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Ijuí (RS)
2014
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Ijuí (RS)
2014
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RESUMO
ABSTRACT
The present paper is a course conclusion work which aims to analyze the system of
triple responsibility that focuses on those who cause lawful and unlawful acts harmful to the
environment. It appears that Brazilian legislation has a number of institutions to safeguard the
environment, whether through accountability “material rights” or through the judicial
instruments (procedural) protection of the environment. To achieve this purpose a literature
review presenting at first the origin and historical evolution of environmental law, the
concepts of environmental rights and damage, including the interpretation of article 225, the
constitutional basis for protecting the environment. Thus, the environmental responsibility in
its three spheres, civil, criminal and environmental were analyzed and the third and last time
addressing it is the legal instruments that lead to characteristic of environmental regulatory
effectiveness, with emphasis on civil lawsuits, class action and action criminal. As a result,
after conducting literature searches on the subject, the environment has constitutional and
infra-constitutional mechanisms to protect their due, not by legislative grace being the cause
of environmental degradation and, yes, the irresponsibility and lack of awareness of people
who should be informed and educated about the importance of maintaining a healthy
environment for the survival of all.
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO ......................................................................................................................... 5
CONCLUSÃO.......................................................................................................................... 50
REFERÊNCIAS ...................................................................................................................... 52
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INTRODUÇÃO
Para tanto, cabe observar que a humanidade desde os primórdios passou a se sustentar
baseada na deterioração dos recursos ambientais, gerando um grau de deterioração ambiental
que culminou com uma preocupação mundial sobre a tutela do meio ambiente. Diante disso, o
primeiro capítulo desse trabalho irá abordar a evolução histórica e legislativa das normas de
proteção ambiental, dando enfoque especial aos marcos históricos ocorridos no Brasil e no
mundo. Também nesse capítulo será abordado o conceito de meio ambiente e dano ambiental
na perspectiva de diversos autores, bem como será feita uma interpretação sobre o que dispõe
o fundamento constitucional de proteção ambiental, o artigo 225, da Constituição Federal de
1988.
Na história recente, o direito ambiental passou por diversas transformações, tanto por
parte da sociedade, quanto por parte dos operadores jurídicos. Percebeu-se, com o passar dos
anos, a importância de se ter um meio ambiente devidamente preservado e equilibrado, sendo
este o objetivo mediato do Direito Ambiental, visto que o conceito de saúde não se resume à
ausência de enfermidades, mas também se relaciona ao bem-estar social e vida em condições
dignas.
Para Carli (2004, p. 33) “A proteção ambiental é encontrada nas mais antigas
civilizações, pois a ação predatória do homem sobre a terra é tão antiga quanto a sua
existência”.
Wainer (apud TOZADORI, 2010, p. 28) assim escreve sobre a evolução histórica da
legislação ambiental:
Nesse sentido, Antunes (2002, p. 367) ao discorrer sobre a origem do direito ambiental
brasileiro, diz que “a história do direito brasileiro está individualmente vinculada à História
do Direito Português”.
Ao tratar sobre o assunto, Milaré (2011) refere que “já se encontravam algumas
referências que denotavam a preocupação com o meio ambiente, como aquela p. ex., que
tipificava o corte de árvores de fruto como crime de injúria ao rei”.
Segundo Tozadori (2010, p. 29) “os dispositivos legais referentes ao meio ambiente
contidos nas Ordenações Manuelinas vigoraram em Portugal e no Brasil-colônia até o início
do século XVII”.
Para Carli (2004) a primeira lei de proteção florestal foi considerada somente no ano
de 1605, por meio do Regimento do Pau-Brasil, o qual exigia expressa autorização real para o
corte do pau-brasil, com a imposição de outras limitações para a exploração desse tipo de
árvore. Refere que, a partir desse marco legislativo, a legislação ambiental começou seu
grande desenvolvimento, com demonstração de preocupação das autoridades com o crescente
desmatamento da colônia e com os incêndios, com o fim de evitar a destruição das florestas.
Ocorre que se descobriu que o regimento de proteção do pau-brasil tinha por objetivo
proteger a riqueza oriunda dessa madeira, ao invés de proteger a floresta existente
(TOZADORI, 2010).
Algumas ações visando à proteção do meio ambiente também datam desse período,
como descreve Carli (2004, p. 40):
Nesse sentido, manifesta-se Tozadori (2010, p. 31) ao dizer que “o Jardim Botânico do
Rio de Janeiro foi a primeira unidade de conservação do Brasil. Foi criada em 1808, destinada
a preservar espécies e estimular estudos científicos, além do caráter educativo”.
Sobre a importância da criação do Jardim Botânico no Brasil, Carli (2004, p. 41) assim
leciona:
Segundo Tozadori (2010, p. 32) “em 1829, foi registrada a primeira lei ordinária
voltada à preservação ambiental, proibindo a roçagem e a derrubada de matas em terras
devolutas”.
