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NR 10 – SEGURANÇA EM INSTALAÇÕES E

SERVIÇOS COM ELETRICIDADE


Introdução
A eletricidade i essencial na vida moderna, quer
propiciando conforto aos nossos lares, quer atuando
como insumo nos diversos segmentos da economia, são
vários os benefícios que ela oferece ao homem. Por outro
lado, o uso da eletricidade oferece risco a todas as
pessoas envolvidas em serviços com eletricidade e
pessoas que utilizam a mesma.
DEFINIÇÃ
O
A NORMA DE SEGURANÇA NO CASO A
NR-10 ESTABEĮECEM QUE AS
PESSOAS QUE EXERCEM ATIVIDADES
EM EĮETRICIDADE, DEVEM SER
INFORMADAS SOBRE OS RISCOS A QUE
SE EXPÕEM, ASSIM COMO CONHECER OS
SEUS EFEITOS E AS MEDIDAS DE
SEGURANÇA APĮ ICÁVEIS. POR ISSO,
ESSA NORMA EXIGE A APĮ ICAÇÃO DE
ABN A NBR
MEDIDAS 5410 E
E PROCEDIMENTOA NBR
BASEADO
o uso da eletricidade oferece risco a todas as pessoas envolvidas em serviços com
eletricidade e pessoas que utilizam a mesma. Os acidentes ocorridos com eletricidade
sejam, no lar e no trabalho, são os que ocorrem com maiores frequi ncias e
comprovadamente os que trazem as mais graves consequincias. Eles geralmente ocorrem
devido falha em projetos, falta de rotinas de trabalho, falta treinamento de trabalhadores
desse setor, desconhecimento de ticnicas aplicável a trabalho com eletricidade, falta de
equipamentos, falta de medidas preventivas no que se refere a proteção contra choques
eli tricos, o desconhecimento de rotina de trabalho e a negligincia quanto ao risco.
 Conceitos básicos sobre trabalho com eletricidade
A eletricidade i de grande utilidade no mundo atual, facilitando muito o trabalho nas indústrias,
acionando máquinas e equipamentos. Proporciona, tambi m, conforto e bem-estar em casa, acendendo
lâmpadas, fazendo funcionar rádios televisores, geladeiras, aquecedores etc.
A eletricidade i uma forma de energia (energia elitrica) transportada atravi s de condutores (fios
eli tricos), sendo muito conhecidas tris das suas unidades, que são: volts (V), ampires (A) e watts (W).
A tensão, medida em V (volts), i o potencial elitrico e pode-se fazer analogia com a pressão d'água
numa tubulação. Pode-se ter várias voltagens, como, por exemplo, numa fábrica onde existe tensão de
110 V para as lâmpadas, de 220 V para acionar pequenos aparelhos, de 440 V para acionar motores e
equipamentos e, mesmo, tensões maiores.

Em eletricidade, há outro fator importante: a resisti ncia elitrica (R), medida em Ohm (Ω), que, a grosso
modo, pode ser comparada com a perda de carga de uma tubulação ou de um escoamento de fluido. Mas,
enquanto uma rede d'água não mata, quando se toca na tubulação, a energia elitrica, que tanto benefício
traz, pode matar pelo choque elitrico.
Por isso, todas as instalações elitricas devem ser consideradas perigosas, porque podem causar acidentes
fatais.
Nos trabalhos com eletricidade, i preciso conhecer o serviço e saber qual a forma de se proteger contra os
acidentes.
Quando se pensa em medidas preventivas de choque elitrico torna se obrigatório consultar algumas normas
brasileiras, tais como: a NBR 5410 para baixa tensão, NBR 14039 para alta tensão a NR 10 do ministi rio do
trabalho.
A NBR 5410, intitulada de "Instalações Eli tricas de Baixa Tensão", fixa condições de segurança nas instalações
com tensão ati 1000 Volts em corrente alternada e de ati 1500 Volts em corrente continua.
Já a norma regulamentadora NR-10 - Instalações e serviços com eletricidade, recomenda condições mínimas
para garantir a segurança das pessoas, e estabelece criti rios para proteção contra os riscos de contato,
inci ndio e explosão, dentre outros.
Em se tratando de eletricidade a grande arma da prevenção de acidentes i o planejamento. Por tanto, para
trabalhar com segurança i necessário primeiro saber a maneira correta de funcionamento das máquinas
elitricas, qual o tipo de serviço a ser realizado, observar bem o local de trabalho levantando as possíveis
interferi ncias que poderão causar algum dano, aplicar as ferramentas apropriadas, e tomar todas as medidas
de proteção cabíveis conforme as normas citadas nesta. A eletricidade não admite improvisações, ela não tem
cheiro, não tem cor, não i quente nem fria, ela i fatal.

SEM PĮANEJAMENTO,
ESSES SÃO OS
RISCOS
a energia mecânica, originada pela queda d'água, em energia elitrica. No Brasil a geração de
energia elitrica i 80% produzida a partir de hidreli tricas, 11 % por termoelitricas e o restante por
outros processos. A partir da usina a energia i transformada em corrente alternada ( 60 Hertz)
atravi s de cabos eli tricos, ati as estações embaixadoras, delimitando a fase de transmissão.
Já na fase de distribuição, nas proximidades dos centros de consumo, a energia elitrica i tratada
nas estações, com seu nível de tensão rebaixado e sua qualidade controlada, sendo transportada
por redes elitricas aireas ou subterrâneas, constituídas por estruturas (postes, torres, dutos
subterrâneos, acessórios), cabos elitricos e transformadores para novos rebaixamentos, e
finalmente entregue aos clientes industriais, comerciais de serviços e resisti ncias em níveis de
tensão variáveis, de acordo com a capacidade de consumo instalada de cada cliente consumidor.
RISCOS EM INSTALAÇÕES E SERVIÇOS
COM ELETRICIDADE
 Riscos da Eletricidade

