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atumaneiacumba@gmail.com 30/10/2023
1. GENERALIADADES
A necessidade de drenar águas residuais domésticas
acompanha o ser humano desde há vários milhares
de anos.
Sistema público de drenagem;
Sistemas simplificados de drenagem (fossas
sépticas);
Independentemente do tipo de sistema de drenagem
público ou da sua inexistência, os sistemas prediais de
drenagem de águas residuais domésticas e pluviais
têm de ser separativos.
Ciclo da Água Urbana
Água Subterrânea Água Potável
Água
Superficial
Água Residual
1.2. Contextualização Histórica
3000 AC - Harada e Mohenjodaro, Pakistão: muitas casas com
banheiros abastecidos através de tubos cerâmicos e condutos
em alvenaria de tijolos para condução de águas superficiais.
2750 AC - Índia: início dos sistemas de drenagem subterrânea
no vale dos hindus.
1500 DC - Alemanha: uso obrigatório de fossas nas
residências.
1815 DC - Inglaterra: autorizado o lançamento de efluentes
domésticos nas galerias pluviais.
1842 DC - Hamburgo, Alemanha: iniciada a implantação de um
sistema projectado de esgotos de acordo com as teorias
modernas.
1847 DC - Londres: lançamento compulsório das águas
domésticas nas galerias pluviais.
1879 DC - Memphis, EUA: criação do Sistema Separador
Absoluto por George Waring;
Porém, no caso de Moçambique os sistema de
drenagem nas zonas urbanas foram concebido na era
colonial concretamente nos princípios da década
cinquenta e destinava-se a drenagem das águas pluviais
Banheira e
latrina do
Palácio real
de Cnossos,
em Creta
2o - Escolha do traçado:
• Identificação dos aparelhos produtores de águas residuais
• Identificação de condicionamentos arquitectónicos e estruturais;
• Localização dos acessórios e instalações complementares.
3o Dimensionamento:
• Determinação de caudais de cálculo;
• Dimensionamento de tubagens,
• Instalações e acessórios;
• Verificação de condições de ventilação e autolimpeza.
4o Obra:
• Instalação da rede;
• Ensaios de descarga e estanquidade;
• Elaboração de telas finais.
1.5 Constituição da rede predial de drenagem de águas
residuais domésticas
Sistemas prediais de condução de águas residuais à câmara
de ramal de ligação
Sistema gravítico do ramal de ligação:
Sistema de elevação:
Neste tipo de sistema, é importante a utilização de uma
sifonagem invertida que impeça as águas residuais de inverter o
escoamento sempre que o grupo elevação se encontre desligado.
O sistema misto:
1.6 Lançamento na rede pública
A regulamentação existente valoriza a saúde pública e a
manutenção do sistema de drenagem ao não permitir o
despejo de materiais que, pela sua constituição,
danifiquem a rede ou sejam fonte de perigo para a
população.
Águas residuais doméstico, constituído pelas designadas
águas negras (com detritos de origem orgânica) e de
sabão (sem esses detritos), poderão ser largados na
rede pública, a qual pode apresentar diferentes
configurações.
1.7 Regras de traçado e instalação
.
Ramais de descarga
O traçado destas tubagens deverá ser constituído por troços
rectilíneos, ligados preferencialmente entre si por caixas de
reunião ou através de curvas de concordância.
A ligação simultânea de vários aparelhos a um mesmo ramal
de descarga (ramal de descarga não individual) deve
efectivar-se através de caixas de reunião ou curvas de
concordância;
Em caso algum os troços verticais de ramais de descarga
deverão exceder 2m.
Ramais de Ventilação
Os ramais de ventilação deverão ser constituídos por troços
rectilíneos, ligados entre si por curvas de concordância.
Os troços verticais deverão prolongar-se de modo a atingirem
uma altura não inferior a 0,15 m acima do nív'el superior do
aparelho ·sanitário que ventilam;
Os troços horizontais, para ligação à coluna de ventilação,
deverão possuir inclinação ascendente, de modo a
possibilitarem a condução dos condensados aí formados para
o ramal que ventilam, de valor não inferior a 20 mrn/m
Os ramais de ventilação não deverão ser cortados pelas linhas
piezométricas, de forma a evitar a sua obstrução. Neste
sentido, deverá ter-se em consideração a relação:
A inserção do ramal de ventilação no ramal de descarga deve fazer-se a uma
distância não inferior a duas vezes o diâmetro do ramal, nem superior aos
valores referenciados através do ábaco ilustrado na figura abaixo, medidos em
relação ao sifão instalado.
