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O DIREITO AMBIENTAL E SUAS CONTRIBUIÇÕES PARA O

ISSN 1516-6503
DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL
eISSN 2316-3402

O DIREITO AMBIENTAL E SUAS CONTRIBUIÇÕES PARA O DESENVOLVIMENTO


SUSTENTÁVEL
ENVIRONMENTAL LAW AND THEIR CONTRIBUTIONS TO SUSTAINABLE DEVELOPMENT

Adriana Maria Risso Caires SILVA


Centro Universitário de Araraquara (UNIARA)
adrianacaires.direito@hotmail.com

Mario Marcos LOPES


Centro Universitário de Araraquara (UNIARA)
mmarlopes@ig.com.br

Maria Lúcia RIBEIRO


Centro Universitário de Araraquara (UNIARA)
mlucia@iq.unesp.br

Denilson TEIXEIRA
Centro Universitário de Araraquara (UNIARA)
dteixeira.ufg@gmail.com

Recebido em 11/2014 – Aprovado em 04/2015

Resumo
O presente artigo aborda o estudo teórico referente à análise da sustentabilidade na área jurídica, tendo
como objetivo principal apresentar as contribuições do Direito Ambiental para o desenvolvimento
sustentável. Para tanto, desenvolveu-se um estudo teórico, por meio de pesquisa bibliográfica e
documental nas fontes de pesquisa de natureza jurídica contemplando: legislação, doutrina, jurisprudência
e direito comparado. Em um primeiro momento é apresentada uma rápida abordagem da evolução jurídica
no âmbito nacional, cujas origens remontam à legislação proveniente de Portugal. Posteriormente,
fundamenta-se o direito ao desenvolvimento sustentável como um princípio normativo da Constituição
Federal brasileira, adequando-se tanto à ordem econômica e financeira quanto à ordem social, referente,
especificamente, ao meio ambiente. Por meio deste estudo, observa-se que a legislação ambiental no país é
ampla e pode ser considerada suficiente para garantir as condições de preservação do meio ambiente;
porém, a letra da lei por si só não basta: são necessários instrumentos legais que garantam sua
aplicabilidade.
Palavras-chave: Legislação Ambiental; Desenvolvimento Sustentável; Princípios Jurídicos Ambientais.

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Adriana Maria Risso Caires SILVA / Mario Marcos LOPES
Maria Lúcia RIBEIRO / Denilson TEIXEIRA

Abstract indivíduos em sociedade, sobre a importância de


This article discusses the theoretical study se preservar o meio ambiente em que se vive.
concerning the analysis of sustainability in the
Desta forma, o presente trabalho objetiva
legal field, with the primary objective to present
the contributions of environmental law for apresentar e discutir o Direito Ambiental à luz do
sustainable development. Therefore, we desenvolvimento sustentável, observando a
developed a theoretical study, through literature contribuição da legislação para construção de
and documentary research in the legal research uma sociedade alicerçada nos princípios da
sources contemplating: legislation, doctrine, case sustentabilidade.
law and comparative law. At first we present a
fast approach of legal developments at the Esses princípios estão expressos por meio da
national level, whose origins date back to Política Nacional de Meio Ambiente (Lei nº
legislation from Portugal. Subsequently, founded 6.938/81) que reforça o conceito de
on the right to sustainable development as a desenvolvimento sustentável em seu artigo 2º:
normative principle of the Brazilian Federal
Constitution, adapting to both the economic and
financial order and social order, referring A Política Nacional do Meio Ambiente tem
specifically to the environment. Through this por objetivo a preservação, melhoria e
study, it is observed that environmental recuperação da qualidade ambiental
legislation in the country is widespread and can propícia à vida, visando assegurar, no País,
be considered sufficient to ensure the condições ao desenvolvimento
preservation of the environment conditions; socioeconômico, aos interesses da
however, the letter of the law alone is not segurança nacional e à proteção da
enough: it is necessary legal instruments to ensure dignidade da vida humana.
their applicability.
E no artigo 4º, complementa: “A Política Nacional
Keywords: Environmental Law; Sustainable
do Meio Ambiente visará: I – à compatibilização
Development; Environmental Legal Principles.
do desenvolvimento econômico-social com a
preservação da qualidade do meio ambiente e do
equilíbrio ecológico”.
1 INTRODUÇÃO
Em 1988, a Constituição Federal, especificamente
Atualmente são visíveis os impactos ambientais
nos artigos 170 e 225 abraçou o conceito de
que os recursos naturais vêm sofrendo e, como
desenvolvimento sustentável expresso pela Lei
consequência a sociedade, de um modo geral,
6.938/81. Desta forma, o princípio do
também é prejudicada. Neste sentido o direito
desenvolvimento sustentável tem por objetivo a
ambiental surge como forma de regulamentar
manutenção das bases vitais da produção e
estas novas necessidades, a fim de prevenir a
reprodução do homem e de suas atividades,
degradação ambiental, que é requisito essencial
garantindo igualmente uma relação satisfatória
para promoção do desenvolvimento sustentável.
entre os homens e destes com o seu ambiente,
Os estudos na área ambiental se mostram para que as futuras gerações também tenham
importantes, uma vez que o homem colocou em oportunidade de desfrutar os mesmos recursos.
risco sua própria sobrevivência e, para tanto, a
Assim, reforça-se o Direito Ambiental como um
disseminação do conhecimento contribui para
campo da área jurídica que compreende a relação
aumentar o nível de conscientização dos
do homem com o meio ambiente, analisando os