A eletricidade i vital na vida moderna i desnecessário ressaltar sua importância, quer propiciando conforto aos nossos lares, quer
atuando como insumo nos diversos segmentos da economia. Por outro lado o uso da eletricidade exige do consumidor as aplicações
de algumas precauções em virtude do risco que a eletricidade representa, muitos não sabem, desconhecem ou desconsideram este
risco. Os acidentes ocorridos com eletricidade, no lar e no trabalho, são os que ocorrem com maior frequi ncia e comprovadamente
os que trazem as mais graves consequi ncias. As normas de segurança estabelecem que pessoas devem ser informadas sobre os riscos
a que se expõem, assim como conhecer os seus efeitos e as medidas de segurança aplicáveis. As atividades com eletricidade
apresentam os seguintes riscos a seus usuários

a) Choque Eli trico


b) Danos econômicos ( incindio, explosões )
No dia a dia, seja no lar ou na indústria a maior preocupação sem dúvida i com o choque eli trico, visto que este i o
tipo de acidente que ocorre com maior frequincia . Inci ndios e explosões causados pela eletricidade são sinistros
que ocorrem com menor frequincia. É importante alertar que os riscos do choque elitrico e os seus efeitos estão
diretamente ligados aos valores das tensões ( Voltagens ) da instalação, e i bom lembrar que apenas altas
tensões provocam grandes lesões. Mas por um outro lado existem mais pessoas expostas a baixa tensão do que
as altas tensões e que leigos normalmente não se expõem as altas, proporcionalmente podemos considerar que
as baixas tensões são as mais perigosas. O que torna a eletricidade mais perigosa do que outros riscos físicos
como o calor, o frio e o ruído i que ela só i sentida pelo organismo quando o mesmo está sob sua ação. Para
quantificar melhor os riscos e a gravidade do problema apresentamos alguns dados estatísticos : 43% dos
acidentes ocorrem nas residi ncias
30% nas empresas
27% não foram especificados.

RESIDENCI EMPRESAS NÃO


A ESPECIFICADO
O QUE É CHOQUE
ELÉTRICO?
É o conjunto de perturbações de natureza e efeitos diversos, que se manifesta no organismo humano ou animal,
quando este i percorrido por corrente elitrica. A
fig.-01, mostra choque no homem
As manifestações, dependendo das condições e intensidade da corrente, podem ser desde a sensação de
“formigamento” pela superfície da pele, ati uma violenta contração muscular que pode provocar a morte.
A condição básica para se levar um choque de origem eli trica i estar submetido a uma diferença de potencial (d.d.p)
suficiente para fazer circular uma corrente que provoque efeitos no organismo

corrente
elétrica

d.d.p
Assim como todo elemento condutor, o corpo humano tambim apresenta valores de resisti ncia elitrica –
R (resisti ncia ôhmica).
O valor da resistincia ôhmica do corpo humano varia de pessoa para pessoa, e depende de alguns fatores

• área de contato;
• pressão de contado;
R
• resisti ncia da pele;

mão/m mão/p tórax


• umidade da pele.
A resisti ncia elitrica depende tambim da trajetória da corrente elitrica pelo corpo humano: O
ponto escoando energia eli trica i para terra
No momento do choque, a resistincia total ( R ), ou seja, aquela determinada pelas características da pessoa, pelas
condições do contato e pelo trajeto da corrente pelo corpo, varia continuamente, dificultando o cálculo mais preciso do seu
valor

mostra trajeto da corrente.

Pela 1ª Lei de Ohm:

onde:
I = intensidade da corrente elitrica; U
I= U
= tensão elitrica (d.d.p.);
R = resistincia elitrica.
R
Quando maior a tensão ( U ), maior será a intensidade da corrente ( I ) que circula pelo corpo;

Quanto menor a resisti ncia ( R ) do corpo durante o choque e dos pontos de contato, maior será a intensidade da
corrente ( I ) que circula pelo corpo.
Quanto mais intensa for a corrente elitrica ( I ) mais graves serão os efeitos fisiológicos.
Para efeito prático, a tabela abaixo mostra alguns possíveis valores da intensidade da corrente elitrica ( I ) em
função da tensão de toque ( U ) e do trajeto pelo corpo:

tabela.-01, mostra trajeto da corrente pelo corpo

Observação: Os valores foram calculados para uma


pessoa com peso acima de 50 Kg
NÍVEIS DE CHOQUE
ELÉTRICO:
Choque Moderado O choque elitrico pode ser analisado sob dois aspectos
 Breve contato elitrico menor que 5 mA Correntes de baixa intensidade (baixa tensão). Efeito
 Formigamento Į ocal mais grave: Fibrilação ventricular.

 Queimadura Į ocal Corrente de alta intensidade (alta tensão). Efeito mais


grave: Tirmico
 Descoloração da Pele

Choque Grave
Choque Fatal
 Contato mais longo de 5 a 25 mA
 Tempo de contato prolongado acima de 25 mA
 Dormincia ou paralisação temporária de partes do corpo
 Queimaduras de 2o e 3o graus
 Dor moderada a dor aguda e espasmos musculares que
podem provocar perda controle  Pode destruir nervos e órgão internos e estraçalhar os
dentes da vítima
 Pode perder a consciincia e ter a respiração dificultada
Pode provocar contrações musculares fortes e danificar osso e
 Acima 6 mA para mulheres e
9 mA para homens (tetanização) tecidos musculares
Macro choque
É quando a corrente do choque entra pelo corpo humano pelo lado externo.
Micro choque
É choque elitrico que ocorre no interior do corpo humano.
Tipos de choque
 Choque dinâmico O choque elitrico pode ocorrer sob 4 formas:
 Choque estático Contato com um circuito energizado
 Descarga atmosfi rica.  Fios residi ncias.
Como pode ocorrer: Contato com corpo eletrizado.
 Choque na carcaça de geladeiras, de máquinas de lavar roupa, furadeiras elitricas.
Por aproximação de campos eletromagniticos.
 Estações transformadoras de alta tensão
Ação direta ou indireta das descargas atmosfi ricas.
 Raios
Choque dinâmico
É o choque tradicional, obtido ao tocar um elemento energizado do circuito elitrico.
Contato unipolar
Choque estático
É o choque elitrico obtido pela descarga de um capacitor.
Não toque no interior da TV, pois ela armazena energia mesmo desligada
Choque por aproximação de campo eletromagnitico
 Mitodo a distância
 É uma das áreas de alto grau de risco devido ao nível de tensão e a carga transportada, (Energia)
 Essas tensões variam de 69.000 volts a 500.000 volts.
É importante lembrar que o tempo de exposição ao choque eli trico agrava
consideravelmente os efeitos descritos na tabela. Na sequincia veja o gráfico dos efeitos
da corrente eli trica no corpo humano, de acordo com a IEC 60479, curvas de atuação de
um dispositivo DR de 30 mA

Limiar
da Zona de
Sensi Fibrilação
bilida
de

Limiar
de
Largar Zona de Fibrilação Cardíaca

mostra gráfico dos efeitos da corrente elitrica no corpo.


