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CURSO TÉCNICO EM ELETROTÉCNICA

Como definir a bitola do cabo pelo critério da queda


de tensão
O que devemos considerar:
Exercício 1: Calcular a seção do condutor que liga um QGF ao CCM, sabendo‐se que a
carga é composta por dez motores de 10 cv, IV polos, 380 V, fator de serviço unitário
(Tabela 6.3), e o comprimento do circuito é de 150 m. Adotar o condutor unipolar isolado
em PVC, instalado no interior de canaleta não ventilada enterrada, admitindo uma queda
de tensão máxima de 3%
S = ρ*L*I*√ 3 / V%*V
Exercícios:

1) Dimensione os cabos para um ramal alimentador (fases + terra) de um motor indução


trifásico para uma bomba de água:
Dados:

•PN= 125CV (Fator de serviço 1)


•cosØ = 0,92 regime
•η=0,95

•Método de instalação – 50 metros de cabo tripolar em leito (contendo mais 6 circuitos


em camada única), 10 metros em eletroduto embutido em parede de alvenaria (circuito
único) e 5 metros em eletroduto enterrado no solo (em banco de dutos com mais dois
circuitos). Utilizar cabo com isolação em EPR / 1 kV para fases e para terra.

•Temperatura ambiente = 30°C


•cosØ = 0,30 partida
•Tensão alimentação: 380 V
•Quedas de tensão admissíveis: 4% em regime
•Método de partida = estrela-triângulo (Ip= 2 x In)
2) Dimensione os cabos para um ramal alimentador (fases + terra) de um motor
indução trifásico para um soprador industrial:

Dados:
PN= 5CV (Fator de serviço 1)
cosØ = 0,84 regime
η=0,92

Método de instalação - Cabo multipolar em canaleta no piso com tampa metálica.


Considerar que além deste ramal alimentador serão instalados mais seis circuitos
de força na canaleta. Utilizar cabos com isolação em PVC / 1 kV.

Distância: 30m
Tensão alimentação: 220 V
Quedas de tensão admissíveis: 4% em regime / 10% na partida
Método de partida = direta (Ip= 6 x In)
Área de calculo: Exercício 03
iC= Pn x Fs
1,73 x Vn x Fp x n

iC = 11.500
1,73 x 380 x 0,88 x 0,95

iC = 11.500 x1
549,58
iC = 20,92 A

Ictotal = 20,92 x 15

Ictotal = 313,8 A
Área de calculo:
Scondutor = p x L x iCT x 1,73
V% x Vn

Sc = 0,017 x 75 x 313,8 x 1,73


0,03 x 380
Sc = 692,16
11,4
Sc = 60,71 mm²

Sc = 70 mm²
Área de calculo:
Pn = 10 CV
Vn = 3~220V
FS 1.15
Rend= 91.0
Cos Fi= 0,82
L = 200 m
V% = 5%
iCarga = ?
Área de calculo:

iC = 7360
1,73 x 220 x 0,82 x 0,91

iC = 7360
284
iC = 25,91 x 1,15
iC = 29,79 A
Ictotal = 29,79 x 10
iCt = 297,9 A
Com o aumento da produção, uma determinada unidade fabril necessitou
redimensionar o circuito elétrico para alimentar uma nova máquina com as
seguintes informações na placa: 3~220V /60Hz / P=10CV/ FS 1.15/ ip/in=7.8 / I
total=? / Rend= 91.0 / Cos Fi= 0,82 / Reg. S1. Selecione os condutores e
dispositivos de segurança do circuito considerando que a distância entre o QG e
a máquina é de 200m.
Área de calculo:
Scondutor = 0,017 x 200 x 297,9 x 1,73 / 0,05 x 220
Sc = 1.752,24 / 11
Sc = 159,29 mm²
Sc (comercial) = 185mm²
A esmagadora maioria das fontes te ensina a calcular a
queda de tensão em um circuito com a seção do cabo já
especificada, e então é necessário repetir o cálculo com
bitolas diferentes para saber qual utilizar. Esse processo
por tentativa e erro acaba sendo mais lento e
trabalhoso. Nós, lhe ensinaremos a chegar no resultado
de forma direta. Você determina a queda de tensão
máxima, e o método lhe indicará qual a seção mínima do
cabo.
Sabendo que os condutores ficam ligados em
série com a carga, podemos afirmar que a
corrente elétrica que circula por ambos é a
mesma, enquanto a tensão se divide. A parcela
dos volts que ficam nos cabos é chamada de
queda de tensão.
Na maioria dos casos, o valor máximo admitido
de queda de tensão entre o quadro e a carga é 4%.
Adotando esse valor, e supondo que a tensão
nominal seja 220V, nosso valor máximo de queda
de tensão é 8,8V (220 × 4 ÷ 100). A corrente
elétrica que usaremos em nosso exemplo de
instalação é de 32A.
Para obter a resistividade máxima do cabo em
circuitos monofásicos, devemos dividir esse valor
de tensão, em volts, pela corrente, em amperes.
Temos 8,8 ÷ 32 = 0,275Ω. Considerando que temos
100m entre o painel e a carga, devemos considerar
200m no cálculo (o dobro), já que a corrente
elétrica precisa ir por um condutor e voltar pelo
outro. Neste caso, cada metro do cabo pode ter no
máximo 0,001375Ω.
Agora basta consultar qual bitola tem a
resistividade por metro igual ou menor ao valor
calculado. Abaixo está uma tabela genérica, mas o
sugerido é consultar na tabela do fabricante do
cabo, pois haverá pequenas variações:
A seção do cabo também pode ser obtida através da
resistividade do cobre, alumínio, ou qualquer outro
material, mas sabendo que na prática ela muda de
acordo com o fabricante, acabamos tendo um
resultado menos próximo do real.

