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SUMÁRIO

Item Página

1. PREVISÃO E DISTRIBUIÇÃO DAS CARGAS.......................................................2

2. DIVISÃO DOS CIRCUITOS.....................................................................................2

3. CÁLCULO DO BARICENTRO ELÉTRICO.............................................................3

4. DIMENSIONAMENTO DOS CONDUTORES..........................................................4

4.1 Dimensionamento dos condutores pelo método da seção mínima................5

4.2 Dimensionamento dos condutores pelo método da capacidade de


condução de corrente elétrica..................................................................................6

4.3 Dimensionamento dos condutores pelo método da Queda de Tensão


Unitária........................................................................................................................7

4.4 Dimensionamento dos condutores pelo método da coordenação entre


condutor e proteção por sobrecarga.......................................................................8

4.5 Dimensionamento dos condutores pelo método da coordenação entre


condutor e proteção por curto-circuito..................................................................10

5. SEÇÕES E DISJUNTORES DEFINIDOS..............................................................12


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1. PREVISÃO E DISTRIBUIÇÃO DAS CARGAS

Para definir a previsão de carga da instalação foram seguidas as regras do item


9.5.2 da NBR 5410/2004. A carga mínima de iluminação está de acordo com o item
9.5.2.1 da mesma norma, bem como o número de pontos de tomada e as potências
atribuíveis aos pontos de tomada seguem o item 9.5.2.2.

O cálculo da capacidade em BTU dos Condicionadores de Ar foi feito com auxílio


do site WebArCondicionado. A potência dos condicionadores de ar e das torneiras
elétricas está de acordo com o Anexo C do RIC BT Versão 1.4.

Segue abaixo o Quadro de Cargas da instalação:

2. DIVISÃO DOS CIRCUITOS

Os circuitos foram divididos de modo que os circuitos de tomadas de uso geral


não ultrapassem 2220VA de potência, e de modo que facilite a manutenção e
confiabilidade dos mesmos.

Os circuitos foram distribuídos entre as três fases de modo que as mesmas


ficassem mais equilibradas quanto possível.

Corrente de Projeto Ib (A) = Carga total (VA) / Tensão (V)


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Segue abaixo a tabela com a divisão dos circuitos:

3. CÁLCULO DO BARICENTRO ELÉTRICO

O cálculo do baricentro elétrico é feito para definir a melhor localização dos


quadros de distribuição, para que os mesmos, de preferência fiquem localizados
mais próximos dos centros de carga da instalação.

Para chegar aos valores de x e y do baricentro elétrico usa-se a seguinte


equação:

x’ = x1.p1 + x2.p2 + ... + xn.pn / p1+p2+...+pn

y’ = y1.p1 + y2.p2 + ... + yn.pn / p1+p2+...+pn

Sendo:

x’ = local do baricentro no eixo x em relação ao ponto zero da casa;

y’ = local do baricentro no eixo y em relação ao ponto zero da casa;

x1, x2 ... xn = ponto central do cômodo no eixo x em relação ao ponto zero da


casa;
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y1, y2 ... yn = ponto central do cômodo no eixo y em relação ao ponto zero da


casa;

p1, p2 ... pn = potência total do cômodo em VA.

Segue abaixo a tabela com as variáveis do baricentro elétrico:

4. DIMENSIONAMENTO DOS CONDUTORES

O dimensionamento dos condutores da instalação séria feito por cinco métodos


diferentes: seção mínima, capacidade de condução de corrente elétrica, queda de
tensão unitária, coordenação entre condutor e proteção por sobrecarga e
coordenação entre condutor e proteção por curto-circuito. A seção transversal dos
respectivos condutores a ser utilizada depois de ter calculado por todos os métodos
será a maior seção encontrada.
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4.1 Dimensionamento dos condutores pelo método da seção mínima

O primeiro método utilizado para o dimensionamento dos condutores é o método


da seção mínima, que está de acordo com a tabela 47 da NBR 5410/2004, sendo
que os condutores da instalação são isolados.

Segue abaixo a tabela dos circuitos dimensionados pela seção mínima:


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4.2 Dimensionamento dos condutores pelo método da capacidade de


condução de corrente elétrica

O segundo método utilizado para dimensionar os condutores da instalação é


o da capacidade de condução de corrente elétrica. Baseia-se na corrente de projeto
do circuito, no agrupamento de circuitos e na temperatura da instalação.

Sendo que:

Ib (A) = Carga Total (VA) / Tensão (V) (monofásico)

Ib (A) = Carga Total (VA) / ( Tensão (V) x √3) (trifásico)

Fator de correção por temperatura é dado na tabela 40 da NBR 5410/2004,


sabendo que a temperatura máxima a qual a instalação poderá estar exposta é de
40°C ambiente e 30°C do solo.

Fator de correção por agrupamento consta na tabela 42 da NBR 5410/2004,


sabendo que os condutores estão em condutos fechados.