FATORES QUE INFLUENCIAM NOS EFEITOS
DO CHOQUE ELÉTRICO
Quanto maior for a intensidade da corrente que percorrer o corpo, pior será o efeito sobre o mesmo. As correntes eli tricas de baixa intensidade provocam a
contração muscular, situação em que a vítima muitas vezes não consegue se desprender do objeto energizado.

b) Frequincia
As correntes elitricas de alta frequincia são menos perigosas ao organismo humano do que as de baixa
frequincia.
c) Tempo de contato com circuito energizado

Quanto maior for o tempo de exposição a corrente


elitrica, maior será seu efeito danoso no organismo.

d) Natureza da Corrente CA
CC

. A corrente elitrica passa a ser perigosa para o homem


a partir de 9 miliampires, em se tratando de corrente
alternada, e, 45 miliampires para corrente contínua.
Percurso 1
Į igação de dois pontos com diferença de potencial elitrico por intermidio de dois dedos de uma mesma mão. Neste
tipo de percurso, denominado pequeno percurso, não há risco de vida; poderá no entanto, sofrer queimaduras ou
perda dos dedos.
Neutro

Fase
Percurso 2
A corrente entra por uma das mãos e sai pela outra,
percorre o tórax, e atinge a região dos centros nervosos
que controlam a respiração, os músculos do tórax e o
coração. É um dos percursos mais perigosos.
Dependendo do valor da corrente produzirá asfixia e
fibrilação ventricular, ocasionando uma parada cardíaca.
Isolado
•Fator de corrente no coração - FCC
A corrente elitrica espraia-se, alternando a sua densidade nas diversas partes do corpo. A parcela que passa pelo coração i obtida usando a express
F.C.C. Fator de corrente pelo coração, que possibilita a equivalincia da corrente do choque de percursos distintos I mão-
pi - É a corrente equivalente deste percurso, que produz o mesmo efeito da I percurso.
I percurso - É a corrente total do choque no percurso considerado. Qual
a Importância do Fator de Corrente pelo Coração ?
A importância do F.C.C i poder comparar percursos diferentes que produzem o mesmo sintoma no corpo. Segue a
tabela de FCC para as partes do corpo humano.
A tabela.-03, mostra fator de corrente no corpo.
Exemplo: um choque elitrico de 250 m A entre mãos com duração de 1 segundo.

F. C.C = I mão-p i
I percurso

•Calcular a corrente (1) equivalente entre mão e pi .

1 mão esquerda-peito ?

1,5 = 100 mA
F.C.C = I mão- p i 0,4 = 1 mão-p i 1 mão esquerda-peito
I percurso 250mA

1 mão = 250 mA 1 mão-pi = 100mA


•Qual o efeito que esta corrente causa no corpo Humano?
Probabilidade de fibrilação ventricular e consequi ncias decorrentes da fibrilação.
•Qual a corrente de choque entre mão esquerda e peito, que produz o mesmo efeito? 1
mão-pi = 100 mA F.C.C = 1,5
EFEITOS DA CORRENTE ELÉTRICA
NO CORAÇÃO
Os batimentos cardíacos são gerados a partir de estímulos elitricos e podem ser registrados pelo eletrocardiograma.
Caso a corrente eli trica tenha a intensidade suficiente e atinja um período vulnerável do ciclo cardíaco, pode ocasionar quadros de arritmias
graves, incluindo a fibrilação ventricular.
Na fibrilação ventricular as fibras musculares do coração ficam tremulando desordenadamente
Os batimentos do coração ficam numa frequincia variável na faixa de 170 a 300 batimentos por minuto
A pressão arterial cai a zero, a pessoa desfalece, ocorrendo conjuntamente a parada respiratória e a vítima fica em estado de morte
aparente.
 Arcos elitricos; queimaduras e quedas
Arco voltaico se caracteriza pelo fluxo de corrente elitrica atravi s de um meio "isolante", como o ar, e geralmente i
produzido quando da conexão e desconexão de dispositivos elitricos e em caso de curto-circuito O arco voltaico
pode ocasionar a queda do trabalhador de altura que se constitui numa das principais causas de acidentes nos
setores eli tricos e de telefonia, sendo característico de diversos ramos de atividades, mas muito representativo nas
atividades de construção e manutenção do setor de transmissão e distribuição de energia elitrica e de construção e
manutenção de redes telefônicas. As quedas ocorrem em consequi ncia de choques eli tricos, de inadequação de
equipamento de elevação (escadas, cestos plataformas),
inadequação de EPI, falta de treinamento dos trabalhadores, falto de delimitação e sinalização do canteiro do
serviço nas vias públicas e ataque de insetos.
O arco voltaico corresponde a ionização do ar em volta de um condutor de alta tensão. Produz lesão tirmica uma
vez que o ar i aquecido a uma temperatura de ati 2500°C.
O arco voltaico pode produzir queimaduras corpóreas graves e lesões agudas de córneas por emissão de raios
ultravioletas.
CAMPOS ELETROMAGNÉTICOS -
CEM
É gerado quando da passagem da corrente elitrica alternada nos meios condutores. Os efeitos danosos do campo eletromagnitico nos
trabalhadores manifestam-se especialmente quando da execução de serviços na transmissão e distribuição de energia eli trica, nas quais
empregam-se elevados níveis de tensão. Os efeitos possíveis no organismo humano decorrente da exposição ao campo elitrico já foram
mencionados acima. Quanto aos de origem magnitica citamos os efeitos tirmicos, endócrinos e suas possíveis patologias produzidas pela
interação das cargas elitricas com o corpo humano.
Especialmente atenção aos trabalhadores, exposto a essas condições, que possuam em seu corpo próteses metálicas (pinos, encaixes,
articulações), pois a radiação promove aquecimento intenso nos elementos metálicos podendo provocar as necroses ósseas, assim como
aos trabalhadores portadores de insulina, etc...), pois a radiação interfere nos circuitos elitricos e poderão criar disfunções e mau
funcionamento desses.
Ticnicas de analise de riscos
É o estudo detalhado em uma sirie de riscos levantados em uma ambiente, de tal forma a
identificar quais são os riscos principais a fim de estabelecer prioridades para o planejamento das
ações.