Esse método leva em consideração somente o


critério da queda de tensão. Os outros critérios para
dimensionamento de cabos também precisam ser
levados em consideração. A seção do condutor
utilizado não pode ser menor do que a seção
calculada em nenhum dos demais critérios.
Função das subestações e suscetibilidade de falhas:

O papel fundamental de uma subestação é reduzir ou elevar o nível de tensão


associado à potência que chega aos terminais primários (subestação
abaixadora) ou aos terminais secundários (subestação elevadora) dos
transformadores que é o seu elemento de maior importância. Mas também é
por meio da subestação que derivam os alimentadores ou as linhas de
transmissão que vão alimentar outras subestações – suscetíveis a diferentes
agressões demandadas pelo meio ambiente que podem chegar através das
linhas de transmissão e de distribuição e das descargas atmosféricas que as
atingem diretamente.
Como as subestações possuem uma grande quantidade e diversidade de
equipamentos, podemos considerar os transformadores de força como os
mais suscetíveis a falhas que acarretam supressão da potência transmitida,
prejudicando os consumidores, que são o objetivo maior do sistema elétrico.
O dano em uma chave, um disjuntor, um para-raios etc. pode ser contornado
com certa facilidade, sem prejuízo maior para o usuário. Já o transformador,
quando avariado, pode causar transtornos imensuráveis à população – no
caso de subestações de propriedade das concessionárias de energia elétrica
– e prejuízo financeiro para empreendimentos industriais, isto se não for
considerado no projeto da subestação outro transformador que absorva a
carga atendida pelo transformador defeituoso. Nos casos em que a avaria é
de grande porte, o transformador deve ser retirado e levado ao fabricante ou
empresa especializada para reparos.
Equipamentos e classificações de subestações

Os principais equipamentos que compõem uma subestação são:


(i) transformadores de potência; (ii) transformadores de medida
(TC’s e TP’s); (iii) para-raios; (iv) disjuntores; (v) chaves
seccionadoras; (vi) retificadores; (vii) banco de baterias; (viii)
transformadores de serviços auxiliares. Alguns desses
equipamentos podem ser visualizados na imagem abaixo, de uma
subestação de 230 kV.
Para que se obtenha um projeto de alto nível técnico, a projetista precisa lançar
mão de todas as normas que se devem aplicar em uma subestação de potência,
pois para cada equipamento podem existir um ou mais documentos
normativos que necessitam ser utilizados. Por ser impraticável enumerar essas
normas neste espaço, podem-se obter tais informações no livro Subestações de
Alta Tensão, onde estão enumeradas as normas aplicáveis aos projetos de
subestações.
As subestações podem ser classificadas de diferentes formas, de acordo com o
objetivo que se queira abordar.

1 – Quanto ao nível de tensão

a) Subestações de distribuição

São aquelas supridas pelas redes de distribuição das concessionárias de


energia elétrica às quais estão conectados todos os consumidores residenciais,
comerciais e industriais de pequeno porte, alimentando pequenas cargas nas
tensões entre fases de 220 V e entre fase e neutro de 127 V. Essas tensões são
utilizadas notadamente pelos consumidores do Sudeste brasileiro. Nas demais
regiões, têm predominância as tensões de 380 V entre fases e 220 V entre fase
e neutro. São denominadas de Subestação de Distribuição e são alimentadas
pela rede de distribuição da concessionária local.
b) Subestações de média tensão

