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Plano de comissionamento

e manutenção preventiva
de subestações

www.inteceletrica.com.br
A ENERGIA QUE MOVE O MUNDO

Quando nos reunimos para criar a Intec Elétrica, sabíamos que a escolha tinha como
base um dos mais importantes setores do mercado e exigia uma vasta experiência, qualidade
técnica e equipamentos de última geração.

Com muito empenho e dedicação, hoje, somos uma prestadora de serviços em Sistemas
Elétricos de Potência, que tem como compromisso a excelência e garantia sobre o trabalho que
realiza de forma diferenciada e inovadora, focada no cliente e na melhoria contínua da formação
e capacitação de seus integrantes.

Desenvolvemos uma administração que visa a própria sustentabilidade através de uma


gestão responsável do ponto de vista técnico, econômico e ambiental, trabalhando em
conformidade com a legislação e promovendo uma cultura de sinergia organizacional
objetivando o alcance da satisfação e superação das expectativas do cliente.
Paixão e energia é o que nos move

A ENERGIA QUE MOVE O MUNDO

Quando nos reunimos para criar a Intec Elétrica, sabíamos


que a escolha tinha como base um dos mais importantes setores do
mercado e exigia uma vasta experiência, qualidade técnica e
equipamentos de última geração.

Com muito empenho e dedicação, hoje, somos uma


prestadora de serviços em Sistemas Elétricos de Potência, que tem
como compromisso a excelência e garantia sobre o trabalho que
realiza de forma diferenciada e inovadora, focada no cliente e na
melhoria contínua da formação e capacitação de seus integrantes.

Desenvolvemos uma administração que visa a própria


sustentabilidade através de uma gestão responsável do ponto de
vista técnico, econômico e ambiental, trabalhando em conformidade
com a legislação e promovendo uma cultura de sinergia
organizacional objetivando o alcance da satisfação e superação das
expectativas do cliente.

MISSÃO
Através de nosso corpo técnico
e com a utilização de instrumentos de
última geração, prestar serviços
especializados em subestações de
energia de modo a agregar valores à
sociedade e ser participante no
desenvolvimento do Brasil.

VISÃO
Com espírito de inovação e
melhora contínua, ser uma empresa
cuja parceria se torne essencial às
organizações responsáveis pela
manutenção e crescimento da
capacidade energética do Brasil.

VALORIZA
Valorização do capital humano
e respeito ao meio ambiente; postura
ética e transparente nos negócios e
comprometida com os resultados sem
desprezar os meios; postura inovadora
transformando desafios em soluções.

+55(15) 3318.8978 | comercial@inteceletrica.com.br


Rua Inglaterra, 170 - Jardim Europa - Sorocaba/SP - 18045-070
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Michel Mirr é Gradua
M ado em En ngenharia Elétrica.
E Deentre suas atividadess
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especializaddas destaccam-se a participaçã ão e coorddenação em m projetoss
c
complexos envolven do comis ssionamentoo e mannutenção preventiva a
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realizados em sistemmas elétricoos de potêência comppreendendo níveis de e
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tensão até 500kV. Dessenvolveu trabalhos es specializadoos em insta
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principais concessioná
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plantas fabris no Brassil, Paragua
ai e Angola. Elaborou diversos documentos
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que aos plaanos de com missionameento e manuutenção pre eventiva de
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INTEC | Pla
ano de comisssionamento e manutençção preventiv
va em subestações www
w.inteceletrica
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PLANO DE COMISSIONAMENTO E MANUTENÇÃO PREVENTIVA
DE SUBESTAÇÕES

01 Detalhamento dos ensaios Gabriel Gil Michel Mir 87 15/01/2017


00 Emissão inicial Gabriel Gil Michel Mir 84 18/03/2016
Rev. Descrição Elaboração Revisão Folhas Data
Sumário
1 OBJETIVO ................................................................................................................................... 7
2 CONDIÇÕES DE SEGURANÇA ................................................................................................. 7
3 ENSAIOS A REALIZAR / PROCEDIMENTO DE EXECUÇÃO ................................................... 8
3.1 TRANSFORMADOR DE CORRENTE ................................................................................. 8
3.1.1 Inspeção Visual ............................................................................................................. 8
3.1.2 Ensaios a Realizar ........................................................................................................ 8
3.1.3 Instrumentos / ferramentas ........................................................................................... 8
3.1.4 Procedimento de Execução / Inspeção Visual .............................................................. 9
3.1.5 Procedimento de Execução / Ensaios ........................................................................ 10
3.1.6 Normas de Referência ................................................................................................ 18
3.2 TRANSFORMADOR DE POTENCIAL ............................................................................... 19
3.2.1 Inspeção Visual ........................................................................................................... 19
3.2.2 Ensaios a Realizar ...................................................................................................... 19
3.2.3 Instrumentos / ferramentas ......................................................................................... 19
3.2.4 Procedimento de Execução / Inspeção Visual ............................................................ 19
3.2.5 Procedimento de Execução / Ensaios a Realizar ....................................................... 21
3.2.6 Normas de Referência ................................................................................................ 29
3.3 PARA-RAIOS ..................................................................................................................... 30
3.3.1 Inspeção Visual ........................................................................................................... 30
3.3.2 Ensaios a Realizar ...................................................................................................... 30
3.3.3 Instrumentos / ferramentas ......................................................................................... 30
3.3.4 Procedimento de Execução / Inspeção Visual ............................................................ 31
3.3.5 Procedimento de Execução / Ensaios a Realizar ....................................................... 32
3.3.6 Normas de Referência ................................................................................................ 35
3.4 DISJUNTOR ....................................................................................................................... 36
3.4.1 Inspeção Visual ........................................................................................................... 36
3.4.2 Ensaios a Realizar ...................................................................................................... 36
3.4.3 Instrumentos / ferramentas ......................................................................................... 36
3.4.4 Procedimento de Execução / Inspeção Visual ............................................................ 37
3.4.5 Procedimento de Execução / Ensaios a Realizar ....................................................... 38
3.4.6 Normas de Referência ................................................................................................ 43
3.5 SECCIONADORAS COM OU SEM LÂMINA DE TERRA .................................................. 44
3.5.1 Inspeção Visual ........................................................................................................... 44
3.5.2 Ensaios a Realizar ...................................................................................................... 44

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3.5.3 Instrumentos / ferramentas ......................................................................................... 44
3.5.4 Procedimento de Execução / Inspeção Visual ............................................................ 44
3.5.5 Procedimento de Execução / Ensaios a Realizar ....................................................... 45
3.5.6 Normas de Referência ................................................................................................ 47
3.6 RESISTOR DE ATERRAMENTO ...................................................................................... 48
3.6.1 Inspeção Visual ........................................................................................................... 48
3.6.2 Ensaios a Realizar ...................................................................................................... 48
3.6.3 Instrumentos / ferramentas ......................................................................................... 48
3.6.4 Procedimento de Execução / Inspeção Visual ............................................................ 48
3.6.5 Procedimento de Execução / Ensaios a Realizar ....................................................... 50
3.6.6 Normas de Referência: ............................................................................................... 50
3.7 TRANSFORMADOR DE POTÊNCIA ................................................................................. 51
3.7.1 Inspeção Visual ........................................................................................................... 51
3.7.2 Ensaios a Realizar ...................................................................................................... 51
3.7.3 Instrumentos / ferramentas ......................................................................................... 51
3.7.4 Procedimento de Execução / Inspeção Visual ............................................................ 52
3.7.5 Procedimento de Execução / Ensaios a Realizar ....................................................... 53
3.7.6 Normas de Referência ................................................................................................ 67
3.8 CUBÍCULOS DE MÉDIA TENSÃO .................................................................................... 68
3.8.1 Inspeção Visual ........................................................................................................... 68
3.8.2 Ensaios a Realizar ...................................................................................................... 68
3.8.3 Instrumentos / ferramentas ......................................................................................... 69
3.8.4 Procedimento de Execução / Inspeção Visual ............................................................ 69
3.8.5 Procedimento de Execução / Ensaios a Realizar ....................................................... 70
3.9 RETIFICADOR / BANCO DE BATERIAS (SELADAS) ...................................................... 71
3.9.1 Inspeção Visual ........................................................................................................... 71
3.9.2 Ensaios a Realizar ...................................................................................................... 71
3.9.3 Instrumentos / ferramentas ......................................................................................... 71
3.9.4 Procedimento de Execução / Inspeção Visual ............................................................ 71
3.9.5 Procedimento de Execução / Ensaios a Realizar ....................................................... 72
3.9.6 Normas de Referência ou manuais do fabricante ....................................................... 73
3.10 CABOS DE MÉDIA TENSÃO............................................................................................. 74
3.10.1 Inspeção Visual ........................................................................................................... 74
3.10.2 Ensaios a Realizar ...................................................................................................... 74
3.10.3 Instrumentos / ferramentas ......................................................................................... 74

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3.10.4 Procedimento de Execução / Inspeção Visual ............................................................ 74
3.10.5 Procedimento de Execução / Ensaios a Realizar ....................................................... 75
3.10.6 Normas de Referência ................................................................................................ 77
3.11 MALHA DE ATERRAMENTO – O ENSAIO CONSIDERA A MALHA DESENERGIZADA 78
3.11.1 Inspeção Visual ........................................................................................................... 78
3.11.2 Ensaios a Realizar ...................................................................................................... 78
3.11.3 Instrumentos / ferramentas ......................................................................................... 78
3.11.4 Procedimento de Execução / Inspeção Visual ............................................................ 78
3.11.5 Segurança ................................................................................................................... 79
3.11.6 Procedimento de Execução / Ensaios a Realizar ....................................................... 79
3.11.7 Normas de Referência ................................................................................................ 84
3.12 CADEIAS DE ISOLADORES ............................................................................................. 85
3.12.1 Inspeção Visual ........................................................................................................... 85
3.12.2 Procedimento de Execução / Inspeção Visual ............................................................ 85
3.12.3 Normas de Referência ................................................................................................ 85
4 Bibliografia ............................................................................................................................... 86

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LISTA DE FIGURAS

Figura 1 – Conexões para medição da resistência de isolamento ................................................... 10


Figura 2 – Conexão - Relação de transformação com corrente ....................................................... 11
Figura 3 – Conexão - Relação de transformação com tensão ......................................................... 12
Figura 4 – Conexão - Resistência de enrolamento .......................................................................... 12
Figura 5 – Compensação da temperatura ........................................................................................ 13
Figura 6 – Conexão – Curva de Saturação em TC’s ........................................................................ 13
Figura 7 – Gráfico da Curva de Saturação. ...................................................................................... 14
Figura 8 – Circuito equivalente do isolamento.................................................................................. 15
Figura 9 – Fator de dissipação ......................................................................................................... 15
Figura 10 – Correlação entre FD e FP ............................................................................................. 15
Figura 11 – Conexão - Medição fator de dissipação ........................................................................ 16
Figura 12 – Conexão Medição de fator de dissipação no terminal CT ............................................. 16
Figura 13 – Fórmula para correção de temperatura. ........................................................................ 17
Figura 14 – Gráfico Comparativo FD Prim x SEC ............................................................................ 18
Figura 15 – Gráfico Comparativo de FD Prim x Tap Capacitivo ....................................................... 18
Figura 16 – Conexões para medição da resistência de isolamento ................................................. 21
Figura 17 – Conexão – Relação de transformação .......................................................................... 22
Figura 18 – Conexão - Resistência do primário do TP ..................................................................... 22
Figura 19 – Conexão - Resistência de enrolamento TP ................................................................... 23
Figura 20 – Compensação da temperatura ...................................................................................... 23
Figura 21 – Circuito equivalente do isolamento................................................................................ 24
Figura 22 – Fator de dissipação ....................................................................................................... 24
Figura 23 – Correlação entre FD e FP ............................................................................................. 25
Figura 24 – Medição da Cap. Total .................................................................................................. 25
Figura 25 – Medição da Cap. total.................................................................................................... 26
Figura 26 – Medição da capacitância - C1-1 .................................................................................... 26
Figura 27 – Medição da cap. C1-2 ................................................................................................... 27
Figura 28 – Medição da capacitância C2 ......................................................................................... 27
Figura 29 – Fórmula de correção por temperatura ........................................................................... 28
Figura 30 – Gráfico Comparativo do Fator de Dissipação................................................................ 29
Figura 31 – Gráfico Comparativo das Capacitâncias ....................................................................... 29
Figura 32 – Conexões para medição da resistência de isolamento ................................................. 32
Figura 33 – Circuito equivalente do isolamento................................................................................ 33
Figura 34 – Fator de dissipação ....................................................................................................... 33

