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MANUAL DE COMISSIONAMENTO

Autotransformador Regulador
Monofásico

Furnas Centrais Elétricas S/A -


SE CAMPOS

Potência: 75 MVA
Tensões: 330/138 kV
Código do produto WEG: 13747458
Número de série: 1034317451
Documento nº: 10005054474 Ver.00
Ano de fabricação: 2017

N° DA ESPECIFICAÇÃO: PE.GCM.A.XXX.2016
N° DO CONTRATO: 8.000.009.245

WEG Equipamentos Elétricos S/A - Transformadores


Rua Dr. Pedro Zimmermann, 6751 - 89068-001 - Blumenau - SC - Fone 0 xx 47 3337-1000 - Fax 0 xx 47 3337-1090 – www.weg.net
SUMARIO

1. INTRODUÇÃO__________________________________________________________________________ 3
2. CARACTERÍSTICAS TÉCNICAS ___________________________________________________________ 4
2.1. DADOS DO TRANSFORMADOR __________________________________________________________ 4
3. REGISTRO DE RESULTADOS_____________________________________________________________ 5
3.1. REGISTRO DE PENDÊNCIAS ____________________________________________________________ 5
4. INSTRUÇÕES GERAIS___________________________________________________________________ 6
4.1. INSTRUÇÕES INICIAIS _________________________________________________________________ 6
4.2. CONDIÇÕES AMBIENTAIS ______________________________________________________________ 6
5. INSTRUMENTOS E EQUIPAMENTOS PARA TESTES __________________________________________ 7
6. CONDIÇÕES DE SEGURANÇA ____________________________________________________________ 8
7. EXECUÇÃO DOS SERVIÇOS _____________________________________________________________ 9
7.1. INSPEÇÃO VISUAL ____________________________________________________________________ 9
7.2. ENSAIOS DE INSPEÇÃO NO TRANSFORMADOR ANTES DE INICIAR O FUNCIONAMENTO _________ 10
7.2.1. MEDIÇÃO DA RESISTÊNCIA ÔHMICA DOS ENROLAMENTOS ___________________________ 12
7.2.2. MEDIÇÃO DA RESISTENCIA DO ISOLAMENTO DOS ENROLAMENTOS ___________________ 13
7.2.3. ENSAIO RELAÇÃO DE TRANSFORMAÇÃO DOS TRANSFORMADORES ___________________ 15
7.2.4. ENSAIO DE CORRENTE DE EXCITAÇÃO EM TRANSFORMADORES______________________ 22
7.2.5. ENSAIO DE FATOR DE POTENCIA DO ISOLAMENTO EM TRANSFORMADORES ___________ 27
7.2.6. ENSAIO FATOR DE POTENCIA DAS BUCHAS ________________________________________ 31
7.2.7. ENSAIO DO INDICADOR DE NIVEL DO OLEO DE TRANSFORMADORES __________________ 33
7.2.8. ENSAIO RELE DE GAS ___________________________________________________________ 34
7.2.9. ENSAIO DE ESTANQUEIDADE _____________________________________________________ 35
7.2.10. ENSAIO EM TC DE BUCHA. ______________________________________________________ 36
8. PLANILHAS DE ENSAIOS ELÉTRICOS NO CAMPO __________________________________________ 40
9. DOCUMENTOS DE REFERÊNCIA _________________________________________________________ 50
10. ASSISTENCIA TÉCNICA WEG __________________________________________________________ 51

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1. INTRODUÇÃO

As instruções contidas nesse manual de comissionamento foram elaboradas visando orientar os


cuidados e procedimentos a serem seguidos nos testes de campo do transformador. Baseiam-se nas
recomendações contidas em normas internacionais (ABNT, ANSI e IEC), devendo sempre que
possível ser observadas em conjunto.
As normas ABNT particularmente relacionadas ao comissionamento são as seguintes:
 NBR 7037 –Recebimento, instalação e manutenção de transformadores de potência em óleo
isolante mineral; e, complementarmente:
 NBR 5356 –Transformador de potência
 NBR 5380 – Método de ensaio

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2. CARACTERÍSTICAS TÉCNICAS

2.1. DADOS DO TRANSFORMADOR

 Número de Série: 1034317451


 Potência: 75 MVA;
 CP: 13747458;
 Classe de tensão: 330/138 kV;
 Tipo do Equipamento: Autotransformador Regulador Monofásico;
 Quantidade: 1 peça;
 Volume de Óleo: 36135 litros;
 Deslocamento Angular: YNa0d1.

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3. REGISTRO DE RESULTADOS

O registro das inspeções e dos testes realizados deverá ser feito e assinado pelo executor dos
mesmos nas colunas das tabelas apropriadas para tal finalidade, conforme itens: 5 e 7.

3.1. REGISTRO DE PENDÊNCIAS

Imediatamente após o encerramento dos testes de comissionamento deverá ser elaborada uma lista
com todas as pendências, incluindo as responsabilidades do fabricante e/ou fornecedor que deverão
ser solucionadas dentro do prazo de garantia do equipamento.

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4. INSTRUÇÕES GERAIS

4.1. INSTRUÇÕES INICIAIS

Antes do início dos testes deverá ser verificado se todo o pessoal, bem como os representantes das
partes interessadas, está presente e se o equipamento necessário à sua realização está disponível.
Verificar se os documentos e desenhos a serem utilizados são da última emissão.
Todas as modificações ou atualizações dos desenhos executadas durante os testes deverão ser
anotadas em um jogo de cópias da Comissão de Testes, carimbadas “Como Testado” e
encaminhadas ao responsável para correção e emissão final dos desenhos revisados conforme
construído.
Todos os instrumentos a serem utilizados nos testes deverão estar aferidos antes do início dos
trabalhos.
O Coordenador da Comissão de Testes deverá, ao término dos trabalhos, promover reunião com
todos os participantes para avaliação dos resultados.

4.2. CONDIÇÕES AMBIENTAIS

Quando dos testes no campo, o responsável do Comissionamento e/ou Engenheiro Supervisor


deverá observar as condições ambientais ao executar os trabalhos.

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5. INSTRUMENTOS E EQUIPAMENTOS PARA TESTES

Dados dos equipamentos utilizados para testes em campo, (a serem preenchidos na ocasião da
realização do ensaios.).

ESCALA DOS
DESCRIÇÃO DO EQUIPAMENTOS Nº DE SERIE
EQUIPAMENTOS
Megômetro analógico Megabrás MI 5500;
Termômetro digital;
Muitímetro digital Fluke 87 III;
Muitímetro digital Fluke 87 III;
Alicate Amperímetro Digital 2009;
Termo-Higrômetro;
Medidor de Relação de Espirras (TTR);
Ponte Kelvin Digital;
Multímetro Digital Fluke 89 IV;
Vacuômetro Digital;
Medidor de Fator de Potência;
Osciloscópio Fluke 123
Mala de Calibração de relês

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6. CONDIÇÕES DE SEGURANÇA

O Coordenador do Comissionamento e/ou o Supervisor dos testes de campo deverá promover, antes
do início dos trabalhos, uma reunião da Equipe de Comissionamento, incluindo a equipe de operação,
objetivando analisar os requisitos básicos de segurança necessários à execução dos testes de campo
e providenciar que os mesmos sejam cumpridos, observando, principalmente os abaixo relacionados:
 Transformador desligado e aterrado;
 Cabos de AT e BT desconectados do transformador e aterrados;
 Isolamento da área onde esta instalado o transformador.
 Delimitação e sinalização de áreas de trabalho;
 Colocação de etiquetas nos equipamentos envolvidos nos testes de acordo com as normas em
vigor;
 Verificação e localização de extintores próximos às áreas de ensaios;
 Elaboração de análise de risco, preenchendo o modelo próprio;

É também atribuição do Coordenador do Comissionamento e/ou Supervisor dos ensaios:


 Providenciar acondicionamento adequado para instrumentação de ensaios e ferramentas;
 Fazer o dimensionamento adequado da equipe de trabalho necessária para a execução dos
testes e designação da função de cada membro da equipe;
 Providenciar os equipamentos de proteção individual (EPI) necessários aos participantes das
equipes de ensaios;
 Estabelecer a sistemática de comunicação entre os participantes da equipe de trabalho,
objetivando o perfeito entendimento de mensagens;
 Verificar a existência de realização de outros trabalhos, não relacionados com os testes, dentro
da área delimitada para os mesmos;
 Providenciar ferramentas e instrumentos necessários de forma a evitar improvisações nos
ensaios de qualquer equipamento;
 Providenciar extensões elétricas, se necessário, com dimensões adequadas, com dispositivos de
proteção e sem emendas;
O Coordenador do Comissionamento e/ou Supervisor dos ensaios deverá solicitar que os
participantes do comissionamento tomem conhecimento de todas as recomendações de segurança
contidas neste item.

