Você está na página 1de 37

NBR 8160

Instalações Prediais de Esgotos Sanitários


Projeto e Execução
Considerações Gerais
• Regidas pela NBR 8160, as instalações de esgotos sanitários têm a
tem a finalidade de coletar e afastar da edificação todos os despejos
provenientes do uso da água para fins higiênicos, encaminhando‐os
para um destino adequado.
• De acordo com a norma NBR 8160, alguns objetivos específicos
do projeto de instalação sanitária, são:
– Permitir o rápido escoamento dos esgotos.
– Permitir a desobstrução das tubulações.
– Vedar a passagem de gases e animais das tubulações para o interior das
edificações.
– Impedir a poluição ambiental, principalmente dos mananciais d’água.
Partes constituintes da instalação
Partes constituintes da instalação
Partes constituintes da instalação
• Onde:
– RD ‐ RAMAL DE DESCARGA: tubulação que recebe diretamente o
efluente de aparelho sanitário.
– RE ‐ RAMAL DE ESGOTO: tubulação que recebe efluentes dos ramais
de descarga.
– CV ‐ COLUNA DE VENTILAÇÃO: tubulação vertical que conduz os
gases para a atmosfera.
– DESCONECTOR: dispositivo provido de fecho hídrico destinado a vedar a
passagem de gases e animais para o interior da edificação. (Elemento que
desconecta o esgoto primário do esgoto secundário).
Partes constituintes da instalação
• Onde:
– TQ ‐ TUBO DE QUEDA: tubulação vertical que recebe o efluente de
subcoletores, ramais de esgoto e ramais de descarga.
– RV ‐ RAMAL DE VENTILAÇÃO: tubulação que liga o esgoto
primário à coluna de ventilação.
– ESGOTO PRIMÁRIO: é a parte da instalação à qual os gases e os animais
têm acesso. É a parte da instalação entre os desconectores e o coletor público
(quando existir).
– ESGOTO SECUNDÁRIO: é a parte da instalação à qual os gases e animais
não têm acesso. São os aparelhos e a canalização que vêm antes dos
desconectores.
Visão Geral do Sistema de esgoto:
Simbologia (NBR‐8160)
Etapas do Projeto
• CONCEPÇÃO
• É a parte mais importante. Nela ocorre a maioria das análises e decisões
do projetista. Nesta etapa são importantes os conhecimentos, a experiência
e os critérios adotados pelo engenheiro. Deve‐se, portanto:
• a) Identificar os pontos geradores de:
– Águas servidas (aquelas que foram usadas para fins higiênicos e que não contêm
dejetos)
– Águas negras ou imundas (aquelas que contêm dejetos provenientes de vasos sanitários)
– Águas com gordura (aquelas provenientes de pias de cozinha, pias de despejo, e que contêm
gorduras)
• b) Definir e posicionar os desconectores:
– Sifões, caixas sifonadas e ralos sifonados;
– caixas retentoras;
Etapas do Projeto
• Sifões
:
Etapas do Projeto
• Caixa
sifonada:
Etapas do Projeto
• Caixa retentora de gordura:

Opções de tampa:
Etapas do Projeto
• c) Definir o sistema de ventilação:
• É composto pelos ramais de ventilação e a pela coluna de ventilação. Sua
finalidade é proteger os fechos hídricos dos desconectores de se romperem por
aspiração (vácuo) ou compressão (pressão) e encaminhar os gases emanados da
fossa ou coletor público para a atmosfera.
• EX:
Etapas do Projeto
• d) Posicionar os tubos de queda:
– do esgoto primário
– de gordura
• Para evitar que os tubos de queda estrangulem a seção das vigas, pode‐se
posicioná‐los em mochetas (pilares falsos, criando espaço para passagem de
canalizações verticais de agua, esgoto, telefone, gás) ou adotar o sistema de shafts
(sistema que utiliza Placa Cimentícia Impermeabilizada, perfis metálicos,
tratamento de juntas invisíveis e fixadores auto perfurantes).
Etapas do Projeto
• e) Definir o acesso à tubulação:
– caixas de inspeção;
– Poços de visita;
– caixas de gordura;
• Todo trecho de tubulação de esgoto deve ter, no mínimo, um ponto de acesso,
para fins de inspeção e desobstrução.
• f) definir o destino do esgoto:
– Coletor público
– Tratamento e destino particular
Etapas do Projeto
• DIMENSIONAMENTO
• Consiste na determinação dos diâmetros capazes de proporcionar a vazão
necessária ao escoamento esgoto.

• COMUNICAÇÃO
• Consiste na elaboração das instruções técnicas escritas e desenhadas
necessárias para a execução do projeto.
Dimensionamento da tubulação de esgoto
• De acordo com a NBR 8160, o dimensionamento deverá ser feito pelas Unidades
Hunter de Contribuição (UHC).

• 1 UHC = vazão de 28 litros/min

• RAMAIS DE DESCARGA:
• São dimensionados por meio das tabelas:
Tabela 1: contempla uma lista dos aparelhos mais comuns. (Vide a NBR 8160 para mais
detalhes).
– Tabela 2: contempla os demais aparelhos não listados na tabela 1
• TABELA 1: UHC dos aparelhos sanitários e diâmetro nominal dos ramais de descarga

OBS: (*) Para o ramal de descarga foi adotado um diâmetro mínimo de 40mm.
(**) O diâmetro mínimo do vaso sanitário é de 100mm. Os ramais de descarga ligados a um
mesmo desconector devem ter o mesmo diâmetro, pois todas as entradas no desconector têm o
mesmo diâmetro.
Tabela 2: UHC para aparelhos não relacionados na tabela 1
Dimensionamento da tubulação de esgoto
• RAMAIS DE ESGOTO:
• Somam‐se as UHC dos ramais de descarga que contribuem para o ramal de esgoto,
e recorre‐se então à tabela 3 para dimensionar o ramal de esgoto.