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mecanismos legais para sua proteção, conforme A proteção ao meio ambiente na legislação
apontam os trabalhos de Barreto (2011); Dani, brasileira, conta com vários desses instrumentos
Oliveira e Barros (2010); Cruz (2006); Irigaray e legais: na década de 1980 foi publicada a Lei nº
Rios (2005). 6.938/87, que dispõe sobre a Política Nacional do
Meio Ambiente, seus fins e mecanismos de
Observa-se que a normativa nacional se desdobra
formulação e aplicação. Ela apresenta as bases
a fim de criar mecanismos que venham a abarcar
para a proteção ambiental, conceituando as
a sua proteção. Entretanto, é imprescindível a
expressões: meio-ambiente, poluidor, poluição e
atuação das instituições competentes para
recursos naturais.
garantia do cumprimento da legislação ambiental
vigente, e por consequência um meio ambiente No artigo 3º, Inciso I da referida lei encontra-se a
ecologicamente equilibrado às presentes e definição de meio ambiente, caracterizado como
futuras gerações, repercutindo diretamente no “o conjunto de condições, leis, influências e
respeito à dignidade de toda e qualquer pessoa. interações de ordem física, química e biológica,
que permite, abriga e rege a vida em todas as
suas formas”.
2 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS
Sirvinskas (2007, p.24) define meio ambiente
No presente trabalho optou-se por adotar uma como “o habitat dos seres vivos. Esse habitat
metodologia de pesquisa bibliográfica, aliada à (meio físico) interage com os seres vivos (meio
pesquisa documental. Conforme salienta Leite biótico), formando um conjunto de condições
(1997, p.59), no campo jurídico, “pesquisa essenciais para a existência da vida, como um
bibliográfica é o método por excelência de que todo (...)”. Neste sentido pode-se concluir que
dispõe o pesquisador, sem com isso esgotar os meio ambiente seria tudo aquilo que possibilita o
outros procedimentos metodológicos.” A surgimento e a manutenção da vida, seja qual for
pesquisa documental, concentra-se na a forma em que ela se apresenta.
investigação de dados obtidos a partir de
As preocupações com o meio ambiente já podiam
“documentos”: leis, doutrinas ou decisões
se notadas desde 1393, como destaca Wainer
jurisprudenciais que regem o tema.
(1999) ao tratar da evolução da legislação
Trata-se, de uma investigação de caráter ambiental portuguesa, que em 12 de março de
exploratório-descritivo, com uma metodologia de 1393 proibiu o corte de árvores frutíferas. A lei
tipo qualitativo, com a finalidade de obter um ordenada por D. Afonso IV tipificava o corte de
conhecimento amplo e detalhado do assunto. árvore de fruto como crime de injúria ao rei,
legislação posteriormente compilada no livro V,
título LVIII, das Ordenações Afonsinas.
3 DIREITO AMBIENTAL E DESENVOLVIMENTO
SUSTENTÁVEL Ao longo dos séculos, várias outras medidas
protetivas ao meio ambiente foram tomadas
Os recursos naturais são finitos e devem ser
conforme destacam Wainer (1999) e Milaré
utilizados com parcimônia, para tanto, é
(2001), em suas obras.
necessária a imposição de limites à conduta
humana sobre a utilização desses recursos No Brasil, o Direito Ambiental ganha força com a
naturais. Esses limites podem ser claramente Constituição Federal de 1988, tendo em vista que
observados nos diferentes instrumentos legais. o ambiente se encontrava permanentemente