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Figura 35 – Correlação entre FD e FP ............................................................................................. 33
Figura 36 – Conexão - medição fator de dissipação em para-raios ................................................. 33
Figura 37 – Gráfico comparativo dos módulos superiores ............................................................... 34
Figura 38 – Gráfico Comparativo das Perdas em W ........................................................................ 34
Figura 39 - Contador indicando 4 descargas.................................................................................... 35
Figura 40 - Contador indicando 5 descargas.................................................................................... 35
Figura 41 – Conexão - Resistência de Contato ................................................................................ 38
Figura 42 – Circuito equivalente do isolamento................................................................................ 38
Figura 43 – Fator de Dissipação....................................................................................................... 38
Figura 44 – Correlação entre FD e FP ............................................................................................. 39
Figura 45 – Conexão – Medição fator de dissipação Disjuntor ........................................................ 39
Figura 46 – Gráfico Comparativo de Fator de Dissipação Câmara DJ ............................................ 40
Figura 47 – Gráfico Comparativo do Fator de Dissipação do Isolador ............................................. 40
Figura 48 – Conexões para medição da resistência de isolamento ................................................. 41
Figura 49 – Gráfico de tempos de abertura ...................................................................................... 42
Figura 50 – Gráfico de tempos de fechamento ................................................................................ 42
Figura 51 – Gráfico de tempos de fechamento e abertura (Trip free) .............................................. 43
Figura 52 – Conexões para medir resistência de isolamento ........................................................... 46
Figura 53 – Medição da resistência de contato ................................................................................ 47
Figura 54 – Conexões - resistência de contato ................................................................................ 47
Figura 55 – Conexão - Resistência ôhmica dos elementos ............................................................. 50
Figura 56 – Conexão - Relação de transformação e Polaridade de transformadores ..................... 53
Figura 57 – Gráfico de comparação por tal da relação de transformação ....................................... 55
Figura 58 – Gráfico da corrente de excitação por tap ...................................................................... 56
Figura 59 – Gráfico das perdas em Watts por tap ............................................................................ 56
Figura 60 – Conexão Medição de corrente de excitação com variação de tap ................................ 56
Figura 61 – Circuito equivalente do isolamento................................................................................ 57
Figura 62 – Fator de dissipação ....................................................................................................... 57
Figura 63 – Correlação entre FD e FP ............................................................................................. 57
Figura 64 – Tipo de conexões aplicadas a transformadores ............................................................ 58
Figura 65 – Medições de capacitância ............................................................................................. 59
Figura 66 – Conexões para fator dissipação das buchas ................................................................. 59
Figura 67 – Comparação do FD em manutenções........................................................................... 60
Figura 68 – Comparação das capacitâncias em manutenções ........................................................ 60
Figura 69 – Comparações do FD em manutenções ......................................................................... 60
Figura 70 – Comparação das capacitâncias em manutenções ........................................................ 60

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Figura 71 – Conexão Resistência de enrolamento µΩ ..................................................................... 61
Figura 72 – Conexão Resistência de enrolamento Ω ....................................................................... 61
Figura 73 – Gráfico comparativo dos valores de resistência de enrolamento .................................. 61
Figura 74 – Conexões resistência dinâmica ..................................................................................... 62
Figura 75 – Diagrama do comutador com carga .............................................................................. 62
Figura 76 – Funcionamento simplificado do comutador ................................................................... 63
Figura 77 – Gráfico comparativo de Ripple durante a comutação ................................................... 63
Figura 78 – Gráfico comparativo de Slope durante a comutação .................................................... 64
Figura 79 – Medições de resistência de isolamento ......................................................................... 64
Figura 80 – Gráfico comparativo de resistência de isolamento ........................................................ 65
Figura 81 - Esquema simplificado do Hypot ..................................................................................... 76
Figura 82 - Conexões do hypot ao cabo........................................................................................... 76
Figura 83 – Gráfico do ensaio de tensão aplicada ........................................................................... 76
Figura 84 – Cabos com boa isolação ............................................................................................... 77
Figura 85 – Indicação de isolação deteriorada ................................................................................. 77
Figura 86 - Circuito de medição da Malha de aterramento .............................................................. 80
Figura 87 – Curva do comportamento da resistência x distância ..................................................... 81
Figura 88 – Medição da tensão de passo......................................................................................... 82
Figura 89 – Medição da resistência de aterramento ........................................................................ 83
Figura 90 - Medições das tensões de passo .................................................................................... 84
Figura 91 - Medição das tensões de toque ...................................................................................... 84

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1 OBJETIVO

Este manual prescreve os métodos e procedimentos para execução dos ensaios de campo durante
a realização do comissionamento e ou manutenção preventiva em subestações de alta e média
tensão.
As atividades que compõem o comissionamento e a manutenção preventiva são realizadas com
base nas recomendações contidas nos manuais fornecidos pelos fabricantes, normativos técnicos
e especificações técnicas fornecidas pelo cliente, a fim de garantir o estado de conservação e as
condições operativas dos equipamentos instalados nas subestações visando garantir sua vida útil.

2 CONDIÇÕES DE SEGURANÇA

A execução das atividades respeitam as normas de segurança vigentes, de maneira a realizar os


trabalhos com segurança, dentre as quais podemos citar algumas abaixo:

Equipamento a ser realizado o comissionamento ou manutenção preventiva deve estar


desenergizado;
As chaves seccionadoras e disjuntores que isolam eletricamente o equipamento em ensaio
deverão permanecer abertos e bloqueados durante os ensaios;
Isolar a área de ensaio e sinalizá-la com placas de advertência e bandeirolas;
É obrigatório o uso de EPIs - equipamentos de proteção individual e de EPC’s -
equipamentos de proteção coletivos;
Sinalizar com placas de alerta, o painel envolvido, na casa de comando;
Aterrar os barramentos para evitar a possibilidade de descargas atmosféricas sobre o
circuito, que possam atingir o pessoal em serviço;
Utilizar conjuntos de aterramento adequadamente dimensionados;
Pessoal envolvido nos ensaios deverá estar ciente da tarefa a ser executada e dos riscos
inerentes;
Adotar providências para evitar o aparecimento de tensões perigosas de retorno ou pela
energização de secundários, como por exemplo, altas tensões nos terminais das buchas de
reguladores de tensão através da energização do TP;
Deverá ser cumprida a legislação em vigor sobre Medicina e Segurança do Trabalho.

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3 ENSAIOS A REALIZAR / PROCEDIMENTO DE EXECUÇÃO

3.1 TRANSFORMADOR DE CORRENTE

3.1.1 Inspeção Visual

 Coleta de dados de placa;


 Condição da Pintura;
 Fixação / Montagem (alinhamento e nivelamento);
 Aterramento;
 Condições dos cabos e conexões;
 Polaridade;
 Vazamento de óleo isolante;
 Verificar nível de óleo;
 Isoladores;
 Vedações das caixas secundárias;

3.1.2 Ensaios a Realizar

 Resistência de isolamento dos enrolamentos;


 Relação de transformação e polaridade;
 Resistência ôhmica dos enrolamentos secundários e primários (se houver
conexões);
 Fator de dissipação com Variação do Espectro de Frequência de 40 a 400 Hertz
(perdas dielétricas);
 Aplicar o torque conforme o fabricante do conector;

3.1.3 Instrumentos / ferramentas

 CPC100 + CPTD1 – Omicron;


 Termo higrômetro;
 Megôhmetro de isolamento de 500 /1.000 / 2.500 / 5.000Vcc;
 Torquímetro;
 Mala de ferramentas manuais;

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3.1.4 Procedimento de Execução / Inspeção Visual

Verificar o estado geral do transformador no referente à:

a) Coleta de dados de placa:


 Verificar a existência da placa de identificação do transformador, seu estado geral
e executar o registro fotográfico, para constar no relatório técnico.

b) Condição de Pintura:
 Verificar o estado geral da pintura do transformador, observando a inexistência de
arranhões e pontos de oxidação que possam vir a comprometer a vida útil do
mesmo.

c) Fixação / Montagem (alinhamento e nivelamento):


 Verificar se a fixação / montagem do transformador está em conformidade com o
projeto eletromecânico e sua perfeita execução.

d) Condições dos cabos e conexões:


 Verificar o estado geral de todos os condutores / cabos e conexões e sua
conformidade com o projeto.
 Aplicar torque de aperto das conexões primárias conforme projeto eletromecânico
e manual do fabricante dos conectores.

e) Polaridade:
 Verificar a identificação utilizada para os terminais de mesma polaridade conforme
a placa de características do equipamento.

f) Aterramento:
 Verificar as ligações de aterramento do transformador e a sua conformidade com o
projeto.

g) Vazamento de óleo isolante:


 Verificar se não existem vazamentos.

h) Verificar nível de óleo:


 Estado de conservação do indicador.

i) Isoladores:
 Verificar o estado dos isoladores quanto a trincas e limpeza;

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a) Vedações das caixas secundárias:

 Verificar as gaxetas e/ou Neoprene aplicadas nas caixas secundárias;

b) Verificação da limpeza:

 Execução da limpeza dos isoladores;

3.1.5 Procedimento de Execução / Ensaios

a) Desconectar conexões AT e BT.

b) ENSAIOS DE RESISTÊNCIA DE ISOLAMENTO DOS ENROLAMENTOS:

 Curto-circuitar os terminais de cada enrolamento;


 Medir durante um minuto com um megôhmetro conforme o nível de tensão:

 1.000 Vcc no mínimo, para equipamentos de tensão máxima igual ou inferior


a 72,5 kV;
 2.500 Vcc para equipamentos de tensão de 72,5 kV até 138 kV;
 5.000 Vcc para equipamentos de tensão superior a 138 kV;

OBS: Para enrolamentos secundários, a tensão de ensaio não deve ser superior a 500 Vcc;

RESISTÊNCIA DE ISOLAMENTO
CONEXÕES TEMPO
LINE EARTH GUARD APLICAÇÃO

PRIM SEC M 1’
PRIM M SEC 1’
SEC M PRIM 1’

Figura 1 – Conexões para medição da resistência de isolamento

As conexões podem ser alteradas conforme a solicitação do cliente

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a) ENSAIO DE RELAÇÃO DE TRANSFORMAÇÃO E POLARIDADE:

O objetivo deste ensaio é efetuar os


seguintes testes:
Testar a relação, polaridade, erro
percentual, magnitude da corrente primária
e magnitude e ângulo da corrente
secundária com injeção direta na entrada no
primário do TC de corrente e medida na
saída do secundário.
Figura 2 – Conexão - Relação de transformação com corrente

Cálculo do desvio (erro % de relação) e polaridade:

((Kn x Isec - Iprim) / Iprim) x 100%

Polaridade OK = phaseIsec - phaseIprim = -45°< 0° < +45°

Este cálculo é realizado diretamente pelo CPC100 – Omicron.

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b) RELAÇÃO DE TRANSFORMAÇÃO EM TC DE BUCHAS INSTALADOS EM
TRANSFORMADORES DE POTÊNCIA:

O método preferido para medição da relação de


TC é a injeção de corrente. Mas, em alguns GIS
TC ou TC de buchas nos transformadores de
potência onde o caminho de corrente primário
não é acessível, o método descrito na figura 2 é
a única solução. Para medir a relação e
polaridade de TC com o cartão de teste TC
Relação V, conecte a saída 2 kVCA ao
enrolamento secundário de TC e a entrada de
V2CA aos principais condutores.

