apresentação do curso
2. O processo
3. A indústria
4. Projeto na Rotomoldagem
4.2. Planicidade
4.3. Raios
5. Moldes de Rotomoldagem
6. Máquinas de Rotomoldagem
7. Materiais de Rotomoldagem
7.1. Densidade
7.3. Comonômero
7.4. Pigmentação
7.5. Aditivações
7.6. Reações
7.7. Misturas
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1. Apresentação do curso: Neste curso trataremos dos aspectos mais
importantes a serem definidos quando se deseja produzir uma peça pelo processo de
Rotomoldagem. Antes que a produção seja iniciada, muitas decisões já devem ter sido
tomadas e o sucesso da fabricação e utilização do produto dependerá fortemente dessas
decisões.
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alcança seu nível mais alto de competitividade em escalas de produção entre 500 e
10.000 peças/mês, conforme mostrado na figura 1.
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vezes se usa regras padronizadas que resultam em razoável uniformidade de espessuras.
Entretanto, como parte do esforço para a melhora técnica do processo já existe
atualmente um software capaz de gerar uma previsão da distribuição de espessuras antes
da construção do molde. Alimentando-se determinados parâmetros de processo, este
software calcula a espessura prevista para cada região da peça e apresenta relatórios na
forma gráfica. Esse recurso pode ser aplicado assim que se tenha o desenho
tridimensional da peça. Várias condições de rotação e inibição de calor podem ser
simuladas para minimizar variações excessivas de espessura. Esse diagnóstico pode
também levar à conclusão que a alteração na forma é recomendável para torna-lo mais
adequado ao processo. As vantagens de se aumentar o controle sobre a distribuição de
espessuras são a melhora da qualidade dos produtos (menor possibilidade de falhas,
menor deformação nas peças, ...) e redução de custo.
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A seguir apresentamos diversas regras de projeto que são normalmente aceitas na
Rotomoldagem. São informações práticas acumuladas e registradas na literatura
disponível e apresentadas em palestras:
4.1. Tolerâncias dimensionais: Pode-se encontrar valores entre 0,5 e 2,0% para
tolerâncias dimensionais livres, dependendo do controle de processo durante e após a
moldagem. Nos casos de regiões com contração restrita, pode-se considerar valores 25%
menores, ou seja, entre 0,4 e 1,5%.
4.2. Planicidade: Uma das imperfeições mais comuns nas peças rotomoldadas é a
existência de deformações na forma de “abaulamentos”, também conhecidos como
“empenamentos”. Usualmente são deformações de formato côncavo, mais comuns em
regiões planas do molde. O nível desta deformação é medido em termos de percentual da
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menor dimensão (comprimento ou largura) da região plana. Novamente, de acordo com o
nível de controle exercido sobre o processo, as deformações podem apresentar valore
entre 1 e 5%.
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Pode haver uma combinação de métodos de fabricação para a obtenção da estrutura do molde. Em menor grau de
utilização, pode-se usar também elementos fabricados por eletro-deposição.
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consideração para a escolha do método de fabricação e materiais de construção do
molde são:
Complexidade das formas: características tais como curvaturas compostas
dificultam a fabricação através de conformação de elementos padronizados
e favorecem a construção por fundição ou usinagem;
Produtividade: moldes fabricados com a utilização de elementos
padronizados tendem a favorecer a produtividade devido à possibilidade de
se trabalhar com espessuras menores;
Precisão dimensional: moldes usinados são os mais precisos em medidas,
pois a usinagem direta garante a mínima variação de medidas;
Aspecto visual: é possível alcançar excelente acabamento superficial
através de qualquer dos métodos. Entretanto, a existência de grande
número de soldas é um fator que tende a causar mais defeitos visuais nas
peças fabricadas em moldes feitos com elementos padronizados. Moldes
fabricados em alumínio fundido podem apresentar ótima superfície, mas há
o risco de haver poros no alumínio que “copiarão” poros nas peças. Os
moldes usinados tendem a gerar peças com melhor aspecto visual;
Durabilidade: moldes fabricados por usinagem também apresentam maior
durabilidade, pois o seu uso não provocará surgimento de porosidade, como
costuma acontecer nos moldes fundidos. Em comparação com os moldes
fabricados a partir de elementos padronizados, os moldes usinados
possuem menor número de uniões (soldas), que são regiões com potencial
de gerar necessidade de retrabalho;
Resistência mecânica: moldes fabricados em alumínio tendem a produzir
peças com grau de fusão mais uniforme porque suas paredes possuem
espessuras maiores e a condutividade é maior, promovendo maior
uniformidade da energia que chega até o material plástico;
Custo do molde: os moldes usinados diretamente em alumínio são mais
caros que aqueles fabricados em alumínio fundido, que por sua vez são
mais caros que os fabricados com a utilização de elementos padronizados.
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o processo oferece, é comum o uso de moldes variados, que produzam peças em um
mesmo ciclo. Esta pode ser uma vantagem do processo, mas também um risco à
qualidade dos produtos, pois peças com requisitos distintos de tempo de processamento
ou rotações podem ser produzidas com parâmetros muitas veze fora das condições
aceitáveis, o que pode ser a causa de diversos problemas de qualidade. Juntamente com
o tamanho, é importante especificar a máxima resistência dos braços para evitar que o
uso de peso excessivo leve à falhas estruturais, com riscos de graves danos ao
equipamento, aos moldes e às pessoas.
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vantagens da segunda são a maior flexibilidade, menos ocupação de espaço e custo mais
baixo do equipamento.
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7. Materiais de Rotomoldagem: Como já adiantado anteriormente, os polietilenos
são o nosso principal foco de atenção neste curso. Estes materiais apresentam também
uma grande variação de propriedades dependentemente de condições específicas
utilizadas na sua fabricação. Os fatores que geram variação nas propriedades são
listadas a seguir:
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utilizando o comonômero de hexeno em substituição ao buteno, tradicionalmente
utilizado.
7.5. Aditivações: Existem muitos aditivos que podem ser usados nos plásticos
para conferir características especiais. Devido às condições de processo e ao uso típico
dos produtos, os aditivos mais comuns e praticamente obrigatórios na Rotomoldagem são
os antioxidantes e protetores anti-UV. Os primeiros devem estar presentes em quantidade
suficientemente para proteger o material durante o processo, sem promover alterações de
tonalidade. Os segundos são responsáveis pela proteção dos produtos durante a vida útil
dos materiais e por isso é importante especificar o nível desejado de aditivação anti-UV
para garantir que as propriedades do material não sejam degradadas prematuramente.
7.7 Misturas: Existem casos em que não se pode alcançar alguma característica
desejada com a utilização de um único tipo de polietileno e por isso existe a prática de se
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misturar dois ou mais materiais na compostagem. Planilhas podem ser usadas para
prever as características de misturas e em geral essas misturas, se feitas com critério,
são bem sucedidas. Entretanto, é necessário ter atenção aos componentes usados na
mistura, pois a mistura de materiais torna mais aberta a distribuição de peso molecular
(maior variedade de tamanhos de cadeias) e este é um fator negativo para a
processabilidade do material. Especialmente, quando a aplicação for muito exigente
quanto à resistência mecânica do material, recomenda-se que sejam realizados testes de
processabilidade e resistência para toda nova formulação.
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