Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
PROPÓSITO
Apresentar os cálculos, métodos e formas para realização e execução de um projeto de
instalações elétricas de Baixa Tensão, de acordo com as normas da ABNT.
PREPARAÇÃO
Antes de iniciar o conteúdo deste tema, tenha em mãos papel, caneta e uma calculadora, ou
use a calculadora de seu smartphone/computador.
OBJETIVOS
MÓDULO 1
MÓDULO 2
MÓDULO 3
MÓDULO 4
MÓDULO 1
QUADROS DE DISTRIBUIÇÃO
O quadro de distribuição é o equipamento destinado a abrigar os dispositivos de proteção e
manobra, bem como conectar os condutores elétricos, a fim de receber e distribuir energia.
ATENÇÃO
BARICENTRO
O baricentro das cargas é o ponto onde podemos considerar que toda a carga de uma
determinada área está concentrada. A determinação desse ponto se assemelha ao
cálculo do centro de massa de um corpo rígido. Teoricamente, o ponto de baricentro é o
ponto de localização cujo quadro de distribuição deveria se localizar, a fim de obter a
maior redução possível de custos de instalação e funcionamento.
Fonte: Autor
Baricentro das cargas.
X1 ∙ P1 + X2 ∙ P2 + … + XN ∙ PN
X=
P1 + P2 + … + PN
Y1 ∙ P1 + Y2 ∙ P2 + … + YN ∙ PN
Y=
P1 + P2 + … + PN
Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal
CAIXAS PARA QUADRO DE MEDIÇÃO E DE
DISTRIBUIÇÃO
As caixas para quadro de medição são padronizadas pela concessionária de energia local, mas
dependem também do tipo de entrada de energia elétrica e do número de medidores que serão
implantados. Normalmente, são de estruturas metálicas.
As caixas para quadro de distribuição ou terminais podem ser metálicas ou de PVC. As caixas
mais simples, destinadas para instalações monofásicas, não têm local para barramento de
cobre, suas conexões internas são feitas por condutores. Para instalações bifásicas, trifásicas
ou quadro de distribuição geral, as caixas possuem barramento de cobre e local para fixação
dos dispositivos de proteção.
EDIFICAÇÃO COLETIVA
Os quadros, em uma edificação coletiva, devem ser suficientes para atender suas
necessidades, como quadro de máquinas, quadro de iluminação e tomadas do pavimento
térreo, quadro de iluminação e tomadas do subsolo, entre outros. Os quadros terminais
também devem situar-se próximo das suas cargas.
Fonte: Autor
Onde:
CS:
Caixa seccionadora.
QG:
Quadro geral do edifício.
CM:
Centro de medidores (um medidor por apartamento e um para o condomínio).
CP:
Caixa de passagem (uma por andar).
QG-C:
Quadro geral do condomínio.
QD:
Quadro de distribuição (um por apartamento e para cada área do condomínio).
Assista ao vídeo a seguir para compreender um pouco mais sobre os quadros de distribuição.
QUADROS DE DISTRIBUIÇÃO
CIRCUITOS
O esquema unifilar é uma forma mais simples de apresentar o circuito de uma instalação
elétrica, pois uma única linha representa o eletroduto e os diferentes condutores ali instalados.
Fonte: Autor
Diagrama unifilar de quadro de distribuição.
A) QUADROS DE DISTRIBUIÇÃO
Representados por um barramento contendo todos os circuitos associados a ele, incluindo:
Nome do quadro;
Desenho do barramento;
Um disjuntor global;
B) QUADROS DE MEDIÇÃO
Similares aos de distribuição, mas incluindo a representação dos medidores.
Disjuntor adotado como proteção para o circuito, com sua respectiva corrente nominal;
Diferencial-residual (DR);
Nome e descrição.
RESUMINDO
Podemos, então, dizer que o diagrama unifilar é a representação, em planta baixa, dos pontos
de tomada, dos pontos de iluminação e dos quadros de distribuição, com indicação dos trajetos
dos eletrodutos, da numeração dos circuitos e da caracterização dos condutores.
A seguir, veja um exemplo de diagrama unifilar de uma instalação elétrica, onde os números
menores são os circuitos de cada ponto de tomada ou iluminação, já os maiores são as
potências previstas para cada ponto:
Fonte: Autor
Diagrama unifilar de uma cozinha.