Figura 3 – Conexão - Relação de transformação com tensão

Onde:
V1 = Tensão medida no primário;
V2 = Tensão medida no secundário;
N1/N2 = Relação de espira entre o primário e secundário;
I1/I2 = Relação de corrente do TC;

c) ENSAIO DE RESISTÊNCIA ÔHMICA DOS ENROLAMENTOS:

 Enrolamento Secundário:

Injetar corrente a partir da saída do 6A DC


para ambos os lados do objeto de teste.
Para medir esta corrente, encaminhá-lo
através da entrada IAC / DC tal como
mostrado na Figura 3.
A entrada VCC mede a queda de tensão no
objeto de teste, e a partir destes valores o
software calcula a resistência de
Figura 4 – Conexão - Resistência de enrolamento enrolamento do objeto de teste.

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 Compensação dos valores de resistência para a temperatura de referência:

Figura 5 – Compensação da temperatura

Onde:
Rref = Resistência calculada na temperatura de referência;
Vdc = Tensão medida no teste;
Idc= Corrente medida no teste;
Tmeas = Temperatura medida no teste;

d) ENSAIO DE LEVANTAMENTO DA CURVA DE SATURAÇÃO:

 Enrolamento Secundário:

Injetar a partir da saída 2 kV CA, tensão e


corrente, no enrolamento secundário do
objeto de teste. Através da injeção
simultânea de tensão e corrente em um
circuito similar ao mostrado na Figura 6, o
software do CPC-100 plota os valores
obtidos durante o ensaio graficamente. Os
gráficos podem ser apresentados de acordo
com os padrões ANSI 30º, ANSI 45º ou
IEC/BS demonstrando a curva de saturação.
Após a conclusão do ensaio é possível
verificar qual o nível de tensão joelho (knee

Figura 6 – Conexão – Curva de Saturação em TC’s


Point) e corrente que o núcleo do objeto de
teste satura.

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Padrões disponíveis para plotagem do gráfico de Saturação de transformadores de corrente são:

 IEC B/S – De acordo com o IEC 60044-1, o ponto de joelho (knee point) é definido
como o ponto da curva onde o aumento de tensão de 10% aumenta a corrente em
50%.
Usualmente aplicado para enrolamentos secundário de proteção.

 ANSI 45º – De acordo com o IEEE C57.13, o ponto de joelho (knee point) é o ponto
onde, com uma representação de duplo logarítmico, a linha tangente à curva forma
um ângulo de 45º.
Usualmente aplicado ao núcleo de transformadores de corrente sem entreferro.

 ANSI 30º – Igual ao ANSI 45º, mas com forma de ângulo de 30º.
Usualmente aplicado ao núcleo de transformadores de corrente com entreferro.

Gráfico gerado a partir do software do CPC 100

CONEXÃO 2S1-2S2

Tipo de Cartão: TCExcitação


07/13/2016
Data/Hora:
10:37:38
Sobrecarga: não
Avaliação: n/a

V max: 1000.0 V
I max: 1.00000 A
Freqüência: 60.00 Hz
Automático: sim
Resultados:

Cálculo do ponto do joelho da curva: IEC/BS


V. ref.: 226.00 mA
V joelho: 358.36 V
I joelho: 83.393 mA
Supr. de ruído: ativado

Figura 7 – Gráfico da Curva de Saturação.

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e) ENSAIO DE FATOR DE DISSIPAÇÃO

Perdas dielétricas nos enrolamentos principais:

Este ensaio é realizado em transformadores com tensão máxima igual ou superior a 72,5 kV
conforme as normas vigentes visando avaliar as características do isolamento do equipamento
através da injeção de tensão alternada (10 kV) com variação da frequência nos terminais de alta
tensão e medição das perdas watts e o registro da corrente de fuga do circuito de medição para a
conexão de aterramento com os secundários devidamente curto-circuitados também para o ponto
de terra.

Quando aplicável executa-se a injeção de tensão alternada (10 kV) com variação de frequência nos
terminais de alta tensão e medição das perdas watts e o registro da corrente de fuga do circuito de
medição para o terminal CT.

O ensaio com variação de frequência possibilita gerar uma curva do estado do isolamento.

 O dielétrico pode ser representado pelo circuito equivalente:

Figura 8 – Circuito equivalente do isolamento Figura 9 – Fator de dissipação

 Correlação entre o fator de dissipação e fator de potência

Figura 10 – Correlação entre FD e FP

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 Conexões para o Ensaio de Fator de Dissipação no TC – primário x secundário:

Figura 11 – Conexão - Medição fator de dissipação

 Ligações para o Ensaio de Fator de Dissipação no TC com terminal CT:

Figura 12 – Conexão Medição de fator de dissipação no terminal CT

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Fatores de Correção para Temperatura de Referência 20º C conforme a Norma IEE C57.12.90

Os fatores de correção de temperatura para o fator de potência de isolamento dependem dos


materiais de empregados na construção do equipamento, conteúdo de umidade, e assim por
diante. Os valores do fator de correção K listados na Tabela 1 são típicos e são satisfatórios para
fins práticos para uso na equação abaixo:

Tabela 1 – Fator de correção por temperatura

Figura 13 – Fórmula para correção de temperatura.

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 Gráficos de comparação do Fator de Dissipação

O módulo CPTD1 acoplado ao


FATOR DE DISSIPAÇÃO COM VARIAÇÃO DE FREQUÊNCIA

MEDIÇÃO: AT X SEC + M MODO: GSTg - A + B


CPC-100 permite a execução do
0,175% ensaio no objeto de teste com
FATOR DE DISSIPAÇÃO (%)

0,16%
frequências de 40 a 400 Hz. A
realização do ensaio com
0,145%
varredura da frequência, além de
0,13%
medir em zonas fora da frequência
0,115%
industrial (60 Hz +/-5%) onde
0,1%
40 50 57 60 63 80 100 existe indução devida há áreas
FREQUÊNCIA (HZ)
energizadas próximas ao local de
FASE A FASE B FASE C
testes, permite também a
Figura 14 – Gráfico Comparativo FD Prim x SEC elaboração de gráficos que
demonstram o comportamento do
FATOR DE DISSIPAÇÃO COM VARIAÇÃO DE FREQUÊNCIA fator de dissipação versus a
MEDIÇÃO: CT - MODO: UST - A frequência que podem ser
comparados para uma avaliação
FATOR DE DISSIPAÇÃO (%)

0,171

0,168 analítica do isolamento.

0,166

0,163

0,161

0,158
40 50 57 60 63 80 100
FREQUÊNCIA (HZ)
FASE A FASE B FASE C

Figura 15 – Gráfico Comparativo de FD Prim x Tap Capacitivo

3.1.6 Normas de Referência

 ABNT NBR 6856;


 ABNT NBR 6821;
 IEE C57.12.90;

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3.2 TRANSFORMADOR DE POTENCIAL

3.2.1 Inspeção Visual

 Coleta de dados de placa;


 Condição da Pintura;
 Fixação / Montagem (alinhamento e nivelamento);
 Aterramento;
 Condições dos cabos e conexões;
 Polaridade;
 Vazamento de óleo isolante;
 Verificar nível de óleo;
 Isoladores;
 Vedações das caixas secundárias;

3.2.2 Ensaios a Realizar

 Resistência de isolamento dos enrolamentos;


 Relação de transformação e polaridade;
 Resistência ôhmica dos enrolamentos primários e secundários;
 Fator de dissipação com variação da frequência (perdas dielétricas) pelo método B;
 No caso do TP ser capacitivo, o fator de dissipação com variação da frequência
(perdas dielétricas) será realizado para todos os módulos e as capacitâncias CT,
C1 e C2 também serão medidas;
 Aplicar o torque conforme o fabricante do conector;

3.2.3 Instrumentos / ferramentas

 CPC100 + CPTD1 – Omicron;


 Termo higrômetro;
 Megôhmetro de isolamento de 500-1.000-2.500-5.000Vcc;
 Torquímetro;
 Mala de ferramentas;

3.2.4 Procedimento de Execução / Inspeção Visual

Verificar o estado geral do transformador no referente à:

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a) Coleta de dados de placa:
 Verificar a existência da placa de identificação do transformador, seu estado geral
e executar o registro fotográfico, para constar no relatório técnico.

b) Condição de Pintura:
 Verificar o estado geral da pintura do transformador, observando a inexistência de
arranhões e pontos de oxidação que possam vir a comprometer a vida útil do
mesmo.

c) Fixação / Montagem (alinhamento e nivelamento):


 Verificar se a fixação / montagem do transformador está em conformidade com o
projeto eletromecânico e sua perfeita execução.

d) Condições dos cabos e conexões:


 Verificar o estado geral de todos os condutores / cabos e conexões e sua
conformidade com o projeto.
 Aplicar torque de aperto das conexões conforme projeto eletromecânico e manual
do fabricante.

e) Polaridade:
 Verificar a identificação utilizada para os terminais de mesma polaridade conforme
a placa de características do equipamento.

f) Aterramento:
 Verificar as ligações de aterramento do transformador e a sua conformidade com o
projeto.

g) Vazamento de óleo isolante


 Verificar se não existem vazamentos.

h) Verificar nível de óleo.


 Estado de conservação do indicador

i) Isoladores:
 Verificar o estado dos isoladores quanto a trincas e limpeza;

j) Vedações das caixas secundárias:


 Verificar as gaxetas e/ou neoprene aplicadas nas caixas secundárias;

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k) Chaves de carrier e aterramento (somente para transformadores de potencial
capacitivo):
 Verificar as condições das chaves quanto à abertura e fechamento;

j) Verificação da limpeza:
 Execução da limpeza dos isoladores

3.2.5 Procedimento de Execução / Ensaios a Realizar

a) Desconectar conexões AT e BT.

b) ENSAIO DE RESISTÊNCIA DE ISOLAMENTO:

 Curto-circuitar os terminais de cada enrolamento;


 Medir durante um minuto com um megôhmetro conforme o nível de tensão:

 1.000 Vcc no mínimo, para equipamentos de tensão máxima igual ou inferior


a 72,5 kV;
 2.500 Vcc para equipamentos de tensão de 72,5 kV até 138 kV;
 5.000 Vcc para equipamentos de tensão superior a 138 kV;

 Em transformadores de potencial indutivo onde o terminal de H2 for acessível, este


ponto pode ser considerado como primário;

OBS: Para enrolamentos secundários, a tensão de ensaio não deve ser superior a 500 Vcc;

RESISTÊNCIA DE ISOLAMENTO
CONEXÕES TEMPO
LINE EARTH GUARD APLICAÇÃO

PRIM SEC M 1’
PRIM M SEC 1’
SEC M PRIM 1’

Figura 16 – Conexões para medição da resistência de isolamento

As conexões podem ser alteradas conforme a solicitação do cliente


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c) ENSAIO DE RELAÇÃO DE TRANSFORMAÇÃO E POLARIDADE

O objetivo deste ensaio é efetuar os


seguintes testes:

Testar a relação, polaridade, erro


percentual, magnitude da tensão primária e
magnitude e ângulo da tensão secundária
com injeção direta na entrada no primário
do TP e medição na saída do secundário.

Figura 17 – Conexão – Relação de transformação

Cálculo do desvio (erro % de relação) e polaridade:

((Kn x Vsec - Vprim) / Vprim) x 100%

Polaridade OK = phaseVsec - phaseVprim = -45°< 0° < +45°

d) ENSAIO DE RESISTÊNCIA ÔHMICA DOS ENROLAMENTOS:

 Enrolamento Primário:

Ao injetar uma corrente CC interna


nos terminais primários, a entrada
VDC mede a queda de tensão, e a
partir destes valores o software
calcula a resistência de enrolamento
do objeto de teste.