Tubos de quedas :
O traçado destas tubagens deve ser vertical, constituído
preferencialmente por um único alinhamento recto.
Sempre que imposições físicas obriguem a que o tubo de
queda não se desenvolva através de um único
alinhamento recto, as mudanças de direcção deverão ser
obtidas através de curvas de concordância e o valor da
translação não poderá ser superior a dez vezes o
diâmetro desta tubagem.
Nas situações em que tal se verifique, o troço de tubagem
de fraca pendente deverá ser tratado como colector
predial.
Métodos de Dimensionamento
O correcto dimensionamento dos sistemas prediais de drenagem de águas
residuais domésticas implica o conhecimento de algumas prescrições de
carácter técnico e regulamentar, bem como de uma metodologia de cálculo
adequada.
No entanto, devem ser seguidos os seguintes passos:
1º Correcta definição do traçado da rede e acessórios;
2º Determinação dos caudais de cálculo;
3º Dimensionamento dos diâmetros das tubagens e suas pendentes;
4º Dimensionamento das câmaras a utilizar bem como dos grupos de elevação
quando necessários.
1º. Correcta definição do traçado da rede e acessórios:
Traçado da rede da cozinha Traçado da rede WC
2º Determinação dos caudais de cálculo
a) Caudais de descarga: são os caudais descarregados pelos
aparelhos sanitários para a rede de drenagem, tendo em conta
as suas características particulares.
𝑄𝑐 = 𝑐𝑠 ∗ 𝑄𝑎
c) Capacidade de autolimpeza das tubagens:
Nos casos em que as águas a drenar contenham elevados teores
de gorduras, lamas, etc., dever-se-á proceder à verificação da
capacidade de autolimpeza das tubagens de fraca pendente,
fundamentalmente nos casos em que se trate de colectores
prediais ou de ramais de ligação.
Para que esta condição se verifique, em termos satisfatórios, a
tensão de arrastamento deverá ser superior a 2,45 Pa.
A tensão de arrastamento é calculada como se indica:
𝜏 =𝛾∗𝑅∗𝑖 As velocidades de escoamento não
devem ser inferiores a 0,6 m/s para
águas residuais sem gorduras ou
com teores destas muito reduzidos e
1,2 m/s para águas residuais com
significativos teores de gorduras.
3º Dimensionamento dos diâmetros das tubagens e suas
pendentes;
a) Ramais de descarga individuais:
Poderão ser dimensionados para um escoamento a secção
cheia, nos casos de sistemas apenas com ventilação primária,
desde que a distância entre o sifão e a secção ventilada não
ultrapasse o valor máximo admissível (ver no ábaco).
Ou nos casos de sistemas com ventilação secundária completa;
caso contrário, o dímensionrunento deverá ser feito como para
os ramais de descarga não-individuais.
As inclinações dos ramais de descarga terão de estar
compreendidas entre 10 e 40 mm/m.
b) Ramais de descarga não-individllais
Não deverão ser dimensionados para escoamentos superiores a
meia secção.
As inclinações dos ramais de descarga não-individuais deverão
estar compreendidas entre 10 e 40 mm/m.
O diâmetro interior dos ramais de descarga é calculado como se
indica na fórmula de Manning-Strickler, em função dos caudais de
calculos confluentes para o ramal.
2 3 1 2
Q= 𝐾 ∗ 𝐴 ∗ 𝑅 ∗𝑖
O raio hidráulico R é obtido através do quociente entre a área da
secção líquida e o perímetro da secção líquida em contacto com
as paredes de tubagem.
Para escoamento a secção cheia e a meia secção, o raio
hidráulico pode ser obtido através da divisão do diâmetro interior
da tubagem (D) por quatro (R = D/4), donde virá que:
c) Ramais de ventilação
INSTALAÇÕES COMPLEMENTARES:
Sistemas elevatorias;
Camaras de Bombagem;