Em 1850, veio a lume a Lei nº 601, instituindo, pela primeira vez, o chamado princípio
de responsabilidade por danos ambientais, e, ainda, punindo a derrubada de matas e o uso de
fogo, ao que os infratores se sujeitariam ao despejo e perderiam as benfeitorias realizadas,
além da pena de prisão que poderia ser de dois a seis meses e com a aplicação de multa de
cem mil réis (SIQUEIRA, 2002, p. 115).
Discorrendo sobre esse diploma normativo, Carli (2004, p. 43) refere que:
Em um de seus artigos, para ser mais precisa, no artigo segundo, punia o dano pela
derrubada de matas e queimadas, responsabilizando o infrator civilmente, com o
pagamento de multa, e até com pena de prisão.
No ano de 1861, por ordem do Major Gomes Archer, após anos de desmatamento para
o plantio, principalmente, de café, foi determinado o reflorestamento da Floresta da Tijuca,
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sendo plantadas, em 13 anos, 100 mil mudas, com a maioria de espécies nativas do
ecossistema da Mata Atlântica (TOZADORI, 2010, p. 32).
Para Siqueira (2002, p. 115) essa ação foi determinada com o intuito de garantir o
suprimento de água para o Rio de Janeiro, que, à época, estava ameaçado pelos
desmatamentos das encostas dos morros, entendendo que essa ação era diretamente ligada à
preservação dos mananciais, com consequente garantia da existência de água potável para a
sociedade.
No ano de 1911, foi criada, por meio do Decreto nº 8.843, a primeira reserva florestal
brasileira, localizada no Estado do Acre, que, hoje, é conhecida como Floresta Estadual do
Antimari. Ainda no que se refere à Constituição Federal de 1934, Tozadori (2010) também a
considera omissa em relação às questões ambientais, e acrescenta que ela apenas atribuía
competência à União para legislar sobre suas minas e terras.
Vejam-se ainda das palavras de Tozadori (2010, p. 33) sobre as leis ambientais:
Faz-se necessário registrar, ainda, uma importante inovação trazida ao mundo jurídico
no ano de 1965, qual seja, a possibilidade de ingresso em Juízo com Ação Popular, a qual tem
por objetivo oferecer ao cidadão a possibilidade de utilizar esse instrumento para proteção do
meio ambiente (TOZADORI, 2010, p. 33).
Conforme Siqueira (2002, p. 119) a lei acima referida “é um dos marcos mais
importantes do Direito Ambiental Brasileiro. Introduziu, para o mundo do direito, o conceito
de meio ambiente, como objetivo específico de proteção em seus múltiplos aspectos”.
[...] Apesar da imensa gama de diplomas versando sobre itens ambientais citados
anteriormente, podemos citar que somente a partir da década de 1980 é que a
legislação sore a matéria passou a desenvolver-se com maior consistência e
velocidade.
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Conforme Siqueira (2002, p. 119) a lei acima referida “é um dos marcos mais
importantes do Direito Ambiental Brasileiro. Introduziu, para o mundo do direito, o conceito
de meio ambiente, como objetivo específico de proteção em seus múltiplos aspectos”.
Em 1985, foi promulgada a Lei nº 7.347, que disciplina a Ação Civil Pública por
danos causados ao meio ambiente, ao consumidor, a bens e direitos de valor artístico, estético,
histórico, turístico e paisagístico (SIQUEIRA, 2002, p. 119).
Segundo Tozadori (2010, p. 35) a Lei nº 7.347/1985 é “um dos mais eficientes
instrumentos de defesa do meio ambiente”.
Siqueira (2002, p. 120) ao se referir sobre esse grande marco histórico na defesa do
meio ambiente natural, diz que “com a Constituição Federal de 05/10/1988, o progresso se fez
notável. A Carta Magna deu ao meio ambiente uma disciplina rica, dedicando à matéria um
capítulo próprio em um dos textos mais avançados de todo o mundo”.
Para Tozadori (2010, p. 37) “pela primeira vez na história das Constituições
Nacionais, o meio ambiente foi elevado à categoria de bem jurídico constitucional”. Ainda
segundo Tozadori (2010) “A Carta Magna de 1988 foi bem formulada ao colocar
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Milaré (2011) afirma que a Constituição de 1988 poderia ser denominada “verde”,
devido ao destaque dado à proteção do meio ambiente e a considera um dos sistemas mais
abrangentes e atuais do mundo sobre tutela do meio ambiente. Para ele as Constituições
antecessoras nunca se preocuparam com a proteção do ambiente e essa conseguiu captar a
consciência nacional de que é preciso aprender a conviver de forma harmoniosa com a
natureza.
Após um especial tratamento dado ao meio ambiente por parte de nossa Constituição
Federal, surgiu a necessidade de uma rápida adaptação da legislação ambiental vigente, sendo
exigida da mesma uma maior firmeza, visando à definição de infrações penais e
administrativas, com as consequentes responsabilizações (CARLI, 2004, p. 65).