Técnica Fase de utilização no


Forma de análise e sistema Benefícios Observações
resultados
Série de Riscos Qualitativa Todas Análise de acidentes – Análise da sequência de
estabelecimento de fatos e sua prevenção
prioridades
Análise Preliminar de Qualitativa Projeto e Análise de riscos e Útil em qualquer fase
Riscos desenvolvimento inicial medidas preventivas como check de riscos
antes da fase
operacional

Análise de modos de Qualitativa e Todas Análise de prevenção de De grande utilidade para


falhas e Efeitos Quantitativa riscos associados com manutenção/ preventiva
equipamentos acidente.

Técnica de Incidentes Qualitativa Todas Detecção de incidentes Aplicabilidade simples


Críticos críticos (riscos)
Análise de Árvore de Qualitativa e Todas Análise e prevenção de Benefícios com a análise
falhas Quantitativa qualquer evento qualitativa
indesejável
Análise preliminar de riscos
É uma ferramenta de identificação de riscos nas tarefas. Estes podem ser intrínsecos ou circunstanciais, ou seja,
elas são inerentes a tarefa ou criadas durante a execução da tarefa
Objetivo
 Identificar riscos quando da elaboração de procedimentos operacionais.
 Identificar riscos de acidentes na execução de tarefas padronizadas ou não.
 Identificar riscos associados.
 Identificar presença de fatores de riscos ambientais.
 Identificar riscos nas ferramentas e acessórios.
Fase Método Procedimento objetivo
1º fase Ver Descrição da operação Descrever em detalhes todas as fases da
operação.
2º fase Pensar Questionar os riscos Identifique o risco de acidente, de acordo
existentes com a sua percepção.

3º fase Planejar Identificar os riscos Com base nos riscos principais


principais identificados, determinar as medidas de
segurança que deveram ser adotadas.

4º fase Decidir/ agir Definir as medidas Para neutralizar e/ou eliminar o


preventivas e ou corretivas principal. risco
e agir
Etapas básicas na análise preliminar de riscos
 Rever problemas conhecidos.
 Rever a Missão.
 Determinar os Riscos Principais.
 Determinar os Riscos Iniciais e Contribuintes.
 Revisar os meios de eliminação ou controle dos Riscos.
 Analisar os mitodos de restrição de danos.
 Determinação dos responsáveis pelas ações preventivas ou corretivas.
 Avaliação dos riscos
Reconhecer os riscos significa identificar no ambiente de trabalho fatores ou situações com potencial de dano.

Avaliar os riscos qualitativamente significa estimar a probabilidade e a gravidade do dano, o nível do risco e julgar
se o nível i tolerável, apontando as opções de controle ou a necessidade de avaliações aprofundadas para melhor
caracterizar o risco.

1º) fazer uma fotografia ampla e detalhada das exposições dos trabalhadores;
2º) avaliando qualitativamente os agentes agressivos presentes (físico, químicos e biológicos) e citando aspectos
ergonômicos ou riscos de acidentes relevantes, as principais fontes, os meios de controle existentes ou
propostos, fazendo-se uma classificação do potencial de riscos para efeito de priorização e propostas de ações
que deverão ser monitoradas e avaliadas.
Medidas de controle do risco elitrico
 Desenergização

Todas as atividades envolvendo manutenção no setor eli trico devem priorizar os trabalhos com circuitos desenergizados. É
uma medida de controle contra o risco eli trico que objetiva evitar acidentes com choque eli trico. Mais, apesar de
desenraizados deve-se obedecer a procedimentos
Aterramento funcional (TN/TT/IT
É uma medida de proteção contra os riscos eli tricos. Denomina-se aterramento a ligação com a massa condutora
da terra. Esquemas de aterramentos
A NB-3 fixa os seguintes esquemas de aterramento: Obs.: Para classificar os esquemas de aterramento i utilizada a
seguinte simbologia:
T = um ponto diretamente aterrado.
I = isolação de todas as partes vivas em relação a terra ou aterramento de um ponto atravi s de uma

Esquema TN
Este esquema possui um ponto de alimentação diretamente aterrado, sendo as massas ligadas a esse ponto atravi s de
condutor de proteção, são considerados 3 tipos de esquemas TN

TN-S, o condutor neutro e o de proteção são distintos


Esquema TT
Este esquema possui um ponto de alimentação diretamente aterrado, estando as massas da instalação
ligadas a eletrodos de aterramento eletricamente distintos do eletrodo de aterramento da alimentação.

No esquema TT, o percurso da corrente de falta fase- massa


(Id) inclui a terra, i portanto, um percurso de impedância
elevada. As massas podem ser aterradas individualmente,
por grupos ou coletivamente aterradas

Na prática, o esquema TT “clássico”, com eletrodos de aterramento independente, só i possível em


áreas rurais. No entanto, mesmo que haja superposição nas zonas de influincia dos eletrodos
da alimentação e das massas, o esquema i considerado TT, para efeito de aplicação das medidas de
proteção contra contatos indiretos.
Į igações a Terra
Os aterramentos podem ser ligados em conjunto ou separadamente, para finalidades de proteção ou funcionais
de acordo com as exigincias da instalação, no Brasil a maioria das instalações são separadas apesar da terra ser
sempre terra, as concessionárias de força e de telefonia sempre exigem seus terras independentes, sem falar das
companhias de informática que tambim querem o seu. Aterramentos separados causam diferença de potencial
entre eles o que pode causar problemas na instalação, a NB-3 recomenda que seja instalado um condutor
principal de equipotencialidade que reúna:

Eletrodos de Aterramento
O tipo e a profundidade de instalação dos eletrodos de aterramento devem ser de acordo com as condições do
solo, a eficiincia de qualquer eletrodo depende das condições do local, o projeto deve considerar o desgaste do
eletrodo devido a corrosão, aqui no Brasil os eletrodos mais usados são os do tipo Copperwel. Na instalação dos
eletrodos deve tomar o cuidado do tipo de fechamento da malha se em triângulo ou linear, todos sabemos que
para efeito de curto-circuito o fechamento linear i mais eficiente, para correntes de descarga atmosfi ricas o
fechamento mais indicado i o triângulo. Mas como atender aos dois casos se deve haver equipotencialidade
entre os aterramentos? É simples o que interessa a corrente de fuga i como ela v i o aterramento antes de sua
chegada a malha, ou seja, os cabos de descida dos sistemas de para-raios devem ser interligados em eletrodos
que inicialmente possam propiciar fácil escoamento, ou seja as primeiras hastes devem estar interligadas na
forma de triângulo, o restante da malha não interessa.
Aterramento de proteção
Aterramento de Proteção, i o aterramento das massas e dos elementos condutos estranhos a
instalação, objetivando a proteção contrachoques por contatos indiretos
Aterramento Funcional
É o aterramento de um condutor vivo, normalmente o neutro, objetivando o correto funcionamento da
instalação.
Aterramento temporário e equipotencialização
Toda instalação elitrica somente poderá ser considerada desenergizada depois de adotado o
procedimento de aterramento elitrico. O aterramento elitrico da linha desenergizada tem por função
evitar acidentes gerados pela energização acidental da rede, propiciando rápida atuação do sistema
automático de seccionamento ou proteção. Tambim tem o objetivo de promover proteção aos
trabalhadores contra descarga atmosfi rica que possam interagir ao longo do circuito em intervenção.
O aterramento temporário deve ser realizado em todos os circuitos (cabos) em intervenção atravi s de
seu curto-circuitamento, ou seja, da equipotencialização desses (colocar todos os cabos no mesmo
potencial elitrico) e conexão com o ponto de terra.
Esse procedimento deverá ser adotado a montante (antes) e a jusante (depois) do ponto de intervenção
do circuito, salvo quando a intervenção ocorre no final do trecho. Deve ser retirado ao final dos serviços.
A energização acidental pode ser causada por
Erros na manobra;
Fechamento de chaves seccionadora;
Contato acidental com outros circuitos energizados, situados ao longo do circuito;
Tensões induzidas por linhas adjacentes ou cruzam a rede;
Fontes de alimentação de terceiros (geradores);
Į inhas de distribuição para operações de manutenção e instalação e colocação de trafos; Torres
e cabos de transmissão nas operações de construção de linhas de transmissão;
Į inhas de transmissão nas operações de substituição de torres ou manutenção de componentes da linha.
Para cada situação existe um tipo de aterramento temporário. O mais usado em trabalhos de manutenção ou
instalação nas linhas de distribuição i um conjunto ou ‘Kit’ padrão composto pelos seguintes elementos: Vara ou
bastão de manobra em material isolante e acessório, isto i , cabeçotes de manobra;
Grampos condutores – para conexão do conjunto de aterramento com os pontos a serem aterrados Trapi zio
de suspensão – para elevação do conjunto de grampos a linha e conexão dos cabos de
interligação das fases, de material leve e bom condutor, permitindo perfeita conexão elitrica e mecânica dos cabos
de interligação das fases e descida para terra;
Trapi zio tipo sela, para instalação do ponto intermediário de terra na estrutura (poste, torre), propiciando o
jumpeamento da área de trabalho e eliminando, praticamente, a diferença de potencial em que o homem estaria
exposto;
Grampo de terra – para conexão dos demais itens do conjunto com o ponto de terra, estrutura ou trado; Cabos
de aterramento de cobre, flexível e isolado;
Trado ou haste de aterramento – para ligação do conjunto de aterramento com o solo, deve ser dimensionado para
propiciar baixa resisti ncia de terra e boa área de contato com o solo.

Todo o conjunto deve ser dimensionado considerando:


Tensão de rede de distribuição ou linha de transmissão;

 Equipotencialização Medida de controle dos riscos elitrico, que consiste na interligação de elementos
especificados, visando obter a equipotencialidade necessária para os fins desejados. Por extensão, a própria
rede de elementos interligados resultantes.

Seccionamento automático da alimentação
Medida de controle dos riscos elitrico, são dispositivos automáticos de
manobra (conexão/desconexão), que na ocorri ncia de sobrecorrente (corrente
elitrica acima do limite projetado) promove a fusão do elo metálico fundível
(fusível), e consequentemente a abertura elitrica do circuito. Dessa forma,
quando há uma sobrecarga, o elo fusível se funde (queima) e o trecho i
desligado.
Para atender a esta prescrição, no caso de uma falta, um dispositivo de
proteção deve interromper a corrente de falta em um tempo suficientemente
curto para evitar que a tensão de contato se mantenha por um tempo longo o
suficiente para ser perigosa.
A medida de proteção por seccionamento automático da alimentação
fundamenta-se nos seguintes princípios:
(A) Massas e elementos condutivos
massa; parte condutora exposta: parte condutora que pode ser tocada e que normalmente não i
viva, mas pode tornar-se viva em condições de falta.
Elemento condutor estranho a instalação: elemento que não faz parte da instalação eli trica, mas que pode nela
introduzir um potencial, geralmente o da terra.
(a) são partes de equipamentos elitricos ou de linhas elitricas, distintas das partes vivas;
(b) são metálicas;
(c) são acessíveis ao toque;

Condutos metálicos (eletrodutos, canaletas, etc.);


 Suportes metálicos de cabos (bandejas, escada para cabos, perfilados, etc.);
 Partes metálicas externas de dispositivos eli tricos (exceto parafusos, rebites, etc.), desde que tais dispositivos
não possuam dupla isolação nem isolação reforçada (equivalente a da classe II);
 Quadros de distribuição metálicos;
 Partes metálicas externas de equipamentos de utilização (exceto as de equipamentos classe II);
Como elementos condutivos típicos, podem ser citados:
 Elementos metálicos ou em concreto armado, usados na construção de edifícios;
 Canalizações metálicas de gás, água, ar condicionado e outros fluidos e os equipamentos metálicos a elas
ligados (fornos, tanques, reservatórios, etc.);
(A) Tensões de contato e tensão de falta A
norma NBR IEC (50) 826 define:
Tensão de contato: tensão que aparece entre partes simultaneamente acessíveis, quando de uma falha de
isolamento.
Obs.:
1 por convenção, este termo só i utilizado em relação a proteção contra contatos indiretos.
2 em certos casos, o valor da tensão de contato pode ser influenciado substancialmente pela impedância da pessoa
em contato com essas partes.
Tensão de contato presumida: o mais alto valor da tensão de contato que pode surgir na instalação elitrica, no caso
de se produzir uma falta de impedância desprezível.
Tensão de falta (símbolo: Uf): tensão que aparece, quando de uma falha de isolamento, entre massa e terra de
referincia.
 Correntes de fuga
Quando forem previstos na instalação equipamentos capazes de produzir, em funcionamento normal, correntes de
fuga significativas, tais correntes devem ser consideradas na escolha das medidas de proteção para garantir a
segurança.