Fator de correção resultante é igual ao produto dos fatores anteriores.

I’b (A) = Ib (A) / Fator de correção resultante

Tendo o valor de I’b busca-se o valor de Iz em ampères na tabela 36 para os


circuitos com isolação em PVC ou na tabela 37 da NBR 5410/2004 para os circuitos
alimentadores, que possuem isolação em XLPE/EPR. Sabendo que os circuitos que
estão dentro da residência são embutidos em alvenaria e o alimentador do QD1 é
enterrado no chão, verifica-se o método de instalação dos mesmos na tabela 33 da
NBR 5410/2004, que é respectivamente B1 e D. Tendo encontrado o valor de Iz,
chega-se ao valor da seção transversal do condutor. Os condutores são de cobre.

Onde:

Ib = Corrente de projeto do circuito.

I’b = Corrente de projeto corrigida.

Iz = Capacidade de condução de corrente elétrica nas condições da tabela.

Segue a tabela com as variáveis deste método de dimensionamento de condutores:


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Para determinar a corrente de projeto do circuito alimentador do QD1 e do


circuito alimentador do QD2 foi considerada a demanda de 50kVA, como consta no
memorial técnico descritivo. E para a corrente de projeto do alimentador do QD3 foi
considerada a carga total do pavimento superior.

4.3 Dimensionamento dos condutores pelo método da Queda de Tensão


Unitária

O terceiro método destinado ao dimensionamento dos condutores que


utilizaremos é o da queda de tensão Unitária, que leva em conta a corrente de
projeto, o comprimento e a tensão nominal do circuito. Para os circuitos de
iluminação e de tomadas de uso geral o comprimento considerado foi o referente ao
ponto de utilização mais longínquo do QD e a corrente foi calculada com base na
carga total do circuito em questão.

Sendo que:

Queda de Tensão Unitária (V/A.km) = e% x Tensão (V) / Ib (A) x Comprimento (km)

Onde:

e% = Queda de tensão percentual do circuito, que no caso dos circuitos


terminais consideramos um valor de 2%, já que da medição até a carga deve ter no
máximo 5% de queda de tensão, assim os outros 3% ficam distribuídos 1% para
cada circuito alimentador.

Comprimento = comprimento do circuito.

Ib = Corrente de projeto do circuito.

Com isso chega-se a um valor de Queda de Tensão Unitária permitida para o


respectivo circuito, então procura-se na Tabela 10 “Queda de Tensão em V/A.km” do
Manual da Pirelli o valor de queda de tensão unitária adequado, encontrando
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também a seção requerida para o condutor. Sabendo-se que os circuitos estão


alojados em eletrodutos de material não magnético e são análogos à linha de
condutores Pirastic e Sintenax da Pirelli. Os circuitos alimentadores são trifásicos, e
em todos os casos da instalação utiliza-se a coluna que se refere ao Fator de
Potência = 0,95.

Segue abaixo os valores e resultados deste método de dimensionamento


relacionados na tabela:

4.4 Dimensionamento dos condutores pelo método da coordenação


entre condutor e proteção por sobrecarga

O quarto método que foi usado para dimensionar os condutores da instalação


é o da coordenação entre condutor e proteção por sobrecarga, que verifica quais as
características adequadas do dispositivo de proteção de cada circuito, no caso, os
disjuntores, para uma possível sobrecarga. Caso não seja possível satisfazer as
condições desejadas, aumenta-se a seção do condutor para uma acima da até
então definida.
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As condições que devem ser satisfeitas são:

 Ib (A) ≤ In (A) ≤ I’z (A)


 I2 (A) ≤ 1,45 x I’z (A)

Onde:

Ib = Corrente de projeto do circuito.

In = Corrente nominal do disjuntor.

I’z = Capacidade de condução de corrente elétrica do condutor nas condições da


instalação, que resulta da multiplicação da capacidade de condução de corrente
elétrica nas condições da tabela pelo fator de correção resultante do circuito em
questão. O valor de Iz (capacidade de condução de corrente elétrica nas condições
da tabela) é encontrado na Tabela 36 da NBR 5410/2004 para os circuitos terminais,
que possuem isolação de PVC, e, como já dito em método anterior, são instalados
de maneira referente a B1; e na Tabela 37 da NBR 5410/2004 para os circuitos
alimentadores, que possuem isolação em XLPE/EPR e método de instalação D no
caso do alimentador do QD1.

I2 = Corrente de atuação do disjuntor.

Os valores de corrente nominal e de corrente de atuação dos disjuntores


projetados estão de acordo com a NBR NM 60898.

Com isso: I2 = 1,45 x In

Na tabela os valores de I2 constam já multiplicados. Para os circuitos em que as


condições foram satisfeitas sem necessidade de aumentar a seção do condutor, há
um “OK” ao lado de sua respectiva linha. Para os que não foi possível satisfazer as
condições, está escrito “aumentar seção”.