Ainda segundo Carli (2004, p. 65) “Era preciso, portanto, elaboração urgente de uma
lei que ajustasse à nova ordem constitucional. Veio ao mundo jurídico, então, a Lei nº 9.605,
de 12 de fevereiro de 1998, denominada Lei dos Crimes Ambientais”.
Nos dizeres de Carli (2004, p. 67) sobre a tutela jurídica do meio ambiente:
direito do cidadão ao meio ambiente sadio, que é um bem de uso comum do povo,
segundo o artigo 225 da Constituição.
Sobre o conceito doutrinário de meio ambiente, pode ser classificado como natural,
que integra elementos bióticos (flora e fauna), e elementos abióticos (água, solo e ar
atmosférico); cultural, que representa o patrimônio artístico, arqueológico, histórico,
paisagístico e turístico; artificial, que integra os espaços comunitários, edifícios, equipamentos
urbanos; e de trabalho, representado pelas normas de proteção ao trabalhador, com objetivo de
fornecer qualidade de vida (SCHONARDIE, 2003).
O conceito legal e doutrinário é tão amplo que nos autoriza a considerar de forma
praticamente ilimitada a possibilidade de defesa da flora, da fauna, das águas, do
solo, do subsolo, do ar, ou seja, de todas as formas de vida e de todos os recursos
naturais, com base na conjugação do art. 225 da Constituição com as Leis nº
6.938/81 e 7.347/85. Estão assim alcançadas todas as formas de vida, não só aquelas
da biota (conjunto de todos os seres vivos de uma região) como da biodiversidade
(conjunto de todas as espécies de seres vivos existentes na biosfera, ou seja, todas as
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formas de vida em geral do planeta), e até mesmo está protegido o meio que as
abriga ou lhes permite a subsistência.
Ao discorrer sobre a conceituação de meio ambiente, Silva (2002) refere que a palavra
“ambiente” indica a esfera, o círculo, o âmbito em que vivemos, já estando contida nela o
sentido da palavra “meio”. Consideração essa feita também por Fiorillo (2009) que afirma que
o termo meio ambiente costuma ser criticado por ser pleonástico e redundante, pelo fato de
ambiente já trazer em seu conteúdo a ideia de “âmbito que circunda”, sendo desnecessária a
complementação pela palavra meio. Troppmair (apud MIRRA, 2004, p. 9) define o meio
ambiente como “o complexo de elementos físicos, químicos e biológicos que interagem entre
si com reflexos recíprocos, afetando, de forma direta e visível, os seres vivos”.
Silva (2002, p. 20) ao tratar do conceito jurídico de meio ambiente, assim leciona:
O conceito de meio ambiente acima exposto, por sua vez, é bastante amplo, uma vez
que compreendem três classes de elementos ambientais, quais sejam os naturais (como a água,
o ar, o solo, etc.), os culturais (os bens e valores integrantes do patrimônio artístico, estético,
paisagístico, etc.) e os artificiais (os que compõem o espaço urbano e rural construído ou
modificado) (SILVA, 2002, p. 21).
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Para dar seguimento ao tema proposto no presente trabalho, faz-se necessária, neste
momento, a conceituação do que seja dano ambiental, antes de se adentrar o exame dos tipos
de responsabilidades atualmente existentes.
O conceito legal de dano ambiental vem indicado no artigo 3º, inciso II, da Lei Federal
nº 6.391/1981, que entende por “degradação da qualidade ambiental a alteração adversa das
características do meio ambiente”, distinguindo-a da poluição (STEIGLEDER, 2004, p. 121).
No inciso III do artigo acima referido, a Lei da Política Nacional do Meio Ambiente
trouxe o conceito de poluição:
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Para Steigleder (2004, p. 122) a noção jurídica de dano ambiental também concerne ao
patrimônio histórico e cultural, e é um dano autônomo em virtude da degradação ambiental
que produz a terceiros, conceituando o dano ambiental lato sensu. Ainda segundo a autora os
danos lato sensu resultam sempre sobrepostos aos danos ecológicos puros e individuais, onde
em ambas estará sendo lesado o direito à manutenção a qualidade ambiental.
Nos dizeres de Mirra (2004, p. 89) (a palavra “dano ambiental” abrange não só os
prejuízos causados à natureza – qualificada pelo autor como dano ambiental stricto sensu) –,
mas também aqueles causados aos meios artificial e cultural.
Ainda nas palavras de Mirra (2004, p. 90) sobre o conceito de dano ambiental:
O dano ambiental pode ser conceituado como uma lesão a um bem jurídico que pode
ser oriunda de um ato lícito ou ilícito. Salienta que quando ocorre uma lesão a um bem
ambiental como resultado de uma atividade praticada por pessoa física ou jurídica, pública ou
privada, responsável direta ou indiretamente pelo dano, ocorre além da caracterização do
dano, a identificação do poluidor e do indenizador. Fiorillo (2009, p. 48) classifica os danos
em três modalidades: dano material, dano moral e dano à imagem em face dos bens
ambientais.
