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CÁLCULO
DE ENERGIA INCIDENTE
ALTA TENSÃO
DE 52 kV à 245 kV
Executor: Date:
Catelani March 01, 2023 Page 1of 10
Technical Report
Conteúdo
1. OBJETIVO: .................................................................................................................. 3
2. INTRODUÇÃO: ............................................................................................................ 3
3. METODOLOGIA: ......................................................................................................... 4
6. CONCLUSÃO: ............................................................................................................. 9
7. NORMAS: .................................................................................................................. 10
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Catelani March 01, 2023 Page 2of 10
Technical Report
1. Objetivo:
O documento tem como objetivo apresentar uma metodologia para cálculo de energia incidente em alta tensão para arcos
verticais em ambiente aberto com tensões entre 50 kV até 245 kV. Com o número de metodologias reduzidas, o cálculo em
alta tensão as vezes se torna um processo difícil em função das diferenças em relação aos métodos disponíveis na média e
na baixa tensão e nas informações adicionais necessárias.
2. Introdução:
Para o cálculo de energia incidente para tensões superiores a 15 kV temos como modelos:
As normas que tratam desta categoria de cálculo são basicamente a OSHA 1910-269 e NESC C2. Ambas adotando o modelo
de arco vertical e as equações de transferência de calor.
Até 245 kV as distâncias de escoamento fase-fase e fase-neutro são as mesmas o que facilita para o desenvolvimento do
cálculo. Acima desta classe de tensão temos distâncias diferenciadas e que devem ser analisadas com maior critério.
O estudo será para uma instalação de alta tensão classe 145 kV usando um NBI de 650 kV que corresponde ao maior NBI
normalizado para esta classe de tensão.
A metodologia de Ralph Lee é um modelo muito conservativo e que leva a valores extremamente elevados. Os programas
Heat Flux e ArcPro não explicitam seus métodos de cálculo e nem como se chega aos valores.
A metodologia EPRI, por sua vez, é bem documentada, explicada em detalhes e com dois volumes de relatórios
comprovando que o seu modelo matemático está alinhado com os ensaios realizados.
A norma OSHA 1910-269 publicou o que sejam, sob seu ponto de vista, as metodologias mais adequadas para cada nível
de tensão.
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Isso não quer dizer que sejam as únicas metodologias permitidas, como a própria tabela mostra como métodos razoáveis
para cálculos. Pode ser adotados outras metodologias observando os limites de contorno e a sua aplicação. Tanto a NESC
como a OSHA convergem para metodologia que está contida no programa ArcPro.
3. Metodologia:
Sendo a EPRI (“Electric Power Research Institute”) a que fornece o maior número de informações, ela será utilizada para a
execução de um cálculo de uma subestação típica de 138 kV – 20 kA NBI 650 kV em ambiente aberto.
A partir do valor calculado será confrontado com as tabelas da OSHA 1910-269 disponível no Anexo E e com o programa
Heat Flux.
Todos os cálculos foram feitos em cadeias de isoladores e levam em consideração arco vertical.
G – Comprimento do vão
Será considerado uma subestação classe 145 kV – Tensão operacional de 138 kV e NBI de 650 kV.
Utilizando a norma IEC 60071-1 de coordenação de isolamento, um comprimento de 1,30 m de distância mínima entre
condutor e estrutura será utilizado.
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No caso de haver o projeto eletromecânico da subestação poderá ser utilizado o comprimento da cadeia de isolador real
que consta no projeto.
Dados da Subestação.
Onde:
G → Gap length (comprimento do vão entre fase e terra) – cadeia de isoladores [m]
Iarc → Corrente de Arco [kA ] (igual corrente de curto franco fase – terra)
Eave → Gradiente de potencial [kV/m]
Onde:
G → Gap length (comprimento do vão entre fase e terra) – cadeia de isoladores [m]
Iarc → Corrente de Arco [ kA ] (igual corrente de curto franco fase – terra)
Varc → Tensão de Arco [kV]
Varc = 1,199 kV
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Para o tempo de operação será considerado 250 ms ou 15 ciclos contando tempo da proteção mais o tempo de abertura
do disjuntor da subestação
Esse tempo foi utilizado para coincidir com o tempo da tabela da OSHA 1910-269 Anexo E e depois fazer a comparação dos
resultados.
A distância de trabalho para instalações de alta tensão é condicionada como a menor distancia de aproximação do
mantenedor sem causar interferência no dielétrico.
Na norma OSHA 1910-269 essa distância é denominada de MAD (“Minimum Approach Distance”) para trabalhos em linha
energizadas com uso de ferramentas para tal condição.
MAD
• Altitude 1000 m
• Fator de sobretensão 3,5 pu
• Componente de ergonomia 0,31 m
Para maiores detalhes sobre o cálculo do MAD e seus valores consulte a página da OSHA ou o Anexo B.
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Onde:
Θ = Fluxo de energia [cal/(cm2. s)]
Eave → Gradiente de potencial [kV/m]
G → Gap length (comprimento do vão entre fase e terra) – cadeia de isoladores [m]
Iarc → Corrente de Arco [kA] (igual corrente de curto franco fase – terra)
D → Distância de trabalho [m]
Φ = 21,28 cal/cm2.s
Onde:
W → Energia incidente [cal/cm2]
Θ → Fluxo de energia [cal/(cm2. s)]
T → tempo de atuação da proteção [s]
W= 5,32 cal/cm2
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Abaixo é mostrado a distribuição de energia incidente ao redor do ponto energizado para valores em um plano de corte.
2
𝐷 = √𝑋 2 + 𝑌 2
2
𝐷 = √0,822 + 0,822 = 1,16 𝑚
Seja pelo cálculo algébrico, seja através de cálculo incremental os valores são praticamente os mesmos.
Esse gráfico só é mais ilustrativo para ver como a distribuição do fluxo de calor se dá ao redor do ponto energizado.
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No anexo E da Norma OSHA 1910-269 existem valores calculados para diversos níveis de tensão e corrente de curto
circuito.
Condições de contorno:
• Distância de trabalho igual ao MAD (116 cm)
• Arco vertical
• Ambiente aberto
Fazendo uma comparação, na instalação de 145 kV – 20 kA com tempo de eliminação de defeito de 15 ciclos (250 ms)
produz uma energia incidente de 5,00 cal/cm2 a uma distância de 116 cm.
Nas mesmas condições usando a metodologia do EPRI chega-se a 5,32 cal/cm2 ou 5,79 cal/cm2 pelo Heat Flux.
Quadro comparativo:
6. Conclusão:
Os cálculos acima apresentados são referentes a uma condição específica de um caso de uma subestação de 145 kV NBI
650 kV. Mesmos com metodologias distintas, ArcPRo usado pela OSHA 1910 / NESC C2 para montar a tabela, bem como
com a metodologia proposta pelo EPRI levam a valores muito próximos o que colabora com os modelos de cálculo de
energia para alta tensão estarem alinhados.
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7. Normas:
Normas Aplicáveis:
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