Prova A1 - 2016/2

1. Descreva e represente em forma esquemática um sistema de reuso de águas

cinzas e seus principais componentes. Quais as vantagens de utilização?

Vantagens de utilização: economia pela redução de consumo de água potável,

economia pela redução de emissão de efluentes, economia de energia e produtos
químicos, para indústrias, aumenta a disponibilidade de água, aumentando a
produção sem adicionar custos de captação e tratamento.
 2. Defina o que é fossa séptica, descreva os principais processos que ocorrem
no seu interior e represente esquematicamente cada um dos três tipos vistos
em aula.

Fossa séptica é um tanque estanque enterrado, projetado para receber esgotos

domésticos e separar os sólidos dos líquidos. Também acontece a digestão de uma
parte da matéria orgânica. Os efluentes sólidos são armazenados na fossa e o
efluente líquidos é descarregado para tratamento ou destino final.

Os processos que ocorrem dentro do tanque são:

● separação dos sólidos em suspensão, por flotação, sedimentação e

decantação;
● digestão do lodo e escuma (óleos, graxas, gorduras) por bactérias
anaeróbias;
● estabilização do líquido;
● crescimento de microorganismos.

A fossa é utilizada quando não existe rede pública de esgoto ou quando se

necessita um tratamento alternativo, mesmo existindo a rede, ou quando é necessário uma
retenção prévia dos sólidos sedimentáveis.

As fossas devem ficar o mais próximo possível do banheiro e com a tubulação mais
reta possível, a no mínimo 15m a jusante de qualquer manancial. Devem estar a 1,5m de
construções, 3m de árvores ou rede de água, 15m de poços freáticos e corpos d’água.

Três tipos: de câmara única, de câmaras sobrepostas, de câmaras em série:

3. Explique o procedimento para dimensionamento da calha, os condutores
verticais e os condutores horizontais para a edificação ao lado. Indique as
áreas e o TR que seria utilizado. Descreve ábacos e tabelas utilizados.

O dimensionamento da calha é feito através da fórmula de Manning Strickler e da

equação de continuidade. Assim, se descobre a vazão na calha que depende da
área molhada, raio hidráulico, declividade da calha e do material utilizado. Calhas
mais inclinadas possuem capacidade maior.

Para dimensionar os condutores verticais, se utiliza um ábaco que relaciona o

diâmetro do condutor com a vazão de projeto, altura da lâmina d’água na calha e o
comprimento do condutor vertical. Existem dois ábacos, um para saída em arestas
vivas e outros para saída com funil. Além disso, deve-se verificar a área máxima de
contribuição de acordo com o diâmetro do conduto.

Para dimensionar os condutores horizontais, se utiliza a Tabela 4 da NBR10844/89.

A partir da declividade do condutor, do n (material) e da vazão que deve ser
escoada, se encontra o diâmetro interno mínimo do condutor. É importante destacar
 que deve ser feita uma análise crítica, visto que pequenas alterações na declividade
podem alterar o diâmetro mínimo utilizado.

Áreas: metade de baixo conduz para o CA2 e metade de cima conduz para o CA1.
Duas calhas e dois condutores verticais (Qcalha=Qcv). A1=A2=A3=A4=(a+h/2)*b

Para coberturas e telhados: TR = 5 anos

4. Explique o procedimento de dimensionamento de tubos de queda, o coletor e

os subcoletores do sistema indicado ao lado. Indique o total de UHC por
trecho e descreva os ábacos e tabelas utilizados.

Para dimensionar os tubos de queda, se calcula as unidades UHC de cada cômodo

que direciona seus efluentes para esse tubo de queda. Se calcula a UHC por andar
e o total para todos os pavimentos. A seguir, com a tabela 6 da norma de IPES se
escolhe o diâmetro adequado para a UHC obtida.

Para o dimensionamento dos subcoletores, se calcula o número de UHC que chega

em cada subcoletor, porém para os banheiros se soma apenas o UHC do vaso
sanitário e para os demais cômodos se soma o UHC de todas as peças presentes
no local. Com a tabela 7 da norma é obtido o diâmetro do subcoletor, de acordo com
a declividade. O dimensionamento do coletor predial é igual ao do subcoletor,
lembrando que o diâmetro mínimo do coletor é DN100.