Segue abaixo a tabela relacionando todas as variáveis deste método:


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Para os circuitos em que as condições não foram satisfeitas, a seção transversal de


seus condutores foi aumentada para a próxima existente, alterando assim os valores de Iz e
de I’z, como pode ser visto na tabela a seguir:

4.5 Dimensionamento dos condutores pelo método da coordenação


entre condutor e proteção por curto-circuito

O quinto e último método destinado ao dimensionamento dos condutores é o


da coordenação entre condutor e proteção por curto-circuito que verifica quais as
características adequadas do dispositivo de proteção de cada circuito, no caso, os
disjuntores, para um possível curto-circuito. Caso não seja possível satisfazer as
condições desejadas, aumenta-se a seção do condutor para uma acima da até
então definida.

Precisa-se saber qual a corrente de curto-circuito que irá circular em cada


circuito, caso ocorra. Para isso, há a seguinte fórmula:

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Icc=


2
(
484
Ik 02
)+¿ ¿ ¿

Onde:

Icc = Corrente de Curto-Circuito [kA]

Ik0 = Corrente de curto-circuito a montante [kA]

cosɸk0 = Fator de potência de curto-circuito a montante, verificado na


seguinte tabela de COTRIM, Ademaro:
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L = comprimento do circuito, para os circuitos de iluminação e tomadas de uso


geral considera-se a distância da carga mais próxima, onde o curto-circuito será
mais intenso e danoso (dobrar para monofásico) [m]

S = seção transversal do condutor [mm²]

Depois de saber a corrente de curto-circuito deve-se obedecer a seguinte


relação: Ik ≥ Icc

Sendo:

Ik = Corrente de ruptura do disjuntor [kA]

Icc = Corrente de curto-circuito [kA]

Os valores de corrente de ruptura dos disjuntores estão de acordo com a NBR


NM 60898.

Então é necessário saber o tempo máximo que o curto-circuito em questão


pode durar, e, para isso há a relação: Icc² x t ≤ K² x S²

Sendo:

t = tempo máximo de duração do curto-circuito em segundos.

K = constante que é encontrada na tabela 30 da NBR 5410/2004.

S = seção transversal do condutor em mm².

Por fim, sabendo o tempo máximo que o curto-circuito pode durar, deve-se
escolher um disjuntor com tempo de disparo inferior. O tempo de disparo pode ser
encontrado nas curvas de atuação, que para circuitos de iluminação, tomadas de
uso geral, chuveiros, torneiras e alimentadores foi escolhida a curva B; e para os
circuitos de condicionadores de ar foi escolhida a curva C. Os disjuntores
designados são da linha 5SX da Siemens, e estão de acordo com a NBR NM 60898
quanto a correntes nominais, correntes de ruptura, curvas e tempos de atuação.

O valor de Ik0 do transformador (que consta no memorial técnico descritivo) é


de 3,25kA. Então, primeiramente calcula-se o curto circuito no ramal de ligação, para
depois calcular no ramal de entrada e assim poder calcular nos circuitos
alimentadores e terminais. O valor de Icc encontrado no ramal de ligação será o Ik0
do ramal de entrada, e o valor de Icc encontrado no ramal de entrada será o Ik0 do
circuito alimentador do QD1. Bem como Icc do QD1 será Ik0 do QD2 e dos circuitos
terminais do pavimento inferior; Icc do QD2 será Ik0 do QD3 e dos circuitos terminais
do pavimento térreo; Icc do QD3 será Ik0 dos circuitos terminais do pavimento
superior. Como consta na memorial técnico descritivo, o comprimento do ramal de
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ligação e do ramal de entrada são respectivamente 15 e 7m, e, suas seções são


respectivamente 16 e 35mm². O disjuntor designado no ramal de entrada é o
disjuntor da medição.

A seguir estão as variáveis e resultados dos cálculos de Icc nos ramais de


entrada e de ligação:

Tendo o valor de curto circuito no ramal de entrada, é possível calculá-lo nos


demais circuitos como foi explicado anteriormente e comprovar a aptidão dos
disjuntores escolhidos para os respectivos condutores:

5. SEÇÕES E DISJUNTORES DEFINIDOS

Após dimensionar os condutores pelos cinco métodos apresentados


anteriormente, foram definidas as seções transversais dos condutores de fase de
todos os circuitos, sendo que a seção dos condutores de neutro será a mesma do
condutor de fase do respectivo circuito, e, a mesma coisa acontece com os
condutores de proteção. Além disso, foram dimensionados os dispositivos de
proteção, nesse caso, os disjuntores, de cada circuito, designando suas correntes
nominais, curvas de atuação e tempo de disparo. O disjuntor da medição tem as
mesmas características do disjuntor geral do QD1.

Consta a seguir a tabela relacionando todas essas definições citadas no


parágrafo anterior:
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