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7. EXECUÇÃO DOS SERVIÇOS

Antes do início dos testes deverá ser verificado se todo o pessoal, bem como os representantes das
partes interessadas, estão presentes e se o equipamento necessário à sua realização está
disponível;

7.1. INSPEÇÃO VISUAL

Deverá ser verificado se o equipamento está em perfeito estado de conservação e se foi montado de
acordo com o projeto.
Geral: A finalidade deste item é verificar a integridade física do equipamento e de seus componentes,
detectando eventuais avarias ocorridas durante o transporte e montagem.

VERIFICAÇÃO
INSPEÇÃO VISUAL REALIZADO
DATA RESPONSÁVEL
SIM NÃO
Verificar as condições dos
A.1 aterramentos: conexões, fixação,
cabos, etc...
Verificar as conexões primárias:
apertos, trincas, oxidação, limpeza,
A.2
identificação dos terminais,
vazamentos, isoladores.
Verificar trincas ou quebras nos
A.3
isoladores.
A.4 Verificar vazamentos
Verificar as condições do óleo:
A.5 limpeza, vazamentos, fixação,
ressecamento
Verificar o indicador de nível de óleo:
A.6 vazamentos, nitidez, montagem,
visor, indicação correta, trincas, etc
Verificar a condição geral: limpeza,
A.7
pintura, oxidação
Inspeção nas Buchas, nível de óleo
A.8
das buchas.
OBSERVAÇÕES:

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7.2. ENSAIOS DE INSPEÇÃO NO TRANSFORMADOR ANTES DE INICIAR O FUNCIONAMENTO

São as verificações e ensaios feitos antes de colocar em funcionamento o equipamento em campo.

Geral: A finalidade deste item é verificar as condições elétricas dos diversos equipamentos e circuitos
para se certificar de que o mesmo está apto a entrar em funcionamento.

VERIFICAÇÃO
ITEM DESCRIÇÃO VALORES DE REFERÊNCIA REALIZADO
DATA RESPONSÁVEL
SIM NÃO
ENSAIOS PRÉ-
OPERACIONAIS –
A
CIRCUITOS
DESENERGIZADOS
Análise do óleo mineral
isolante – Físico-Químico.
o rigidez dielétrica;  50 KV
o teor de água;  15 ppm
o fator de potência;  0,5 %
A.1
o tensão interfacial;  40 mN/m
o ponto de fulgor;  140 ºC
o densidade; 0,861 – 0,90
o acidez  1 mg KOH/g
o teor de clorados (PCB) < 2 mg/kg
Antes (referência), 24 a 36
horas após energização, 10
A.2 Análise Cromatográfica
e 30 dias após energização.
(conforme NBR 7037)
Resistência ôhmica dos
Comparar com valores
A.3 enrolamentos dos
medidos em fabrica
transformadores;
Resistência do isolamento dos
AT-M – 2 G
enrolamentos dos
AT-BT – 2 G
A.4 transformadores;
Medição do Índice de BT-M – 1 G
Polarização; IP > 2
Relação de transformação dos  0,5 %
A.5 VAT
transformadores; VBT . 3
Resistência do isolamento do
A.6  0,5 G / 500 Vcc
núcleo dos transformadores;
Resistência do isolamento de
A.7 toda a fiação do painel de  0,5 G / 500 Vcc
controle;
Ensaio de corrente de
A.8 Conforme item 7.2.4
excitação dos transformadores;
Iaplicadaprimario
A.9 Relação de corrente dos TC’s;  10%
Iaplicada sec undario
Resistência dos enrolamentos Comparar com valores
A.10
dos TC’s medidos em fabrica
Polaridade dos TC’s
A.11 Subtrativa
(subtrativa);
Comparar com valores
A.12 Ensaio de Saturação dos TC’s
medidos em fabrica
Resistência do isolamento dos
A.13  0,5 G / 500 Vcc
TC’s;

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VERIFICAÇÃO
ITEM DESCRIÇÃO VALORES DE REFERÊNCIA REALIZADO
DATA RESPONSÁVEL
SIM NÃO
Óleo - Alarme 85 oC
Deslg. 95 ºC
Programação dos monitores de VF1 – 80 ºC
A.14
temperatura VF2 – 80 ºC
Alarme – 90 oC
Deslg. – 100 oC
A.15 Calibração da Imagem térmica 10 ºC para AT e BT
Fator de potencia do
A.16 isolamento dos Max. 0,5%
transformadores;
A.17 Fator de potencia das buchas; Max. 0,5%
Medição de corrente dos
A.18 Conforme Placa
motores;
Detectar equilíbrio entre
Medição da resistência ôhmica
fases ( 5%) e a
A.19 dos enrolamentos dos
inexistencia de curtos-
motores;
circuitos
Medição da resistência do
A.20  0,5 G / 500 Vcc
isolamento dos motores;
Efetuar a simulação de todos
os dispositivos de proteção
dos transformadores.
-Rele Buchholz;
Operação dos contatos
A.21 -Monitor de temperatura;
conforme Diagrama
-Monitor de Tensão;
-Válvula de Alivio de Pressão;
-Indicador de Nível do Óleo;
-Sensor de Temperatura;

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7.2.1. MEDIÇÃO DA RESISTÊNCIA ÔHMICA DOS ENROLAMENTOS

Objetivo.
Este procedimento descreve a seqüência de operações a ser obedecida nos ensaios para a
determinação da resistência elétrica dos enrolamentos a frio em transformadores de força.

Generalidades.
A determinação da temperatura a frio do enrolamento pode ser feita antes ou após a medição de
resistência.
A temperatura média do óleo é tomada como a média da temperatura do óleo no topo e no fundo.
Em transformadores de potência nominal igual ou inferior a 5 MVA, a diferença entre as temperaturas
do óleo do topo e do fundo pode ser desprezível, sendo suficiente, neste caso, medir a temperatura
no topo do óleo.
Os valores de resistência, medidos na temperatura do meio circundante, são corrigidos para a
temperatura de referência - 75 C, através da fórmula:

2 + K
R2 = R1
1 + K
onde:
R1 = resistência medida na temperatura Θ1
R2 = resistência calculada na temperatura Θ2
Θ1 = temperatura do meio circundante, em C
Θ2 = temperatura de referência, em C
K = 234,5

Aparelhagem.
- Medidor de resistência ôhmica;
- Termômetro.

Execução do Ensaio.
Verificar se o transformador está em equilíbrio térmico com o ambiente.

Nota: A temperatura dos enrolamentos a frio pode ser considerada igual a temperatura
média do óleo, desde que o transformador esteja num ambiente de temperatura
estável, durante um tempo suficiente de 3 a 8 h, dependendo do tamanho do
transformador.