FPR:
Ferro de passar roupa
SER:
Secadora de roupa
LRM:
Lavadora de roupa média
GLD:
Geladeira
FVM:
Freezer vertical médio
MOO:
Micro-ondas
EXA:
Exaustor
LLG:
Lava louça grande
Fonte: Autor
Esquema multifilar de quadro de distribuição.
Nome e descrição.
Atenção! Para visualização completa da tabela utilize a rolagem horizontal
SIMBOLOGIA
A norma NBR 5444 foi criada a fim de padronizar a simbologia elétrica residencial utilizada
pelos profissionais da elétrica. No entanto, ela foi cancelada pela ABNT, em 2014, e não houve
substituição. No seu lugar, a ABNT sugere o uso da norma internacional: IEC 60417 –
Graphical symbols for use on equipment. Ainda assim, por sua simplicidade, a NBR 5444
continua sendo referência no Brasil na simbologia elétrica residencial.
Fonte: Autor
ATENÇÃO
VERIFICANDO O APRENDIZADO
A) Diagrama multifilar.
B) Diagrama trifilar.
C) Diagrama unifilar.
D) Diagrama elétrico.
E) Diagrama bifilar.
GABARITO
O projeto prevê a instalação de duas tomadas baixas, duas tomadas médias, uma luminária,
um quadro de distribuição de embutir e um interruptor simples.
2. O diagrama elétrico que representa a forma mais simples dos circuitos de uma
instalação elétrica, em que uma única linha representa o eletroduto e os diferentes
condutores ali instalados, é denominado:
O diagrama unifilar é uma forma mais simples de apresentar o circuito de uma instalação
elétrica, pois uma única linha representa o eletroduto e os diferentes condutores ali instalados.
MÓDULO 2
DISPOSITIVOS DE MANOBRA
Dispositivos de manobra são responsáveis por impedir ou permitir a passagem de corrente
elétrica, ou seja, acionar ou interromper o funcionamento de um circuito elétrico.
INTERRUPTORES
Os interruptores são os dispositivos de manobra (ou comando) mais comuns e devem ter a
capacidade para suportar determinadas correntes por tempo indeterminado. Devem ser
instalados em locais de fácil acesso, perto das entradas e saídas dos ambientes. Também
podem ser instalados em locais que facilitem a vida do usuário, como perto de camas.
INTERRUPTOR SIMPLES
são os mais usados em instalações elétricas e permitem o comando de um ponto.
Fonte: Autor
Fonte: Autor
INTERRUPTOR INTERMEDIÁRIO
(FOUR WAY)
permite o comando em vários locais distintos. São muito utilizados em escadas e salas
grandes, onde há a necessidade de apagar e acender lâmpadas em diferentes pontos.
Fonte: Autor
Além dos interruptores já mencionados, existem outros que atendem situações específicas.
Veja a seguir:
INTERRUPTOR DIMMER
É utilizado em ambientes nos quais se deseja controlar a luminosidade. Utiliza-se,
principalmente, em lâmpadas incandescentes.
MINUTERIAS
É aplicado em locais nos quais se deseja que a iluminação fique acesa somente por um
intervalo de tempo, como escadas, garagens e halls de entrada de edifícios.
INTERRUPTORES
REMOTOS
Interruptores capazes de acender lâmpadas à distância. Também podem variar a intensidade
das lâmpadas incandescentes.
TOMADAS
As tomadas devem atender à norma NBR 14136 – Plugues e tomadas para uso doméstico e
análogo até 20 A/250 V em corrente alternada – Padronização. Ela considera as tomadas de
uso geral (TUG), com capacidade de 10 A, e as tomadas de uso específico, com capacidade
acima de 10 A.
Desde 2011, o padrão das tomadas brasileiras foi unificado para um único de três pinos: 2P+T
(duas fases, ou uma fase e um neutro e o terra). A mudança foi ocasionada para tornar as
tomadas mais seguras, pois diminui o contato indireto nos pinos na hora da remoção e obriga o
uso do pino de proteção (“terra”). Com isso, diminui a ocorrência de choques elétricos e
protege os equipamentos eletroeletrônicos.