• TABELA 3: Dimensionamento dos ramais de esgoto


Dimensionamento da tubulação de esgoto
• TUBOS DE QUEDA:
• Sempre que possível, devem se manter numa mesma linha vertical. Entretanto,
quando necessário, podem sofrer desvios horizontais, feitos com curva longa,
provida de visita, e o ângulo Ø deve ser inferior a 90°.

• OBS:
Qualquer tubulação ligada a vaso
sanitário terá diâmetro mínimo
de 100mm.
Dimensionamento da tubulação de esgoto
• TABELA 4: Dimensionamento do TUBO DE QUEDA
Dimensionamento da tubulação de esgoto
• COLETORES E SUBCOLETORES
• São dimensionados através da tabela 5.
• TABELA 5

– OBS: A tubulação de esgoto deve ser preferencialmente retilínea. As tubulações devem ser
fixadas de tal modo que não ocorram deformações.
Dimensionamento da tubulação de esgoto
• RAMAIS DE VENTILAÇÃO
• O diâmetro dos ramais de ventilação é obtido diretamente na tabela 6.
• TABELA 6
Dimensionamento da tubulação de esgoto
• COLUNA DE VENTILAÇÃO
• O diâmetro da coluna de ventilação é obtido na tabela 7
• TABELA 7
Dimensionamento da tubulação de esgoto
• TABELA 7
(Continuação):
Dimensionamento da tubulação de esgoto
• OBSERVAÇÃO:
• A fim de impedir que o esgoto penetre no ramal de ventilação e o obstrua, o
ramal de ventilação deve ser ligado por cima do ramal de esgoto. Além disto, esta
ligação do ramal de ventilação ao ramal de esgoto deve se dar a uma distância
máxima do desconector, de acordo com a tabela 8.

• TABELA 8: Distância máxima do desconector ao tubo ventilador:


Declividade mínima das tubulações
• A declividade mínima da tubulação de esgoto é função do diâmetro, e pode ser
obtida por meio da tabela 6.

• TABELA 9: Declividade mínima:


Facilidade na desobstrução das tubulações
• A viabilidade de acesso à tubulação e a fácil desobstrução é conseguida
através dos seguintes dispositivos:
– caixas de gordura
– caixas de inspeção
– desconectores, sifões, visitas
• De acordo com a NBR 8160, tem‐se:
– Todo trecho da tubulação deve ser acessível.
– Os sifões devem ser inspecionáveis.
– Entre duas inspeções só pode haver uma deflexão, obrigatoriamente menor que 90º e ser
executada com curva longa.
– A distância entre duas inspeções deve ser menor que 25 m.
– A distância entre o coletor público e a primeira inspeção deve ser menor que 15m.
– A distância entre o vaso sanitário e a primeira inspeção deve ser menor que 10m.
– Em prédios com mais de 5 andares a distância máxima do tubo de queda até a primeira
inspeção deve ser de 2 m.
Exemplos:
• 1) Dimensione o ramal de esgoto do banheiro de um edifício residencial
contendo: 1 lavatório, 1 chuveiro e 1 bide.
• Resp.:
Exemplos:
• 2) Dimensione o tubo de queda (que recebe os efluentes dos ramais de esgoto e
dos ramais de descarga) para um edifício residencial de 12 pavimentos cujos
banheiros contém: 1 bacia sanitária, 1 lavatório, 1 bide e 1 chuveiro.
• Resp.:
Exemplos:
• 3) Dimensione os subcoletores de esgoto de um edifício residencial de 12
pavimentos cujos banheiros contém: 1 bacia sanitária, 1 lavatório, 1 bide e 1
chuveiro.
• Resp.:
Exemplos:
• 4) Dimensione os coletores de esgoto, de acordo com a figura, para um edifício
residencial de 12 pavimentos cujos banheiros contém: 1 bacia sanitária, 1 lavatório,
1 bide e 1 chuveiro, admitindo 2 tubos de queda.

• Resp.:
Exemplos:
• 5) Dimensione o ramal de ventilação para um edifício residencial de 12
pavimentos cujos banheiros contém: 1 bacia sanitária, 1 lavatório, 1 bide e 1
chuveiro.
• Resp.:
Exemplos:
• 6) Dimensione a coluna de ventilação para um edifício residencial de 12
pavimentos cujos banheiros contém: 1 bacia sanitária, 1 lavatório, 1 bide e 1
chuveiro.
• Resp.:
Exercícios
• propostos:
1) Determinar os diâmetros do ramal de ventilação, da coluna de ventilação, dos
ramais de descarga , dos ramais de esgoto, a declividade dos ramais de descarga
e de esgoto do banheiro residencial abaixo:
Exercícios
• propostos:
2) Dimensionar os tubos de queda (TQ1 e TQ2), o tubo de gordura (TG)
colunas de ventilação do esquema vertical representado abaixo:
e as

Você também pode gostar