É o que ocorre, por exemplo, nos equipamentos de tecnologia da informação ou de comando automático contendo
grande quantidade de filtros para redução de perturbações rádio elitrica, ou ainda em equipamentos de
aquecimento industrial de alta frequincia.
A proteção contracorrente di fuga a terra e feita atravis do dispositivo DR

Dispositivo DR
Detecta a corrente do “Amperímetro Alicate”
Atua (desliga o circuito) quando a corrente supera um
determinado valor

Número de polos x Tipo de circuito


Bipolar – FN, 2F
Tripolar – FN, 2F, 2FN, 3F
Tetra polar – FN, 2F, 3F, 3FN

Proteção complementar contra conta diretos Uso


de: DR por circuito
DR por grupo de circuitos
DR como “Chave geral”
Uso de barreiras ou invólucros
O uso de barreiras ou invólucros, como meio de proteção básica, destina-se a impedir qualquer contato com partes
vivas.
a) devem ser tomadas precauções para impedir que pessoas ou animais toquem acidentalmente as partes vivas;
b) deve-se garantir, na medida do possível, que as pessoas sejam advertidas de que as partes acessíveis atravi s da
abertura são vivas e não devem ser tocadas intencionalmente; e
a) A abertura deve ser a mínima compatível com a necessidade de substituição da parte consumível ou de
funcionamento adequado do componente ou equipamento.

a) com a ajuda de chave ou ferramenta; ou


a) Após dez energização das partes vivas protegidas pelas barreiras ou invólucros em questão, exigindo-se ainda
que a tensão só possa ser restabelecida após recolocação das barreiras ou
c) se houver ou for interposta uma segunda barreira, entre a barreira ou parte a ser removida e a parte viva,
exigindo-se ainda que essa segunda barreira apresente grau de proteção no mínimo IPXXB ou IP2X, impeça
qualquer contato com as partes vivas e só possa ser removida com o uso de chave ou ferramenta.

 Bloqueio e impedimentos
Medida de controle destinada a manter, por meios mecânicos um dispositivo de manobra fixo numa determinada
posição, de forma a impedir uma ação não autorizada. Assim, dispositivos de travamento são aqueles que impedem o
acionamento ou religamento de dispositivos de manobra. (chaves, interruptores),
 Bloqueio e impedimentos
Medida de controle destinada a manter, por meios mecânicos um dispositivo de manobra fixo numa determinada
posição, de forma a impedir uma ação não autorizada. Assim, dispositivos de travamento são aqueles que impedem o
acionamento ou religamento de dispositivos de manobra. (chaves, interruptores),
Em geral utilizam cadeados. É importante que tais dispositivos possibilitem mais de
um bloqueio, ou seja, a inserção de mais de cadeado, por exemplo, para trabalhos
simultâneos de mais de uma equipe de manutenção. É importante salientar que o
controle do dispositivo de travamento i individual por trabalhador.
Toda ação de bloqueio ou travamento deve estar acompanhada de “etiqueta de sinalização”, com o nome do
profissional responsável, data, setor de trabalho e forma de comunicação.
As empresas devem possuir procedimentos padronizados do sistema de bloqueio ou travamento, documentado e de
conhecimento de todos os trabalhadores, alim de etiquetas, formulários e ordens documentais próprias.
 Obstáculos e anteparos

Medidas de controle compostas por elementos que impedem o contato acidental, mas não impedem o contato direto
por ação deliberada
Uso de obstáculos
Obs.: os obstáculos são destinados a impedir o contato involuntário com partes vivas, mas não o contato que pode
Resultar de uma ação deliberada de ignorar ou contornar o obstáculo. Os
obstáculos devem impedir:
a) Uma aproximação física não intencional das partes vivas; ou
b) contatos não intencionais com partes vivas durante atuações sobre o equipamento, estando o equipamento em
serviço normal.
Os obstáculos podem ser removíveis sem auxílio de ferramenta ou chave, mas devem ser
Fixados de forma a impedir qualquer remoção involuntária.
As distâncias mínimas a serem observadas nas passagens destinadas a operação e/ou
Manutenção são aquelas indicadas na tabela da norma da ABNT.
Obs.: em circunstâncias particulares, pode ser desejável a adoção de valores maiores, visando a segurança.
. Distância entre obstáculos, entre manípulos de dispositivos elitricos (punhos, volantes, alavancas etc.), entre
obstáculos e parede ou entre manípulos e parede 700 mm
2. Altura da passagem sob tela ou painel 2 000 mm
OBS: As distâncias indicadas são válidas considerando-se todas as partes dos paini is devidamente montadas e
fechadas.

 Isolação (básica) das partes vivas


Meios de proteção básica (contrachoques eli tricos)
A isolação (básica) das partes vivas, como meio de proteção básica, destina-se a impedir qualquer contato com
partes vivas.

A isolação básica, que não aquela expressamente destinada a impedir o contato com partes vivas, pode ser
tambim uma providi ncia indispensável a consecução das condições de segurança no quadro de determinadas
medidas de proteção contra choques elitricos. É o caso da exigincia de isolação básica entre circuito separado e a
terra, prevista na separação elitrica individual (5.1.2.4) e nos sistemas SEĮ V e PEĮ V (5.1.2.5).

As partes vivas devem ser completamente recobertas por uma isolação que só possa ser removida atravi s de sua
destruição. Distinguem-se, nesse particular, os componentes montados em fábrica e os componentes ou partes
cuja isolação deve ser provida, completada ou restaurada quando da execução da instalação elitrica:
a) para os componentes montados em fábrica, a isolação deve atender as prescrições relativas a esses
componentes;
b) para os demais componentes, a isolação deve ser capaz de suportar as solicitações mecânicas, químicas,
elitricas e tirmicas as quais possa ser submetida. As tintas, vernizes, lacas e produtos análogos não são
considerados, geralmente, como provendo uma isolação suficiente para garantir proteção básica.