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ameaçado, colocando em risco as condições antagônica. Não se trata mais de construir um


ideais de vida. Para tanto, a legislação ambiental Direito das águas, um Direito da atmosfera, um
propôs a implementação de sistemas de Direito do solo, um Direito florestal, um Direito da
prevenção e de reparação adaptados a uma fauna ou um Direito da biodiversidade. O Direito
melhor e mais eficaz defesa contra as agressões Ambiental não ignora o que cada matéria tem de
decorrentes do desenvolvimento da sociedade específica, mas busca interligar esses temas com
moderna. a argamassa da identidade dos instrumentos
jurídicos de prevenção e de reparação, de
Com a promulgação da Constituição Federal de
informação, de monitoramento e de participação
1988, o legislador dedicou um capítulo exclusivo
(MACHADO, 2000).
ao meio ambiente, o qual preceitua que:
O Direito Ambiental é interdisciplinar, a
interdisciplinaridade, na verdade é característica
Todos têm direito ao meio ambiente
de toda ciência que tenha por objeto a proteção
ecologicamente equilibrado, bem de uso
comum do povo e essencial à sadia do meio ambiente (FIGUEIREDO, 2010).
qualidade de vida, impondo-se ao Poder
A interdisciplinaridade decorre da necessidade de
Público e à coletividade o dever de
defendê-lo e preservá-lo para as presentes o Direito Ambiental buscar nas ciências que
e futuras gerações (capítulo VI do Título estudam o meio ambiente as bases para a
VIII, artigo 225). construção de conceitos, normas e doutrina. O
meio ambiente trouxe a solidariedade entre as
A partir deste marco, o Direito Ambiental passa a diversas disciplinas científicas e entre os diversos
ter maior importância pela percepção de que os ramos do Direito e o Direito Ambiental não pode
recursos naturais são esgotáveis, sendo se dissociar dos estudos conduzidos pela Biologia,
necessário ao homem criar mecanismos Física, Química, Geografia, Sociologia, Etnologia,
eficientes para a sua utilização, de modo que não Economia, etc. (MORANDI-DEVILLER apud
se esgotem permitindo que as futuras gerações FIGUEIREDO, 2010).
também os utilizem. O Direito Ambiental utiliza-se de medidas
Antunes (2007), por sua vez, considera que o administrativas e judiciais com eventual
Direito Ambiental pode ser definido como um reparação econômica e financeira dos danos
direito que tem por finalidade regular a causados ao meio ambiente e aos ecossistemas. É
apropriação econômica dos bens ambientais, de uma ciência nova, porém autônoma, que possui
forma que ela se faça considerando a suas diretrizes próprias e princípios norteadores
sustentabilidade dos recursos, o desenvolvimento para a mais nobre tutela dos bens ambientais.
econômico e social, assegurando aos interessados Portanto, o Direito Ambiental é um conjunto de
a participação nas diretrizes a serem adotadas, normas e institutos jurídicos pertencentes a
bem como padrões adequados de saúde e renda. vários ramos do Direito, reunidos por sua função
O Direito Ambiental é o sistematizador, que faz a instrumental para a disciplina do comportamento
articulação da legislação, da doutrina e da humano em relação ao meio ambiente (MUKAI,
jurisprudência concernentes aos elementos que 2002).
integram o ambiente. Procura evitar o isolamento Nesse sentido, Sirvinskas (2007, p.32) afirma: “a
dos temas ambientais e sua abordagem autonomia do Direito Ambiental caracteriza-se