Figura 18 – Conexão - Resistência do primário do TP

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 Enrolamento Secundário:

Injetar corrente a partir da saída do 6A DC


para ambos os lados do objeto de teste.
Para medir esta corrente, encaminhá-lo
através da entrada IAC / DC tal como
mostrado na Figura 19.
A entrada VCC mede a queda de tensão no
objeto de teste, e a partir destes valores o
software calcula a resistência de
Figura 19 – Conexão - Resistência de enrolamento TP enrolamento do objeto de teste.

 Compensação dos valores de resistência para a temperatura de referência:

Figura 20 – Compensação da temperatura

Onde:
Rref = Resistência calculada na temperatura de referência;
Vdc = Tensão medida no teste;
Idc= Corrente medida no teste;
Tmeas = Temperatura medida no teste

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e) ENSAIO DE FATOR DE DISSIPAÇÃO

Perdas dielétricas nos enrolamentos principais:

Este ensaio é realizado em transformadores com tensão máxima igual ou superior a 72,5 kV
conforme as normas vigentes visando avaliar as características do isolamento do equipamento de
acordo com o tipo de TP:

 Indutivo:

Pelo método B, por meio de injeção de tensão alternada (2,5 kV) variando a frequência nos
terminais de alta tensão curto-circuitados e o final de cada enrolamento secundário interligado a
massa, onde serão realizadas a medição das perdas watts, a medição da corrente de fuga e a
capacitância do objeto de teste.

 Capacitivo:

Por meio de injeção de tensão alternada (10 kV) nos terminais de alta tensão, realizam-se as
medições das perdas watts e o registro da corrente de fuga do circuito de medição para cada
conexão, medindo, portanto as capacitâncias nominais e o fator de dissipação conforme as figuras
a seguir.

 O dielétrico pode ser representado pelo circuito equivalente:

Figura 21 – Circuito equivalente do isolamento Figura 22 – Fator de dissipação

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 Correlação entre o fator de dissipação e fator de potência

Figura 23 – Correlação entre FD e FP

Conexão para o Ensaio de Fator de Dissipação no TPI (Capacitância Nominal):

Figura 24 – Medição da Cap. Total

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Conexão para o Ensaio de Fator de Dissipação TPC (Capacitância total)

Figura 25 – Medição da Cap. total

Conexão para o Ensaio de Fator de Dissipação TPC (Capacitância – C1-1)

Figura 26 – Medição da capacitância - C1-1

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Conexão para o Ensaio de Fator de Dissipação TPC (Capacitância C1-2):

Figura 27 – Medição da cap. C1-2

Conexão para o Ensaio de Fator de Dissipação TPC (Capacitância C2):

Figura 28 – Medição da capacitância C2

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Fatores de Correção para Temperatura de Referência 20ºC conforme a Norma IEE C57.12.90

Os fatores de correção de temperatura para o fator de potência de isolamento dependem dos


materiais de empregados na construção do equipamento, conteúdo de umidade, e assim por
diante. Os valores do fator de correção K listados na Tabela 1 são típicos e são satisfatórios para
fins práticos para uso na equação abaixo:

Tabela 2 – Fator de correção por temperatura

Figura 29 – Fórmula de correção por temperatura

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 Gráficos de comparação do Fator de Dissipação e Capacitância

O módulo CPTD1 acoplado ao


FATOR DE DISSIPAÇÃO COM VARIAÇÃO DE FREQUÊNCIA

MEDIÇÃO: AT X SEC + M MODO: GSTg - A + B


CPC-100 permite a execução do
0,065 % ensaio no objeto de teste com
FATOR DE DISSIPAÇÃO (%)

0,060 %
frequências de 40 a 400 Hz. A
realização do ensaio com
0,055 %
varredura da frequência, além de
0,050 % medir em zonas fora da frequência
industrial (60 Hz +/-5%) onde
0,045 %
40 50 57 60 63 80 100 existe indução devida há áreas
FREQUÊNCIA (HZ)
energizadas próximas ao local de
FASE A FASE B FASE C
testes permite também a
Figura 30 – Gráfico Comparativo do Fator de Dissipação
elaboração de gráficos que
demonstram o comportamento do
CAPACITÃNCIA COM VARIAÇÃO DE FREQUÊNCIA fator de dissipação versus a
MEDIÇÃO: AT X SEC + M MODO: GSTg - A + B frequência que podem ser
13.000
comparados para uma avaliação
CAPACITÂNCIA (PF)

12.700
analítica do isolamento.
12.400

12.100

11.800

11.500
40 50 57 60 63 80 100
FREQUÊNCIA (HZ)
FASE A FASE B FASE C

Figura 31 – Gráfico Comparativo das Capacitâncias

3.2.6 Normas de Referência

 ABNT NBR 6855;


 IEE C57.12.90;

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3.3 PARA-RAIOS

3.3.1 Inspeção Visual

 Coleta de dados de placa;


 Condição da Pintura;
 Fixação / Montagem (alinhamento e nivelamento);
 Aterramento;
 Condições dos cabos e conexões;
 Isoladores;
 Contador de descargas quando aplicável;

3.3.2 Ensaios a Realizar

 Resistência de isolamento;
 Fator de dissipação com variação da frequência (perdas dielétricas);
 Perdas em Watts;
 Atuação do contador de descargas (quando aplicável);
 Aplicar o torque conforme o fabricante do conector;

3.3.3 Instrumentos / ferramentas

 CPC100 + CPTD1 – Omicron;


 Termo higrômetro;
 Megôhmetro de isolamento de 500 -1.000 - 2.500 - 5.000Vcc;
 Torquímetro;
 Mala de ferramentas;

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3.3.4 Procedimento de Execução / Inspeção Visual

Verificar o estado geral do para-raios no referente à:

a) Coleta de dados de placa:


 Verificar a existência da placa de identificação do transformador, seu estado geral
e executar o registro fotográfico, para constar no relatório técnico.

b) Fixação / Montagem (alinhamento e nivelamento):


 Verificar se a fixação / montagem do para-raios está em conformidade com o
projeto eletromecânico e sua perfeita execução.

c) Condições dos cabos e conexões:


 Verificar o estado de cabos e conexões e sua conformidade com o projeto.
 Aplicar torque de aperto das conexões conforme projeto eletromecânico e manual
do fabricante dos conectores;

d) Aterramento:
 Verificar a conexão de aterramento do para-raios.

e) Isoladores:
 Verificar o estado dos isoladores quanto a trincas (quando cerâmica) e limpeza;

f) Contador de descargas atmosféricas (quando aplicável):


 Verificar o estado do contador quanto a indicadores, conservação e limpeza;
 Verificar o estado dos Isoladores suporte;
 Registro do número de descargas do indicador do contador;

k) Verificação da limpeza:

 Execução da limpeza dos isoladores;

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3.3.5 Procedimento de Execução / Ensaios a Realizar

a) Desconectar a conexão AT.

b) ENSAIOS DE RESISTÊNCIA DE ISOLAMENTO

 Para verificar o isolamento do(s) módulo(s), medir durante um minuto com um


megôhmetro de:
 1.000 Vcc no mínimo, para equipamentos de tensão máxima igual ou inferior
a 72,5 kV;
 2.500 Vcc para equipamentos de tensão de 72,5 kV até 138 kV;
 5.000 Vcc para equipamentos de tensão superior a 138 kV;

 Para verificação do isolamento entre a base de suporte do para-raios e o


aterramento, a tensão de ensaio não deve ser superior a 500 Vcc;

RESISTÊNCIA DE ISOLAMENTO
CONEXÕES TEMPO
LINE EARTH GUARD APLICAÇÃO

A B M 1’
B P M 1’
A P M 1’
P M --

Figura 32 – Conexões para medição da resistência de isolamento

c) ENSAIO DE FATOR DE DISSIPAÇÃO

Perdas dielétricas e Perdas Watts nos discos compactados de silício ou oxido de zinco:

Por meio de injeção de tensão alternada (10 kV) com variação da frequência no terminal de alta
tensão e medição das perdas watts e o registro da corrente de fuga do circuito de medição para a
conexão da base, verifica-se o comportamento do fator de dissipação no espectro de frequência
do(s) módulo(s) do(s) para-raios.

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 O dielétrico pode ser representado pelo circuito equivalente:

Figura 33 – Circuito equivalente do isolamento Figura 34 – Fator de dissipação

 Correlação entre o fator de dissipação e fator de potência

Figura 35 – Correlação entre FD e FP

Conexões para o ensaio de Fator de Dissipação em Para-raios com dois módulos - superior e
inferior (com ou sem contador de descargas):

Figura 36 – Conexão - medição fator de dissipação em para-raios

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 Gráficos de comparação do Fator de Dissipação

FATOR DE DISSIPAÇÃO COM VARIAÇÃO DE FREQUÊNCIA

MEDIÇÃO: MÓDULO SUPERIOR - MODO: UST - A


O módulo CPTD1 acoplado ao CPC-
3,5% 100 permite a execução do ensaio
FATOR DE DISSIPAÇÃO (%)

3,0% no objeto de teste com frequências


2,5% de 40 a 400 Hz.

2,0%
A realização do ensaio com
1,5%
varredura da frequência, além de
1,0%
40 50 57 60 63 80 100 medir em zonas fora da frequência
FREQUÊNCIA (HZ)
industrial (60 Hz +/-5%) onde existe
FASE V FASE A FASE B
indução devida há áreas
Figura 37 – Gráfico comparativo dos módulos superiores
energizadas próximas ao local de
testes permite também a elaboração
PERDAS COM VARIAÇÃO DE FREQUÊNCIA de gráficos que demonstram o
MEDIÇÃO: MÓDULO SUPERIOR - MODO: UST - A comportamento do fator de
0,035W
dissipação versus a frequência que
0,03W
PERDAS (W)

0,025W podem ser comparados para uma


0,02W avaliação analítica do isolamento.
0,015W

0,01W

0,005W

0,0W
40 50 57 60 63 80 100
FREQUÊNCIA (HZ)
FASE V FASE A FASE B

Figura 38 – Gráfico Comparativo das Perdas em W

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d) DISPARO DO CONTADOR DE DESCARGAS

Para certificar o funcionamento do contador de descargas, disparar para verificar o registro do


contador.

Figura 39 - Contador indicando 4 descargas Figura 40 - Contador indicando 5 descargas

3.3.6 Normas de Referência

 IEC 60099-4;
 ABNT NBR 16050;

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3.4 DISJUNTOR

3.4.1 Inspeção Visual

 Coleta de dados de placa;


 Condição da Pintura e Galvanização;
 Fixação / Montagem (alinhamento e nivelamento);
 Aterramento;
 Condições dos cabos e conexões;
 Vazamento do meio isolante (óleo, gás SF6 e etc.) através dos indicadores;
 Isoladores;
 Sinalização;

3.4.2 Ensaios a Realizar

 Resistência ôhmica dos contatos principais;


 Fator de dissipação com variação da frequência;
 Resistência de isolamento;
 Medição dos tempos de abertura e fechamento dos contatos (Oscilografia);
 Medição da resistência de isolamento das bobinas de abertura e fechamento;
 Medição da resistência Ôhmica das bobinas de abertura e fechamento;
 Verificações funcionais dos componentes dos painéis de comando;
 Reaperto das conexões elétricas nos componentes do painel de comando;
 Aplicar o torque nos conectores conforme o fabricante do conector;

3.4.3 Instrumentos / ferramentas

 Multímetro digital;
 CPC100 – Omicron, ou Microhmímetro (100 A);
 Oscilógrafo;
 Termo higrômetro;
 Megôhmetro de isolamento de 500 -1.000 - 2.500 - 5.000Vcc;
 Torquímetro;
 Mala de ferramentas;

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3.4.4 Procedimento de Execução / Inspeção Visual

Verificar o estado geral do disjuntor no referente à:

a) Coleta de dados de placa:


 Verificar a existência da placa de identificação do transformador, seu estado geral
e executar o registro fotográfico, para constar no relatório técnico.

b) Condição de Pintura e Galvanização:


 Verificar o estado geral da pintura e galvanização do disjuntor, observando a
inexistência de arranhões e pontos de oxidação que possam vir a comprometer a
vida útil do mesmo.

c) Fixação / Montagem (alinhamento e nivelamento):


 Verificar se a fixação / montagem do disjuntor está em conformidade com o projeto
eletromecânico e sua perfeita execução.

d) Aterramento:
 Verificar as ligações de aterramento do disjuntor e a sua conformidade com o
projeto.

e) Condições dos cabos e conexões:


 Verificar o estado geral de todos os condutores / cabos e conexões e sua
conformidade com o projeto.
 Reapertar as conexões elétricas contidas no interior dos painéis de comando;
 Aplicar torque de aperto das conexões conforme projeto eletromecânico e manual
do fabricante.

f) Vazamento do meio isolante (óleo, gás SF6 e etc.) através dos indicadores:
 Verificar através de leitura dos indicadores de nível do meio isolante do disjuntor;

g) Isoladores:
 Verificar o estado dos isoladores quanto a trincas e limpeza;

h) Sinalização:
 Verificar o perfeito funcionamento quanto à indicação;

i) Verificação da limpeza:

 Execução da limpeza dos isoladores / painéis de comando;


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3.4.5 Procedimento de Execução / Ensaios a Realizar

a) Desconectar conexões AT.

b) ENSAIO DE RESISTÊNCIA ÔHMICA DOS CONTATOS PRINCIPAIS:

Injetar uma corrente CC de 100 A nos


dois lados do contato sob teste.