Para trabalhar este tópico se faz imprescindível a citação do artigo 225, caput, da
Constituição Federal:
Art. 225 – Todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de
uso comum do povo e essencial à sadia qualidade de vida, impondo-se ao Poder
Público e à coletividade o dever de defendê-lo e preservá-lo para as presentes e
futuras gerações.
O artigo 225 é na verdade, uma síntese de todos os dispositivos ambientais que fazem
parte da Constituição. Síntese que não implica totalidade ou referência única. Pois seus
fundamentos ligam-se à própria proteção à vida e saúde, à salvaguarda da dignidade da pessoa
humana e à funcionalização ecológica da propriedade (CANOTILHO; LEITE, 2008).
O presente artigo ainda refere que é direito de “todos”, uma interpretação restritiva,
leva a crer que apenas os brasileiros e estrangeiros residentes no País teriam direito. De modo
diferente, parece que a melhor compreensão seria a que engloba qualquer pessoa, residente ou
não, o benefício de tal direito. Não ampararia a norma constitucional o estrangeiro não
residente no País que fosse atingido pessoalmente, sofrendo danos ambientais? A tutela da
dignidade da pessoa, esta além da cidadania brasileira e demanda uma visão universalista da
atribuição de direitos (CANOTILHO; LEITE, 2008).
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[...] A obrigação de responder por alguma coisa, revelando o dever jurídico em que
se coloca a pessoa, seja em virtude de contrato, seja em face de fato ou omissão que
lhe sejam imputáveis, para satisfazer a prestação convencionada ou para suportar as
sanções legalmente previstas.
[...] O instituto da responsabilidade civil por danos ao meio ambiente, associado aos
instrumentos jurídico-administrativos e à responsabilidade penal ambiental, assim,
têm importante missão no cenário do princípio da responsabilização. “Essa tríplice
responsabilização deve ser articulada conjunta, coerente e sistematicamente, em um
verdadeiro sistema múltiplo de imputação ao degradador ambiental”
(CANOTILHO; LEITE, 2008, p. 187).
Nesse sentido, é o teor do artigo 225 da Carta Magna, conforme esta redação:
Para Fiorillo (2009, p. 61) o artigo 225 também consagrou a regra da cumulatividade
das sanções, visto que elas protegem objetos distintos e estão sujeitas a regimes jurídicos
diversos. Dessa forma, faz-se necessária a análise preliminar de cada uma delas, para verificar
seus conceitos e suas particularidades.
As sanções são aplicadas pela própria Administração, podendo ir desde uma simples
advertência à aplicação de multas, interdição de atividades e, inclusive, a suspensão provisória
do trabalho realizado (DALL’AGNOL, 2005).
Fiorillo (2009) acrescenta além das sanções citadas anteriormente a apreensão de bens,
destruição ou mesmo inutilização de produtos, suspensão de venda e fabricação de produtos,
embargo ou mesmo demolição de obras, embargo ou mesmo suspensão parcial ou total de
atividades e ainda restritiva de direitos.
De acordo com Fiorillo (2009) a penalização da pessoa jurídica foi um dos avanços
trazidos pela Constituição Federal de 1988, visto que foi constatado que as grandes
degradações ambientais não ocorriam por conta de atividades singulares, desenvolvidas por
pessoas físicas, e sim de forma cooperativa. O autor salienta que a responsabilidade penal da
pessoa jurídica não é aceita de maneira pacífica, pois pondera-se que não há como haver um
crime sem a intervenção humana.
de 2005, que marca o reconhecimento nos tribunais superiores da plena eficácia da norma
constitucional:
O Direito Penal age como recurso necessário da defesa social, visando à garantia da
existência pacífica entre os membros da coletividade e como instrumento de uma política que
atenda aos anseios sociais sem descurar das necessidades básicas da população
(DALL’AGNOL, 2005).
[...] Pressupõe uma turbação social, ou seja, uma lesão aos deveres dos cidadãos
para com a ordem com a sociedade, acarretando um dano social determinado pela
violação da norma penal, exigindo para restabelecer o equilíbrio social investigação
da culpabilidade do agente ou o estabelecimento da antissociabilidade do seu
procedimento, acarretando a submissão pessoal do agente à pena que lhe for imposta
pelo órgão judicante, tendendo, portanto, à punição, isto é, ao cumprimento de pena
estabelecida na lei penal.
[...] Vai aos poucos tornando-se regra necessária apenas no campo penal, à medida
que é exceção na esfera cível. Isso porque a tendência mundial é a de efetivamente
buscar a justiça, o que implica ver a reparação do dano apenas pelos olhos da vítima.
