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SEGURANÇA
CONSERVAÇÃO
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LAUDO DE VISTORIA ELÉTRICA
José Antonio Mocarzel – engenheiro eletricista
CREA RJ 1981103822
RESUMO
Neste Laudo estão abordadas as irregularidades visíveis e, sugestões de melhorias, verificadas nas
áreas pertencentes ao condomínio.
Circuitos elétricos situados dentro de eletrodutos ou forros, embutidos em alvenaria ou no piso, ou ainda,
de uma forma geral, fora da possibilidade de análise por qualquer motivo, não dizem respeito a esta
vistoria.
Continuidade de circuitos, desde sua proteção até a carga, assim como a compatibilidade elétrica
(dimensionamento) entre os componentes do circuito também não fazem parte desta vistoria
Sobre os apartamentos cabem alguns alertas: o uso de tomadas de energia elétrica é feito de forma
muito diversificada e nem sempre correta. Fica como sugestão, que o condomínio emita uma circular,
periodicamente, a todos os moradores, alertando sobre os riscos de incêndio, quando se faz uso de
“benjamins”.
Um circuito elétrico é composto de vários itens, que devem estar conformes uns com os outros. Troca de
disjuntores, pura e simplesmente, para atender aumentos de cargas, sem avaliar os fios/cabos do
circuito em questão, pode causar danos ao patrimônio e as pessoas. Apesar desta prática contrariar a
segurança da instalação elétrica, ela tem sido muito realizada por leigos, principalmente, na troca do
chuveiro existente por outro de maior potência, na instalação de aparelhos condicionadores de ar, na
instalação de torneiras elétricas, etc.....
Os moradores precisam ser alertados também, sobre a necessidade de se utilizar materiais elétricos,
como fios/cabos, disjuntores, tomadas, plugs, interruptores, etc...., que tenham o selo do INMETRO.
Sobre as partes comuns do condomínio: a antiga subestação de média tensão foi desativada e o local
transformado em depósito, porém, neste local encontra-se o disjuntor geral de entrada do prédio.
Toda e qualquer instalação elétrica desativada definitivamente e, com as pontas dos fios aparentes
(pontos de iluminação, tomadas, etc...), deve ser retirada completamente.
A vida útil de um fio/cabo elétrico é em torno de 20 anos, devido a depreciação natural da sua isolação.
A idade da construção, porém, está em 40 anos. Fica sugerido uma troca programada dos cabos
existentes por cabos novos, nas partes comuns e nos apartamentos, assim como a troca das tomadas,
plugs e interruptores antigos ou em mal estado por outros no padrão atual.
Sobre o para-raios: o prédio utiliza o sistema de proteção contra descargas atmosféricas do tipo Franklin,
cuja manutenção está contratada a empresa M. F. Fire Sistema e Manutenção, até 04/11/2015,
conforme último relatório s/no de 05/11/2014.
Sobre as plantas elétricas: não foi possível de ter acesso a elas, pois estas não se encontravam no
condomínio.
Sobre a entrada de energia: o condomínio é alimentado pela rede de baixa tensão da AMPLA, em 220V
trifásico e protegido por um disjuntor com capacidade nominal de 200A.
Todas as ações que se façam necessárias, relativas a parte elétrica, devem ser realizadas por
profissionais de elétrica com experiência comprovada.
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RESULTADO DA VISTORIA
b) Irregularidade: O tamanho reduzido do quadro do disjuntor geral faz com que a curvatura dos cabos
de entrada (dois por fase) fique muito forçada, gerando esforços mecânicos exagerados nos
isoladores dos barramentos. A foto abaixo mostra os isoladores do barramento central quebrado.
Com isto, a fase suportada por ele está perigosamente próxima de uma outra. Estes barramentos
estão situados do lado da AMPLA.
Ação a ser tomada: Um estudo técnico deve ser contratado para trocar os isoladores quebrados
e, amenizar de alguma forma, os esforços mecânicos que eles estão submetidos, tornando a
instalação mais segura. Uma mudança do arranjo interno ou a troca do quadro por outro maior
também podem ser consideradas. Independentemente do que será feito em termos de melhorias,
deve-se prever o aterramento da carcaça do quadro elétrico. Este serviço necessitará de
solicitação, pelo condomínio a concessionária, do desligamento temporário da energia do prédio.
Classificação do grau de risco: CRITICO (a quebra de qualquer isolador, somado as tensões
mecânicas derivadas das curvaturas dos cabos, podem fazer com que haja curto-circuito entre
fases ou entre fase e terra).
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Isoladores quebrados
Proximidade
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Circuito estranho
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b) Irregularidade: Utilização de cabo inadequado de uma das fases, após o disjuntor do medidor, que
provavelmente está sendo encaminhado ao quadro de distribuição do apartamento 904.
Ação a ser tomada: Trocar o cabo paralelo por cabo apropriado para instalação predial.
Classificação do grau de risco: REGULAR (utilizando cabo inadequado, a qualquer momento
poderá ocorrer sua deterioração, interrompendo o fornecimento de energia elétrica ao
apartamento).
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Ação a ser tomada: Instalar a luminária presa na caixa de luz.
Classificação do grau de risco: MINIMO (Não existe risco – trata-se apenas de utilização do
acessório de iluminação de forma correta).
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Como o condomínio tem contrato de manutenção firmado com uma empresa, serão feitas aqui, apenas
considerações, para que sejam levadas a ela e, desta forma, possam verificar se são pertinentes ou não.
Conforme entendimento do último relatório da contratada, a instalação do para-raios foi realizada
conforme Decreto 897, Capítulo XVII, Artigos 165 a 168 e normas vigentes (NBR 5419/2001).
Seguem as considerações:
Para que haja rastreabilidade de informação, o responsável pelo condomínio Luanda deve solicitar a
empresa contratada, todos os relatórios de medição da resistência de aterramento, executados até o
momento e, os que forem gerados futuramente, na vigência do contrato atual ou em contratos futuros;
A empresa contratada se obriga, no Certificado de Responsabilidade e Garantia, a atender as normas
vigentes na instalação dos para-raios, porém foram verificados desvios com relação a NBR-5419;
Aparentemente, o cabo terra de descida não possui espaçadores com isoladores a cada 2m em todo
o seu percurso, Consequentemente, o cabo não está afastado da parede do prédio por no mínimo
20cm, para que não gere centelhamento perigoso;
Em alguns trechos é possível de se verificar que, outros cabos (provavelmente de antena), pegam
“carona” na descida do cabo terra a partir do telhado do prédio;
Aparentemente, o cabo terra de descida poderia ter um percurso mais otimizado e,
consequentemente, menor comprimento.
O cabo terra de descida não deveria estar atravessando, sem o uso de um tubo de material isolante,
a laje de concreto da garagem;
O cabo terra de descida não se encontra firmemente conectado a haste de aterramento. Possui
apenas contato superficial com esta última (até onde se pode observar). Além disto, encontra-se
embutido no piso de concreto, sem passar por caixa de inspeção;
Não existe tubo de proteção em PVC na base do cabo e, por consequência, caixa de inspeção para
testes;
Pela altura aparente da haste (parte exposta), fica a dúvida de quanto de seu comprimento está
efetivamente enterrado e, consequentemente, se a resistência de aterramento do sistema encontra-
se abaixo de 10 Ohms. Medidas devem ser realizadas para verificação (caso não tenham sido feitas);
A seção mínima do cabo terra de descida, parece não estar de acordo com a seção mínima
especificada para prédios com altura >20m, que seria de 35mm2.
“carona”
encostado
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Pela laje
Amarração
Haste alta
Cabo enterrado
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