A entrada VDC mede a queda de


tensão no objeto de teste, e a partir
destes valores o software calcula a
resistência de enrolamento do objeto
de teste.
Figura 41 – Conexão - Resistência de Contato

c) ENSAIO DE FATOR DE DISSIPAÇÃO

Perdas dielétricas:

Este ensaio é realizado em Disjuntores com tensão máxima igual ou superior a 72,5 kV visando
avaliar as características do isolamento do equipamento através da injeção de tensão alternada (10
kV) variando a frequência nos terminais de alta tensão e medição das perdas watts e o registro da
corrente de fuga do circuito de medição a ser executada (câmaras ou isolador suporte).

 O dielétrico pode ser representado pelo circuito equivalente:

Figura 42 – Circuito equivalente do isolamento Figura 43 – Fator de Dissipação

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 Correlação entre o fator de dissipação e fator de potência

Figura 44 – Correlação entre FD e FP

Conexões para o ensaio de Fator de Dissipação dos contatos e isoladores de suporte (quando
aplicável):

Figura 45 – Conexão – Medição fator de dissipação Disjuntor

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 Gráficos de comparação do Fator de Dissipação

FATOR DE DISSIPAÇÃO COM VARIAÇÃO DE FREQUÊNCIA

MEDIÇÃO: CONTATO MODO: UST - A


O módulo CPTD1 acoplado ao CPC-
0,45% 100 permite a execução do ensaio no
FATOR DE DISSIPAÇÃO (%)

0,4% objeto de teste com frequências de


0,35% 40 a 400 Hz.

0,3%
A realização do ensaio com
0,25%
varredura da frequência, além de
0,2% medir em zonas fora da frequência
40 50 57 60 63 80 100
FREQUÊNCIA (HZ) industrial (60 Hz +/-5%) onde existe
FASE V FASE A FASE B
indução devida há áreas energizadas
Figura 46 – Gráfico Comparativo de Fator de Dissipação Câmara DJ próximas ao local de testes, permite
também a elaboração de gráficos
FATOR DE DISSIPAÇÃO COM VARIAÇÃO DE FREQUÊNCIA
que demonstram o comportamento
MEDIÇÃO: ISOLADOR MODO: GSTg - A + B
0,45% do fator de dissipação versus a
frequência que podem ser
FATOR DE DISSIPAÇÃO (%)

0,4%
comparados para uma avaliação
0,35%
analítica do isolamento.
0,3%

0,25%

0,2%
40 50 57 60 63 80 100
FREQUÊNCIA (HZ)
FASE V FASE A FASE B

Figura 47 – Gráfico Comparativo do Fator de Dissipação do Isolador

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d) ENSAIOS DE RESISTÊNCIA DE ISOLAMENTO:

 Realizar as medições de isolamento das câmaras por polo;


 Realizar as medições de isolamento dos isoladores de suporte dos contatos.
 As medições devem ser efetuadas durante um minuto com um megôhmetro de:
 1.000 Vcc no mínimo, para equipamentos de tensão máxima igual ou inferior
a 72,5 kV;
 2.500 Vcc para equipamentos de tensão de 72,5 kV até 138 kV;
 5.000 Vcc para equipamentos de tensão superior a 138 kV;

RESISTÊNCIA DE ISOLAMENTO DOS CONTATOS


CONEXÕES TEMPO
ESTADO
LINE EARTH GUARD APLICAÇÃO

ABERTO A B M 1’
FECHADO A M M 1’

Figura 48 – Conexões para medição da resistência de isolamento

O Isolamento dos motores de carregamento de mola e as bobinas de abertura e fechamento são


realizados com tensão de 500 Vcc x massa (terra) e anotados no devido protocolo.

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e) MEDIÇÃO DOS TEMPOS DE ABERTURA E FECHAMENTO (OSCILOGRAFIA):

Este ensaio permite confirmar se os tempos de abertura e fechamento estão compatíveis com os
valores característicos do disjuntor medidos em fábrica e depois no comissionamento;

 Gráficos dos tempos de operação e simultaneidade

Figura 49 – Gráfico de tempos de abertura


Registro do tempo de abertura, fechamento das três fases permitindo realizar a comparação dos
pontos quanto à simultaneidade nos canais de leitura, além do valor máximo de corrente da
bobina.

Figura 50 – Gráfico de tempos de fechamento


Registro do tempo de abertura, fechamento das três fases permitindo realizar a comparação dos
pontos quanto à simultaneidade nos canais de leitura, além do valor máximo de corrente da
bobina.

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Figura 51 – Gráfico de tempos de fechamento e abertura (Trip free)
Registro dos tempos de fechamento e abertura (trip free) das três fases permitindo realizar a
comparação dos pontos quanto à simultaneidade nos canais de leitura, além do valor máximo de
corrente da bobina.

3.4.6 Normas de Referência

 IEC 62271-100;
 IEC 60694;
 IEC 60947-2;

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3.5 SECCIONADORAS COM OU SEM LÂMINA DE TERRA

3.5.1 Inspeção Visual

 Coleta de dados de placa;


 Condição da Pintura e Galvanização;
 Fixação / Montagem (alinhamento e nivelamento);
 Aterramento;
 Condições dos cabos e conexões;
 Isoladores;
 Condições dos contatos fixos e móveis;

3.5.2 Ensaios a Realizar

 Resistência de isolamento;
 Resistência ôhmica dos contatos principais;
 Resistência ôhmica da lâmina de terra (quando aplicável);
 Verificação visual da simultaneidade de abertura e fechamento;
 Verificações funcionais dos componentes do(s) painel (is) de comando;
 Aplicar o torque conforme o fabricante do conector;

3.5.3 Instrumentos / ferramentas

 Multímetro digital;
 CPC100 – Omicron, ou Microhmímetro (100 A);
 Termo higrômetro;
 Megômetro de isolamento de 500-1000-2500-5000V;
 Torquímetro;
 Mala de ferramentas;

3.5.4 Procedimento de Execução / Inspeção Visual

Verificar o estado geral do secionador no referente a:

l) Coleta de dados de placa:


 Verificar a existência da placa de identificação do transformador, seu estado geral
e executar o registro fotográfico, para constar no relatório técnico.

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m) Condição de Pintura e Galvanização:
 Verificar o estado geral da pintura e galvanização do seccionador, observando a
inexistência de arranhões e pontos de oxidação que possam vir a comprometer a
vida útil do mesmo.

n) Fixação / Montagem (alinhamento e nivelamento):


 Verificar se a fixação / montagem do seccionador está em conformidade com o
projeto eletromecânico e sua perfeita execução.

o) Aterramento:
 Verificar as ligações de aterramento do seccionador e a sua conformidade com o
projeto.

p) Condições dos cabos e conexões:


 Verificar o estado geral dos cabos e conexões e sua conformidade com o projeto.

q) Isoladores:
 Verificar o estado dos isoladores quanto a trincas e limpeza;

r) Condições dos contatos fixos e móveis:


 Verificar o estado dos contatos fixos e móveis quanto à limpeza, oxidação e
desgaste;

s) Verificação da limpeza:
 Execução da limpeza dos isoladores / painéis de comando;

3.5.5 Procedimento de Execução / Ensaios a Realizar

a) Desconectar conexões AT.

b) ENSAIO DE RESISTÊNCIA DE ISOLAMENTO:

 Realizar as medições de isolamento com o secionador fechado, do contato


principal para o ponto de aterramento em cada polo com o intuito de garantir o
estado dos isoladores, conforme a figura das conexões abaixo.

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 As medições devem ser efetuadas durante um minuto com um megôhmetro de:

 1.000 Vcc no mínimo, para equipamentos de tensão máxima igual ou inferior


a 72,5 kV;
 2.500 Vcc para equipamentos de tensão de 72,5 kV até 138 kV;
 5.000 Vcc para equipamentos de tensão superior a 138 kV;

 Resistência de isolamento dos motores é realizada com tensão de 500 Vcc;

Figura 52 – Conexões para medir resistência de isolamento

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c) ENSAIO DE RESISTÊNCIA ÔHMICA DOS CONTATOS PRINCIPAIS E DOS
CONTATOS DA LÂMINA DE TERRA QUANDO APLICÁVEL;

 Conectar conexões AT;


 Executar o comando motorizado para o fechamento da seccionadora;

Figura 53 – Medição da resistência de contato Figura 54 – Conexões - resistência de contato

Injetar uma corrente CC de 100 A nos dois lados do objeto de teste. A entrada VDC mede a queda
de tensão no objeto de teste, e a partir destes valores o software calcula a resistência de
enrolamento do objeto de teste.

d) Simultaneidade de abertura e fechamento:

Realizar vários comandos de aberturas e fechamentos através do comando elétrico, verificando a


simultaneidade de abertura e fechamento dos três polos nas condições de operação.

e) Verificações funcionais dos componentes do(s) painel (is) de comando:

Realizar a atuação funcional de todos os componentes instalados no interior do painel de comando


(resistores de aquecimento, lâmpadas, termostato, contatos de fim de curso e etc.) e também os
respectivos intertravamentos.

Executar o reaperto das conexões elétricas no painel de comando;

3.5.6 Normas de Referência

 IEC 62271-102;
 IEC 60694;

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3.6 RESISTOR DE ATERRAMENTO

3.6.1 Inspeção Visual

 Coleta de dados de placa;


 Condição da Pintura;
 Fixação / Montagem (alinhamento e nivelamento);
 Aterramento;
 Condições dos cabos e conexões;
 Isoladores;
 Vedações de borrachas ou neoprene;

3.6.2 Ensaios a Realizar

 Resistência ôhmica dos elementos;


 Resistência de isolamento;

3.6.3 Instrumentos / ferramentas

 CPC100 – Omicron, ou Microhmímetro;


 Termo higrômetro;
 Megômetro de isolamento de 500-1000-2500-5000V;
 Torquímetro;
 Mala de ferramentas;

3.6.4 Procedimento de Execução / Inspeção Visual

Verificar o estado geral do secionador no referente à:

a) Coleta de dados de placa:


 Verificar a existência da placa de identificação do transformador, seu estado geral
e executar o registro fotográfico, para constar no relatório técnico.

b) Condição de Pintura:
 Verificar o estado geral da pintura da caixa do resistor de aterramento, observando
a inexistência de arranhões e pontos de oxidação que possam vir a comprometer a
vida útil do mesmo.