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pelo fato de possuir seu próprio regime jurídico, metas a serem alcançadas através deste
objetivos, princípios, sistema nacional do meio ramo do Direito com a participação
popular. Seu objetivo é o desenvolvimento
ambiente etc.(...)”. sustentável e a proteção da saúde
Os princípios servem para facilitar o estudo e a humana, através da compatibilização de
direitos aparentemente antagônicos como
análise de certos fundamentos estanques do o de propriedade e o dever de preservar.
direito. Prestam-se, em outras palavras, para
balizar o procedimento do legislador, do
magistrado e do operador do direito. Princípio é o
valor fundamental de uma questão jurídica. É o 4 PRINCÍPIO DA PREVENÇÃO E PRINCÍPIO DA
ponto indiscutível e aceito pela sociedade PRECAUÇÃO
(SIRVINSKAS, 2009).
Na dicção de Reale (2003, p. 37), “princípios são O Princípio da Precaução é um dos mais
enunciações normativas de valor genérico, que importantes que norteiam o Direito Ambiental.
condicionam e orientam a compreensão do Tal princípio fora expresso na Conferência das
ordenamento jurídico, quer para a sua aplicação e Nações Unidas sobre Meio Ambiente e
integração, quer para a elaboração de novas Desenvolvimento Humano (ECO-92) e, desde a
normas”. convenção de Estocolmo, vem servindo como
Portanto, os princípios são o alicerce do Direito parâmetro para a defesa ambiental, refletindo a
Ambiental, que contribuem para o entendimento tendência das últimas grandes convenções sobre
da disciplina e, principalmente, orientam a o meio ambiente.
aplicação das normas relativas à proteção do O Princípio da Prevenção/Precaução decorre do
meio ambiente, cujo escopo é proteger toda a princípio 15 da Conferência do Rio-92:
espécie de vida do planeta, propiciando uma
qualidade de vida satisfatória ao ser humano das
presentes e futuras gerações. Dentre os mais De modo a proteger o meio ambiente, o
Princípio da Precaução deve ser
importantes cita-se o Princípio do Poluidor– amplamente observado pelos Estados, de
Pagador, Princípio da Prevenção, Princípio da acordo com suas capacidades. Quando
Precaução, Princípio da Supremacia do Interesse houver ameaça de danos sérios e
Público e o Princípio do Desenvolvimento irreversíveis, a ausência de absoluta
certeza científica não deve ser utilizada
Sustentável. como razão para postergar medidas
É importante reforçar que o objeto do Direito eficazes e economicamente viáveis para
prevenir a degradação ambiental1.
Ambiental não se confunde com princípios, nesse
sentido, ressaltam-se os ensinamentos de Séguim
(2002, p.59): Precaução é substantivo do verbo precaver; vem
do latim praecavere = tomar cuidado, acautelar
antecipadamente. Pelo Princípio da Precaução,
O objeto do Direito Ambiental é a
exige-se que sejam tomadas, por parte do Estado,
harmonização da natureza, garantida pela
manutenção dos ecossistemas e da sadia como também por parte da sociedade em geral,
qualidade de vida para que o homem
possa se desenvolver plenamente. 1
Restaurar, conservar e preservar são Declaração do Rio de Janeiro. Estud. av. [online].
1992, vol.6, n.15, pp. 153-159. ISSN 0103-4014.

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medidas ambientais que, num primeiro Está na avaliação do risco ao meio


momento, impeçam o início da ocorrência de ambiente. A precaução surge quando o
risco é alto, sendo que o princípio deve ser
atividades potencialmente lesivas ao meio acionado nos casos em que a atividade
ambiente. Mas a precaução também atua quando pode resultar em degradação irreversível,
o dano ambiental já está concretizado, ou por longo período, do meio ambiente,
desenvolvendo ações que façam cessar esse dano assim como nas hipóteses em que os
benefícios derivados das atividades
ou pelo menos minimizar seus efeitos. particulares são desproporcionais ao
impacto negativo ao meio ambiente. Já a
Ou seja, deve-se evitar que o dano ambiental
prevenção constitui o ponto inicial para
ocorra, adotando a prevenção como uma ação alargar o Direito Ambiental e,
antecipatória à ocorrência do dano. especificadamente, o Direito Ambiental
Internacional. A maioria das convenções
Nesse sentido, Séguim (2002, p.61) declara: internacionais é fundamentada no
princípio de que a degradação ambiental
deve ser prevenida através de medida de
O caput do art. 225 CF e no art. 2º da LEI combate à poluição, em vez de esperar
nº 6.938/91 agasalham este princípio, que que esta ocorra para tentar combater os
prioriza as medidas preventivas, seus efeitos.
consubstanciado no adágio popular que ‘é
melhor prevenir que remediar’. Os danos
ecológicos podem ser irreparáveis. Só Sendo assim, conhecendo-se os riscos (risco
podemos prevenir se o acesso à
conhecido) que certa atividade pode gerar para o
informação for garantido, exsurgindo a
Educação Ambiental como instrumento de meio ambiente, há a possibilidade de invocar-se o
conscientização. A prevenção possui as Princípio da Prevenção para adoção de medidas
seguintes características: incerteza no preventivas ou para sua não instalação, conforme
dano ambiental; tipologia do risco ou da
decisão fundamentada. Por outro lado, não
ameaça; custo das medidas de prevenção,
implementação imediata das medidas de havendo certeza sobre os riscos (risco potencial),
prevenção ou não adiamento (...) devem ser realizados estudos para tentar
dimensioná-los, podendo ser inviabilizada a
atividade nos casos de estudos inconclusivos,
A prevenção e a preservação devem ser
invocando-se o princípio da precaução. Ou seja, a
concretizadas por meio de uma consciência
atuação do Princípio da Precaução é anterior à do
ecológica, a qual deve ser desenvolvida através
Princípio da Prevenção.
de uma política de educação ambiental. De fato, é
a consciência ecológica que propiciará o sucesso Assim, o Princípio da Precaução surge quando o
no combate preventivo do dano ambiental risco é alto. Vários institutos no direito interno
(FIORILLO, 2007). brasileiro refletem tal princípio (artigo 225,§ 1º,
Inciso IV, artigo 54 e § 3º da Lei 9.605/98-Crimes
Neste sentido Alexandre Kiss (apud LEITE, 2007,
Ambientais) e, quanto à atuação preventiva, o
p.48), destaca o Princípio da Precaução do
mais evidente é a exigência constitucional do
Princípio da Prevenção, afirmando que a
Estudo Prévio de Impacto Ambiental (EPIA) e a
diferença está na avaliação do risco ao meio
Licença Ambiental (LA), expressos na Lei nº 6.938,
ambiente.
de 31 de agosto de 1981.