Os modelos de 10 A e 20 A diferem no diâmetro dos orifícios, respectivamente, ø4 mm e ø4,8
mm. A NBR 14136 determina que as tomadas de 20 A permitam a inserção de plugues de 10 A
e 20 A, porém, as de 10 A não devem permitir as de 20 A.
Fonte:Shutterstock
ATENÇÃO
A NBR 5410:2004 diz que, quando houver circuitos de tomadas com diferentes tensões, as
tomadas fixas dos circuitos de tensão mais elevada devem ser marcadas com a tensão a ela
provida, seja por adesivo ou placa, e não deve ser possível a remoção fácil.
A norma utiliza volt-ampère (VA) para a potência das tomadas e recomenda, como potência
mínima, 100 VA nos pontos de tomada de uso geral. Como muito dos aparelhos de uso
doméstico são resistivos e operam com fator de potência próximo a um, podemos considerar a
potência das tomadas para edifícios residências ou comerciais em watts (W).
SAIBA MAIS
Quando o total de tomadas de uso geral, no conjunto desses cômodos, ultrapassar seis, a
norma admite que apenas duas possam ser consideradas de 600 VA e as excedentes de 100
VA, considerando os ambientes separadamente.
Em halls de serviço, salas de manutenção e salas de equipamentos (máquinas, bombas etc.),
deve ser previsto, no mínimo, um ponto de tomada de uso geral, e a potência do circuito, no
mínimo, de 1.000 VA.
Para situações em que não há uma especificação maior da aplicação do local, é comum
atribuir 200 W ou 200 VA por tomada. O projetista deverá lembrar que, atualmente, são
utilizados muitos equipamentos eletrônicos, principalmente na sala de estar de uma residência.
Desse modo, deve-se sempre prever uma quantidade adequada e evitar o uso de “benjamins”
(T) e extensões por parte dos usuários.
Para pontos previstos para tomadas de uso específico, deve ser atribuída potência igual à
potência nominal do equipamento a ser alimentado, ou a soma das potencias nominais dos
equipamentos a serem alimentados. Quando valores precisos não forem conhecidos, prever
uma potência igual à potência nominal do equipamento mais potente que possa ser utilizado.
ATENÇÃO
Os pontos de tomada de uso específico devem ser localizados, no máximo, a 1,5 m do ponto
previsto para a localização do equipamento a ser alimentado.
QUANTIDADE DE PONTOS DE TOMADA
Quando o projetista for locar os pontos de tomada, ele deverá verificar a funcionalidade do
local e a destinação dos equipamentos, observando alguns critérios mínimos previstos na NBR
5410:2004, como:
BANHEIROS
COZINHAS
VARANDAS
Em banheiros, deve ser previsto, pelo menos, um ponto de tomada, próximo ao lavatório;
SALAS E DORMITÓRIOS
DEMAIS CÔMODOS
Em salas e dormitórios deve ser previsto, pelo menos, um ponto de tomada para cada 5 m ou
fração de perímetro, devendo tais pontos ser espaçados tão uniformemente quanto possível;
Em cada um dos demais cômodos e dependências de habitação, devem ser previstos, pelo
menos:
Escritórios com áreas iguais ou inferiores a 40 m²: 1 tomada para cada 3 m ou fração de
perímetro, ou 1 tomada para cada 4 m² ou fração de área (adotar o que conduzir ao maior
número);
A potência das tomadas de uso geral, em escritórios e lojas, deverá ser de 200 VA.
Médias: 1,20 m até 1,30 m a partir do chão;
Altas: 2 m até 2,25 m a partir do chão.
Conforme norma, os circuitos de tomada e iluminação deverão ser distintos, somente em casos
de habitações com corrente de circuito inferior a 16 A poderão ser o mesmo. Portanto, quando
houver, em uma instalação, um interruptor conjugado com uma tomada, deverá ser tomado o
cuidado de ser instalado da forma correta.
Não poderá utilizar a mesma fase-neutro dos circuitos, conforme podemos verificar na figura a
seguir:
Fonte: Autor
ILUMINAÇÃO
A NBR 5410:2004 recomenda que as cargas de iluminação sejam determinadas pela aplicação
das NBR 5413:1992 e NBR 5382:1985. No entanto, tais normas foram canceladas e
substituídas pela NBR ISO/CIE 8995-1:2013 – iluminação de ambientes de trabalho. A nova
norma especifica critérios de iluminação para que as pessoas possam desempenhar tarefas
visuais de maneira eficiente, com conforto e segurança.