São aquelas projetadas para operar em níveis de tensões denominadas de


“média tensão”, que podem variar nas utilizações práticas entre 1,2 a 34,5 kV.
As mais representativas são as que operam em tensões de 13,80 kV e 34,5 kV.
As primeiras são massivamente construídas para atendimento ao comércio
de médio porte e à grande maioria das indústrias brasileiras, todas
localizadas nas áreas de concessão que operam na classe de tensão de 15 kV.
Já as subestações na tensão de 34,5 kV têm aplicação generalizada nas usinas
fotovoltaicas de médio e grande portes.
2 – Quanto ao tipo construtivo

Há uma grande variedade de tipos construtivos de subestações, como:


a) Subestações abrigadas

São aquelas instaladas em abrigos que as protejam contra as intempéries,


água, sol e tempestades. Esses abrigos podem ser construídos de diferentes
formas e materiais empregados, sendo os mais notáveis os seguintes:
•Casas em alvenaria;
•Cubículos metálicos com ventilação natural;
•Cubículos metálicos blindados com ventilação forçada.
Tais subestações são muito utilizadas nos sistemas de média tensão.
b) Subestações ao tempo

São aquelas construídas sem abrigo capaz de protegê-las das intempéries. A


grande maioria das subestações de tensão igual ou superior a 69 kV são de
construção ao tempo. Raramente são construídas em abrigos, a não ser que
as condições ambientais sejam muito severas, proibindo a sua instalação ao
tempo.
3 – Quanto ao meio isolante

Podem ser utilizados diferentes meios isolantes, como:

a) Isolação a ar

A grande maioria das subestações são de isolação a ar, compreendendo as


subestações de média e alta tensão. São as subestações de menor custo.

b) Isolação a SF6

Também denominada de Gas Isulation Switchgear, são subestações em que todos


os equipamentos (transformadores de medida, disjuntores, chaves etc.) são
instalados no interior de tubos metálicos de grandes diâmetros, cheios de gás
SF6 de elevado poder isolante e submetidos a um determinado nível de pressão
positiva. Devido ao seu preço elevado, somente são instaladas em áreas
urbanas onde o valor do terreno é muito alto ou simplesmente não existem
terrenos disponíveis. Devido à sua grande confiabilidade, determinados
consumidores de médio e grande portes utilizam esse tipo de subestação, tais
como data centers e similares. Também são utilizadas em empreendimentos de
energia eólica offshore, ainda não existentes no Brasil, mas com grandes
expectativas de estarem disponíveis nos próximos 5 anos.
c) Isolação híbrida

São subestações em que algumas partes são construídas com isolação a ar e


outras utilizando o gás SF6. Os módulos em SF6 compreendem os bays de
entrada e saída das subestações, já que tais bays são formados por
equipamentos que normalmente são instalados muito próximos – como os
transformadores de corrente, transformadores de potencial, chaves
seccionadoras e disjuntores, facilitando o seu enclausuramento nos cilindros
de SF6.
4 – Quanto à forma de operação
O projeto de subestação deve levar em consideração a forma de operação que
será utilizada.

a) Subestação com operação presencial


Antes da disponibilidade da tecnologia digital agregada à supervisão das
subestações, a única forma de operação dessas subestações era de maneira
presencial, com a presença de turmas de operadores (um ou mais em cada
turno) e acesso a um rádio transmissor para comunicação com o Centro de
Operação da empresa.
b) Subestação supervisionadas
Com o desenvolvimento da tecnologia digital dedicada às subestações de
potência, a operação passou a ser remota, ou seja, do Centro de Operação da
empresa, localizado em qualquer local do país, onde um grupo de técnicos
especializados podem operar uma ou mais subestações remotamente, dia e
noite. Logicamente, existem equipes de manutenção em localidades próximas
que dão apoio às equipes de operadores remotos, caso seja necessária uma
intervenção física, como por exemplo, a substituição de um acessório ou mesmo
um equipamento avariado. Mas remotamente, os operadores podem ser
capazes de manobrar um disjuntor a restabelecer a operação da subestação
quando há falta de suprimento
Imagens de Subestações:
Distâncias de Segurança
• Limpeza e reaperto de todos os componentes
e equipamentos que compõe a cabine
primária;
• Ajustes nos itens de segurança e bloqueio;

• Coleta do óleo mineral isolante dos


transformadores para análise em laboratório;
• Testes funcionais em chaves seccionadoras e
disjuntores de média tensão;
• Medição da resistência ôhmica de isolação de
todos os componentes internos da cabine
primária;
• Medição da resistência ôhmica dos contatos
de disjuntores e chaves seccionadoras;

• Relação de transformação dos


transformadores de potência, corrente e
potencial;
• Entre outras etapas importantes para a
segurança dos componentes e dos
empregados.

