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HIDROLOGIA

E DRENAGEM
PROF. TAISON ANDERSON BORTOLIN
AULA 14 – MICRODRENAGEM URBANA – PARTE 4
ELEMENTOS DE MICRODRENAGEM

Sarjeta
ELEMENTOS DE MICRODRENAGEM
BUEIROS
Estruturas hidráulicas que permitem a passagem das
águas dos talvegues sob obras de terraplenagem (ruas,
rodovias, ferrovias).
BUEIROS
São condutos curtos, retilíneos, compostos por 3 partes:
–Boca de entrada (a montante)
–Corpo
–Boca de saída (a jusante)
–Eventualmente, pode ser implantado um dissipador de energia a jusante
BUEIROS Classificação:
–Quanto ao número de linhas
–Quanto à forma da seção
–Quanto aos materiais com que são construídos

• Número de linhas:
BUEIROS

• Tipos de seção:
–Bueiros tubulares (T): seção circular
–Bueiros celulares (C): seção retangular ou quadrada
–Bueiros de seções elípticas, em arco, etc.

• Materiais:
–Bocas: Concreto (simples ou armado), alvenaria de pedra argamassada
–Corpo:
Concreto (simples, armado ou protendido) em peças pré-moldadas ou
moldadas in loco;
Bueiros metálicos (M): tubos em chapas de aço corrugadas, tubos de ferro
fundido
PVC, fibra de vidro
BUEIROS

Notação:

Baseada no número de linhas, na forma da seção e no material


constituinte:

–BDTM Ø 1,00: Bueiro Duplo Tubular Metálico com diâmetro de


1,00 m
–BTCC 3,00 x 2,00: Bueiro Triplo Celular de Concreto com 3,00 m
de base por 2,00 m de altura (em cada uma das células)
BUEIROS
BUEIROS
BUEIROS – funcionando como canal
BUEIROS – funcionando como canal
BUEIROS – funcionando como canal
BUEIROS – funcionando como orifício
BUEIROS – funcionando como orifício
BUEIROS – funcionando como conduto forçado
BUEIROS – funcionando como conduto forçado
BUEIROS – funcionando como conduto forçado
BUEIROS
Exercício

Verificar a condição de funcionamento de um BDTC Ø 1,20 que, implantado


com declividade de 0,30% sob uma altura de aterro de 4,20m, terá uma vazão
afluente de 8 m³/s.

1.Verificar a condição de funcionamento como canal


2.Verificar o funcionamento como orifício
ESTRUTURAS DE DISSIPAÇÃO DE ENERGIA
RESSALTO HIDRÁULICO

Grandes variações de declividades podem levar à mudança de um regime de


escoamento torrencial para um regime fluvial, ocasionando um ressalto hidráulico.
ESTRUTURAS DE DISSIPAÇÃO DE ENERGIA
RESSALTO HIDRÁULICO

O número de Froude a montante nos permite identificar o tipo de ressalto que será formado na
transição de regime. Em geral, para dissipar ressaltos com Fr entre 4,5 e 9,0 utilizam-se degraus,
e acima disso rampas dentadas.
ESCADARIAS HIDRÁULICAS

Atentar que escadarias de drenagem não podem


ser utilizadas como escadarias convencionais,
devendo seu formato e localização serem tal que
desestimule esse tipo de uso pela população.
ESCADARIAS HIDRÁULICAS
Escadaria hidráulica, em gabião
RAMPAS DISSIPADORAS
BACIAS DISSIPADORAS

Bacia de dissipação USBR Tipo III

Bacia de dissipação USBR Tipo II


BACIAS DISSIPADORAS

Critérios de utilização:

Bacia de dissipação USBR Tipo IV

Bacias tipo II e III


são as mais usuais.
BACIAS DISSIPADORAS
Bacia dissipadora em saída de bueiro
TÉCNICAS COMPESATÓRIAS
TÉCNICAS COMPENSATÓRIAS
RESERVATÓRIOS DE DETENÇÃO INDIVIDUAIS

Reservatórios em lotes urbanos:


o armazenamento no lote pode ser
utilizado para amortecer o
escoamento, em conjunto com
outros usos, como abastecimento
de água, irrigação de grama e
lavagem de superfícies ou de
automóveis.
TÉCNICAS COMPENSATÓRIAS
RESERVATÓRIOS DE DETENÇÃO INDIVIDUAIS

Sistema para coleta e


reuso da água da chuva
TÉCNICAS COMPENSATÓRIAS CAXIAS DO SUL

LEI COMPLEMENTAR Nº 636, DE 22 DE DEZEMBRO DE 2020 (Código de Obras)


Art. 77. Nas edificações novas, com área equivalente impermeabilizada superior a 800 m² (oitocentos metros quadrados),
deverão ser instalados mecanismos de armazenagem de águas pluviais, conforme os seguintes parâmetros:
I - deverá ser instalada canalização que conduza a água captada nos telhados, coberturas ou terraços ao reservatório de
águas pluviais;
II - as cisternas e/ou reservatórios de acumulação terão a sua capacidade calculada com base na equação constante no inciso
III, devendo ser consideradas as seguintes taxas de impermeabilização (TI):
a) asfalto, concreto, basalto ou outro revestimento selado = 100% (cem por cento);
b) paralelepípedo = 95% (noventa e cinco por cento);
c) concreto poroso = 90% (noventa por cento);
d) concregrama ou similar = 30% (trinta por cento);
e) brita = 10% (dez por cento); e
f) grama ou cobertura vegetal = 00% (zero por cento);
III - a área resultante para o cálculo do volume de reservação será chamada de Área Equivalente Impermeável (AEI) e será
calculada da seguinte forma: AEI = (Ai x ti), em m².
V - = volume do reservatório em metros cúbicos; Ai = área impermeabilizada em metros quadrados; ti = percentual de
impermeabilização.
O volume (V) de reservação será dado pela seguinte equação: V - = 0,5% x AEI, em m³; e
IV - a água armazenada poderá ser despejada na rede pública de drenagem 2 (duas) horas após a cessação das chuvas.
Parágrafo único. Excetuam-se do disposto no caput os lotes em parcelamento do solo com reservatório de detenção coletivo.
TÉCNICAS COMPENSATÓRIAS PORTO ALEGRE

DECRETO Nº 18.611, DE 9 DE ABRIL DE 2014.

Art. 1º Toda nova ocupação urbana deverá considerar a aplicação do conceito de


desenvolvimento urbano de baixo impacto, por meio da implantação de técnicas que privilegiem
a infiltração e a reservação das águas pluviais.
Art. 2º Toda ocupação que resulte em superfície impermeável, deverá possuir uma vazão
máxima específica de saída para a rede pública de pluviais igual a 20,8 l/(s.ha) (vinte vírgula
oito litros por segundo em hectare).
§ 1º A vazão máxima de saída é calculada multiplicando-se a vazão específica pela área total do
terreno.
Art. 4º A comprovação da manutenção das condições de pré-ocupação no lote ou no
parcelamento do solo deve ser apresentada ao DEP.

Atenção: cada vez mais é cobrado pelas


prefeituras que a vazão pós ocupação seja igual
ou inferior à vazão de pré-ocupação (ou pré-
desenvolvimento).

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