Obs.:
Embora o teor desta prescrição possa induzir a ideia de uma isolação, em especial aquela aplicada durante a
instalação, na forma de resinas e outros materiais de isolação sólida, incluindo fitas de enfeixamento, o sentido de
“isolação” deve ser encarado sempre de modo abrangente. Há várias formas de se prover isolação (básica) a uma
parte viva, mesmo porque uma isolação pode ser sólida, líquida, a gás (por exemplo, o ar) ou qualquer combinação.
Uma dessas formas i envolver a parte viva com um invólucro (ver B.2). Assim, i natural que os dois meios de
proteção,
isolação (básica) das partes vivas (B.1) e uso de barreiras ou invólucros (B.2) muitas vezes se confundam.

Quando a isolação for provida durante a execução da instalação, essa isolação deve ser verificada atravi s de
ensaios análogos aos destinados a verificar a qualidade da isolação de componentes similares industrializados.

 Dispositivos de isolação elitrica


São elementos construídos com matirias dieli tricos (não condutores de eletricidade) que tim por objetivo isolar
condutores ou outras partes da estrutura que estão energizadas, para que os serviços possam ser executados sem
exposição do trabalhador ao risco elitrico. Tim de ser compatíveis com os níveis de tensão do serviço
normalmente são de cor laranja.
Esses dispositivos devem ser bem acondicionados para evitar sujidade e umidade, que possam torná-los
condutivos. Tambim devem ser inspecionados a cada uso.
 Isolação dupla ou reforçada:
A norma NBR 6151 classifica os equipamentos elitricos (eletrodomisticos e eletro profissionais) quanto a proteção
contra choques eli tricos, em cinco classes - O, OI, I, II e III - como vai indicado a seguir:
Classe 0I: equipamento que tem pelo menos a isolação básica em todas as suas partes vivas, e i dotado de terminal
para aterramento das partes metálicas acessíveis, não destinadas a conduzir
Corrente (massas), e que podem tornar-se vivas em caso de falha de isolação. Entretanto, o cabo de alimentação
não possui condutor de proteção nem o plugue contato de terra. É o caso, por exemplo, de certas geladeiras e
máquinas de lavar roupa de uso domi stico: para esses equipamentos, existe a possibilidade de uma proteção
complementar, que pode ser obtida pela ligação do terminal de aterramento a uma terra adequada.
Classe I: equipamento no qual a proteção contrachoques eli tricos não i assegurada unicamente pela isolação, mas
inclui uma precaução de segurança adicional, constituída por um condutor de proteção independente no cabo de
alimentação para a ligação das massas ao condutor de
proteção da instalação. É o caso dos aparelhos eletrodomisticos de maior porte ou potincia (lavadora de pratos,
condicionador de ar, forno de micro-ondas, etc.) e da maioria dos aparelhos eletro profissionais (copiadora tipo
xerox, equipamento odontológico, etc.).
Classe II: equipamento que tem isolação dupla, ou isolação reforçada, em todas as suas partes vivas, sem previsão
para aterramento ou outras precauções que dependam das condições da instalação. Podem ser de tris tipos:

a) com carcaça isolante durável e substancialmente contínua, que envolve todas as partes metálicas (exceto
pequenas partes, como placas de identificação, parafusos, rebites, etc.), que devem ser isoladas das partes vivas
por isolação pelo menos equivalente a isolação reforçada.
Como exemplo, podem ser citados aspiradores de pó, certos chuveiros eli tricos, etc..
b) com carcaça metálica substancialmente contínua, que tem isolação dupla em todas as suas partes, exceto
naquelas em que i utilizada isolação reforçada por ser impraticável a aplicação de isolação dupla. É o caso, por
exemplo, das ferramentas elitricas portáteis.
c) com carcaça mista, que combina as características dos tipos com carcaça isolante e com carcaça metálica,
como em certas ferramentas portáteis.
Classe III: equipamento no qual a proteção contra choques elitricos i assegurada pela alimentação em extra baixa
tensão, sendo que, durante o funcionamento, não podem ser induzidas tensões mais elevadas. É o caso, por
exemplo, de equipamentos para uso subaquático (iluminação de piscinas, hidromassagem etc.).
Os condutores elitricos e as linhas elitricas (que não são equipamentos e, portanto, não classificados pela norma
NBR 6151) podem ser considerados “equivalentes a classe II” nos seguintes casos:
- cabos unipolares ou cabos multipolares, em qualquer condição de instalação (inclusive contidos
em condutos metálicos fechados);
 linhas elitricas constituídas por condutores isolados contidos em condutos fechados isolantes.
 Colocação fora do alcance:

Partes simultaneamente acessíveis que apresentem potenciais diferentes devem se situar fora da zona de
alcance normal.
Considera-se que duas partes são simultaneamente acessíveis quando o afastamento entre elas não ultrapassa
2,50 m
(BT).
Define-se como “zona de alcance normal” o volume especificado nas normas ti cnicas: NBR 5410 para BT e NBR
14039 para MT.

 Uso de separação eli trica individual:


A separação elitrica de circuitos (geralmente monofásicos) por razões de segurança baseia-se nos seguintes
pontos:
 Os dois condutores ligados ao secundário não aterrado de um transformador de separação são isolados da
terra;
 Ocorre-se um contato direto com um condutor, uma corrente muito pequena circulará pela pessoa em contato,
pela terra e de volta ao outro condutor atravi s de sua capacitância para a terra. Como essa capacitância i
muito pequena e a reatância correspondente muito grande, a corrente está, em geral, abaixo do nível de
percepção;
 Aumentando o comprimento dos cabos do circuito, a corrente de contato direto aumentará ati o ponto em que
se torna perigosa;
 Evidentemente, quando ocorre um contato indireto (na massa de um equipamento de utilização ligado ao
circuito), a situação i análoga;
 perigo existe, mesmo em cabos de pequeno comprimento, cuja resisti ncia de isolamento para a terra
apresente valor baixo (por exemplo, cabos flexíveis com isolação danificada).
Į egislação