Fonte: Shutterstock
SAIBA MAIS
A NBR ISO/CIE 8995-1:2013 recomenda alguns valores dos critérios para a iluminação de
ambientes e atividades, e é listado por meio de uma tabela. A seguir, iremos apresentar os
mais usuais:
¯
Tipo de ambiente, tarefa ou atividade Em UGRL Ra
Lux
Refeitórios/cantinas 200 22 80
¯
EM LUX
é a iluminância mantida;
UGRL
A iluminância deve ser calculada por meio dos valores medidos na mesma malha de pontos
utilizada no cálculo do projeto, e o valor não pode ser inferior ao especificado para aquela
tarefa.
ATENÇÃO
Na determinação das cargas de iluminação, como alternativa a aplicação da ABNT NBR 5413,
pode ser adotado o seguinte critério:
Em cômodos ou dependências com área igual ou inferior a 6 m², deve ser prevista uma carga
mínima de 100 VA;
Área superior a 6 m²
Em cômodos ou dependências com área superior a 6 m², deve ser prevista uma carga mínima
de 100 VA para os primeiros 6 m², acrescida de 60 VA para cada aumento de 4 m² inteiros.
Em escadas, depósitos, despensas, lavabos e varandas, é admitido que o ponto de luz fixo no
teto seja substituído por ponto na parede, desde que sejam locais de pequenas dimensões e
seja de difícil execução no teto.
TIPOS DE LUMINÁRIAS
Luminária comum – é a forma mais comum de aplicação da luz, dispersa por todo
ambiente;
LUMINOTÉCNICA
Uma intensidade luminosa de 200 lux é utilizada para as tarefas comuns, como leitura de livros,
montagens de peças e operação de máquinas. Uma intensidade maior é necessária para
quando exige uma percepção maior de detalhes, ou seja, quando há uma maior exigência
visual.
INTENSIDADE LUMINOSA
Fonte: Autor
ILUMINÂNCIA OU ILUMINAMENTO
É a quantidade de luz que incide sobre determinada área. É simbolizada pela letra E, sua
unidade é lux ou lúmen/metro quadrado (lm/m²) e sua fórmula é dada por:
Fonte: Autor
Iluminância perpendicular de uma superfície.
LUMINÂNCIA
É a quantidade de emissão de luz que passa através ou é refletida a partir de uma superfície,
em um certo ângulo. Seu símbolo é o L, sua unidade cd/m² ou nit, e sua fórmula é dada por:
Fonte: Autor
Representação da intensidade luminosa, fluxo luminoso, iluminância e luminância
CÁLCULO LUMINOTÉCNICO
Método dos lúmens ou fluxo luminoso – nesse método, deve-se seguir algumas
etapas, como determinar o nível da iluminância, escolher as luminárias e lâmpadas,
determinar índice do local, o coeficiente de utilização da luminária e o coeficiente de
manutenção, calcular o fluxo luminoso e o número de luminárias.
Índice local – calculado a partir das dimensões do ambiente e dado pela fórmula:
ΦÚTIL
U=
ΦTOTAL
Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal
Coeficiente de manutenção (d) – a diminuição do fluxo emitido pelas luminárias por falta
de manutenção (poeira, entre outros) deve ser incluído no cálculo para determinar a
quantidade de luminárias necessárias no ambiente. A seguir, vejamos uma tabela para
lâmpadas fluorescentes, apresentada pela NBR ISO/CIE 8995-1:2013.
Fator de
Exemplo
manutenção
Comprimento: 10,0 m;
Largura: 8,0 m;
Pé-direito: 2,50 m;
φluminária = 3930 lm
Fonte: Autor
2 - Método ponto por ponto – Também chamado de método das intensidades luminosas, é o
método mais simples para o dimensionamento da iluminação de um ambiente. O método é
utilizado quando as dimensões da fonte luminosa são pequenas se comparadas ao plano que
deve ser iluminado. Alguns autores consideram o valor de, no mínimo, cinco vezes.
