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RESUMO
ABSTRACT
The aim of this paper is to present the relation between the fundamental right to health and
the right to a balanced environment resulting in the conclusion that the right to the
environment it is also a fundamental right without which you can not accomplish the
fundamental right to health . To step into both the concept and discipline with respect to the
legal right to health and the environment for the purpose of the research context. Then
present the doctrinal term enshrined in legislation the "environmental health" as an
expression of the relation between the right to health and the environment and ultimately
will support the right to environmental health as a fundamental right.
*
Mestrando em Direito Público pela Universidade Federal de Uberlândia – Turma 2011. Pós-graduado em
Direito Empresarial pela Universidade Federal de Uberlândia. Pós-graduado em Docência no Ensino Superior
pela Faculdade Católica de Uberlândia. Graduado em Direito pela Universidade Federal de Uberlândia.
Professor de Direito Civil, Processo Civil e Metodologia de Pesquisa no Curso de Direito da Faculdade
Católica de Uberlândia. Advogado militante nas áreas de Direito Civil e Empresarial.
DIREITO FUNDAMENTAL À SAÚDE AMBIENTAL: Interdisciplinaridade entre o
Direito fundamental à saúde e ao meio ambiente
RESUMO
ABSTRACT
The aim of this paper is to present the relation between the fundamental right to health and
the right to a balanced environment resulting in the conclusion that the right to the
environment it is also a fundamental right without which you can not accomplish the
fundamental right to health . To step into both the concept and discipline with respect to the
legal right to health and the environment for the purpose of the research context. Then
present the doctrinal term enshrined in legislation the "environmental health" as an
expression of the relation between the right to health and the environment and ultimately
will support the right to environmental health as a fundamental right.
*
Mestrando em Direito Público pela Universidade Federal de Uberlândia – Turma 2011. Pós-graduado em
Direito Empresarial pela Universidade Federal de Uberlândia. Pós-graduado em Docência no Ensino Superior
pela Faculdade Católica de Uberlândia. Graduado em Direito pela Universidade Federal de Uberlândia.
Professor de Direito Civil, Processo Civil e Metodologia de Pesquisa no Curso de Direito da Faculdade
Católica de Uberlândia. Advogado militante nas áreas de Direito Civil e Empresarial.
DIREITO FUNDAMENTAL À SAÚDE AMBIENTAL: Interdisciplinaridade entre o
Direito fundamental à saúde e ao meio ambiente
RESUMO
ABSTRACT
The aim of this paper is to present the relation between the fundamental right to health and
the right to a balanced environment resulting in the conclusion that the right to the
environment it is also a fundamental right without which you can not accomplish the
fundamental right to health . To step into both the concept and discipline with respect to the
legal right to health and the environment for the purpose of the research context. Then
present the doctrinal term enshrined in legislation the "environmental health" as an
expression of the relation between the right to health and the environment and ultimately
will support the right to environmental health as a fundamental right.
*
Mestrando em Direito Público pela Universidade Federal de Uberlândia – Turma 2011. Pós-graduado em
Direito Empresarial pela Universidade Federal de Uberlândia. Pós-graduado em Docência no Ensino Superior
pela Faculdade Católica de Uberlândia. Graduado em Direito pela Universidade Federal de Uberlândia.
Professor de Direito Civil, Processo Civil e Metodologia de Pesquisa no Curso de Direito da Faculdade
Católica de Uberlândia. Advogado militante nas áreas de Direito Civil e Empresarial.
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SUMÁRIO
INTRODUÇÃO 1 MEIO AMBIENTE E SAÚDE E 2 SAÚDE AMBIENTAL 3 SAÚDE
AMBIENTAL COMO DIREITO FUNDAMENTAL. CONSIDERAÇÕES FINAIS.
REFERÊNCIAS
INTRODUÇÃO
direitos sociais à saúde e ao meio ambiente com vistas a tornar explícita a sua relação de
dependência e efetividade.