Efetuar as leituras de resistência, nos enrolamentos primário e secundário, na derivação


correspondente à tensão mais elevada. Em transformadores com comutador externo deverá ser
medida em todas as posições.

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7.2.2. MEDIÇÃO DA RESISTENCIA DO ISOLAMENTO DOS ENROLAMENTOS

Objetivo.
Este procedimento descreve a seqüência de operações a ser obedecida na determinação da
resistência de isolamento em transformadores.

Generalidades.
O critério, bem como o procedimento de medição da resistência de isolamento, a seguir citado, deve
ser considerado como orientativo, pois os valores de referência nele obtido não representam valores
limites absolutos, mas sim ordem de grandeza. Valores consideravelmente baixos, desde que
estáveis em relação às medidas anteriores em condições idênticas, não indicam necessariamente
irregularidade no isolamento. Por outro lado, valores mais altos dos que os obtidos pelo critério a
seguir, não representam uma garantia quanto ao comportamento do isolamento se os mesmos forem
inferiores aos valores obtidos em medições anteriores em condições idênticas.
A resistência do isolamento deve ser medida antes dos ensaios de dielétrico no transformador.
A resistência do isolamento deve ser medida com um mega-ohmímetro de 1000 V, no mínimo, para
enrolamentos de tensão máxima do equipamento igual a 72,5 kV e de 2000 V, no mínimo, para
enrolamentos de tensão máxima do equipamento, superior a 72,5 kV.
Como valor orientativo tem-se como valor mínimo para resistência de isolamento: para B.T. - 1000 M
e para A.T. - 2000 M.

Aparelhagem.
Megôhmetro eletrônico - 500 V/1000 V/2500 V/5000 V.

Esquema de ligação.

FIGURA A - Esquema p/ Medição FIGURA B - Esquema p/ Medição FIGURA C - Esquema p/ Medição


da Resist. De Isol. da Resist. De Isol. da Resist. De Isol.
entre de E.A.T. p/ entre de E.B.T p/ entre de E.A.T. e
E.B.T./ Aterrado E.A.T. Aterrado E.B.T. p/ Terra.

Nota: E.A.T. = Enrolamento de alta tensão.


E.B.T. = Enrolamento de baixa tensão.

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Execução do Ensaio.
- Curto-circuitar os terminais de cada enrolamento do transformador sob ensaio.
- Fazer as ligações para o ensaio.
- Selecionar a escala de medição adequada do megôhmetro.
- Ligar o megôhmetro, mantendo-se a tensão constante no mínimo por 1 min. e registrar a leitura.
- Desligar o megôhmetro.
- Desfazer as ligações.

Notas: 1) Não mexer na ligação do borne vermelho entre o megôhmetro e o


transformador, até que o LED indicador da AT esteja totalmente apagado. (Isto
ocorrerá a 30 s do desligamento do megôhmetro, aproximadamente).
2) O transformador a ser ensaiado não deve estar energizado ou conectado à
rede ou carga.

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7.2.3. ENSAIO RELAÇÃO DE TRANSFORMAÇÃO DOS TRANSFORMADORES

Objetivo.
Este procedimento descreve a seqüência de operações a ser seguida em ensaios para a
determinação da polaridade (transformadores monofásicos e transformadores de corrente),
seqüência de fases e deslocamento angular (transformadores trifásicos), relação de transformação
(transformadores monofásicos e trifásicos), identificação de curto entre espiras e circuito aberto pelo
método do transformador de referência de relação variável.

Generalidades.
Ao aplicar a tensão nominal a um dos enrolamentos, as tensões obtidas nos demais enrolamentos
podem apresentar uma tolerância de ± 0,5 %.
O transformador a ser ensaiado não deve estar energizado, conectado à rede ou carga.
Para a realização do ensaio é necessário utilizar o medidor de relação de transformação descrito
abaixo:

Figura 1

Onde:
A - Cabos de conexão:
- Cabos duplos secundários (X1, X2) “B. T.”.
- Cabos simples primários (H1, H2) “A.T.”.
B - Indicador de tensão.
C - Indicador de corrente de excitação.
D - Indicador de equilíbrio.
E - Controle da tensão de excitação.
F - Botão de acionamento do circuito de proteção.
G - Chaves de ajuste para determinação da relação de espiras.
H - Chave de seleção da tensão de alimentação.
I - Bornes de alimentação de tensão.

Aparelhagem.
- MRT - Medidor de relação de espiras em transformadores – TTR (1);
- MRT - Auxiliar para relações de transformação maiores que 129,99.

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Esquema de ligação.
Ligação do MRT com o MRT Auxiliar (Quando a Relação de Transformação for Maior que 129,99).

AT
Auxiliar AT

Auxiliar BT
BT
X1 Auxiliar BT
X2

Auxiliar AT
AT H2 H1
Figura 2

Transformadores de Corrente (TC): Verificação da polaridade.

Transformado
r de corrente
sob teste
P1 S2
(AT (BT)

S1
(AT
VERMELHO(BT)

MRT- Medidor de
Relação de
Transformação

Figura 3

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Execução do Ensaio.
Verificação da Polaridade
- Para transformadores de corrente (TC) conectar os cabos do TTR conforme figura 3.
- Ligar o aparelho.
- Para verificação da polaridade, colocar todas as chaves na posição “ZERO”
- Girar a chave de excitação e observar a deflexão do ponteiro no “INDICADOR DE EQUILÍBRIO”.
Caso defletir para a esquerda (+), a polaridade é subtrativa e caso defletir para a direita ( - ) a
polaridade é aditiva.
- Para transformador de corrente, identificar qual é o sentido do enrolamento (polaridade) no corpo
do TC, executando a indicação P1 com pincel atômico.

Medição de Relação de Transformação em Transformadores Monofásicos.


- Conectar os cabos do TTR (Medidor de Relação de Espiras) conforme figura 1 ou figura 2
(quando a relação for maior que 129,99).
- Calcular a relação do transformador em teste pela seguinte fórmula:

R.T. = V1
V2

Onde: V1 = tensão primária A.T.


V2 = tensão secundária B.T.
R.T. = relação de transformação

Exemplo: Transformador A.T. 7967 V; B.T. 230 V

Então: R.T. = V1 = 7967 = 34,639


V2 230

R.T. = 34,639

Ajustar as chaves de ajuste “G” do MRT mostradas na figura 1 conforme relação calculada do objeto
sob teste. Girar a chave de excitação para 6 ou 8 V (dependendo do modelo do MRT) e fazer a
medição exata através das chaves de ajuste fino para determinação da relação de transformação.
Registrar os valores medidos e calcular se estão dentro da tolerância normalizada (± 0,5 %),
conforme item, cálculo da variação da relação de transformação.

Medição de Relação de Transformação em Transformadores Trifásicos


Conectar os cabos do MRT no transformador sob teste conforme o deslocamento angular
correspondente
Calcular a relação de transformação do transformador sob ensaio conforme o seu deslocamento
angular.

Ajustar as chaves de ajuste de relação de transformação conforme relação calculada, e ajustar a


tensão de excitação em 6 ou 8 V e fazer a medição exata através das chaves de ajuste de relação de
transformação.
Anotar todos os valores medidos e calcular se a relação está dentro da tolerância normalizada + 0,5
%.

Cálculo da variação da relação de transformação.

V = relação medida – relação nominal x 100


_ relação nominal
Onde:
V = variação da relação de transformação (%).

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Identificação de curto entre espiras.
Observar as seguintes características:
- Ponteiro do indicador de corrente de excitação deve se movimentar indicando determinado valor.
- Ponteiro do indicador de tensão de excitação não deve atingir os 6 ou 8V (dependendo do
modelo do MRT) necessários para o teste de relação de espiras, embora seja aumentada a
excitação.