Fonte: Autor
• Iluminação no objeto:
I ( Θ ) ∙ COS3Θ
EH =
H2
Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal
Fonte: Autor
CÁLCULO LUMINOTÉCNICO
VERIFICANDO O APRENDIZADO
C) Interruptor simples
D) Interruptor remoto
E) Interruptor dimmer
C) A relação do fluxo luminoso útil recebido pelo plano de trabalho e o fluxo emitido pela
luminária.
D) A quantidade de emissão de luz que passa através ou é refletida a partir de uma superfície,
em certo ângulo.
GABARITO
O Interruptor paralelo (three way) permite o comando em dois locais distintos e é muito
utilizado em escadas e salas grandes, onde há a necessidade de apagar e/ou acender
lâmpadas em diferentes pontos.
Luminância é a quantidade de emissão de luz que passa através ou é refletida a partir de uma
superfície, em um certo ângulo. Seu símbolo é o L, sua unidade cd/m² ou nit.
MÓDULO 3
Portanto, após o estudo e cálculo das necessidades de cada ambiente da instalação, deve-se
levantar as potências que serão instaladas e suas respectivas demandas, alocar os pontos de
tomadas e de iluminação, e realizar distribuição dessas cargas em circuitos.
Conforme norma, a instalação deve ser dividida em tantos circuitos quantos necessários, e os
circuitos terminais devem ser individualizados pela função dos equipamentos de utilização que
alimentam.
ATENÇÃO
Além disso, equipamentos de uso específico que excedam a corrente de 10 A devem ser
distribuídos em circuito separado e exclusivo. Exemplos disso são o chuveiro elétrico e o ar-
condicionado.
Para os pontos de tomada e os pontos de Iluminação, devem-se ser previstos circuitos com até
10 A de corrente, ou seja, para tensão de fornecimento de 127 V, a potência máxima prevista
seria por volta de 1270 VA e, para tensão 220 V, seria de 2200 VA.
COMENTÁRIO
Vale lembrar que os ambientes de cozinha, copas, áreas de serviço, lavanderias também
devem, conforme norma, possuir circuitos exclusivos destinados à alimentação de suas
tomadas.
Iluminação e tomadas de uso geral (TUG) de banheiros podem ser agrupadas com
circuitos próximos (exemplo: tomadas do banheiro de suíte no mesmo circuito das
tomadas da suíte);
A divisão da instalação deve ser bem realizada, conforme os critérios estabelecidos por norma.
Além de facilitar a operação e a manutenção da instalação, isso evita problemas como: mau
dimensionamento, queda de tensão, queima de equipamentos e até incêndios em instalações
irregulares.
Dificuldade na instalação nos eletrodutos, nos interruptores e tomadas;
Custo mais elevado dos condutores.
ATENÇÃO
Fonte: Autor
Representação de um circuito de tomada.
Fonte: Autor
Representação de um circuito de iluminação.
É importante não colocar um único circuito para iluminação ou um único para tomadas, visto
que, se houver qualquer problema em um dos circuitos, a instalação ficará sem um dos
circuitos em funcionamento, deixando o consumidor no escuro ou sem suas tomadas, até
descobrir e resolver o problema.
Evitar passar uma quantidade elevada de circuitos em um mesmo eletroduto, pois fará
com que o diâmetro seja elevado, podendo influenciar no tamanho dos condutores,
aumentando os custos;
2. Identificar os circuitos que os condutores pertencem.
3. Identificar as seções nominais.
Para uma instalação de uso coletivo, deve-se seguir os mesmos procedimentos apresentados
anteriormente para divisão de circuitos e representação dos eletrodutos e condutores, sendo
adotado para todas as áreas e pavimentos do edifício.