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c) Fixação / Montagem (alinhamento e nivelamento):
 Verificar se a fixação / montagem do resistor de aterramento está em conformidade
com o projeto eletromecânico e sua perfeita execução.

d) Aterramento:
 Verificar as ligações de aterramento do resistor de aterramento e a sua
conformidade com o projeto.

e) Condições dos cabos e conexões:


 Verificar o estado geral de todos os condutores / cabos e conexões e sua
conformidade com o projeto.
 Reapertar as conexões elétricas contidas no interior da caixa de abrigo do resistor
de aterramento;
 Aplicar torque de aperto das conexões conforme projeto eletromecânico e manual
do fabricante.

f) Isoladores:
 Verificar o estado dos isoladores quanto a trincas e limpeza;

g) Vedações de borrachas ou neoprene:


 Verificar o estado das gaxetas de borracha ou neoprene das tampas quanto à
integridade;

h) Verificação da limpeza:
 Execução da limpeza da caixa externa;

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3.6.5 Procedimento de Execução / Ensaios a Realizar

a) Desconectar as conexões.

b) ENSAIO DE RESISTÊNCIA ÔHMICA DOS ELEMENTOS:

Ao injetar uma corrente CC interna


nos terminais primários, a entrada
VDC mede a queda de tensão, e a
partir destes valores o software
calcula a resistência de enrolamento
do objeto de teste.

Figura 55 – Conexão - Resistência ôhmica dos elementos

c) ENSAIO DE RESISTÊNCIA DE ISOLAMENTO:

 Realizar as medições de resistência de isolamento do elemento resistivo para a


massa com o intuito de garantir a função dos isoladores;
 As medições devem ser efetuadas durante um minuto com um megôhmetro de
1000 Vcc;

3.6.6 Normas de Referência:

 IEE Std 32;

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3.7 TRANSFORMADOR DE POTÊNCIA

3.7.1 Inspeção Visual

 Coleta de dados de placa;


 Limpeza geral;
 Condição da Pintura;
 Fixação / Montagem (alinhamento e nivelamento);
 Aterramento;
 Condições dos cabos e conexões;
 Vazamento de óleo isolante;
 Indicadores e acessórios;
 Isoladores de bucha;
 Vedações;

3.7.2 Ensaios a Realizar

 Relação de transformação e polaridade;


 Corrente de excitação com tensão reduzida;
 Fator de dissipação com variação da frequência (perdas dielétricas) dos
enrolamentos;
 Medição da capacitância dos enrolamentos;
 Fator de dissipação com variação da frequência das buchas capacitivas;
 Medição da capacitâncias das buchas capacitivias
 Medição da impedância;
 Resistência ôhmica dos enrolamentos em todos os Taps;
 Resistência dinâmica do comutador sob carga (quando aplicável);
 Resistência de isolamento dos enrolamentos;
 Atuação das proteções intrínsecas do trafo;
 Aplicar o torque conforme o fabricante do conector;

3.7.3 Instrumentos / ferramentas

 CPC100 + CPTD1 – Omicron;


 Termo higrômetro;
 Megômetro de isolamento de 500 - 1.000 - 2.500 - 5.000 Vcc;
 Torquímetro;
 Mala de ferramentas;
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3.7.4 Procedimento de Execução / Inspeção Visual

Verificar o estado geral do transformador no referente à:

a) Coleta de dados de placa:


 Verificar a existência da placa de identificação do transformador, seu estado geral
e executar o registro fotográfico, para constar no relatório técnico.

b) Limpeza geral:
 Efetuar a limpeza geral do autotransformador e de seus componentes (buchas,
radiadores, painéis de comando etc.).

c) Condição de Pintura:
 Verificar o estado geral da pintura do transformador, observando a inexistência de
arranhões e pontos de oxidação que possam vir a comprometer a vida útil do
mesmo.

d) Fixação / Montagem (alinhamento e nivelamento):


 Verificar se a fixação / montagem do transformador está em conformidade com o
projeto eletromecânico e sua perfeita execução.

e) Aterramento:
 Verificar as ligações de aterramento do transformador e a sua conformidade com o
projeto.

f) Condições dos cabos e conexões:


 Verificar o estado geral de todos os condutores / cabos e conexões e sua
conformidade com o projeto.
 Aplicar torque de aperto das conexões conforme projeto eletromecânico e manual
do fabricante.

g) Vazamento de óleo isolante:


 Verificar se não existem vazamentos por todo o transformador e em seus
respectivos acessórios.

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h) Indicadores e acessórios:
 Verificar os indicadores de nível de óleo do conservador do tanque principal e
quando aplicável do comutador de derivações, das buchas, sílicas gel;

i) Isoladores:
 Verificar o estado dos isoladores quanto a trincas e limpeza;

j) Vedações:
 Verificar as gaxetas e/ou neoprene quando aplicadas ao redor do transformador
quanto ao estado e conservação;

3.7.5 Procedimento de Execução / Ensaios a Realizar

a) Desconectar conexões AT e BT.

b) RELAÇÃO DE TRANSFORMAÇÃO E POLARIDADE:

Figura 56 – Conexão - Relação de transformação e Polaridade de transformadores

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Dentre os diversos tipos de configurações existentes para ligações em transformadores de
potência o CPC 100 vem com os parâmetros em seu software ao qual o usuário insere as
informações do equipamento a ser ensaiado conforme a tabela abaixo.

Tabela 3 – Conexões para relação de transformação

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Ao injetar uma tensão CA nos terminais primários a partir da saída dois kVAr, a entrada V1AC faz a
leitura de tensão, e a partir destes valores o software calcula o valor da relação de transformação
do objeto de teste. A polaridade é verificada através da leitura dos ângulos de fase com relação à
tensão de saída e a tensão de entrada na leitura do equipamento.

A relação de transformação é verificada em todas as posições do comutador, tanto na subida


quanto na descida do comutador com intuito de verificar a repetitividade do comutador de
derivação e com os resultados obtidos é plotado o gráfico comparativo com os valores de relação
nominal.

 Gráfico comparativo das medições de relação de transformação com a calculada

Figura 57 – Gráfico de comparação por tal da relação de transformação

c) CORRENTE DE EXCITAÇÃO COM TENSÃO REDUZIDA:

O ensaio de tensão reduzida consiste em injetar 10 kVca nos enrolamentos onde existem
derivações (comutador), e realizar a medição das correntes e das perdas que circulam no circuito
varrendo o tap de uma extremidade à outra. Este ensaio verifica algum possível curto-circuito entre
espiras e ou um enrolamento que possa estar danificado ou conexões de altas resistências no
transformador entre outros aspectos.

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 Gráfico da corrente e perdas por tap

Figura 58 – Gráfico da corrente de excitação por tap Figura 59 – Gráfico das perdas em Watts por tap

Conexão para o Ensaio de Corrente de Excitação:

Figura 60 – Conexão Medição de corrente de excitação com variação de tap

 Avaliação do teste de corrente de excitação

Para a interpretação adequada dos resultados, é recomendável uma comparação com os


resultados de fabrica. Se estes resultados não estiverem disponíveis, a comparação deverá ser
feita com transformadores com as mesmas características.

Em transformadores trifásicos, os resultados também são comparados entre fases. Em um


transformador trifásico Y- Delta ou Delta-Y, a corrente de excitação será maior nas duas fases
externas do que na fase intermediária. Apenas as duas correntes mais altas devem ser
comparadas. Se a corrente de excitação for inferior a 50 mA, a diferença entre as duas correntes
maiores deverá ser de menos de 10%. Se a corrente de excitação for superior a 50 mA, a diferença
deverá ser de menos 5%. Em geral quando a um problema interno, essas diferenças são maiores.
Nesse caso, outros testes também demostraram anomalias.

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d) ENSAIO DE FATOR DE DISSIPAÇÃO

Perdas dielétricas dos enrolamentos e das buchas:

Este ensaio é realizado em transformadores de potência com tensão máxima igual ou superior a
72,5 kV visando avaliar as características do isolamento do equipamento através da injeção de
tensão alternada (10 kV) variando a frequência entre os enrolamentos, e efetuar a medição das
perdas em watts e o registro da corrente de fuga do circuito de medição a ser executada (conforme
a conexão realizada).

O dielétrico pode ser representado pelo circuito equivalente:

Figura 61 – Circuito equivalente do isolamento Figura 62 – Fator de dissipação

 Correlação entre o fator de dissipação e fator de potência

Figura 63 – Correlação entre FD e FP

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 Conexões para a medição do fator de potência e capacitância com CPC100

As conexões demonstradas na figura nº 64, descrevem a gama de possibilidades para execução


do ensaio de fator de dissipação e medição da capacitância em transformadores e buchas.
O módulo CPTD1 acoplado ao CPC-100 permite a execução do ensaio no objeto de teste com
frequências de 40 a 400 Hz. A realização do ensaio com varredura da frequência, além de medir
em zonas fora da frequência industrial (60 Hz +/-5%) onde existe indução devida há áreas
energizadas próximas ao local de testes, permite também a elaboração de gráficos que
demonstram o comportamento do fator de dissipação versus a frequência que podem ser
comparados, para uma avaliação analítica do isolamento.

Nos gráficos a seguir de fator de dissipação é possível acompanhar a evolução do estado do


isolamento transformador, comparando – Exemplo de uma manutenção preventiva de 2015 e 2016.

Figura 64 – Tipo de conexões aplicadas a transformadores

ATENÇÃO
Todas as fases e o terminal de neutro de um enrolamento precisam estar em curto-circuito.
Devido à indutância dos enrolamentos, podem ocorrer efeitos ressonantes e influenciar a
medição.

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Figura 65 – Medições de capacitância

Conexões para transformadores de três enrolamentos:

Tabela 4 – Conexões para medição do fator de dissipação e capacitância

A cada medição anotar os valores de capacitância e realizar as comparações.

Os valores do fator de dissipação dever ser menor que 0,5 %

 Conexão para medição das buchas capacitivas

Figura 66 – Conexões para fator dissipação das buchas

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 Gráficos de fator de dissipação / Capacitância variando a Frequência no transformador

FATOR DE DISSIPAÇÃO COM VARIAÇÃO DE FREQUÊNCIA CAPACITÂNCIA COM VARIAÇÃO DE FREQUÊNCIA

MEDIÇÃO: CHL (BT X AT - M) - MODO: UST - A MEDIÇÃO: CHL (BT X AT - M) - MODO: UST - A
0,25%
5.360
FATOR DE DISSIPAÇÃO (%)

0,2%
5.300

CAPACITÂNCIA (pF)
0,15% 5.240

5.180
0,1%
5.120
0,05%
5.060

0,0% 5.000
40 50 60 100 200 300 400 40 50 60 100 200 300 400
FREQUÊNCIA (HZ) FREQUÊNCIA (HZ)
CHL - 15 CHL -16 CHL -15 CHL - 16

Figura 67 – Comparação do FD em manutenções Figura 68 – Comparação das capacitâncias em manutenções

 Gráficos de fator de dissipação / Capacitância variando a Frequência em buchas

FATOR DE DISSIPAÇÃO COM VARIAÇÃO DE FREQUÊNCIA CAPACITÂNCIA COM VARIAÇÃO DE FREQUÊNCIA

MEDIÇÃO: C1 - MODO: UST - A MEDIÇÃO: C1 - MODO: GSTg - A + B

0,46% 1.100
FATOR DE DISSIPAÇÃO (%)

0,4% 900
CAPACITÂNCIA (pF)

0,34% 700

0,28% 500
0,22% 300
0,16% 100
0,1% 40 50 60 100 200 300 400
40 50 60 100 200 300 400 FREQUÊNCIA (HZ)
FREQUÊNCIA (HZ)
H1 - C1 - 15 H1 - C1 - 16 H3 - C2 - 16 H2 - C2 - 16 H1 - C2 - 16

Figura 69 – Comparações do FD em manutenções Figura 70 – Comparação das capacitâncias em manutenções

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e) RESISTÊNCIA ÔHMICA DOS ENROLAMENTOS EM TODOS OS TAPES:

Ao injetar corrente CC pela fonte IDC 6A (para as medições na ordem de ohms) ou IDC 400A (para
as medições na ordem de µΩ), através da leitura da queda de tensão na entrada VDC, o software
calcula o valor da resistência de enrolamento do objeto de teste.