Notas: 1) Existem casos em que há a deflexão do ponteiro no indicador de corrente de


excitação, mas ao excitar o M.R.T., consegue-se atingir os 6 ou 8V (dependendo
do modelo do MRT), significando que a fase testada não possui espiras em
curto-circuito.
2) Em transformadores trifásicos fazer a comparação entre ambas as fases. Caso a
deflexão do ponteiro seja mínima, mas iguais em ambas as fases, também significa
que não há espiras em curto-circuito.

Identificação de circuito aberto.


Indicador de equilíbrio permanece na posição de repouso (Conforme Figura abaixo), embora sejam
acionadas as chaves para a determinação de relação de espiras.

Posição de
Repouso

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Tabela de grupo vetorial.
Tabela para Ensaio de Deslocamento Angular, Seqüência de Fases e Relação de Transformação
(Inclusive Cálculo) em Transformadores Trifásicos.

TERMINAIS DO TRANSFORM.
TRANSFORMADOR SOB ENSAIO
GRUPO NOS TERMINAIS DO MRT VALOR
VETORIAL A.T. B.T. MEDIDO
H1(V) H2(P) X1(V) X2(P)
U.1 U.2

X2
H2
H1 H3 X1 X0
U1x1,732
X0 H2 H1 X2 X0
X1 U2
Dy 1 H3 H2 X3 X0
H1 H3 X3
H2 X2
U1
H1 H3 X1 X2+X3 0,866xU2
X1
Dy 1 H2 H1 X2 X1+X3
H1 H3
X3
H3 H2 X3 X2+X1
H2 X2

0,866xU1
X1 U2
Dy 1 H1 H3+H2 X1 X3
H1 H3
X3
H2 H1+H3 X2 X1
H3 H1+H2 X3 X2

TERMINAIS DO TRANSFORM.
TRANSFORMADOR SOB ENSAIO
GRUPO NOS TERMINAIS DO MRT VALOR
VETORIAL A.T. B.T. MEDIDO
H1(V) H2(P) X1(V) X2(P)
U.1 U.2

H2 X2
H1 H2 X1 X2 U1
Dd 0 H2 H3 X2 X3 U2
H3 H1 X3 X1
H1 H3 X1 X3
H2 X2

H1 H2 X1 X2
Yy 0 H2 H3 X2 X3 U1
H3 H1 X3 X1 U2
H1 H3 X1 X3
H2
X2
Dz 0 X3 H1 H2 X1 X2
H2 H3 X2 X3 U1
H1 H3 H3 H1 X3 X1 U2
X1

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TERMINAIS DO TRANSFORM.
TRANSFORMADOR SOB ENSAIO
GRUPO NOS TERMINAIS DO MRT VALOR
VETORIAL A.T. B.T. MEDIDO
H1(V) H2(P) X1(V) X2(P)
U.1 U.2

H2 X2 U1x1,732
H1 H2 X1 X0
Dy 11 H2 H3 X2 X0 U2
X3
X0 H3 H1 X3 X0
H1 H3
H2 X1
X2
U1
X3
H1 H2 X1 X2+X3 0,866xU2
Dy 11 H2 H3 X2 X3+X1
H1 H3
H3 H1 X3 X1+X2
H2 X1
X2
0,866xU1
X3 U2
H1 H3+H2 X1 X3
H1 H3
Dy 11 H2 H3+H1 X2 X1
X1 H3 H1+H2 X3 X2

X2
H2 H1 H0 X1 X3
X3 U1
Yd 11 H2 H0 X2 X1
U2x1,732
H3 H0 X3 X2
X1
H1 H0 H3 X2
H2
H1 H2+H3 X1 X3
X3
Yd 11 H2 H3+H1 X2 X1 U1x0,866
H3 H1+H2 X3 X2 U2
X1
H1 H3
H2 X2

X3 H1 H2 X1 X2+X3 U1
Yd 11 H2 H3 X2 X3+X1 U2x0,866
H1 H3
X1 H3 H1 X3 X1+X2

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TERMINAIS DO TRANSFORM. NOS
TRANSFORMADOR SOB ENSAIO
GRUPO TERMINAIS DO MRT VALOR
VETORIAL A.T. B.T. MEDIDO
H1(V) H2(P) X1(V) X2(P)
U.1 U.2

H2
X1 H1 H2 X0 X1
Yz 5 H2 H3 X0 X2 U1x1,732
H3 H1 X0 X3 U2
X3
H1 X2
H2 H3 X0

X1
U1
Yz 5 H1 H2 X2+X3 X1 U2x0,866
H2 H3 X3+X1 X2
H1 X3 H3 H1 X1+X2 X3
H2 X2
H3

X1
Yz 5 H1 H2+H3 X3 X1 U1 x 0,866
H2 H3+H1 X1 X2 U2
H1 X3 H3 H1+H2 X2 X3
X2
H3

H2
X3 X2
H1 H2 X1 X1
Dd 6 H2 H3 X2 X2 U1
H1 H3
H3 H1 X3 X3 U2
X1
H2 X3 X2
H1 H2 X1 X1
Yy 6 H2 H3 X2 X2 U1
H3 H1 X3 X3 U2
H3
H1 X1
H2
X3 X1 H1 H2 X1 X1
Dz 6 H2 H3 X2 X2 U1
H3 H1 X3 X3 U2
H1 H3
X2

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7.2.4. ENSAIO DE CORRENTE DE EXCITAÇÃO EM TRANSFORMADORES

Objetivo.
Este procedimento descreve o método de ensaio para medição da corrente de excitação em
transformadores, com o uso do aparelho de Fator de Potência do Isolamento

Generalidades.
O ensaio de corrente de excitação pode ser utilizado para localizar certos tipos de defeitos em
transformadores, tais como defeitos na estrutura magnética do núcleo ou na isolação que resulte em
circulação de corrente entre espiras. Esses tipos de defeitos aumentam a relutância do circuito
magnético e podem ser reconhecidos pela alta corrente de excitação requerida para forçar o fluxo
pelo núcleo.
Todas as cargas devem ser desconectadas e o transformador desenergizado.
As medições devem ser feitas nos enrolamentos de Alta Tensão. Desta maneira, as falhas no lado de
Baixa Tensão também devem ser detectadas e a corrente necessária deve ser reduzida.
Deve-se tomar cuidado com os terminais do transformador, devido a tensão induzida em todos os
enrolamentos durante o ensaio.
A tensão de ensaio não deve ser superior à tensão nominal do enrolamento sob ensaio.
Para comparar os resultados dos ensaios, é necessário que as tensões aplicadas a cada
enrolamento sejam exatamente as mesmas para cada fase.
Após a aplicação de tensão de ensaio, as leituras de mA ( no caso do ensaio ser efetuado com o
aparelho MEU ), devem ser estabilizadas e o ponteiro do medidor sempre ajustado cada vez em 100,
antes que a corrente de excitação seja registrada. O valor de mA e mVA deve ser multiplicado pela
constante do seletor de medição.
Os ensaios devem ser realizados energizando os enrolamentos do transformador com a tensão de
2,5 kV ou 10 kV e registrar as correntes de excitação.
Toda vez que não for possível realizar o ensaio com tensão nominal do instrumento, reduzir a tensão
aplicada até que se consiga realizar o ensaio.
Sempre que houver dúvidas sobre os valores de corrente encontrados, inverter as ligações nas
extremidades dos enrolamentos dos transformadores e realizar o ensaio novamente.
A probabilidade de o magnetismo residual afetar o ensaio é pequena. Essa possibilidade, entretanto
deve ser considerada, se correntes altas forem medidas em um transformador, recomenda-se neste
caso, aplicar no instrumento a tensão de ensaio, reduzindo gradualmente e lentamente até zero.
Em transformadores com comutador de derivações em carga deve ser executado o ensaio na
derivação de maior tensão.

Aparelhagem.
Medidor de fator de potência.