No que tange ao método de abordagem adotar-se-á o dedutivo, pois que, partirá do
estudo da legislação que rege o direito à saúde e ao meio ambiente em abstrato para
demonstrar sua natureza de direito fundamental.
Por fim, com relação ao procedimento técnico utilizado será utilizada a pesquisa
documental, através da legislação vigente e bibliográfica acerca dos principais
doutrinadores que dissertaram sobre o tema.
humana, ou seja, ter uma vida sadia é ter uma vida com dignidade. (FIORILLO, 2010, p.
177)
Sobre a dignidade, Sirvinskas por sua vez afirma que: “a dignidade da pessoa
humana, ao lado da soberania e da cidadania, constitui o fundamento primeiro, a coluna
dorsal do Estado Democrático de Direito”. (SIRVINSKAS, 2. ed., 2010, p.158)
No que diz respeito ao conceito à saúde no contexto político brasileiro, afirmam
Vargas, Oliveira e Garbois que a política de saúde brasileira, no marco da VIII
Conferencia Nacional de Saúde, em 1986, também relacionou a saúde e o meio ambiente.
(VARGAS, 2007).
Essa relação poder ser vista ainda no próprio conteúdo do artigo 196 da
Constituição Federal de 1988 que diz, verbis: “a saúde é um direito de todos e um dever do
Estado, garantido mediante políticas sociais e econômicas que visem a redução do risco de
doenças e de outros agravos e ao acesso universal igualitário às ações e serviços para sua
promoção, proteção e recuperação”
Neste ponto insta ressaltar que o direito ao meio ambiente, assim como o direito à
saúde encontra-se elencado como sendo um “direito de todos”, pois que, na mesma
Constituição Federal em seu artigo 225 o legislador afirma que “todos têm direito ao meio
ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do povo e essencial à sadia
qualidade de vida, impondo-se ao Poder Público e à coletividade o dever de defendê-lo para
as presentes e futuras gerações.”
O direito à prevenção de risco para a vida, a qualidade de vida e o meio ambiente foi
expressa no art. 225, parágrafo 1º onde para assegurar a efetividade desse direito, incumbe
ao poder público: “V – controlar a produção, a comercialização e o emprego de técnicas,
métodos e substâncias que comportem risco para a vida, a qualidade de vida e o meio
ambiente”. (MACHADO, 2011, p. 85)
Assim, pode-se observar que o meio ambiente entendido como um bem público que
todos têm direito de usufruir e dever de defender, constitui-se, ao mesmo tempo, em pré-
requisito essencial à saúde e à qualidade de vida. (VARGAS, 2007)
Cumprida pois esta primeira etapa de contextualização legal dos institutos saúde e
meio ambiente passa agora a dissertar sobre as relações entre meio ambiente e saúde no
contexto político brasileiro e ainda apresentar o conceito pertinente da dita saúde ambiental.
6
2 SAÚDE AMBIENTAL
Em consonância com essa evidente relação conceitual, Machado alerta ainda para a
Resolução CONAMA – Conselho Nacional do Meio Ambiente nº 001/1986, que define
“impacto ambiental” como: “qualquer alteração das propriedades físicas, químicas e
biológicas do meio ambiente, causada por qualquer forma de matéria ou energia resultante
das atividades humanas que, direta ou indiretamente, afetem: I - a saúde, [...]”
(MACHADO)
Por sua vez, o sistema jurídico brasileiro contempla a relação entre meio ambiente e
saúde, conforme se exemplifica a seguir.
O artigo 225, da Constituição Federal do Brasil, estipula que: "Todos têm direito ao
meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do povo e essencial à sadia
qualidade de vida, impondo-se ao Poder Público e à coletividade o dever de defendê-lo e
preservá-lo para as presentes e futuras gerações".
Por fim, cumpre mencionar a Lei nº 8.080/90, que regula em todo país as ações e
serviços de saúde. Essa lei, além de consignar em seu artigo 3º o meio ambiente como um
dos vários fatores condicionantes para a saúde, prevê uma série de ações integradas
relacionadas à saúde, meio ambiente e saneamento básico.