Figura 71 – Conexão Resistência de enrolamento µΩ Figura 72 – Conexão Resistência de enrolamento Ω

 Gráfico comparativo das resistências de enrolamento primário

COMPARAÇÃO DA RESISTÊNCIA DE ENROLAMENTO COM COMUTAÇÃO DE TAP

2,5000
RESISTÊNCIA DE ENROLAMENTO (Ω)

2,4500

2,4000

2,3500

2,3000

2,2500

2,2000
A-008 A-007 A-006 A-005 A-004 A-003 A-002 A-001 A000 A001 A002 A003 A004 A005 A006 A007 A008

Sentido -008 a 008 - H1 - H3 Sentido 008 a - 008 - H1 - H3 Sentido -008 a 008 - H2 - H1


Sentido 008 a - 008 - H3 - H2 Sentido -008 a 008 - H3 - H2 Sentido 008 a - 008 - H3 - H2

Figura 73 – Gráfico comparativo dos valores de resistência de enrolamento

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f) RESISTÊNCIA DINÂMICA DO COMUTADOR SOB CARGA (QUANDO APLICÁVEL):

Ao injetar corrente CC pela fonte IDC 6A, através da leitura da queda de tensão na entrada VDC, o
software além de calcular o valor da resistência de enrolamento do objeto de teste consegue
também avaliar o comportamento dinâmico de um comutador sob carga. Durante a execução do
ensaio o software do CPC-100 registra os valores de Ripple (pico de corrente em percentual no
momento da transição do comutador) e de Slope (inclinação que ocorre na corrente no momento
da comutação) que estão atrelados ao comportamento da corrente durante a operação de
comutação avaliando com antecedência as possíveis de falhas no comutador sob carga que não
são detectados na medição estática da resistência de enrolamento.

Figura 74 – Conexões resistência dinâmica Figura 75 – Diagrama do comutador com carga

 Comportamento Dinâmico do comutador com carga (OLTC)

Até agora, apenas o comportamento estático das resistências de contato foi considerado nos testes
de manutenção. Com uma medição dinâmica da resistência, o comportamento do comutador pode
ser analisado.

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Figura 76 – Funcionamento simplificado do comutador

1 – A chave de carga (OLTC) comuta da primeira derivação para o primeiro resistor de comutação;

2 – O segundo resistor de comutação é comutado em paralelo;

3 – Comutação para a segunda derivação e um resistor;

4 - Comutação para a segunda derivação (contato direto);

 Gráficos para avaliação do comutador com carga (OLTC)

COMPARAÇÃO DO RIPPLE COMUTANDO TAP

9,0

7,5

6,0 SUBINDO TAP - H1-H3


RIPPLE (%)

SUBINDO TAP - H2-H1

4,5 SUBINDO TAP - H2-H3


DESCENDO TAP - H1-H3

3,0 DESCENDO TAP - H2-H1


DESCENDO TAP - H2-H3

1,5

0,0
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17
FREQUÊNCIA

Figura 77 – Gráfico comparativo de Ripple durante a comutação

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COMPARAÇÃO DO SLOPE COMUTANDO TAP

0,000

-0,150 SUBINDO TAP - H2-H1


SLOPE (A/S)

SUBINDO TAP - H2-H3


SUBINDO TAP - H1-H3
-0,300 DESCENDO TAP - H2-H1
DESCENDO TAP - H2-H3
DESCENDO TAP - H1-H3
-0,450

-0,600
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17
FREQUÊNCIA

Figura 78 – Gráfico comparativo de Slope durante a comutação

g) ENSAIOS DE RESISTÊNCIA DE ISOLAMENTO:

 Realizar as medições de isolamento entre os enrolamentos e após estes executar


também o ensaio nos núcleos e armaduras;
 As medições devem ser efetuadas durante o tempo de 10 minutos para que possa
ser avaliado o índice de polarização do meio isolante com um megôhmetro de:
 1.000 Vcc no mínimo, para equipamentos de tensão máxima igual ou inferior
a 72,5 kV;
 2.500 Vcc para equipamentos de tensão de 72,5 kV até 138 kV;
 5.000 Vcc para equipamentos de tensão superior a 138 kV;

 Conexões para as medições das resistências de isolamento dos enrolamentos

Figura 79 – Medições de resistência de isolamento

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O teste de resistência de isolamento com tensão consiste em aplicar à isolação uma tensão Vcc
constante de valor adequado ao nível de tensão como citado acima e efetuar a leituras aos 15, 30,
45 e 60s e, em seguida a cada minuto, até completados 10 min.

Com os resultados, traça se o gráfico.

 Gráfico comparativo das medições de resistência de isolamento

Figura 80 – Gráfico comparativo de resistência de isolamento

 Avaliação

A curva terá a forma de acordo com as condições da absorção dielétrica da isolação.


Uma isolação em boas condições dará valores que aumentam progressivamente. Uma isolação em
condições não satisfatória dará valores pouco variáveis.

O índice de polarização (IP) é calculado dividindo-se o valor da resistência de isolamento (RI) aos
10 min. Por seu valor a 1 min. Corrigidos para a temperatura de 75 °C.

 Avaliação das condições da isolação pelo índice de polarização

Tabela 5 – Classificação do índice

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Tabela 6 – Classificação do Isolamento

 Medição da resistência do núcleo e viga

A Medição deve ser realizada com tensão de 1.000 Vcc (ou conforme o relatório do fabricante)
entre núcleo / viga / Massa.

Os valores de medição devem ser comparados com os valores medidos na fabrica.

 Atuação das proteções intrínsecas do transformador

Atuação forçada das proteções intrínsecas do transformador e verificar os contatos de alarme e


desligamento dos equipamentos listados abaixo:

 Relé de gás – Buchholz;


 Válvula de alivio de pressão;
 Indicadores de nível de óleo do transformador e comutador;
 Indicadores de temperatura;
 Relé de pressão do comutador;
 Atuação da ventilação forçada;

 Medição da resistência de isolamento dos cabos de comando

Medir a resistência de isolamentos dos cabos de comando (cabos de proteções intrínsecas e


motovetiladores).

As Medições devem ser realizadas com tensão de 500 Vcc (ou conforme o relatório do fabricante).

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 Ensaios para verificar os ajustes de Imagem térmica

Verificar a parametrização do monitor de temperatura antes de iniciar os ensaios.

Verificar o TC de imagem térmica e sua relação de transformação para dimensionar a corrente que
será injetada no monitor de temperatura, simulando carga máxima do transformador.

Anotar os valores de temperatura inicial indicada no monitor de temperatura e depois em 5 em 5


minutos, para o enrolamento sobe teste.

Após a temperatura estabilizar anotar o valor de temperatura final do enrolamento e calcular o ∆T e


comparar com o valor citado no relatório de fábrica

3.7.6 Normas de Referência

 NBR 5356-1;
 IEEE C57.12.00

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3.8 CUBÍCULOS DE MÉDIA TENSÃO

3.8.1 Inspeção Visual

 Coleta de dados de placa;


 Limpeza geral;
 Condição da Pintura;
 Fixação / Montagem (alinhamento e nivelamento);
 Aterramento;
 Condições dos cabos e conexões;
 Indicadores e acessórios;
 Isoladores;
 Vedações;

3.8.2 Ensaios a Realizar

 Resistência de isolamento dos barramentos;


 Funcional;

 Disjuntores:

Inspeção visual (ver itens 3.4.1 e 3.4.4 deste manual);


Resistência de contato (ver item 3.4.5 – b);
Resistência de isolamento (ver item 3.4.5 – d);
Medição dos tempos de operação (oscilografia) (ver item 3.4.5 – e);

 Transformadores de corrente (quando aplicável):

Inspeção visual (ver itens 3.1.1 e 3.1.4 deste manual);

 Transformadores de potencial indutivo (quando aplicável):

Inspeção visual (ver itens 3.2.1 e 3.2.4 deste manual);

 Aplicar o torque conforme o manual do fabricante;

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3.8.3 Instrumentos / ferramentas

 CPC100 – Omicron ou Microhmímetro;


 Multímetros Fluke;
 Termo higrômetro;
 Megômetro de isolamento de 500-1.000-2.500-5.000Vcc;
 Torquímetro;
 Mala de ferramentas;

3.8.4 Procedimento de Execução / Inspeção Visual

Verificar o estado geral do transformador no referente à:

a) Coleta de dados de placa:


 Verificar a existência da placa de identificação do transformador, seu estado geral
e executar o registro fotográfico, para constar no relatório técnico.

b) Limpeza geral:
 Efetuar a limpeza geral do cubículo em seu interior, externamente e de seus
componentes.

c) Condição de Pintura:
 Verificar o estado geral da pintura do cubículo, observando a inexistência de
arranhões e pontos de oxidação que possam vir a comprometer a vida útil do
mesmo.

d) Fixação / Montagem (alinhamento e nivelamento):


 Verificar se a fixação / montagem do cubículo está em conformidade com o projeto
eletromecânico e sua perfeita execução.

e) Aterramento:
 Verificar as ligações de aterramento do cubículo e a sua conformidade com o
projeto.

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f) Condições dos cabos e conexões:
 Verificar o estado geral de todos os condutores / cabos e conexões e sua
conformidade com o projeto.
 Aplicar torque de aperto das conexões conforme projeto eletromecânico e manual
do fabricante.

g) Indicadores e acessórios:
 Verificar os indicadores de tensão, corrente, sinalização e intertravamentos
mecânicos e elétricos;

h) Isoladores:
 Verificar o estado dos isoladores dos barramentos quanto a trincas e limpeza;

i) Vedações:
 Verificar as gaxetas e/ou neoprene quando aplicadas ao redor do transformador
quanto ao estado e conservação;

3.8.5 Procedimento de Execução / Ensaios a Realizar

a) Desconectar conexões AT e BT.

b) Efetuar ensaios de resistência de isolamento:

 Realizar as medições de isolamento entre os barramentos e dos barramentos para


terra;
 As medições devem ser efetuadas durante o tempo de 1 minuto com um
megôhmetro de 1.000 Vcc;

c) Funcional:

 Executar a atuação funcional dos comandos e intertravamentos elétricos e


mecânicos dos cubículos de acordo com os diagramas;

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3.9 RETIFICADOR / BANCO DE BATERIAS (SELADAS)

3.9.1 Inspeção Visual

 Coleta de dados de placa;


 Limpeza geral;
 Condição da Pintura;
 Fixação / Montagem (alinhamento e nivelamento);
 Aterramento;
 Condições dos cabos e conexões;
 Indicadores e acessórios;

3.9.2 Ensaios a Realizar

 Medição da tensão de flutuação com e sem o banco de baterias;


 Medição de cada elemento do banco de baterias;
 Medição total do banco de baterias;
 Verificações funcionais;

3.9.3 Instrumentos / ferramentas

 Multímetro;
 Termo higrômetro;
 Torquímetro;
 Mala de ferramentas;

3.9.4 Procedimento de Execução / Inspeção Visual

Verificar o estado geral do retificador / banco de baterias no referente à:

a) Coleta de dados de placa:


 Verificar a existência da placa de identificação do transformador, seu estado geral
e executar o registro fotográfico, para constar no relatório técnico.

b) Limpeza geral:
 Efetuar a limpeza geral do retificador em seu interior, externamente e de seus
componentes. No banco de baterias verificar o estado de conservação.