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5 PRINCÍPIO DO POLUIDOR–PAGADOR ambiente em razão da atividade


desenvolvida, o poluidor será responsável
O Princípio do Poluidor-Pagador decorre da pela reparação.
junção de dois princípios da Declaração do Rio
sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento (RIO-
Ainda nesse sentido Séguim (2002) afirma que:
92): princípio 13 e princípio 16, definidos como
apresentado a seguir, respectivamente:
Este princípio não coonesta a poluição,
apenas ‘evita que o dano fique sem
Princípio 13: Os Estados devem reparação’ pagar para poluir não é
desenvolver legislação nacional relativa a admitido pelo nosso ordenamento jurídico
responsabilidade e indenização das vítimas nem pela comunidade internacional.
de poluição e outros danos ambientais. Os Decorre dele a obrigação do poluidor,
Estados devem ainda cooperar de forma independente de culpa ou dolo, de
expedita e determinada para o indenizar e reparar os danos causados ao
desenvolvimento de normas de direito meio ambiente e a terceiros afetados por
ambiental internacional relativas à sua atividade.
responsabilidade e indenização por efeitos
adversos de danos ambientais causados,
em áreas fora de sua jurisdição, por O Princípio do Poluidor-Pagador encontra amparo
atividades dentro de sua jurisdição ou sob
na Política Nacional do Meio Ambiente Lei
seu controle.
(6.938/81), em seu artigo 4º, Inciso VII: “a
Princípio 16: Tendo em vista que o poluidor
imposição, ao poluidor e ao predador, da
deve, em princípio, arcar com o custo
decorrente da poluição, as autoridades obrigação de recuperar e/ ou indenizar os danos
nacionais devem promover a causados, e ao usuário, de contribuição pela
internacionalização dos custos ambientais utilização de recursos ambientais com fins
e o uso de instrumentos econômicos,
levando na devida conta o interesse econômicos”.
público, sem distorcer o comércio e os Ainda nessa mesma lei foi consagrada a
investimentos internacionais.
responsabilidade objetiva do poluidor, conforme
estabelece o parágrafo 1º do artigo 14:
Segundo os ensinamentos de Fiorillo (2007, p.30):

Sem obstar a aplicação das penalidades


Podemos identificar no Princípio do previstas neste artigo, é o poluidor
Poluidor Pagador duas órbitas de alcance: obrigado, independentemente da
existência de culpa, a indenizar ou reparar
a) busca evitar a ocorrência de danos os danos causados ao meio ambiente e a
ambientais (caráter preventivo); terceiros, afetados por sua atividade. O
b) ocorrido o dano, visa a sua reparação Ministério Público da União e dos Estados
(caráter repressivo). Desse modo, num terá legitimidade para propor ação de
primeiro momento, impõe-se ao poluidor o responsabilidade civil e criminal, por danos
dever de arcar com as despesas de causados ao meio ambiente.
prevenção dos danos ao meio ambiente
que a sua atividade possa ocasionar. Cabe
a ele o ônus de utilizar instrumento Neste contexto encontra-se amparo também na
necessário à prevenção dos danos. Numa Constituição Federal de 1988 no parágrafo 2º do
segunda órbita de alcance, esclarece este
princípio que, ocorrendo danos ao meio
artigo 225: “aquele que explorar recursos