Execução do Ensaio.
A medida da corrente deve ser realizada pelo método UST (amostra não aterrada) e é efetuada para
cada enrolamento individualmente conforme mostrado nas Figuras 5 e 6.
O neutro do enrolamento de Baixa Tensão deve permanecer aterrado.

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FIGURA 5 - Ligações para Ensaios em Auto-Transformadores

Nota: O terciário ou terciários podem permanecer como estão ligados, mas não devem
ser aterrados.

a) Ligação Y/Y ou Y/.

Nota: Na ligação ziguezague, proceder conforme transformador estrela com neutro


acessível.

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b) Ligação (/ ou Y /Y )

FIGURA 6 – Ligação para Ensaio em Transformadores Trifásicos

Ensaios para verificação ou investigação.


Com a finalidade de verificação, registrar as correntes de excitação com os enrolamentos
energizados alternativamente, ou seja, invertendo as ligações nas extremidades do enrolamento de
cada fase do transformador sob ensaio. As figuras 6 a), b) e c) seguintes apresentam os
procedimentos dos ensaios a serem executados.

a) Ligação Y/Y

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b) Ligação: (/) ou (/Y)

c) Ligação (/Y) ou (/) (com um enrolamento em curto a cada medição).

Ligação para Ensaios de Verificação ou Investigação.

Determinação da corrente de cada fase passando entre os pontos H1-H2 ( fig. 6 c):
1. Na primeira medição, curto-circuitar ( H2-H3) e medir i(H1-H2) + i(H1-H3) ligando o cabo HV no
ponto H1 e o cabo LV no ponto H2 ou H3;
2. Na Segunda medição, curto-circuitar (H1-H3) e medir i(H2-H3) + i(H2-H1) ligando o cabo HV no
ponto H2 e o cabo LV no ponto H1 ou H3;
3. Na terceira medição, curto-circuitar (H1-H2) e medir i(H3-H2) + i(H3-H1) ligando o cabo HV no
ponto H3 e o cabo LV no ponto H1 ou H2;

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Para se determinar a corrente de cada fase entre os pontos H1 e H2, basta realizar o seguinte
cálculo:

Somar: i(H1-H2) + i(H1-H3)


i(H2-H1) + i(H2-H3)
------------------------------------------
Subtrair 2 i(H1-H2) + i(H1-H3) + i(H2-H3)
i(H3-H2) + i(H3-H1)
------------------------------------------
2 i(H1-H2)

Onde: i = Corrente

Dividindo-se por 2 obtém-se a corrente entre os pontos H1 e H2.

Valores de Referência.
Os valores de corrente de excitação medidos devem ser comparados com os valores de fábrica ou
valores obtidos em ensaios anteriores.
Também podem ser comparados com valores obtidos em unidades similares.
Para transformadores ligados em estrela as duas fases externas apresentam correntes de excitação
similares , porém muito maiores do que a fase central.
Para transformadores ligados em delta o enrolamento não energizado, ou enrolamento estático (H2-
H3) está em paralelo com o medidor do instrumento durante o ensaio.Na maioria dos casos esse
paralelismo tem um efeito muito pequeno nas medições. O padrão para as três fases é de duas
correntes similares e uma corrente menor.

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7.2.5. ENSAIO DE FATOR DE POTENCIA DO ISOLAMENTO EM TRANSFORMADORES

Objetivo.
Este procedimento descreve o método de ensaio a ser obedecido para determinação do fator de
potência de isolamento em transformadores.

Generalidades.
A área na qual será realizado o ensaio deve estar bem demarcada e sinalizada, isolando-a com
cordão de segurança e de advertência.
O terminal de aterramento do equipamento deve estar ligado a malha de terra.

Aparelhagem.
- Medidor de fator de potência de isolamento.
- Termô-hidrômetro.

Preparação Preliminar.
Transformador
- Curto circuitar os enrolamentos primários e secundários do transformador com cordoalhas de
cobre nu ou estanhado;
- Aterrar o transformador a malha de terra;
- Proceder a leitura dos enrolamentos conforme Tabelas 1 e 2.

TABELA 1 - Esquema de Leitura (Dois Enrolamentos)


TRANSFORMADOR DE DOIS ENROLAMENTOS
de EAT Para EBT aterrado
de EBT Para EAT aterrado
de EAT e EBT Para terra

TABELA 2 - Esquema de Leitura (Três Enrolamentos)


TRANSFORMADOR DE TRÊS ENROLAMENTOS
de EAT para EBT ligado à ET aterrados
de EBT para ET ligado à EAT e aterrados
de ET para EAT ligado à EBT e aterrados
de EAT ligado à EBT para ET aterrado
de EBT ligado à ET para EAT aterrado
de EAT ligado à EAT para EBT aterrado
de AET ligado à EBT e à ET para terra

Nota: EAT = Enrolamento de alta tensão.


EBT = Enrolamento de baixa tensão.
ET = Enrolamento terciário

Medidor de Fator de Potência.


- Colocar o disjuntor (“Circuit Breaker”) na posição “OFF”.
- Colocar o controle de tensão (“Voltage Control”) na posição zero, girando-o no sentido anti-horário;
- Colocar a chave seletora (“Selector”) na posição “check”;
- Girar o potenciômetro (“Meter Adjust”) totalmente no sentido anti-horário;
- Colocar o seletor de escala (“Range”) na posição “HIGH”;
- Colocar as chaves MVA e MW em 2000;
- Colocar a chave de reversão (“Reversing”) em uma das posições “ON” (esquerda ou direita).

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Energização do Medidor de Fator de Potência.
- Energizar o medidor com uma tensão de 110 V e freqüência de 60 Hz (fase-neutro-terra); a
lâmpada verde deve acender;
- Acionar a chave “Operator Switch”, a lâmpada amarela deve acender com a chave “Reversing”e o
disjuntor (“Circuit Breaker”) na posição “ON”;
- Acionar a chave de segurança (“Axt. Sofet. Switch”); a lâmpada vermelha deve acender.

Calibração do Medidor de MVA e MW.


- Posicionar a chave “Selector” na posição “Check”;
- Ajustar a tensão para o valor desejado;
- Girar o botão do potenciômetro (“Meter ADJ”)até que o ponteiro indicador (MW ou MVA) ocupe a
posição 100.

Nota: Também pode ser verificado no indicador digital.

Execução do ensaio.
Medição do MVA.
- Colocar a chave “LV SWITCH” (baixa tensão) na posição “Ground”;
- Mudar a posição da chave “Selector” para MVA;
- Colocar a chave “Range” na posição que permita o desvio máximo do ponteiro.
- Anotar o valor de leitura, multiplicando-a pelo fator de multiplicação usado;
- Mudar a chave “Reversing” de posição e fazer a nova leitura;
- Calcular a média aritmética e anotar o resultado na ficha de registro de ensaios.

Nota: A chave seletora dos constantes de medição deve permanecer na mesma posição
durante as leituras.

Medição de PW.
- Colocar a chave “Selector” para MW; a chave “LV SWITCH” permanece na posição “Groud”;
- Ajustar MW, girando o botão MW, até que o ponteiro indique o menor valor, que deve ser anotado;
- Deixar a chave “Range” na mesma posição em que foi feita a leitura de MVA;
- Colocar a chave dos fatores de multiplicação na posição correspondente à valores menores,
obtendo o menor valor indicado;

Nota: Sempre que chave dos fatores de multiplicação for alterada de posição, girar o
botão de ajuste de MW para obter a deflexão mínima. A leitura deve abranger meia
divisão da escala.

- Mudar a posição da chave “Reversing”e fazer nova leitura;


- Anotar na ficha de registro de ensaio a média aritmética das leituras nas duas posições de chave;
- Anotar o valor, indicado no mostrador ciclométrico do botão de ajuste de MW. Este valor
multiplicado pela constante correspondente à posição da chave “Range” fornece o valor da
capacitância.
- Colocar a chave “Selector”na posição “Check”.

