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CÁLCULO
DE ENERGIA INCIDENTE
IMPACTOS
NFPA 70E - 2021
Executor: Date:
Catelani April 16, 2021 Page 1of 15
Technical Report
Conteúdo
1. OBJETIVO: ........................................................................................................................ 4
2. INTRODUÇÃO:.................................................................................................................. 4
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8. CONSIDERAÇÕES:........................................................................................................ 15
9. NORMAS: ........................................................................................................................ 15
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Catelani April 16, 2021 Page 3of 15
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1. Objetivo:
O presente documento tem o objetivo de avaliar os impactos no cálculo e estimativa da energia incidente em painéis de
baixa tensão com a publicação oficial da NFPA © 70-E edição 2021 em junho deste ano.
2. Introdução:
No ano de 2018 as principais normas que tratam da estimativa e cálculo de energia incidente sofreram revisões e for am
lançadas nas suas versões atualizadas.
No caso estamos nos referindo a NFPA © 70E – 2018 (vigente até 20/junho/2021) e IEEE© 1584 – 2018 (em vigência até o
presente).
Vamos nos ater somente nas metodologias que ambas as normas tratam e as suas implicações. No caso da IEEE© 1 5 8 4 –
2018 a referência que existia no passado em relação a metodologia de Ralph Lee foi retirada do te x to. De sta for ma a
norma fica restrita aos valores de contorno mostrados abaixo e não indica ou recomenda qualquer tipo de me todologia
fora da sua abrangência do modelo matemático.
Já na norma NFPA © 70E – 2018 possui em seu anexo “D” uma tabela com as metodologias previstas e admitas se gundo
referida edição:
Metodologia Observações
D2 – Método Ralph Lee Cálculo de energia na condição “open”. Conservador acima
de 600 V. Extremamente conservador em média tensão.
D3 – Doughty, et al., “Predicting Incident Energy to Better Cálculo de energia incidente para tensões inferiores a 6 0 0
Manage the Electrical Arc Hazard on 600 V Power V com limite de precisão entre 16kA e 50 kA.
Distribution Systems”
D4 – Método IEEE 1584 Cálculo de energia incidente conforme o limite e modelo
da versão de 2002 da referida norma.
D5 - Doan, “Arc Flash Calculations for Exposure to DC Cálculo de sistemas de corrente contínua até 1000 Vcc.
Systems”
Transcrição da Tabela de Metodologia do Anexo D – NFPA© 70E – 2018
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3. Conflito Normativo
Com base em um breve resumo, desde 2018 temos a liberdade técnica e legal de optar por trabalhar o cálculo da energia
tomando como base tanto a norma IEEE© 1584 como a NFPA © 70E. Desta forma podemos te r c álculos e e studos que
optem pelo modelo da IEEE© 1584 de 2002 ou de 2018. Afinal ambos os textos acima estão apr ovados e válidos até a
presente data deste documento.
O que acontecerá a partir de 21 de junho de 2021 (data oficial do lançamento da NFPA © – 7 0E ve rsão 2 02 1) é que a
tabela acima mostrada irá ser reposta pela transcrita abaixo (Caso desejam já pode ser visualizada no site da NFPA©).
Metodologia Observações
D2 – Método Ralph Lee Cálculo de energia na condição “open”. Conservador acima
de 600 V. Extremamente conservador em média tensão.
D3 – Doughty, et al., “Predicting Incident Energy to Better Cálculo de energia incidente para tensões inferiores a 6 0 0
Manage the Electrical Arc Hazard on 600 V Power V com limite de precisão entre 16kA e 50 kA.
Distribution Systems”
D4 – Método IEEE 1584 Cálculo da energia incidente de 208 V a 15 kV. Trifásico, 50
ou 60 Hz. Corrente de curto circuito 500 A – 106.000 A
(208 V – 600 V), 200 A – 65.000 A (600 V – 15000 V).
Gap 6,35 mm – 76,2 mm (208 V – 600 V).
Gap 13 mm – 152 mm (600 V – 15000 V).
D5 - Doan, “Arc Flash Calculations for Exposure to DC Cálculo de sistemas de corrente contínua até 1000 Vcc.