Sabemos bem que a energia elétrica pode ser uma ferramenta perigosa, como falamos
no início. Este fato ressalta a importância da manutenção cabine primária e atenção em
relação à subestação de média tensão cabine primária em prol de identificar o mais cedo
possível pequenas ou grandes anomalias que possam a vir se tornar perigosas para o
bem estar geral do sistema elétrico em questão e das pessoas.
Aterramento temporário do circuito de média tensão

Consiste em colocar todos os componentes internos da cabine primária no


mesmo potencial a fim de que a diferença de potencial entre fase a terra seja a
menor possível. Assim, a opção do aterramento temporário é uma opção para
evitar acidentes fatais pois lembre-se que com a energia elétrica não se brinca.

Existem equipamentos específicos que realizam as medições e ensaios elétricos,


além daqueles que são profissionais designados para lidar com tal tarefa. O
aterramento temporário deve ser analisado e inspecionado durante a
manutenção preventiva em cabine primária.
O Que Tem Na Cabine Primária?

No interior de uma cabine primária é possível encontrar cubículos de entrada,


cubículo de medição, cubículo de proteção, cubículo de transformação e os painéis
geral de baixa tensão QGBT´S.

No decorrer da manutenção preventiva, é importante verificar todos os componentes


que compõem a subestação. Entretanto, há alguns que tem mais importância em
relação aos outros.
Transformadores de potencial (TP);
Barramentos;
Para-raios de linha;
Isoladores e chave fusível;
Disjuntores de média alta tensão;
Chaves seccionadoras de média tensão;
Transformadores de potência
Banco de capacitores
Diferencial Residual (DR)
Dispositivo DR, o que é? Funcionamento e aplicações!

Um componente que é muito importante para as instalações elétricas, mas que


ainda gera muita dúvida e confusão entre os eletricistas é o dispositivo DR. Por não
o compreender ou não saber a sua importância, muitos “eletricistas” não usam um
disjuntor DR ou um interruptor DR nas instalações e esse é um erro gravíssimo!
O que é fuga de corrente?
Dispositivo DR: Como Funciona?
Como fazer o cálculo da luz ou lâmpadas para cada ambiente

Como calcular a iluminância

O Conceito para definir a quantidade de luz para cada ambiente e medido por lux, Lux é a
quantidade de fluxo luminoso necessário para iluminar cada metro de área a ser
iluminada.
O cálculo é realizado pelo fluxo luminoso de uma lâmpada (lúmen) dividido pelo metro
quadrado que quer iluminar.

lm / m²

Para saber qual a quantidade de iluminância necessária no ambiente deve-se


multiplicar o valor do lux médio pela área total do cômodo (NBR 5413). Caso queira
apenas saber se a quantidade de luz existente é o suficiente para aquele ambiente, é só
somar o lúmen de todas e dividir esse valor pelo metro quadrado.

lm + lm + ..... / m²
Ex. Calcule a iluminância necessária para uma área de sala de estar medindo 6 x 8 m.
Área de cálculo:
Eletrônica Digital:
9) Verifique, usando tabela verdade, se as expressões S1 e S2
são equivalentes S1 = A , S2 = A.(A+B)
Eletrônica Digital: Exercício 1
Eletrônica Digital: Exercício 2
Eletrônica Digital: Exercício 3
Eletrônica Digital: Exercício 4
Eletrônica Digital: Exercício 5
Eletrônica Digital: Exercício 6
Eletrônica Digital: Exercício 7
Eletrônica Digital: Exercício 8
Eletrônica Digital: Exercício 9
Eletrônica Digital: Exercício 10
Eletrônica Digital: Exercício 11
Eletrônica Digital: Exercício 12
Eletrônica Digital: Exercício 13
Eletrônica Digital: Exercício 14
Eletrônica Digital: Exercício 15
Eletrônica Digital: Exercício 16
Eletrônica Digital: Exercício 17
Eletrônica Digital: Exercício 18
Eletrônica Digital: Exercício 19
Eletrônica Digital: Exercício 20
Eletrônica Digital: Exercício 21
Eletrônica Digital: Exercício 22
Eletrônica Digital: Exercício 23
Eletrônica Digital: Exercício 24
QUAL O OBJETIVO DA MANUTENÇÃO CORRETIVA E QUANDO FAZER?
MOTOR ELÉTRICO
ESTATOR
MOTOR
ROTOR BOBINADO
ESCOVAS
MOTORES ELÉTRICOS
LEITURA DA PLACA DO MOTOR

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