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minerais fica obrigado a recuperar o meio Poluidor-Pagador revela-se um instrumento


ambiente degradado, de acordo com a solução econômico e ambiental indispensável à
técnica exigida pelo órgão público competente, preservação do meio ambiente. Isso porque ele
na forma da lei”. tem uma vocação preventiva, à medida que
procura inibir a conduta lesiva a ser praticada
Portanto, o poluidor arcará com o ônus dos danos
pelo “potencial” poluidor, como também atua no
causados por sua atividade ao meio ambiente,
campo da repressão, por meio do instituto da
não importando se o causador do dano é pessoa
responsabilização.
física ou jurídica, devendo ser impostas a ele as
sanções penal, administrativa e civil. Porém, em matéria ambiental não é suficiente a
aplicação de suas normas e nem de seus
O Princípio do Poluidor–Pagador almeja que o
princípios orientadores; a informação ambiental,
poluidor assuma a responsabilidade pelos danos
participação e consciência ecológica são
causados ao meio ambiente da forma mais ampla
premissas básicas para a solução da crise
possível, fazendo com que o ônus econômico não
ambiental. O dever de preservar o meio ambiente
recaia sobre a coletividade, dirigindo-se ao
é de todos: Estado, empresas, cidadãos,
utilizador dos recursos ambientais.
universidades e associações. Ademais, a própria
O princípio não tem por objetivo permitir a Constituição Federal do Brasil, no seu artigo 225,
degradação ambiental mediante um preço caput, impõe ao Poder Público e também à
(“pagar para poluir”, ou “poluo, mas pago”,) nem coletividade o dever de defendê-lo e preservá-lo
se limita a compensar os danos causados; tem, para as presentes e futuras gerações.
por meta evitar o dano causado.
O parágrafo 3º, do artigo 225 Constituição
6 PRINCÍPIO DA SUPREMACIA DO INTERESSE
Federal determina: “as condutas e atividades
PÚBLICO
consideradas lesivas ao meio ambiente sujeitarão
os infratores, pessoas físicas ou jurídicas, a
sanções penais e administrativas, Segundo Mello (1999), o Princípio da Supremacia
independentemente da obrigação de reparar os do Interesse Público sobre o particular é o
danos causados”. princípio geral do direito inerente a qualquer
Nesse sentido, Sirvinskas (2007, p.37) afirma que: sociedade, e também condição de sua existência,
ou seja, um dos principais fios condutores da
conduta administrativa. Pois a própria existência
(...) o poluidor-pagador deverá arcar com o
do Estado somente tem sentido se o interesse a
prejuízo causado ao meio ambiente de
forma mais ampla possível. Impera em ser por ele perseguido e protegido for o interesse
nosso sistema a responsabilidade objetiva, público, o interesse da coletividade.
ou seja, basta a comprovação do dano ao
meio ambiente, a autoria e o nexo causal, O Princípio da Supremacia do Interesse Público
independentemente da existência da sobre o privado coloca os interesses da
culpa. coletividade acima dos interesses pessoais, sendo
o interesse público a somatória dos interesses
Na sua dimensão de princípio orientador das pessoais, de modo que o interesse público seja o
políticas públicas ambientais, o Princípio do resultado do conjunto de interesses que os
indivíduos pessoalmente possuem quando

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considerados em sua qualidade de membro da O Principio do Desenvolvimento