Systems”
Transcrição da Tabela de Metodologia do Anexo D – NFPA© 70E – 2021
Conforme mostrada na tabela acima as condições de contorno são as previstas na edição atualizada da IEEE© de 2018.
Desde a edição de 2012 da NFPA© 70E já existe um tópico específico no programa de gerenciamento de r isc o de ar co
elétrico que o estudo deverá ser revisto a cada 5 anos ou quando houver mudanças substanciais na instalação.
Ou seja, a cada cinco anos o programa de gerenciamento de risco de arco elétrico que é composto pe los ite ns abaixo
deve ser revisto. O programa de gerenciamento de risco de arco elétrico é composto por:
A hierarquia das medidas adicionais para avaliação do risco de arco elétrico segue:
Todas as atividades acima dependem da estimativa e cálculo da energia incidente e do limite de aproximação segura.
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Observe que o cálculo da energia incidente e limite de aproximação segura e somente uma pequena parte do programa
de gerenciamento de risco para arco elétrico. Da mesma forma existe o mesmo programa para choque elétrico.
Partindo do pre suposto que o estudo deve ser revisto vamos avaliar uma condição par ticular e ver se os r esultados
obtidos; com as mesmas condições de contorno; apresentam um grande impacto com a atualização da norma em relação
a metodologia do IEEE© 1584 de 2002 para 2018.
Para a estimativa do valor de energia incidente será usada a metodologia IEEE© 1584 – 2002 / 2018 em um painel do tipo
distribuição principal (“switchgear”) conforme NBR/IEC© 60439-1.
Para o dimensionamento será considerado barra infinita para curto – circuito no secundário do transformador.
LADO DE MT
LADO DE BT
Tensão 3 = 0,48 KV
Potência 3 = 2 MVA
Impedância = 6 %
Frequência = 60 Hz
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Será considerado o sistema com barra infinita tendo a corrente de curto circuito limitada somente a impedância do
transformador.
Dados do Transformador
Através da equação abaixo é possível estimar a corrente de arco elétrico presumida para tensões inferiores a 1 kV.
A corrente de arco é 20,02 kA, uma redução de 50 % em relação a corrente de curto franco.
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Para aferir sobre o tempo de atuação frente a um arco elétrico deve -se obter o tempo de resposta da unidade de
proteção em relação a corrente de arco e não a corrente de curto !
Utilizando uma unidade de proteção do tipo Micrologic 5.0 da Schneider deve -se ajustar a unidade de curto retar do; se
possível; abaixo de 85% da corrente de arco estimada.
IARCO = 20,02 kA
Conforme mencionada anteriormente está sendo utilizado uma unidade Micrologic 5.0 para proteção. O disjuntor é de
3.200 A
A corrente de ajuste para a unidade térmica está em 2560 A (104% da corrente nominal do transformador). O ajuste da
corrente de curto retardo está em 4 vezes a corrente nominal do transformador e com tem de 0,2 s para poder coordenar
com as saídas que deverão estar com a unidade instantânea ligada.
Muitas vezes pode não ser possível um ajuste tão curto em virtude de partidas de grandes motores, caso isso ac onte ça,
em um arco elétrico irá atuará a unidade térmica com tempo superior a 2 segundos.
Observe que caso o ajuste da corrente de curto retardo seja maior, o tempo de atuação irá para unidade térmica.
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Tempo para cálculo da energia incidente será = 200 ms + 50 ms (tempo de abertura do disjuntor) = 250 ms
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Onde:
x
t 610
E = 4,184 .C F .E N .
0, 2 D
Onde:
D → Distância do arco elétrico [mm]
t → Tempo de duração [s]
E →Energia incidente [J/cm2]
x → Em função do tipo de equipamento
CF→ Em função do nível de tensão
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Vamos utilizar as mesmas considerações do artigo anterior para poder comparar os valores obtidos. Para tanto será usada
a configuração de eletrodo vertical enclausurado (VCB)
Dados do Transformador
Através da equação abaixo é possível estimar a corrente de arco elétrico presumida para tensões inferiores a 600 V.