Repetição das Medições MVA e MW.


- Mudar a chave “LV SWITCH”para a posição “Guard”e depois para “Ust”, repetindo as medições de
MVA e MW para cada posição;
- Desapertar os botões dos interruptores de segurança;
- Colocar as chaves MVA, MW e “Range”na posição correspondente ao valor máximo;
- Desligar o interruptor geral, a lâmpada vermelha deve estar apagada;

Nota: O operador deve dirigir-se ao transformador sob ensaio somente se a lâmpada


vermelha estiver apagada.
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- Conectar o gancho do cabo HV (alta tensão) nos terminais de baixa tensão curto-circuitado do
transformador;
- Conectar o terminal LV (baixa tensão) nos terminais de alta tensão curto-circuitado do
transformador;
- Apertar os botões dos interruptores de segurança e ligar o interruptor geral;

- Repetir as medições de MVA e MW, com a chave “LV WITCH”em “Ground”e “Ust”;
- Desapertar os botões dos interruptores de segurança;
- Colocar as chaves MVA, MW e “Range” na posição correspondente ao valor máximo;
- Desligar o interruptor geral, a lâmpada vermelha deve estar apagada;
- Curto circuitar os enrolamentos de AT e BT, entre si, unindo os enrolamentos já curto circuitados
do transformador sob ensaio;
- Conectar o ganho do cabo HV nos enrolamentos curto circuitados;
- Conectar o terminal LV no terminal terra do transformador sob ensaio;
- Apertar os botões dos interruptores de segurança e ligar o interruptor geral;
- Colocar a chave “LV SWITCH” na posição “Ground”e repetir as medições de MVA e MW.

Finalização do Ensaio.
- Colocar a chave “Selector” na posição “Check”;
- Reduzir a tensão a zero, girando o botão “Voltage”, totalmente no sentido anti-horário;
- Desapertar os botões dos interruptores de segurança;
- Colocar as chaves MVA, MW e “Range” na posição correspondente ao valor máximo (2000)
(“HIGH”);
- Colocar o interruptor geral na posição “OFF” e retirar o plugue do receptáculo de 100 V;
- Recolher os cabos de conexão.

Resultados.
Determinação do Fator de Potência para Tensão de Ensaio Igual a 2,5 kV

MW
Fator de potência (%)  .100
MVA
Determinação do Fator de Potência para Tensão de Ensaio (2,5 kV)
- Corrigir as leituras de MVA e MW conforme segue:
MVA Real = 0,16 x MVA lido x (kV)2
MW Real - 0,16 x MW lido x (kV)2
- Calcular o fator de potência aplicando a expressão abaixo:

MW
Fator de potência (%)  .100
MVA
Corrigir o valor de Fator de Potência para a temperatura de referência (20ºC), conforme valores
constantes na Tabela Fator de Correção.

Nota: Fator de potência de isolamento de referência 20ºC.

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FATOR ºC FATOR ºC FATOR ºC FATOR
ºC
CORREÇÃ TEMPE CORREÇÃ TEMPE CORREÇÃ TEMPE CORREÇÃ
TEMPER.
O R. O R. O R. O
10.0 0.80 25.0 1.12 40.0 1.55 55.0 2.18
10.5 0.804 25.5 1.125 40.5 1.558 55.5 2.189
11.0 0.82 26.0 1.146 41.0 1.59 56.0 2.228
11.5 0.824 26.5 1.151 41.5 1.598 56.5 2.237
12.0 0.84 27.0 1.172 42.0 1.63 57.0 2.276
12.5 0.844 27.5 1.177 42.5 1.638 57.5 2.285
13.0 0.86 28.0 1.198 43.0 1.67 58.0 2.324
13.5 .864 28.5 1.203 43.5 1.678 58.5 2.333
14.0 0.88 29.0 1.224 44.0 1.71 59.0 2.372
14.5 0.884 29.5 1.229 44.5 1.718 59.5 2.381
15.0 0.90 30.0 1.250 45.0 1.75 60.0 2.42
15.5 0.904 30.5 1.256 45.5 1.758 60.5 2.431
16.0 0.92 31.0 1.28 46.0 1.79 61.0 2.476
16.5 0.924 31.5 1.286 46.5 1.798 61.5 2.487
17.0 0.94 32.0 1.31 47.0 1.83 62.0 2.532
17.5 0.944 32.5 1.316 47.5 1.838 62.5 2.543
18.0 0.96 33.0 1.34 48.0 1.87 63.0 2.588
18.5 0.964 33.5 1.346 48.5 1.878 63.5 2.599
19.0 0.98 34.0 1.37 49.0 1.91 64.0 2.644
19.5 0.984 34.5 1.376 49.5 1.918 64.5 2.655
20.0 1.00 35.0 1.40 50.0 1.95 65.0 2.70
20.5 1.004 35.5 1.406 50.5 1.959 65.5 2.712
21.0 1.024 36.0 1.43 51.0 1.996 66.0 2.76
21.5 1.028 36.5 1.436 51.5 2.005 66.5 2.772
22.0 1.048 37.0 1.46 52.0 2.42 67.0 2.82
22.5 1.052 37.5 1.466 52.5 2.051 67.5 2.832
23.0 1.072 38.0 1.490 53.0 2.088 68.0 2.88
23.5 1.076 38.5 1.496 53.5 2.097 68.5 2.892
24.0 1.096 39.0 1.52 54.0 2.134 69.0 2.94
24.5 1.100 39.5 1.526 54.5 2.143 69.5 2.952

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7.2.6. ENSAIO FATOR DE POTENCIA DAS BUCHAS

Objetivo.
Este procedimento descreve a seqüência de operações a ser seguida no ensaio do fator de potência
de isolamento em buchas capacitivas.

Generalidades.
- A tensão de ensaio deve ser 2500V.
- A bucha deve estar limpa e seca.
- A bucha deve estar na posição vertical.

Aparelhagem.
- Medidor de Fator de Potência de Isolamento Doble Meu 2500V.
- Dispositivo de Acoplamento para Tap Capacitivo.

Execução do ensaio.
- Ligar o aparelho e os cabos conforme Anexo.
- Conectar o cabo HV na ponta da bucha e o cabo LV no Tap Capacitivo.
- Aplicar 2500V.
- Colocar a chave “LV Switch” na posição UST.
- Calibrar a medição analógica com a digital em 100 através do potenciômetro “Meter Adjust”.
- Colocar a chave Range em LOW.
- Registrar a Umidade Relativa do Ar e Temperatura Ambiente.
- Colocar a chave “Check/Selector” em mVA.
- Fazer a medição normal e na chave de reversão.
- Passar a chave Check/Selector para mW e procurar o menor valor possível de medição no
modo normal e na chave de reversão.
- Verificar a polaridade na chave “Polarity”.
- Medir a capacitância.

Notas: 1) O valor da capacitância medida deve ser aproximadamente equivalente aquele


impresso na placa de bucha.
2) Todos os dados do ensaio devem ser registrados no formulário “Ensaio em Buchas
Capacitivas – Tap Capacitivo e Fator de Potência.

Resultado do ensaio.
- Fazer a média das leituras mW e mVA, medição normal e na chave de reversão.
- Calcular o resultado conforme fórmula abaixo:

Fórmula:

mW/mVAx100  Fator de Potência (%)

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Descrição e conexão dos cabos do medidor.

Medidor DOBLE, modelo 2500 V

Conexão dos Cabos

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7.2.7. ENSAIO DO INDICADOR DE NIVEL DO OLEO DE TRANSFORMADORES

Objetivo.
Este procedimento descreve o método para ensaio de Indicador Magnético de Nível de Óleo
utilizado como dispositivo de proteção em transformadores.