sociedade e pelo simples fato de assim o serem. Sustentável procura conciliar a proteção
do meio com o desenvolvimento
A aplicação desse princípio pressupõe a socioeconômico para a melhoria da
verificação de algumas condições como qualidade de vida do homem. É a
utilização racional dos recursos naturais
obediência ao direito adquirido, a coisa julgada e não renováveis. Também conhecido como
ao ato jurídico perfeito, consoante prescreve a Lei ambiente ecologicamente equilibrado ou
Maior da República (artigo 5º, XXXVI) (GASPARINI, ecodesenvolvimento.
2008).
No embate entre o interesse público e o Na mesma posição Séguim (2002, p.73)
particular há de prevalecer o interesse público acrescenta:
(CRETELLA JÚNIOR, 2002).
A aplicação desse princípio se torna claro com o A dicotomia preservar x desenvolver é
artigo 5º, inciso XXV em que é possível a solucionável se as partes dessa inocorrente
requisição de bens privados em caso de perigo batalha procederem de uma forma correta
sem extremismo ou ecoxiitismo. Essa
público iminente por parte do Estado, ou ainda maneira se traduz nos princípios que
com a aplicação do inciso XXIV do mesmo artigo, regem o desenvolvimento sustentável ou o
sendo possível a desapropriação de bens privados ecodesenvolvimento, que surge para
compatibilizar as duas vertentes:
sob a justificativa do interesse e/ou utilidade
progresso e preservação ambiental.
pública, ficando claro o quanto é evidente a
invencibilidade do interesse coletivo sobre o
individual. FIorillo (2007, p.31), por sua vez considera que:
Cabe lembrar que, no caso de desapropriação, é
devida a justa indenização pelo imóvel O Principio do Desenvolvimento
desapropriado. Sustentável tem por conteúdo a
manutenção das bases vitais da produção
e reprodução do homem e de suas
7 PRINCÍPIO DE DESENVOLVIMENTO atividades, garantindo igualmente uma
SUSTENTÁVEL relação satisfatória ente os homens e
destes com o seu ambiente, para que as
futuras gerações também tenham
oportunidade e desfrutar os mesmos
Na Conferência das Nações Unidas para o Meio recursos que temos hoje a nossa
Ambiente e o Desenvolvimento Humano disposição.

(CNUMAD) - RIO 92 ficou consagrado o conceito


de desenvolvimento sustentável. O desenvolvimento sustentável é um processo
A ideia de desenvolvimento sustentável é voltada dinâmico, integrado, ético e ascendente. É, ainda,
para uma forma de geração de riquezas que, porta-voz de satisfações particulares e coletivas e
protegendo o meio ambiente, esteja também de realizações técnico-culturais, mas sem
preocupada com a justiça social. descuidar da preservação ambiental. Séguim
(2002, p.84) adverte que:
Sobre este tema Sirvinskas (2007, p.34) afirma:
O desenvolvimento sustentável precisa ser
encarado como uma necessidade global,

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um estilo de vida adotável para que os existência humana e a diversidade biológica,


recursos ambientais, que são finitos, não como o próprio crescimento econômico. O
esgotem. Nesta nova filosofia de vida o
progresso econômico se compatibiliza com desenvolvimento sustentável sugere, de fato,
o desenvolvimento social e cultural da qualidade em vez de quantidade, com a redução
humanidade. do uso de matérias-primas e produtos e, o
aumento da reutilização e da reciclagem,
conceituado por Coimbra (2002, p.51):
Esse princípio encontra o fundamento legal no
art. 170, VI e 225 da Constituição Federal de
1988. Desenvolvimento é um processo contínuo e
progressivo, gerado na comunidade e por
ela assumido, que leva as populações a um
Art. 170. A ordem econômica, fundada na crescimento global e harmonizado de
valorização do trabalho humano e na livre todos os setores da sociedade, através do
iniciativa, tem por fim assegurar a todos aproveitamento dos seus diferentes
existência digna, conforme os ditames da valores e potencialidades, em modo a
justiça social, observados os seguintes produzir e distribuir os bens e serviços
princípios: VI - defesa do meio ambiente, necessários à satisfação das necessidades
inclusive mediante tratamento individuais e coletivas do ser humano por
diferenciado conforme o impacto meio de um aprimoramento técnico e
ambiental dos produtos e serviços e de cultural, e com o menor impacto ambiental
seus processos de elaboração e prestação; possível.

Art. 225. Todos têm direito ao meio


ambiente ecologicamente equilibrado,
bem de uso comum do povo e essencial à
Não se pode mais conceber desenvolvimento que
sadia qualidade de vida, impondo-se ao não esteja engajado com desenvolvimento
Poder Público e à coletividade o dever de sustentado, no qual se busca o melhor
defendê-lo e preservá-lo para as presentes aproveitamento das riquezas naturais, sem com
e futuras gerações.
isso esgotá-las ou inutilizá-las para as gerações
futuras.
Para ser alcançado, o desenvolvimento Dessa forma, o Princípio do Desenvolvimento
sustentável depende de planejamento e do Sustentável tem por conteúdo a manutenção das
reconhecimento de que os recursos naturais são bases vitais da produção e reprodução do homem
finitos. Esse conceito representou uma nova e de suas atividades, garantindo igualmente uma
forma de desenvolvimento econômico, que leva relação satisfatória entre os homens e entre estes
em conta o meio ambiente. Muitas vezes, e o seu ambiente, para que as futuras gerações
desenvolvimento é confundido com crescimento também tenham oportunidade de desfrutar os
econômico, que depende do consumo crescente mesmos recursos que temos hoje à nossa
de energia e de recursos naturais. Esse tipo de disposição.
desenvolvimento tende a ser insustentável, pois
leva ao esgotamento dos recursos naturais dos Para alcançar o desenvolvimento sustentável, a
quais a humanidade depende. proteção ambiental constituirá parte integrante
do processo de desenvolvimento e não pode ser
Atividades econômicas podem ser encorajadas considerada isoladamente deste. Sendo
em detrimento da base de recursos naturais dos necessária a prática de ações racionais que
países. Desses recursos dependem não só a