Responsabilidade civil por acidente de trabalho


 Art. 30, da Į ei de Introdução ao Código Civil Brasileiro: ”Ningui m se escusa de cumprir a lei alegando que não a
conhece”.
 Art. 157 da
CĮT: Cabe as
empresas:
I. Cumprir e fazer cumprir as normas de segurança e medicina do trabalho;
I. Instruir os empregados, atravi s de ordem de serviço, quanto as precauções a tomar no sentido de evitar
acidentes do trabalho ou doenças ocupacionais;
I. Adotar as medidas que lhes sejam determinadas pelo órgão regional competente;

I. Facilitar o exercício da fiscalização pela autoridade competente


 Art. 159 do Código Civil:
“Aquele que por ação ou omissão voluntária, negligincia, imprudincia ou imperícia, causar dano a outra pessoa,
obriga-se a indenizar o prejuízo”.
 Súmula 229 do Supremo Tribunal Federal:
“A indenização acidentaria, a cargo da Previdi ncia Social, não exclui a do Direito Civil, em caso de acidente do
trabalho ocorrido por culpa ou dolo”.

Artigo 15 do Código Penal:


“Diz-se como crime”:
 Doloso:quando o agente quis o resultado ou assumiu o risco de produzi-lo;
 Culposo: quando o agente deu causa ao resultado por imprudincia, negligincia ou por imperícia”.
 Artigo 132 do Código Penal:

“Expor a vida ou a saúde de outrem a perigo direto e iminente

Pena – Prisão de 03 meses a 01 ano.


 Processo: 1998.001.09694.
Responsabilidade civil. Acidente causado por descarga elitrica. Responsabilidade objetiva da empresa
concessionária de energia. Culpa exclusiva da vítima. Manobra para alcançar peça de roupa caída em andar
diverso com a utilização de artefato com haste de alumínio. Elemento transmissor de eletricidade. Descarga de
corrente por culpa exclusiva da vítima. Fiação localizada em altura compatível segundo as regras da
Associação Brasileira de Normas Ti cnicas – ABNT. Apelo desprovido.

Normas Ticnicas Brasileiras


O fórum nacional de normalização i a associação
brasileira de normas ticnicas (ABNT).
Fluxograma de elaboração de normas:

COMISSÃO DE ESTUDOS(CE)
ELABORA TEXTO INICIAL
Norma Ti cnica
Documento aprovado por uma instituição reconhecida
que previ, para uso comum e repetitivo, regras,
CONSULTA PÚBLICA
diretrizes ou características para os produtos ou
processos e mitodos de produção conexos e cuja
observância não i obrigatória. Tambim pode incluir
ANÁLISE DAS PROPOSTAS prescrições em material de terminologia, símbolos,
embalagens, marcação ou etiquetagem aplicáveis a um
produto, processo ou mitodo de produção ou tratar
REDAÇÃO FINAL exclusivamente delas.

PUBLICAÇÃO DA NORMA
Regulamentações do ministi rio do trabalho e emprego
Į ei 6.514 de 22/12/77 altera o Capítulo V, Título II da
Consolidação das Į eis do Trabalho – CĮT relativo a
Segurança e Medicina do Trabalho;
Portaria 3.214 08/06/78 aprova as Normas
Regulamentadoras – NR ( 28 Normas) ;
Portarias posteriores alterando e acrescentando normas.
Normas Ti cnicas: NBR 5410 e NBR 14039
Estas normas estabelecem as condições que devem
satisfazer as instalações elitricas de baixa e midia
tensão, a fim de garantir a segurança de pessoas e
animais, garantir tambim a continuidade dos serviços, o
funcionamento adequado da instalação e a conservação
dos bens.
 Normas Regulamentadoras
Documentos elaborados de forma tripartite
(representação do governo / representação de
trabalhadores / representação de empregadores) que
estabelecem diretrizes relativas a área de
Segurança, Saúde e Meio Ambiente dos Trabalhadores,
publicado pelo Ministirio do Trabalho e Emprego ( MTE )
cuja observância i obrigatória por parte das empresas.

Normas Regulamentadoras
NR 1 - Disposições Gerais; NR10 - Segurança em Instalações e Serviços em Eletricidade;
NR 2 - Inspeção Privia;
NR 3 - Embargo e Interdição;
NR 4 - Serviço Especializado em Segurança e Medicina
do Trabalho(SESMT);
NR 5 - Comissão Interna de Prevenção de Acidentes; NR
6 - Equipamento de Proteção Individual (EPI);
NR 7 - Programa Midico de Saúde
de Controle
Ocupacional(PCMSO);
NR 8 - Edificações;
NR 9 - Programa de Prevenção
dos Riscos Ambientais(PPRA);
 Norma regulamentadora 10°

Segurança em Instalações e Serviços em Eletricidade

Portaria 598 de 07 de dezembro 2004


Glossário
Aterramento
Esquemas Uni filares
Sistema Eli trico de Poti ncia
Prontuário
Direito de Recusa
Tensão de Segurança
Portaria 598 de 07.12.2004 Zona de Risco
Zona Controlada
10.1- Objetivo e campo de aplicação
Etc....
10.2- Medidas de Controle
10.3- Segurança em projetos
10.4- Segurança na construção, montagem, operação e manutenção 10.5-
Segurança em instalações elitricas desenergizadas
10.6- Segurança em instalações elitricas desenergizadas 10.7-
Trabalhos envolvendo alta tensão
10.8- Habilitação, qualificação, capacitação e autorização dos trabalhadores
10.9- Proteção contra inci ndio
10.10-Sinalização de segurança Autorização de Trabalhadores
10.11-Procedimento de trabalho Procedimentos de Trabalhos
10.12- Situação de emergincia Direito de Recusa
10.13- Responsabilidades Normas da ABNT
10.14- Disposições Finais Teste em equipamentos destinados a trabalhos em AT
Pr Prontuário das Instalações elitricas
oc Zonas de Risco e Zona Controlada
edi
me Sistema Eli trico de Poti ncia
nto Trabalho Acompanhado
s
Anexo IV- Prazo para cumprimento dos itens da norma
regulamentadora - NR 10 de
Tr
ab
Inovações alh
os
Segurança em Projetos
Glossário
Cursos II-
Anexo com conteúdo
Zona programático
de Risco e Zona Controlada
Anexo III- Treinamento

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