Aparelhagem.
- Multiteste.

Generalidades.
O indicador de nível possui contatos normalmente abertos (N/A) ajustados para fechamento quando
a bóia atingir o nível máximo ou mínimo. Se solicitado, o contato pode ser normalmente fechado
(N/F).

Nota: O diagrama elétrico deve acompanhar o aparelho e deve ser gravado de modo a
não sofrer ação do ambiente.

- O indicador magnético de óleo possui indicações de nível mínimo, nível a 25ºC e nível máximo.

Execução do ensaio.
- Retirar os parafusos de fixação do visor (caso o instrumento não tenha simulador externo).
- Retirar o vidro.
- Colocar a ponteira do multiteste nos bornes de ligação correspondentes ao contato de alarme
(normalmente aberto) baseando-se no indicado no diagrama de fiação.
- Movimentar manualmente o ponteiro do indicador até a marcação de máximo, (simulador, caso
aplicável).
- Observar a atuação do contato de alarme (devendo indicar circuito fechado).
- Retornar o ponteiro do indicador para a posição normal.
- Colocar a ponteira do ohmímetro nos bornes de ligação correspondentes ao contato de
desligamento (normalmente aberto) baseando-se no diagrama de ligação.
- Movimentar o ponteiro da posição normal para a posição de mínimo.
- Observar a atuação do contato de desligamento, com o ohmímetro devendo indicar circuito fechado.
- Retornar manualmente o ponteiro indicador para a posição normal.
- Recolocar o vidro e os parafusos de fixação.

Resultado.
Considerar aprovado se o funcionamento do indicador magnético coincidir com o indicado no
diagrama de fiação.

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7.2.8. ENSAIO RELE DE GAS

Objetivo.
Este procedimento descreve a seqüência de operações a serem seguidas no Ensaio de Relés de
Gás, utilizados como dispositivos de proteção em transformadores com conservador de óleo.

Generalidades.
Os Relés de Gás Bucholz são instalados em transformadores para assinalar defeitos que geraram
gases, e deste modo, evitar maiores danos ao equipamento.
Perdas de óleo, descargas internas, isolação defeituosa do enrolamento e do núcleo ou falhas contra
terra são exemplos de defeitos detectados pelo Relé Bucholz.
O relé deve ser instalado com uma inclinação de aproximadamente 1,5° em direção ascendente em
relação ao conservador de óleo. Tal posição visa garantir que o fluxo de gás proveniente de um
defeito passe pelo relé e permita sua atuação.

Aparelhagem
- Multímetro.

Execução de ensaio.
Verificação da Atuação dos Contatos
- Acionar o simulador externo;
- Medir a atuação dos contatos com multímetro;

Resultado.
Considerar o componente aprovado se a atuação dos contatos coincidir com o estabelecido no
diagrama de fiação, plaqueta de ligação do acessório.

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7.2.9. ENSAIO DE ESTANQUEIDADE

Objetivo.
Este procedimento descreve a seqüência de operações a serem obedecidas no ensaio de
estanqueidade e resistência à pressão a frio. Aplica-se ao ensaio de rotina e tipo de transformadores
imersos em líquido isolante.

Generalidades.
O transformador a ser ensaiado deve estar completamente montado, com todos os acessórios
necessários ao seu funcionamento normal e líquido isolante até o nível marcado.
Os valores de pressão manométrica e tempo de aplicação devem ser conforme Tabela abaixo:

TABELA - Tempo de Aplicação

PRESSÃO TEMPO DE
TIPO DE TRANSFORMADOR MANOMÉTRICA APLICAÇÃO
Mpa kgf/cm2 h

Tensão máxima do equipamento superior 72,5 kV ou potência


0,05 0,5 24
nominal superior a 10 MVA

Tensão máxima do equipamento inferior a 72,5 kV e potência


0,03 0,3 24
nominal inferior ou igual a 10 MVA.

Aparelhagem.
- Dispositivo com Manômetro;
- Cilindro com ar sintético.

Execução do ensaio de estanqueidade.


Transformador com conservador de óleo, o dispositivo de estanqueidade deve ser instalado na parte
superior do conservador de óleo, na tubulação do secador de ar.
Aplicar a pressão definida

Fazer a inspeção, verificando os pontos de solda, conexões roscadas, gaxetas, etc., observando se
ocorreu vazamento do líquido isolante. Caso ocorra vazamento, repará-lo e repetir o ensaio.

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7.2.10. ENSAIO EM TC DE BUCHA.

Objetivo.
Este procedimento descreve a seqüência de operações a ser obedecida para ensaios de rotina em
transformadores de corrente bucha.

Execução do ensaio.
Polaridade
- Adequar um polarímetro que tenha dois cabos de saída (um vermelho e outro preto) e dois cabos
polares (também vermelho e preto).
- Ligar o cabo de saída vermelho no terminal S1 do TC e o cabo de saída preto no terminal S2 ou
terminal de maior número.
- Passar o cabo polar vermelho pela janela do TC, no sentido polarizado, curto-circuitando-o com o
cabo polar preto.

Nota: Todo TC é identificado com um ponto na base do terminal de saída que indica o
sentido do enrolamento.

- Concluir as ligações indicadas no esquema abaixo:

- Dar pulsos de tensão no TC, através de um botão vermelho localizado no polarímetro, que fará
defletir o galvanômetro.

Nota: Se defletir para a direita a polaridade é subtrativa e se defletir para a esquerda a


polaridade é aditiva.

Relação de Transformação
- Aplicar uma corrente no primário (P1) do TC tão próxima quanto possível da nominal e medir a
corrente secundário S1, S2.
IP
Cálculo da Relação : = Relação de transformação
IS
Onde:
IP = Corrente primária.
IS = Corrente secundária.
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- Anotar no Mod. 198 os terminais entre os quais foi feito a medição, a corrente primária aplicada e a
corrente secundária medida.

Nota: A relação obtida pode comportar uma tolerância de 10%.

2) Ao terminar o ensaio, registrar no modelo 198 os terminais e a tensão aplicada.

Resistência Ôhmica
- Medir a resistência ôhmica, nos terminais do TC (S1 e S2) e verificar a temperatura ambiente, no
termômetro, tipo bulbo, imerso em óleo.
- Anotar a resistência e a temperatura do óleo/ambiente.

Curva de Saturação
-Calcular a tensão nominal do TC, utilizando a fórmula abaixo e as tabelas 3 e 4.

E = IS . F (Rc + Res )2 + (Xc + Xes )2


Onde:
IS = Corrente nominal secundária.
F = Fator de corrente (normalmente 20).
Rc = Resistência da carga secundária (ver Tabela 3).
Xc = Reatância da carga secundária (ver Tabela 3).
Res = Resistência 75 °C medida conforme item Resistencia ôhmica.
Xes = Reatância do enrolamento secundário (TC’s tipo bucha não é considerado).

TABELA 3 - Valores para Cálculo da Tensão Nominal


POTÊNCIA TENSÃO A
RESISTÊNCIA RESISTÊNCIA IMPEDÂNCIA
DESIGNAÇÃO APARENTE 20 x 5A
(Rc) INDUTIVA (Xc) ()
(VA) (V)
C25 25 0,5 0,866 1,0 100
C50 50 1,0 1,732 2,0 200
C100 100 2,0 3,464 4,0 400
C200 200 4,0 6,928 8,0 800

- Definir os valores de Rc e Xc, estabelecendo a equivalência entre a identificação aplicada pela


norma ANSI, com a designação utilizada pela norma ABNT utilizar Tabela 4.

Nota: Os TC’s são ensaiados e identificados conforme norma ANSI.