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O DIREITO AMBIENTAL E SUAS CONTRIBUIÇÕES PARA O
DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL

preservem os processos e sistemas essenciais à Neste sentido esse artigo lança a atenção para o
vida e a manutenção do equilíbrio ecológico. assunto, na medida em que aponta e discute as
contribuições do direito ambiental para o
Importante ressaltar ainda a possibilidade de
desenvolvimento sustentável.
inserção da questão, da função socioambiental da
propriedade, em que a exploração racional e a
preservação dos recursos naturais compõem REFERÊNCIAS
exatamente a ideia do desenvolvimento
sustentável; ou seja, pretende-se alcançar o ANTUNES, P. B. Direito Ambiental. 10.ed. Rio de
desenvolvimento sem violar a sustentabilidade do Janeiro: Lúmen Júris, 2007.
meio ambiente. BARRETO, N. L. O princípio do desenvolvimento
sustentável. Cadernos de Direito, Piracicaba, v.
11(20): 47-65, jan.-jun. 2011.
8 CONSIDERAÇÕES FINAIS BRASIL. Constituição da República Federativa do
Brasil de 1988. Disponível em:
O princípio do desenvolvimento sustentável, além
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituica
de impregnado de caráter eminentemente o/Constituicao.htm. Acesso em: 01 jul. 2014.
constitucional, encontra suporte legitimador em
BRASIL. Lei nº 6.938, de 31 de agosto de 1981.
compromissos internacionais assumidos pelo
Dispõe sobre a Política Nacional do Meio
Estado brasileiro e representa fator de obtenção Ambiente, seus fins e mecanismos de formulação
do justo equilíbrio entre as exigências da e aplicação, e dá outras providências. Disponível
economia e as da ecologia. em:
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l6938.h
Nota-se, que a legislação ambiental no país é
tm. Acesso em: 01 jul. 2014.
ampla e pode ser considerada suficiente para
garantir as condições de preservação do meio COIMBRA, J. A. A. O outro lado do meio
ambiente: uma incursão humanista na questão
ambiente; porém, a letra da lei por si só não
ambiental. Campinas: Millennium, 2002.
basta: são necessários instrumentos legais que
garantam sua aplicabilidade, tais como a CRETELLA JÚNIOR, J. Direito Administrativo. 7.ed.
São Paulo: Saraiva, 2002.
necessidade de imposição de multas em caso de
desrespeito e fiscalização constante. CRUZ, P. M. Fundamentos do direito
constitucional. Curitiba: Juruá, 2006
É preciso crescer, de maneira planejada e
DANI, F. A.; OLIVEIRA, A. B.; BARROS, D. S. O
sustentável, com vistas a assegurar a
desenvolvimento sustentável como ótimo de
compatibilização do desenvolvimento econômico- Pareto na relação entre os princípios
social com a proteção da qualidade ambiental o constitucionais ambientais e os princípios
que exige novos conhecimentos constitucionais econômicos. Rev. Direito Econ.
interdisciplinares, visto que somente com a Socioambiental, Curitiba, v. 1, n. 2, p. 303-331,
integração das diversas áreas com seus enfoques jul./dez. 2010.
e visões pode-se atingir a plenitude expressa nos FIGUEIREDO, G. J. P. A propriedade no direito
princípios do desenvolvimento sustentável. Por ambiental. São Paulo: Revista dos Tribunais, 2010.
fim, é necessário que os instrumentos FIORILLO, C. A. P. Biodiversidade e patrimônio
institucionais estejam a serviço do bem coletivo, genético no direito ambiental brasileiro. São
da preservação e a consequente melhoria da Paulo: Max Limonad, 2007.
qualidade de vida.

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Adriana Maria Risso Caires SILVA / Mario Marcos LOPES
Maria Lúcia RIBEIRO / Denilson TEIXEIRA

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