Todavia, o termo “saúde ambiental” foi definido apenas em 1993, apresentada na
Carta de Sofia, produzida no encontro da Organização Mundial de Saúde, realizado na
cidade de Sofia:
1
WHO (draft definition developed at a WHO consultation in Sofia, Bulgaria, 1993)—Environmental health
comprises of those aspects of human health, including quality of life, that are determined by physical,
chemical, biological, social, and psychosocial factors in the environment. It also refers to the theory and
practice of assessing, correcting, controlling, and preventing those factors in the environment that can
potentially affect adversely the health of present and future generations.
8
conceitualmente os temas ambientais, tais como, água ou solo dos seres humanos, pois que,
é fato que os efeitos do uso das águas, do solo, do ar, da flora e da fauna não pode ser
ignorado ou desprezado na gestão da saúde humana. (MACHADO).
No Brasil, a expressão “saúde ambiental” foi consagrada na Lei 10.683 de
28/05/2003, que dispõe sobre a organização da Presidência da República e dos Ministérios
a qual atribuiu em seu artigo 27, inciso XX, como uma das competências do Ministério da
Saúde: [...] “c) saúde ambiental e ações de promoção, proteção e recuperação da saúde
individual e coletiva, inclusive a dos trabalhadores e dos índios”. -
Doutor em
Neste diapasão, insta relatar que Paulo Affonso Leme Machado elogiou a utilização
da expressão na lei, bem como, a partilha de competências entre os Ministérios, a “saúde
ambiental” como uma das competências do Ministério da Saúde. (MACHADO)
Para o citado autor saúde ambiental é a área da saúde pública que afeta o
conhecimento científico e a formulação de políticas públicas relacionadas à interação entre
a saúde humana e os fatores do meio ambiente natural e antropológico que a determinam,
condicionam e influenciam, com vistas a melhorar a qualidade de vida do ser humano,
resguardando sua sustentabilidade. (MACHADO)
Souza e Castro acrescentam ainda que a saúde ambiental incluem práticas intra e
intersetoriais e transdisciplinares sobre as relações das pessoas com o ambiente, visando ao
bem-estar, à qualidade de vida e à sustentabilidade, a fim de orientar políticas públicas
adequadas. (SOUZA, p. 4)
Como expressão semelhante, temos o “saneamento ambiental” que foi incluída na
Lei 11.445/07 que estabelece as diretrizes nacionais para o saneamento básico e para a
Política Federal de Saneamento Básico, o que demonstra ainda mais, a vinculação da saúde
e meio ambiente, bem como, com a visão de preservação do meio ambiente, como forma de
preservar a própria vida. (SAKER, 2007)
Segundo Furlan, esta lei pode ser considerada verdadeiro marco na construção de
um Estado com efetivas políticas públicas voltadas a salubridade e bem-estar da população
nacional e pautadas pelo desenvolvimento sustentável, pois, além de pioneiramente
regulamentar setor tão sensível à vida em comunidade, em nenhum momento descurou dos
aspectos ambientais da atividade. (FURLAN, 2010, p. 335)
9
À guisa de exemplo, veja o que dispõe o art. 2º, incisos III e VI, da citada lei acerca
dos princípios fundamentais dos serviços públicos de saneamento básico, verbis:
Entende-se que a Art. 2o Os serviços públicos de saneamento básico serão prestados com
saúde ambiental está base nos seguintes princípios fundamentais:
diretamente ligada à III - abastecimento de água, esgotamento sanitário, limpeza urbana e
saúde dos seres manejo dos resíduos sólidos realizados de formas adequadas à saúde
humanos uma vez que pública e à proteção do meio ambiente;
o meio tem uma VI - articulação com as políticas de desenvolvimento urbano e regional,
influência direta sobre a de habitação, de combate à pobreza e de sua erradicação, de proteção
saúde física e mental ambiental, de promoção da saúde e outras de relevante
interesse social voltadas para a melhoria da qualidade de vida, para as
dos seres.
quais o saneamento básico seja fator determinante;
Por fim, registra-se que, desde 2007, há estudos para criação de uma Política
Nacional de Saúde Ambiental; política esta que terá o objetivo de contribuir para proteger e
promover a saúde humana por meio de um conjunto de ações integradas com instâncias de
governo e da sociedade civil para fortalecer atores sociais e indivíduos no enfrentamento
dos determinantes socioambientais e na prevenção dos agravos decorrentes da exposição
humana a ambientes adversos; sendo assim, versa sobre os processos de construção,
interlocução, os princípios, as diretrizes e os instrumentos cabíveis à referida política.
(MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2007, p. 5)
Este documento foi elaborado em conjunto com diversos representantes de órgãos
governamentais, conselho Nacional de Saúde e de instituições de ensino e de pesquisa,
visando à implantação de uma política pública direcionada à saúde ambiental nas quais
aparecem de forma marcada a articulação entre saúde e ambiente com o desenvolvimento
sustentável. (BLESSMANN, 2010)
Desde modo fica constatado que há uma crescente preocupação com a Saúde
Ambiental, que, segundo Ribeiro, baseia-se no reconhecimento da existência e das
necessidades de todos os seres humanos e no encontro de soluções dentro dos princípios de
eqüidade e de universalidade. (RIBEIRO, 2004, p. 71)
Conforme citado supra, a dimensão ambiental da saúde é incorporada no conceito
ampliado de saúde, formulado pelo movimento sanitário e legitimado na VIII conferência
nacional de saúde, em 1986, que desencadeou evidente evolução na legislação brasileira
10
CONSIDERAÇÕES FINAIS
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REFERÊNCIAS
ANTUNES, Paulo de Bessa. Direito Ambiental. 10. ed. Rio de Janeiro: Lumen Juris.
2007.
13
______. Lei 6.938, de 31 de agosto de 1981. Dispõe sobre a Política Nacional do Meio
Ambiente, seus fins e mecanismos de formulação e aplicação, e dá outras providências.
Brasília, DF: Senado Federal, 1981.
CUNHA, Paulo Roberto. A relação entre meio ambiente e saúde e a importância dos
princípios da prevenção e da precaução. Jus Navigandi, Teresina, ano 10, n. 633, 2 abr.
2005. Disponível em: <http://jus.uol.com.br/revista/texto/6484>. Acesso em: 13 jul. 2011.
______. Curso de Direito Ambiental Brasileiro. 11. ed. rev. atual. e ampl. São Paulo:
Saraiva, 2010.
MACHADO, Paulo Affonso Leme. Direito Ambiental Brasileiro. 19. ed. rev. atual. e
ampl. São Paulo: Malheiros Editores, 2011.
14
SAKER, João Paulo Pellegrini; FRANCISO, José Carlos (Orientador). Saneamento básico
e desenvolvimento. Universidade Presbiteriana Mackenzie. Programa de Pós Graduação
em Direito Político e Econômico. São Paulo, 2007.
SIRVINSKAS, Luís Paulo. Manual de Direito Ambiental. 8 ed. rev. atual. e ampl. São
Paulo: Saraiva, 2010.
______. Tutela Constitucional do Meio Ambiente. 2. ed. São Paulo: Saraiva, 2010.
sobre promoção da saúde. Carta de Ottawa. Brasília, DF, 1986. Disponível em:
<www.opas.org.br/promocao/uploadArq/Ottawa.pdf>. Acesso em: 13 jul. 2011.
SOUZA, Andrea Brígida de; CASTRO, Larissa de Paula Gonzaga e. O direito à saúde e o
equilíbrio ambiental. Faculdade Católica de Goiás. Disponível em:
VARGAS, Liliana Angel; OLIVEIRA, Thaís Fonseca Veloso; GARBOIS, Júlia Arêas. O
direito à saúde e ao meio ambiente em tempos de exclusão social. Rev Latino-am
Enfermagem 2007 setembro-outubro; 15(número especial). www.eerp.usp.br/rlae Artigo de
Revisão. Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/rlae/v15nspe/pt_20.pdf. Acesso em: 13
jul. 2011.