Descreve Fiorillo (2009, p. 72) sobre a distinção entre o ilícito civil e ilícito penal:
Instituída pelo artigo 14, §1º, da Lei nº 6.938/81, a responsabilidade civil tem a função
de reparar o dano ambiental autônomo, protegendo a qualidade dos ecossistemas,
independentemente de qualquer utilidade humana direta e de regimes de apropriação públicos
e privados, e possui uma função social que ultrapassa as finalidades punitiva, preventiva e
reparatória (STEIGLEDER, 2004, p. 177).
É a que se apura para que se possa exigir a reparação civil, uma forma de sanção
imposta ao agente ou responsável pelo ato ilícito. O Código Civil Brasileiro impõe
àquele que, por ação ou omissão, lesar direito de outrem, fica-lhe obrigado a reparar
o dano.
não da vontade das partes, ainda que o responsável tenha desejado causar o prejuízo,
e sua principal função é reparadora.
Verificam que o sistema de responsabilidade civil tem uma vocação preventiva, pois
além de trazer segurança jurídica, pela certeza da imputação, e fazer com que o
eventual poluidor evite o dano, contribuirá para a conscientização da preservação.
Para sua caracterização, é necessária a presença de alguns pressupostos, tais como uma
ação, comissiva ou omissiva, a ocorrência de um dano moral e/ou patrimonial e nexo de
causalidade entre o dano e a ação, já que a responsabilidade não poderá ocorrer sem o vínculo
entre a ação e o dano (DINIZ, 2009, p. 38).
A responsabilidade civil subjetiva encontra sua justificativa na culpa ou dolo por ação
ou omissão lesiva a determinada pessoa, sendo a prova de culpa necessária para que surja o
dever de reparar (DINIZ, 2009, p. 130).
[...] É aquela que tem por base a culpa do agente, que deve ser comprovada pela
vítima para que surja o dever de indenizar. Segundo esta teoria, não se pode
responsabilizar alguém pelo dano ocorrido se não houver culpa. Não basta apenas
que haja o comportamento humano causador de dano ou prejuízo.
Segundo Luiz Júnior (2005) a teoria subjetiva traz esta observação:
[...] Tem na culpa seu fundamento basilar, só existindo a culpa se dela resulta um
prejuízo. Todavia, esta teoria não responsabiliza aquela pessoa que se portou de
maneira irrepreensível, distante de qualquer censura, mesmo que tenha causado um
dano. Aqui, argui-se a responsabilidade do autor quando existe culpa, dano e nexo
causal.
Considerando que a responsabilidade civil aplicada aos sujeitos que cometam danos ao
meio ambiente é considerada objetiva, ou seja, sem a necessidade de demonstração da
intenção deliberada do degradador de cometer o dano, faz-se necessária, neste momento, a
análise desse tipo de responsabilidade.
Tem como pressuposto a existência de uma atividade que implique riscos para a saúde
e para o meio ambiente, impondo-se ao empreendedor a obrigação de prevenir tais riscos
(princípio da prevenção1) e de internizá-los em seu processo produtivo (princípio do poluidor-
pagador2) (STEIGLEDER, 2004, p. 196).
Esse tipo de responsabilidade civil teve por principal razão de surgimento a Revolução
Industrial, uma vez que, após essa ocorrência, houve exacerbado aumento do número de
acidentes, com consequente dificuldade de reparação devido à necessidade de demonstração
do trinômio dano, culpa e nexo de causalidade (FIORILLO, 2009, p. 42).
Ela veio a lume em virtude da insatisfação evidenciada com a teoria subjetiva, que era
incompatível com o impulso desenvolvimentista de nosso tempo, buscando técnicas hábeis
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Por este princípio procura-se evitar que o dano ambiental ocorra, através de mecanismos extrajudiciais e
judiciais. É, portanto, a atuação antecipada para evitar danos, que, em regra, são irreversíveis.
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Por este princípio o poluidor deve responder pelo prejuízo que causa ao meio ambiente. E a sua
responsabilização se dá em forma de pagamento que, por sua vez, pode consistir em uma prestação em dinheiro
mesmo, ou em atos do poluidor.
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para o desempenho de uma mais ampla cobertura para a reparação dos danos ambientais,
surgindo, assim, a teoria objetiva (FIORILLO, 2009, p. 43).
Luiz Júnior (2005) diferencia dois tipos de responsabilidade civil objetiva, a pura e a
impura. Para o autor, a reponsabilidade civil objetiva pura é aquela que resulta de ato lícito ou
de fato jurídico, assim:
[...] Que resulta de ato lícito ou de fato jurídico, como alguém que age licitamente e,
mesmo assim, deve indenizar o prejuízo decorrente de sua ação. Neste caso, a lei
deve dizer, expressamente, que o indenizador deve indenizar independentemente de
culpa, como nos danos ambientais (art. 14, §1º, da Lei nº 6.938/81), nos danos
nucleares (art. 40, da Lei nº 6.453/77) e em algumas hipóteses do Código do
Consumidor.