1
𝐼𝑎𝑟𝑐 =
0,6 2 1 0,62 − 𝑉𝑜𝑐 2
√( ) .( − ( ))
𝑉𝑜𝑐 𝐼𝑎𝑟𝑐6002 0,62 . 𝐼𝑏𝑓 2
Onde:
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A corrente de arco é 26,73 kA. Na nova versão não existe mais o cálculo da corrente a 85% da corrente de arco. Agor a é
necessário calcular o valor de variação e do coeficiente de variação.
Para aferir sobre o tempo de atuação frente a um arco elétrico deve -se obter o tempo de resposta da unidade de
proteção em relação a corrente de arco e não a corrente de curto !
Utilizando uma unidade de proteção do tipo Micrologic 5.0 da Schneider deve -se ajustar a unidade de curto retar do; se
possível; abaixo da corrente de arco
IARCO = 23,43 kA
Conforme mencionada anteriormente está sendo utilizado uma unidade Micrologic 5.0 para proteção. O disjuntor é de
3.200 A
A corrente de ajuste para a unidade térmica está em 2560 A (104% da corrente nominal do transformador). O ajuste da
corrente de curto retardo está em 4 vezes a corrente nominal do transformador e com tem de 0,2 s para poder coordenar
com as saídas que deverão estar com a unidade instantânea ligada.
Muitas vezes pode não ser possível um ajuste tão curto em virtude de partidas de grandes motores, caso isso ac onte ça,
em um arco elétrico irá atuará a unidade térmica com tempo superior a 2 segundos.
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Technical Report
Observe que caso o ajuste da corrente de curto retardo seja maior, o tempo de atuação irá para unidade térmica.
Tempo para cálculo da energia incidente será = 200 ms + 50 ms (tempo de abertura do disjuntor) = 250 ms
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12552
𝐸<600 = . 𝑇. 10 [𝐴+𝐵+𝐶]
50
𝐴 = 𝑘1 + 𝑘 2 . log (𝐺)
𝑘 3 .𝐼𝑎𝑟𝑐600
𝐵=
𝑘4 𝐼𝑏𝑓 7 + 𝑘5 𝐼𝑏𝑓 6 + 𝑘6 𝐼𝑏𝑓 5 + 𝑘7 𝐼𝑏𝑓 4 + 𝑘8 𝐼𝑏𝑓 3 + 𝑘9 𝐼𝑏𝑓 2 + k10 𝐼𝑏𝑓 1
1
𝐶 = 𝑘11 log(𝐼𝑏𝑓) + 𝑘12 log (𝐷) + 𝑘13 log(𝐼𝑎𝑟𝑐 ) + log ( )
𝐶𝐹
Onde:
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8. Considerações:
Para termos uma melhor visão das modificações vamos montar uma tabela comparativa tomando as mesmas condições
de contorno para as condições “box” previstas nas duas versões da norma IEEE © 1584.
* Mencionado tamanho do compartimento conforme ensaio de laboratório mas não era considerado no cálculo
(página 29 da norma IEEE© – 1584 2002)
Para a tabela acima os tempos de proteção considerados foram de 200 ms da unidade proteção mais 50 ms de abe rtur a
do disjuntor.
No caso ilustrativo isso é verídico, pois o ajuste da unidade de proteção está em 10,24 kA ou 4 x o valor da unidade
térmica.
Pode -se observar que a corrente de arco corrigida é bem restritiva no modelo de 2002. Já nos modelos de 2018 elas são
quase 33% superior o que facilita o estudo de coordenação e seletividade harmonize com o estudo de energia incidente.
O fator decisivo e que eleva de forma drástica o valor estimado de energia incidente é a posição dos e letrodos e ntre o
modelo VCB para o modelo HCB.
A simples mudança do eletrodo causa o dobro da energia incidente o que torna preocupante os valores dos e studos
anteriores com a configuração “Box”.
Assim os modelos e cálculos feitos na configuração Box antiga quando são alterados para configuração HCB mudam
drasticamente o gerenciamento de risco em função do valor de energia.
Pode -se assim dizer que não é a metodologia o fator decisivo, mas sim a construção do equipamento que definir á se o
cálculo será com eletrodos verticais (VCB) ou horizontais (HCB).
9. Normas:
Normas Aplicáveis:
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