TABELA 4 - Equivalência entre Norma ANSI e ABNT


CARGAS NOMINAIS
ABNT MEDIÇÃO
ABNT ANSI
(EQUIVALENTE)
B10F20C2,5 C2,5 10L 10 C10 B-0,1 -
B10F20C5 C5 10L 20 C20 B-0,2 1,2 C25
B10F20C12,5 C12,5 10L 50 C50 B-0,5 0,6 C25
B10F20C25 C25 10L 100 C100 B-1 0,3 C25
B10F20C50 C50 10L 200 C200 B-2 0,3 C50
B10F20C100 C100 10L 400 C400 B-4 -
B10F20C200 C200 10L 800 C800 B-8 -

- Fazer o levantamento da curva de saturação, utilizando o valor calculado da tensão nominal do


TC.
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- Aplicar uma tensão no secundário do TC de 10 ou 20 volts, inferior à nominal.
- Aumentar gradativamente de 5 em 5 volts ou de 10 em 10 volts, conforme características do TC,
até obter-se a saturação do núcleo.

Nota: A saturação do núcleo é o fenômeno em que uma pequena variação da tensão


resulta em uma grande variação de corrente.

- Anotar os valores de tensão e corrente.


- Transportar os valores para o gráfico.
- Traçar a curva de saturação.
- Calcular a exatidão do TC, utilizando a fórmula abaixo:

IO
E %= x 100
IS . F
Onde:
E% = Exatidão ou erro.
IO = Corrente de exatidão medida na tensão nominal calculada conforme item anterior.
IS = Corrente secundária nominal.
F = Fator de sobrecorrente.

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OBS.:
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NOTA:

- Serão apresentados certificados de calibração de toda a instrumentação da proteção e


equipamentos para testes.

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8. PLANILHAS DE ENSAIOS ELÉTRICOS NO CAMPO

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9. DOCUMENTOS DE REFERÊNCIA

 Dimensões Externas: 10004585605 folha 02 de 24;


 Folha de Dados do Transformador: 10005054484;
 Bucha AT: 10004585605 folha 03 de 24;
 Bucha BT: 10004585605 folha 04 de 24;
 Bucha NAT/NBT: 10004585605 folha 05 de 24;
 Bucha Terciário: 10004585605 folha 06 de 24;
 Placa de Identificação: 10004585605 folha 14 de 24;
 Cubículo Individual do Autotransformador: 10004545660;
 Cubículo Comum com Tomadas: 10004582334.

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10. ASSISTENCIA TÉCNICA WEG

BRASIL
Estado Cidade Nome E-mail Fone/Fax
BAHIA Lauro de Freitas Engenharia e Manutenção Geral Ltda AT engemag@cpunet.com.br (71) 3378-2804/0339
Camaçari Tecnotrafo Transformadores Elétricos Ltda tecnotrafo@terra.com.br (71) 6210-4462
GOIÁS Anápolis Centro Eletrico - Delmar Gomes da Silva AT centroeletrico@uol.com.br (62) 3314-1499/1267
MINAS GERAIS Sete Lagoas Clarina Instal. Técnicas Ltda AT Clarina @clarina.com.br (31) 3773-4916/2271
Belo Horizonte C.O . M. W. Teknotrafo transformad. Ltda AT tectrafo@veloxmail.com.br (31) 3381-5052/ 3621-4089
Belo Horizonte M & W ENERGY LTDA AT mwenergy@uol.com.br (31) 3422-1896 / 3423-4961
MATRO GROSSO DO SUL Campo Grande Servitc-serviços e comercio.ltda-epp-at servitecms@terra.com.br (67) 3398-410/4517
MATO GROSSO Rondonópolis Breda Eletrotécnica Ltda bredaelet@terra.com.br (66) 3422-3832
PARÁ Santarem Eletromotores Ltda AT eletromot@vsp.com.br (93) 3524-1660/3764
PARAÍBA João Pessoa Rildo Carmo Andrade ME montexpb@terra.com.br (83) 3233-1871/3234-0204
PERNAMBUCO Jaboatão dos Grararapes ENERGY SERVICE Ltda energy@energyservice.com.br (81) 3476-1633-1616
PERNAMBUCO Recife J.M Comércio e Serviços Ltda AT jmservice@jmservice.com.br (81) 3428.1288/ 1669
PIAUÍ Teresina Itamar Fernandes ilfconsertos@ig.com.br (86) 3222-2550/3221-2392
PARANÁ Curitiba Elétro Fidalgo Ltda. AT eletrofidalgo@mps.com.br (41) 3333-8644/4885
Ponta Grossa SS Motores Elétricos Ltda AT eletrocometa@uol.com.br (42) 3222-2166/222-2374
RIO DE JANEIRO Rio de Janeiro Elétrica Tempermar Ltda AT tempermar@tempermar.com.br (21) 3890-4949/1500
Campos dos Goitaquases Eletro Sossai Ltda Eletrosossai1@terra.com.br (22) 2732-4080/2723-2577
RIO GRANDE DO NORTE Parnamirin Eletromatec Ltda AT eletromatecltda@uol.com.br (84) 3272-5033
RIO GRANDE DO SUL Pelotas Cem Construções Elétr. e Mec. Ltda cemweg@bol.com.br (53) 3225-8699
Santa Maria Corfap Engenharia Elétrica Ltda AT corfap@terra.com.br (55) 3222-3133
Rio Grande Crizel Eletromecanica Ltda AT crizel@mikrus.com.br (53) 3231-4044/4033
Porto Alegre Jarzynski ELETRICA Ltda AT jarzynsk@jarzynski.com.br (51) 3026-7000/3071-2133
Uruguaiana Marjel Engenharia Elétrica Ltda AT marjelee@uol.com.br (55) 3413-1016/1016
Caxias do Sul Rombaldi e Cia Ltda rombaldi.cia@uol.com.br (54) 3222-2309/3228-5385

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Sto Antônio da Patrulha Segmundo Hnszel & Cia Ltda as@via-rs.com.br (51) 3662-1644
SANTA CATARINA Luzerna Automatic Industrias Equipamentos Ltda automatic@automatic.com.br (49) 3523-1033/1033
Itajaí Elétro Volt Comércio e Instalações Ltda AT eletrovolt@eletrovolt.com.br (47) 3241-2222
Içara Fecoerusc Ericsen.baldin@zipmail.com.br (48) 3462-0581/3060
Rio do Sul Fios e Cabos Transformadores LTDA cicerof@fiosecabos.ind.br (47) 3521-2988
Tubarão Larroyd Transformadores Ltda larroydt@larroyd.com.br (48) 3626-1025/1801
SÃO PAULO Indaiatuba Carotti Eletricidade Indústria Ltda AT caroti@carotti.com.br (19) 3875-8282
Guarulhos Elétrica Vitale Ltda eletricavitale@aol.com.br (11) 6481-2495
São Paulo Elétro Buscarioli Ltda AT buscarioli@buscarioli.com.br (11) 6618-3611/6692-3873
Baurú Eletrotecnica CHIMBO Ltda chimbo@chimbo.com.br (14) 4009-1234/1200
Cotia Entel Construções Elétricas Ltda entel@entelce.com.br (11) 4616-9700
Catanduva Macias Elétrotécnica Ltda AT maciaseletro@uol.com.br (17) 3522-8421
São Carlos Transformadores São Carlos Ltda tsc@transf-saocarlos.com.br (16) 3371-9229/3372-9281
OUTROS PAÍSES
Uruguay Montevideo Motores Eletricos Ltda - (5982) 604-3806
Argentina Cordoba Servelec Sistema de energia - (54)(351) 452-2146/451-
0009
Chile Santiago Transformadores CW S/A ch@transformadores.net (56-2) 238-6571

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Rua: Dr. Pedro Zimmermann, 6751
89068-001 – Blumenau – SC
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Tel.: (0xx47) 3337-1000
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Filial BANWEG
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04077-023 – São Paulo – SP
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Fax: (0xx11) 5052-4212

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