A impura, por sua vez, é conceituada por Luiz Júnior (2005) como sendo a que:
Existe quando alguém indeniza, por culpa de outrem, como no caso do empregador
que, mesmo não tendo culpa, responde pelo ato ilícito de seu empregado (art. 1521,
III, do Código Civil, e Súmula 341 do Supremo Tribunal Federal).
Ainda segundo Fiorillo (2009, p. 44), sobre a Lei da Política Nacional do Meio
Ambiente, cita-se o seguinte:
risco ou pelas desvantagens dela resultantes, assumindo o agente, assim, todos os riscos, com
consequente fim da prática inadmissível da socialização do prejuízo e privatização do lucro
(DALL’AGNOL, 2005).
A responsabilidade pelo risco tem uma incidência ampla, pois se aplica tanto aos
danos gerados por atividades perigosas como àqueles desencadeados por atividades
profissionais quaisquer, pois parte da premissa de que quem exerce uma atividade econômica
deve arcar com todos os custos, incluindo os de prevenção e reparação a danos ambientais
(STEIGLEDER, 2004, p. 201).
Ela identifica-se entre os juristas nacionais e internacionais como sendo uma tendência
manifesta pela adoção da responsabilidade objetiva fundada na teoria do risco integral, que a
invocam com fundamento nos princípios do Direito Ambiental, argumentando no sentido de
que não deve haver margens de tolerância, dada a natureza metaindividual dos interesses em
jogo e sua tutela constitucional, apresentando maior grau de efetividade nos mecanismos de
proteção do meio ambiente (MONTENEGRO, 2005, p. 116).
Quanto à adoção da teoria do risco integral na seara ambiental, relata Steigleder (2004,
p. 199):
[...] Não é, todavia pacífica, sendo contraposta pela teoria do risco criado, cujo
diferencial mais evidente é a admissibilidade das excludentes de responsabilidade
civil-culpa exclusiva da vítima, fatos de terceiros e força maior – posto que tais fatos
têm o condão de romper o curso causal, constituindo por si mesmos, as causas
adequadas do evento lesivo. Essa teoria, alinhada com a teoria da causalidade
adequada tem no elemento perigo a sua noção central.
Assim sendo, uma vez constatada qualquer lesão ao meio ambiente natural, torna-se
indispensável que se estabeleça uma relação de causa e efeito entre o comportamento do
agente e o dano ocorrido, sendo que, no entanto, não é indispensável que seja evidenciada a
prática de um ilícito, bastando à demonstração da existência do dano para o qual exercício de
uma atividade perigosa exerceu influência causal decisiva (LUIZ JÚNIOR, 2005).
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Nas ações coletivas ambientais, promovidas com fundamento na lei de Ação Pública
Civil e no Código de Defesa do Consumidor, aplicam-se no que lhes couber suas regras
procedimentais e, em caso de lacunas dessas leis, pregam-se as regras do Código de Processo
Civil, conforme determinação do artigo 90 do Código de Defesa do Consumidor
(SCHONARDIE; PILAU SOBRINHO, 2007, p. 188).
Por derradeiro, importante destacar, concordando com o Prof. Nelson Nery Júnior,
que é o tipo de tutela jurisdicional pleiteada que determina se um direito é difuso,
coletivo ou individual homogêneo. A reparação de um dano a um bem ambiental
será sempre difusa, dadas a indivisibilidade do seu objeto e a indeterminabilidade
dos seus titulares. Por outro lado, o fato de alguém pleitear individualmente a
reparação de um dano oriundo de poluição atmosférica, na verdade, configurará a
reclamação de pedido individual, não existindo a tutela do bem ambiental,
porquanto este constitui a causa de pedir remota da ação e não o seu objeto mediato.
Assim, se a tutela jurisdicional pretendida é a reparação de um dano ao meio
ambiente, então teremos proteção de um bem de natureza metaindividual
(FIORILLO, 2009, p. 475).
A Ação Civil Pública pode ter como objeto imediato a condenação em dinheiro ou o
cumprimento de obrigação de fazer ou não fazer, podendo haver condenação cumulativa de
forma que atenda ao princípio de reparação integral do dano. Nos casos de condenação
cumulativa, o juiz deve determinar que seja cumprida a prestação da atividade devida ou
cessada a atividade nociva, sob pena de execução específica ou multa diária. Nos casos de
condenação em dinheiro, a indenização será revertida ao Fundo de Defesa dos Direitos
Difusos (CANOTILHO; LEITE, 2008).
Sobre a legitimação ativa para propor a Ação Civil Pública, de acordo com Canotilho
e Leite (2008, p. 328):
O foro competente vem a ser a circunscrição territorial judiciária em que a causa deve
ser processada, no local onde ocorreu o dano, cujo juízo terá também competência funcional
para processar e julgar a causa (MILARÉ, 2011, p. 1432).