SOBRECARGAS
Para que a proteção dos condutores contra sobrecargas ocorra, as características de atuação
dos dispositivos de proteção devem ser tais que:
In≥IBFCT
CURTO-CIRCUITO
2. A integral de Joule que o dispositivo deixa passar deve ser inferior ou igual à integral de
Joule necessária para aquecer o condutor, desde a temperatura máxima para o serviço
contínuo até a temperatura limite de curto-circuito, expresso por:
Exemplo:
PVC
EPR/XLPE
≤300 mm² >300 mm²
Temperatura
Alumínio 76 68 94
Emendas soldadas
em condutores 115 – –
de cobre
NOTAS
Atenção! Para visualização completa da tabela utilize a rolagem horizontal
Para curtos-circuitos de qualquer duração, em que a assimetria da corrente não seja
significativa, e para curtos-circuitos assimétricos de duração de 0,1s<t<5s, pode-se escrever:
Nesse caso, as características dos dois dispositivos devem ser coordenadas de tal forma que a
energia que eles deixam passar não seja superior à que podem suportar, sem danos, o
dispositivo situado a jusante e as linhas por eles protegidas.
No caso de a proteção contra sobrecargas ser provida por um dispositivo e a proteção contra
curtos-circuitos por outro dispositivo, distinto, aplicam-se, ao primeiro, as disposições contra
sobrecargas e, ao segundo, as disposições contra correntes de curto-circuito.
No entanto, as características dos dois dispositivos devem ser coordenadas de tal maneira que
a energia que o dispositivo de proteção contra curtos-circuitos deixa passar, durante um curto-
circuito, não seja superior à que pode suportar, sem danos, o dispositivo de proteção contra
sobrecargas.
DIVISÃO DA INSTALAÇÃO
EM CIRCUITOS
TERMINAIS
ATENÇÃO
O mesmo critério também é aplicado para dimensionamento dos condutores. Antes de realizar
o balanceamento, deve-se garantir que os circuitos estejam dimensionados.
A ausência do balanceamento pode ocasionar o desligamento contínuo do disjuntor principal,
causado pela sobrecarga de uma das fases, além de aquecimento, redução de vida útil e perda
de eficiência em equipamentos elétricos.
ATENÇÃO
Equipamentos eletrônicos, transformadores e motores elétricos são muito sensíveis aos efeitos
dos desbalanceamentos.
QUADRO DE CARGAS
Após a distribuição em circuitos, é importante que o projetista elabore uma tabela, que contém
o levantamento detalhado de todas as cargas da instalação.
Essa tabela é conhecida também como Quadro de Cargas e apresenta os seguintes itens:
Tensão;
Fatores de correção
Disjuntor termomagnético;
Dispositivo residual;
Fonte: Autor
Exemplo de Quadro de Carga de uma residência.
É importante ter atenção para não cometer nenhum dos 10 erros listados a seguir:
Prever um disjuntor com capacidade muito acima dos condutores: não protege
corretamente os cabos em condições de sobrecarga ou curto-circuito.
Não prever tomadas de uso específico: sobrecarrega os circuitos de tomada de uso geral,
podendo gerar queima, sobrecarga dos condutores e aumento de energia.
Prever pouco ponto de tomada: ocasiona o uso de “benjamins” e extensões por parte do
usuário, podendo gerar sobrecarga e queima de equipamentos.
Para garantir níveis de eficiência mais elevados, é preciso atender a certos pré-requisitos para
cada um dos sistemas analisados. Para as áreas de uso comum, são avaliadas as áreas de
uso frequente (iluminação artificial, bombas centrífugas e elevadores) e as áreas de uso
eventual (iluminação artificial, equipamentos, sistema de aquecimento de água para banho,
piscina e sauna) existentes na edificação.
Fonte: PROCELINFO
VERIFICANDO O APRENDIZADO
A) 20
B) 25
C) 32
D) 40
E) 63
2. PREENCHA A LACUNA DO TEXTO, A SEGUIR, COM A ALTERNATIVA
CORRETA.
SEGUNDO A NBR 5410, TODO PONTO DE UTILIZAÇÃO PREVISTO PARA
ALIMENTAR, DE MODO EXCLUSIVO OU VIRTUALMENTE DEDICADO,
EQUIPAMENTO COM CORRENTE NOMINAL SUPERIOR A _____A DEVE
CONSTITUIR UM CIRCUITO INDEPENDENTE.
A) 5
B) 15
C) 10
D) 16
E) 30
GABARITO
Para que a proteção dos condutores contra sobrecargas ocorra, o disjuntor deve atender à
fórmula: IB≤In≤Iz, portanto, 27,5≤In≤39, logo In=32A.