● Tubo de queda 1 = 34 UHC

● Tubo de queda 2 = 12 UHC
● Subcoletor 1 (CI1-CI2) = 24 UHC (4 vasos)
● Coletor predial (CI2-rede pública) = 36 UHC
5. Responda a frase em duas linhas, nas questões a seguir
a. Em uma curva IDF, que acontece com a intensidade da chuva se: (1)
aumenta-se a duração da chuva para um mesmo TR e (2) aumenta-se o
TR para uma mesma duração?

1 - Diminui a intensidade da chuva

2 - Aumenta a intensidade da chuva

b. Em Porto Alegre, toda edificação comercial deve ter um sistema de

reaproveitamento da água da chuva quando:

Nas edificações industriais e comerciais a área de cobertura ou telhado for

igual ou superior a 500m².

c. Quais os dispositivos de tratamento secundário de efluentes de fossa

séptica aprendemos na disciplina?

Filtro anaeróbio, valas de filtração, sumidouros.

d. Quando deve ser projetada uma medida de controle de escoamento de

água segundo o decreto de Porto Alegre

Quando a vazão de saída para a rede pública for maior que 20,8l/(s.ha)
(exceto para terrenos com área inferior a 600m²).
 2017/1

1. Represente em forma esquemática dois sistemas de disposição final de

esgotos: Sumidouro e Valas de infiltração. Explique suas principais
características e premissas de funcionamento.

Vala de Infiltração: consiste na percolação do esgoto no solo, onde ocorre a

depuração devido aos processos físicos (retenção de sólidos) e bioquímicos
(oxidação). Seu desempenho depende das características do solo como de seu grau
de saturação. Não é recomendado o uso de vala de infiltração em solos saturados de
água. Utilizar sistema intermitente para melhorar a eficiência do tratamento e
durabilidade do sistema.

Sumidouros: É uma unidade de depuração final do efluente de tanque séptico

verticalizado em relação a vala de infiltração. Pode ser utilizados em áreas onde o
aquífero é profundo de forma que permita garantir a distância máxima de 1,50 m
entre seu fundo e o nível máximo do aquífero.
2. Descreva e represente de forma esquemática um sistema de reaproveitamento
de água da chuva. Quais as vantagens de utilização?

Água da Chuva -> Calha-> Filtro-> Cisterna-> Bomba-> Reservatório-> Uso final

Usos da água de chuva: rega de canteiros, jardins, limpeza de pisos, calçadas e

playground e lavagem de carros (gastos que representam cerca de 50% do consumo
de água nas cidades), além de descarga de banheiros e lavagem de roupas.

3. Explique o procedimento para o dimensionamento da calha, os condutores

verticais e os condutores horizontais para a edificação esquematizada ao lado.
Considere apenas as descargas provenientes da cobertura desse prédio.
Indique ainda as áreas e o TR que seria utilizado. Descreve os ábacos ou
tabelas utilizadas.

4. Explique o procedimento de dimensionamento de tubos de queda, o coletor e

os subcoletores do sistema indicado na figura ao lado, conforme método UHC.
Indique total de UHC por trecho e descreva os ábacos e tabelas utilizados.

5. Responda a frase com duas linhas:

a. Porque banheiros da antiguidade eram invadidos pelos maus odores?

Não possuíam um sistema com fecho hídrico nem ventilação como temos
atualmente, por essa razão os maus odores invadiam o ambiente.

b. Quando deve ser projetada uma medida de controle de escoamento

segundo Porto Alegre?

Quando a vazão de saída para a rede pública for maior que 20,8l/(s.ha)
(exceto para terrenos com área inferior a 600m²).

c. Qual a profundidade máxima do coletor no passeio de uma IPES?

Profundidade máxima no passeio: 1m (Decreto 9369/88 DMAE)

d. Qual o único trecho de tubulação no sistema predial de esgoto sanitário

instalado em aclive em um prédio sem subsolo?

Toda tubulação de ventilação deve ser instalada com aclive mínimo de 1%,de
modo que qualquer líquido que porventura nela venha a ingressar possa
escoar totalmente por gravidade para dentro do ramal de descarga ou de
esgoto em que o tubo ventilador tenha origem.

e. Que tipo de transição entre calha e condutor vertical requer menor

profundidade de água na calha, por uma mesma vazão do condutor
vertical?

A transição tipo calha com funil de saída apresenta menor profundidade de

água na calha para uma mesma vazão no condutor vertical se comparado
com a saída em aresta viva que tem H (altura da lâmina da água) maior para
uma mesma vazão.