De acordo com Canotilho e Leite (2008) a instauração do inquérito civil público pelo
Ministério Público e o seu arquivamento não são fatores que impeçam que os demais
legitimados, como a União, os Estados, Municípios, Distrito Federal, autarquias, empresas
públicas, fundações e associações também possam ajuizar Ação Civil Pública considerando o
mesmo fato e visando à proteção do meio ambiente.
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Parte da doutrina tem entendido indispensável à medida, por razão até maior do que
a defendida para as hipóteses de arquivamento do inquérito civil e desistência da
ação. É que, nestes casos, sempre será possível a reabertura do procedimento ou a
repropositura de nova demanda, em havendo provas novas, pois a sentença que
homologa a desistência extingue o processo sem resolução do mérito. Na transação
judicial não, uma vez que esta induz a extinção do processo com resolução do
mérito.
A Lei nº 7.347/85 determina que sentença civil fará coisa julgada erga omnes, nos
limites da competência territorial do órgão prolator, exceto os casos que forem julgados
improcedentes por falta de provas. Na Lei nº 8.078/90 cada modalidade de interesse
metaindividual gera um tipo de efeito, os interesses difusos tem efeitos erga omnes, os
direitos coletivos em sentido estrito geram efeitos ultra partes, e em ambos é possível ajuizar
nova ação caso a demanda seja julgada improcedente por insuficiência ou falta de provas. Os
direitos individuais homogêneos têm efeitos erga omnes apenas nos casos em que a demanda
for julgada procedente (CANOTILHO; LEITE, 2008).
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Segundo Fiorillo (2009, p. 480) sobre a origem da Ação Popular, assim leciona:
[...] LXXIII – Qualquer cidadão é parte legítima para propor Ação Popular que vise
anular ato lesivo ao patrimônio público ou de entidade que o Estado participe, à
moralidade administrativa, ao meio ambiente, ao patrimônio histórico e cultural,
ficando o autor, salvo comprovada má-fé, isento de custas e de ônus de
sucumbência.
A Ação Popular é um dos meios mais clássicos de defesa dos interesses difusos do
direito brasileiro, prestando-se à defesa de bens de natureza pública (patrimônio público) e
difusa (meio ambiente) o que provoca a adoção de procedimentos distintos (SCHONARDIE;
PILAU SOBRINHO, 2007).
Esta ação “é um instituto jurídico constitucional a ser exercido pelo cidadão e não por
associações ou pessoas jurídicas ou, ainda, pelo Ministério Público” (SCHONARDIE apud
ANTUNES, 2002, p. 190). Possui legitimidade ativa prevista no artigo 1º, §3º da Lei nº
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4.717/65, isto é, qualquer cidadão que esteja gozando de seus direitos políticos poderá
interpor Ação Popular. Todavia o presente artigo determina que seja feita a prova da
cidadania por meio de título eleitoral ou outro documento equivalente a ele (SCHONARDIE;
PILAU SOBRINHO, 2007). No entanto, segundo Schonardie e Pilau Sobrinho (2007, p. 191)
“para fins de proteção de direito de natureza difusa como é o meio ambiente, tal dispositivo é
completamente descabido, pois estaria restringindo o conceito de cidadão à ideia política
impedindo de modo geral o livre acesso de brasileiros e de estrangeiros residentes no país”.
Esse conceito de cidadão só pode continuar servindo para os casos em que a ação
seja utilizada para proteger coisa pública (res nullius), uma vez que, nessas situações
é perfeitamente compreensível a relação entre o conceito de cidadão e a utilização
desse remédio constitucional.
Alegre (apud FIORILLO, 2009) conclui ainda, que a palavra cidadão, na linguagem
constitucional, não é sempre equivalente perfeito de eleitor, não existe relação necessária
entre cidadão e eleitor, porquanto, se houvesse, as Comissões da Câmara e do Senado, ou as
do Congresso Nacional, só poderiam solicitar depoimentos de autoridades e eleitores.
Insistindo na ideia de equivalência, somente o partido político, o sindicato, a associação ou o
eleitor poderiam representar ao Tribunal de contas contra ilegalidades, enquanto que qualquer
pessoa poderia dirigir às comissões parlamentares.
Desse modo, sendo todos os bens ambientais, nada mais coerentes que não só o eleitor
quite com a justiça eleitoral, mas todos os brasileiros e estrangeiros residentes no país possam
ser considerados cidadãos para fins de propositura da Ação Popular Ambiental. Essa
interpretação está amparada nos dispositivos constitucionais do artigo 5º, caput, e LXXIII e
225, caput, da Constituição Federal de 1988 (SCHONARDIE; PILAU SOBRINHO, 2007).