Conforme NBR 5410:2004, todo ponto de utilização previsto para alimentar, de modo exclusivo
ou virtualmente dedicado, equipamento com corrente nominal superior a 10 A deve constituir
um circuito independente.
MÓDULO 4
CONDUTOR
Condutor, em uma instalação elétrica, é o elemento metálico que transporta a energia elétrica.
Pode ser encontrado no formato de fio, cabo e barra.
Os fios podem ser utilizados diretamente como condutores, isolados ou não, ou podem
ser utilizados semiacabados para a fabricação de cabos.
MATERIAL CONDUTOR
Os condutores a serem empregados nas instalações elétricas devem ser de cobre ou alumínio.
Os condutores de alumínio são mais apropriados para a utilização em linhas de transmissão e
distribuição. Para esse caso, utiliza-se com alma de aço.
MATERIAL ISOLANTE
Existem diversos tipos de isolamento:
Termoplásticos
quando o material é aquecido, sofre um amolecimento gradual, porém, quando a fonte de calor
é retirada, o material esfria e volta às suas características originais, exemplos: PVC e
polietileno;
Termofixos
No interior das instalações residenciais, utiliza-se o condutor de PVC, devido a seu baixo custo.
No entanto, para os condutores entre os quadros de alimentação e de distribuição, são
utilizados os condutores termofixos normalmente, devido a sua capacidade de suportar
grandes temperaturas sem alterar suas características físicas.
SAIBA MAIS
O condutor de proteção deve ser identificado pela dupla coloração verde-amarela ou pela cor
verde. Quando o circuito incluir neutro, o condutor respectivo deve ser identificado pela cor
azul-claro.
1,5 Cu
Circuitos de iluminação
16 Al
Condutores
Circuitos de força 2,5 Cu
e cabos
(tomada) 16 Al
isolados
Instalações
Circuitos de sinalização e
fixas em 0,5 Cu
circuitos de controle
geral
Circuitos de força 10 Cu
(tomada) 16 Al
Condutores
nus
Circuitos de sinalização e
4 Cu
circuitos de controle
Atenção! Para visualização completa da tabela utilize a rolagem horizontal
Além dessa tabela, a norma também prevê que sejam atendidos os seguintes critérios, para
seção dos condutores:
CONDUTOR NEUTRO
O condutor neutro não pode ser comum a mais de um circuito, com relação a sua seção:
CIRCUITO MONOFÁSICO
deve possuir a mesma seção do condutor fase;
A corrente das fases não contiver uma taxa de terceira harmônica e múltiplos superior a
15%;
Seção dos condutores de fase mm² Seção reduzida do condutor neutro mm²
S ≤ 25 S
35 25
50 25
70 35
95 50
120 70
150 70
185 95
240 120
300 150
400 185
Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal
A NBR 5410:2004 adota a tabela a seguir para padronizar a seção mínima dos condutores de
proteção constituídos do mesmo metal que os condutores de fase.
S ≤ 16 S
16 < S ≤ 35 16
S > 35 S/2
Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal
A seção de qualquer condutor de proteção que não faça parte do mesmo cabo, ou não esteja
contida no mesmo conduto fechado que os condutores de fase, não deve ser inferior a:
2,5 mm² em cobre ou 16 mm² em alumínio, se houver proteção contra danos mecânicos;
A capacidade de corrente determina a seção mínima dos condutores para que sejam evitados
danos aos circuitos em razão dos efeitos térmicos, provocados pela corrente elétrica que
circula nos condutores.
Como a maioria das cargas das residências são resistivas, pode-se considerar o fp=1; para
outras instalações, é importante conhecer o fp. Os fabricantes dos equipamentos não resistivos
são obrigados a indicar o fp, como no caso de motores, reatores, entre outros.
Fonte: Autor
F - Fatores de correção:
IC=IBFCT∙FCA
Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal
Iz≥Ic
QUEDA DE TENSÃO
A resistência elétrica dos condutores, dos contatos entre condutores e interruptores, das
emendas e de outras conexões provoca uma queda de tensão. Uma queda de tensão alta
comparada com a tensão nominal de operação dos equipamentos pode prejudicar o seu
desempenho ou reduzir sua vida útil.