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c) Condição de Pintura:
 Verificar o estado geral da pintura do retificador / banco de baterias, observando a
inexistência de arranhões e pontos de oxidação que possam vir a comprometer a
vida útil do mesmo.

d) Fixação / Montagem (alinhamento e nivelamento):


 Verificar se a fixação / montagem do retificador e ou banco de baterias está em
conformidade com o projeto eletromecânico e sua perfeita execução.

e) Aterramento:
 Verificar as ligações de aterramento do retificador / banco de baterias e a sua
conformidade com o projeto.

f) Condições dos cabos e conexões:


 Verificar o estado geral de todos os condutores / cabos e conexões e sua
conformidade com o projeto.
 Aplicar torque de aperto das conexões conforme projeto eletromecânico e manual
do fabricante.

g) Indicadores e acessórios:
 Verificar os indicadores de tensão, corrente, sinalização;

3.9.5 Procedimento de Execução / Ensaios a Realizar

a) Desconectar conexões.

b) Medição da tensão de flutuação com e sem o banco de baterias:

 Realizar a medição de tensão CC no retificador com um multímetro com o banco


de baterias acoplado;
 Realizar a medição de tensão CC no retificador com um multímetro retirando o
banco de baterias do retificador;

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c) Medição de cada elemento do banco de baterias:

 Realizar a medição de tensão CC de cada elemento do banco de baterias com um


multímetro;

d) Medição de total do banco de baterias:

 Realizar a medição de tensão CC do fechamento total do banco de baterias com


um multímetro;

e) Verificações funcionais:

 Verificar o perfeito funcionamento dos componentes instalados no retificador em


conformidade com o diagrama funcional do retificador quanto à indicação e
sinalização;

3.9.6 Normas de Referência ou manuais do fabricante

 Manual do fabricante

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3.10 CABOS DE MÉDIA TENSÃO

3.10.1 Inspeção Visual

 Coleta de dados;
 Blindagem;
 Terminações (muflas);
 Acomodação;
 Faseamento;

3.10.2 Ensaios a Realizar

 Resistência de isolamento;
 Tensão aplicada;

3.10.3 Instrumentos / ferramentas

 Megôhmetro;
 Multímetro;
 Termo higrômetro;
 Hypot - Vcc;

3.10.4 Procedimento de Execução / Inspeção Visual

Verificar o estado geral dos cabos de média tensão no referente à:

a) Coleta de dados:
 Verificar os dados do cabo estampados no corpo e executar o registro fotográfico,
para constar no relatório técnico.

b) Blindagem:
 Verificar o aterramento da blindagem.

c) Terminações (muflas):
 Verificar o estado geral das terminações.

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d) Acomodação / Instalação:
 Verificar a acomodação dos cabos quanto ao raio de curvatura do cabo na canaleta
ou bandejamento.

e) Faseamento:
 Verificar o faseamento dos cabos de média tensão em conformidade com o projeto.

3.10.5 Procedimento de Execução / Ensaios a Realizar

a) Desconectar os cabos.

b) Faseamento

 Antes de realizar o ensaio com o hypot, deve-se verificar o faseamento dos cabos,
através do multímetro, onde se deve curto circuitar o condutor com a blindagem, e
na outra extremidade medir a continuidade do cabo, caso não haja identificação da
fase providenciar uma identificação.

c) Aterramento da Blindagem e Condutores

 Em caso de cabos multipolares ou cabos unipolares onde se encontrem mais de


um cabo na mesma canaleta ou próximos, deve-se aterrar os condutes e as
blindagens dos cabos não submetidos a ensaio, evitando assim que tensões
induzidas carreguem os condutores, podendo originar descargas acidentais.

d) Resistência de isolamento:

 Realizar a medição da resistência de isolamento com um megôhmetro de 300 a


500 Vcc durante o tempo de 1 minuto, não excedendo o tempo máximo de 5
minutos de aplicação antes e após o ensaio de tensão aplicada;

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e) ENSAIO DE TENSÃO APLICADA:

Figura 81 - Esquema simplificado do Hypot Figura 82 - Conexões do hypot ao cabo

Após a conexão das pontas de teste do hypot, verificar o nível de tensão de ensaio a ser aplicado
conforme NBR 7286, e aplicar níveis de tensão em degraus de 5 kV ou 10 kV, aumentando
gradativamente a tensão, de acordo com o comportamento da corrente,

Quando se atingir o nível indicado de tensão para ensaio, anotar a corrente de fuga de 1 em 1
minuto até o limite de 15 minutos.

O gráfico abaixo apresenta os dados obtidos em um ensaio realizado em campo em um cabo de


média tensão com isolação de 12/20 kV.

Figura 83 – Gráfico do ensaio de tensão aplicada

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 Avaliação dos resultados:

Figura 84 – Cabos com boa isolação

Figura 85 – Indicação de isolação deteriorada

3.10.6 Normas de Referência

 NBR 7286;

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3.11 MALHA DE ATERRAMENTO – O ENSAIO CONSIDERA A MALHA
DESENERGIZADA

3.11.1 Inspeção Visual

 Condições dos cabos e conexões:


Caixas de inspeção;
Canaletas;
Equipamentos de pátio;
Cercas e portões;
Painéis no interior da sala de comando;
 Reaperto dos terminais;

3.11.2 Ensaios a Realizar

 Resistência ôhmica da malha;


 Tensões de passo;
 Tensões de toque;

3.11.3 Instrumentos / ferramentas

 Gerador
 Multímetro;
 Termo higrômetro;
 Mala de ferramentas;

3.11.4 Procedimento de Execução / Inspeção Visual

Verificar o estado geral referente à:

a) Condições dos cabos e conexões:


 Verificar as conexões dos cabos de aterramento e seus respectivos terminais em
todos os pontos da subestação (cercas, portões, equipamentos, painéis, portas e
etc.).

b) Reaperto dos terminais:


 Onde houver necessidade os terminais que interligam os cabos de aterramento,
deverão ser reapertados.

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3.11.5 Segurança

 Medidas de segurança devem ser tomadas para diminuir o risco de acidentes


relativos a potenciais perigosos que possam ocorrer nas proximidades de sistemas
de aterramento ou em estruturas condutoras aterradas.

 Como medidas de segurança, recomendam-se:

 Utilizar calçados de segurança e luvas com nível de isolamento compatível com os


valores máximos de tensão que possa ocorrer nos sistema sob medição;
 Evitar a realização de medições sob condições atmosféricas adversas, tendo em
vista a possibilidade de ocorrências de descargas atmosféricas.
 Evitar que pessoas estranhas aos serviços e animais se aproximem dos eletrodos
da malha auxiliar e dos eletrodos de medição.

3.11.6 Procedimento de Execução / Ensaios a Realizar

a) Resistência ôhmica da malha:

 Método de queda de potencial

 O método de queda de potencial descrito no guia IEEE-80/86 e IEEE-81/83, que


consiste em medir as tensões entre um ponto da malha de terra principal e uma
malha de terra auxiliar localizado a uma distância conhecida que não sofra
interferências pelas dimensões do conjunto de aterramento da subestação.

 Fazendo circular uma determinada corrente entre as duas malhas (principal e


auxiliar), podemos medir a queda de potencial existente entre a malha /SE e
pontos intermediários, de modo a se poder levantar uma curva das resistências em
função das distâncias, pela equação básica R=U/I.

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Figura 86 - Circuito de medição da Malha de aterramento

 Para realizar o ensaio de queda de potencial, necessitamos instalar


temporariamente hastes para formar uma malha de aterramento auxiliar.

 A determinação do ponto de instalação da malha de aterramento auxiliar segue o


informado na NBR 15749, onde descreve a instalação de hastes a uma distância
mínima de 3 vezes a maior distância do comprimento da subestação (distância
transversal).

b) Utilizar a Equação 1, para cálculo da resistência da malha.

𝑉
𝑅=
𝐼
Equação 1 - Cálculo valor da resistência

𝑑𝑖𝑠𝑡 = 3 ∗ √𝑙𝑎𝑟𝑔𝑢𝑟𝑎² + 𝑐𝑜𝑚𝑝𝑟𝑖𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜²

Equação 2 - Cálculo distância transversal subestação

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c) Medição da resistência da malha

 O eletrodo de potencial (medição) deve ser deslocado ao longo de uma distância


predefinida, normalmente em intervalos regulares de 5% em relação ao
comprimento total.

 Com a coleta dos dados medidos entre a malha auxiliar e a malha principal, os
dados obtidos e plotados devem apresentar a curva característica, conforme a
representação da figura 78.

 Onde a zona de patamar de potencial que contém o valor da resistência verdadeira


da malha de aterramento principal sem sofrer influência da malha principal e malha
auxiliar, é estabelecido conforme a NBR 15749 que na zona de patamar de
potencial a resistência da malha de aterramento da subestação.

Figura 87 – Curva do comportamento da resistência x distância

d) Tensão de passo:

 No ensaio de tensão de passo verifica-se a diferença de potencial entre as pernas


do operador, simulando os passos do operador transitando por diversos pontos da
subestação. A NBR 15749 determina que sejam medidos os valores de diferença
de potencial na distância de 1 metro.
 Devem-se realizar medidas que simulem a circulação de pessoas principalmente
nas extremidades da subestação onde os potenciais normalmente são maiores
conforme determina a NBR 15749.

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Figura 88 – Medição da tensão de passo

e) Tensão de toque:

 As medições de tensão de toque referem-se à simulação do contato do


colaborador com pontos metálicos da subestação onde as medições são realizadas
entre o ponto metálico e do solo distanciados de 1 metro.

f) Potencial periférico

 As tensões mais perigosas se encontram no contorno periférico da subestação, as


medições devem ser realizadas na parte externa da subestação, em todos os
lados, distanciando de 1 em 1 metro até atingir a distância de 10 metros da
extremidade da subestação.

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g) Medição de interligação de malha – Ampliação de subestação

 Deve-se verificar a resistência de interligação da malha para identificar pontos de


má conexão.
 A medição e feita através de um microhmimetro em corrente CC podendo chegar
ate 100A. São feitos medições entre os pontos mais próximos um ao outro, entre
pontos novos e pontos da malha existente quando se trata de ampliação.

h) Extrapolação dos valores medidos de tensão

 Tendo-se o valor da corrente de curto-circuito circulante pela malha de terra (Im),


executamos uma equação proporcional para encontrarmos o coeficiente de
extrapolação dos potenciais.
 O Coeficiente de extrapolação (K) nada mais é que o quociente da parcela da
corrente de curto-circuito dispersa na malha pela corrente de teste.

 O valor (K) será o multiplicador dos valores de potenciais, tornando-os assim reais
para um instante de curto-circuito.

i) Apresentação dos resultados

 Gráfico da resistência da malha de aterramento

Figura 89 – Medição da resistência de aterramento

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 Gráfico das medições das tensões de passo

Figura 90 - Medições das tensões de passo

 Gráfico das medições das tensões de toque

Figura 91 - Medição das tensões de toque

3.11.7 Normas de Referência

 IEEE Std 80;


 IEEE Std 81;
 NBR 15749 - 2009

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3.12 CADEIAS DE ISOLADORES

3.12.1 Inspeção Visual

 Fixação / Montagem;
 Isoladores;
 Conexões;
 Ferragens;

3.12.2 Procedimento de Execução / Inspeção Visual

Verificar o estado geral das cadeias de isoladores no referente à:

a) Fixação / Montagem:
 Verificar se a fixação / montagem da cadeia de isoladores em conformidade com o
projeto eletromecânico em sua perfeita execução.

b) Isoladores:
 Verificar nos isoladores a existência de materiais incrustados, trincas e a limpeza
geral das cadeias de isoladores.

c) Conexões:
 Verificar nas cadeias de isoladores as conexões com os cabos aéreos e suas
respectivas interligações quanto ao aperto e a existência de oxidação.

d) Ferragens:
 Verificar nas cadeias de isoladores o estado das ferragens quanto à existência de
galvanização nos componentes.

3.12.3 Normas de Referência

 NBR 6393;

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4 Bibliografia

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CARVALHO, Cavalcanti Carlos Antônio, Disjuntores e chaves - Aplicação em sistemas de


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NR-10 Segurança em instalações e serviços em eletricidade.

SIEMENS; Manual de instruções para montagem e ajuste do seccionador de abertura central tipo
“bc” – Rev.01. 29/07/88.

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TOSHIBA Manual de instruções – transformador.

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