Podemos destacar que esta demanda, possuí como objeto imediato, a anulação do ato
lesivo ao meio ambiente e a condenação dos culpados pelo ato, inclusive o pagamento de
perdas e danos, alternativa ou cumulativamente, a retornar a situação ao statu quo ante, isto é
recuperar o meio ambiente degradado, retornando o mesmo ao seu estado anterior
(SCHONARDIE; PILAU SOBRINHO, 2007).
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A Ação Popular Ambiental ora estudada, tem como pressuposto de cabimento um ato
lesivo ao meio ambiente, não tendo como finalidade única a fiscalização da conduta dos atos
da administração, isso porque tendo o meio ambiente como seu objeto, transfere ao Poder
Público o dever de protegê-lo e preservá-lo, por conta do disposto no artigo 255, caput, da
Constituição Federal (FIORILLO, 2009).
Poderá figurar no polo passivo qualquer pessoa responsável pelo ato lesivo ao meio
ambiente, de acordo com o conceito de poluidor estabelecido pela Política Nacional
do Meio Ambiente, além de inexistir vedação constitucional no tocante à questão.
Mota, Barbosa e Mota (2011) ao se referirem sobre a diferença entre a Ação Popular e
Ação Civil Pública:
Como os autores acima explicam, umas das principais diferenças está na legitimidade,
que na ação popular é muito mais ampla, visto que qualquer cidadão poderá propor. Agora
será estudada a ação penal.
A tutela processual penal do ambiente está disciplinada pela Lei nº 9.605/98, que num
primeiro momento especifica as condutas consideradas danosas ao meio ambiente, e num
segundo, regulamenta a Ação Penal e o procedimento penal a ser observado, na hipótese de
ocorrer crimes ambientais (SCHONARDIE; PILAU SOBRINHO, 2007).
público, uma vez que está em jogo a tutela do meio ambiente, tido como um patrimônio
público a ser necessariamente assegurado, tendo em vista o uso coletivo (MILARÉ, 2011).
O perímetro territorial em que a Ação Penal deve ser processada é fixado, em regra,
pelo lugar em que se consumou a transgressão, ou, no caso de tentativa, pelo lugar em que for
praticado o último ato de execução. Quando o limite territorial for incerto, entre dois ou mais
perímetros, por ter sido a transgressão consumada ou tentada nas divisas de dois ou mais
perímetros, a competência será firmada pela prevenção (MILARÉ, 2011).
Ainda segundo Milaré (2011, p. 1490) “Não sendo conhecido o lugar da infração, a
competência regular-se-á pelo domicílio ou residência do réu, ou, em se tratando de pessoa
jurídica, pelo local de sua sede”.
Vale lembrar que todas as transgressões e os crimes punidos, em abstrato, com pena
máxima não superior a dois anos serão de competência dos Juizados Especiais Criminais,
visto que vão estar envolvidos pelo conceito de infração penal de menor potencial ofensivo
(MILARÉ, 2011).
CONCLUSÃO
Este trabalho teve como objetivo o estudo da tríplice responsabilidade, aplicada aos
infratores que vierem a causar algum tipo de dano ao meio ambiente, levando-se em
consideração, principalmente, o caráter de indisponibilidade vinculado ao meio ambiente, que
não pode restar prejudicado, uma vez que está ligado diretamente à sobrevivência e qualidade
de vida dos seres.
Tendo em vista o exposto, resta a lição de que a melhor forma de se ter um meio
ambiente devidamente equilibrado e preservado, em condições de servir a todos, inclusive às
futuras gerações, conforme determinação constitucional é mediante a existência de uma
legislação adequada à atualidade, com dispositivos preventivos e repressivos à ocorrência de
danos ambientais.
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REFERÊNCIAS
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<http://www.direitonet.com.br/artigos/exibir/1934/Responsabilidade-civil-por-danos-ambien
tais>. Acesso em: 08 ago. 2014.
MACHADO, P. A. L. Direito ambiental brasileiro. 20. ed. São Paulo: Malheiros, 2012.
MAZZILLI, H. N. A defesa dos interesses difusos em juízo. 20. ed. São Paulo: Saraiva,
2007.
MIRRA, A. L. V. Ação civil pública e a reparação do dano ao meio ambiente. 2. ed. São
Paulo: Juarez de Oliveira, 2004.
MOTA, T. S.; BARBOSA, E. M.; MOTA, G. B. C. Ação civil pública como instrumento de
proteção do meio ambiente. In: Âmbito Jurídico. 2011. Disponível em: <http://www.ambito-
juridico.com.br/site/?artigo_id=9105&n_link=revista_artigos_leitura>. Acesso em: 17 out.
2014.
SCHONARDIE, E. F. Dano ambiental: a omissão dos agentes públicos. 1. ed. Passo Fundo:
UPF Editora, 2003.
SILVA, J. A. Direito constitucional ambiental. 4. ed. São Paulo: Malheiros Editores Ltda,
2002.