C. 5%, calculados a partir do ponto de entrega, nos demais casos de ponto de entrega com
fornecimento em tensão secundária de distribuição;
D. 7%, calculados a partir dos terminais de saída do gerador, no caso de grupo gerador próprio.
Esses limites de queda de tensão são válidos quando a tensão nominal dos equipamentos de
utilização previstos for coincidente com a tensão nominal da instalação.
Em nenhum caso, a queda de tensão nos circuitos terminais pode ser superior a 4%. Quedas
de tensão maiores do que as indicadas anteriormente são permitidas para equipamentos com
corrente de partida elevada, durante o período de partida, desde que dentro dos limites
permitidos em suas normas respectivas.
Fonte: Autor
Após encontrar o valor de ΔVu, utilizar as tabelas dos fornecedores e selecionar a queda de
ELETRODUTOS
A NBR 5410:2004 determina que os eletrodutos utilizados para instalações elétricas de baixa
tensão sejam não propagantes de chama e suportem esforços mecânicos, químicos e térmicos
a que forem submetidos. Em instalações embutidas, os mesmos devem suportar o esforço da
deformação característico da técnica construtiva utilizada. Só devem ser instalados, nos
eletrodutos condutores isolados, cabos unipolares ou cabos multipolares.
MATERIAL
ELASTICIDADE
RESISTÊNCIA MECÂNICA
metal (aço ou alumínio) e plástico (PVC ou polietileno);
PROPAGAÇÃO DE CHAMA
PERFIL
COR
propagante de chama e não propagante;
plano ou corrugado;
Preto com faixas coextrudadas amarelas (leve), preto com faixas coextrudadas cinzas
(médio);
Os eletrodutos devem ser dimensionados de forma que os condutores possam ser instalados e
retirados com facilidade. Para isso:
A taxa de ocupação do eletroduto, dada pelo quociente entre a soma das áreas das
seções transversais dos condutores previstos, calculados com base no diâmetro externo,
e a área útil da seção transversal do eletroduto, não deve ser superior a:
53%, no caso de um condutor;
31%, no caso de dois condutores;
40 %, no caso de três ou mais condutores.
VERIFICANDO O APRENDIZADO
A) 50 mm² e 25 mm²
B) 35 mm² e 25 mm²
C) 25 mm² e 16 mm²
D) 35 mm² e 16 mm²
E) 16 mm² e 25 mm²
2. A NBR 5410:2004 ESTABELECE OS LIMITES PERCENTUAIS DE QUEDA
TENSÃO EM RELAÇÃO À TENSÃO NOMINAL DA INSTALAÇÃO. EM
RELAÇÃO A ISSO, A QUEDA DE TENSÃO NOS CIRCUITOS TERMINAIS
NÃO DEVE SER SUPERIOR A:
A) 7%
B) 6%
C) 5%
D) 4%
E) 3%
GABARITO
Conforme NBR 5410:2004, para condutor de fase de 35 mm², a seção mínima do condutor
neutro deverá ser 25 mm² e do condutor de proteção 16 mm².
Conforme NBR 5410:2004, a queda de tensão nos circuitos terminais pode ser superior a 4%.
CONCLUSÃO
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Aprendemos, inicialmente, sobre a representação dos dispositivos, quadros e condutores em
diagramas unifilar e multifilar. Apresentando, também, a simbologia utilizada em um projeto
elétrico, que facilita o entendimento das plantas elétricas por todos os profissionais que
trabalham com projeto ou construção de edificações.
AVALIAÇÃO DO TEMA:
REFERÊNCIAS
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 5410: instalações elétricas de
baixa tensão. Rio de Janeiro. 2004.
CARVALHO JÚNIOR, R. Instalações elétricas e o projeto de arquitetura (Biblioteca Virtual).
7. ed. São Paulo: Blucher, 2016.
NERY, N. Instalações elétricas – princípios e aplicações. 2. ed. São Paulo: Érica, 2012.
EXPLORE+
Para saber mais sobre os assuntos tratados neste tema, leia a Resolução Normativa nº 414 da
ANEEL, a NBR 5410:2004 e as normas a ela vinculada, como IEC 60417 – Graphical symbols
for use on equipment e a NBR 5361:1998 – Disjuntores de baixa tensão.
CONTEUDISTA
Ana Catarina Almeida Filizola de Abreu
CURRÍCULO LATTES