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SANEAMENTO BÁSICO

BACHARELADO EM ENGENHARIA CIVIL


PROF. VÍTOR FREITAS GONÇALVES
vitor.goncalves@prof.una.br
ROTEIRO DE PROJETO - SES
1 Estudo de concepção do SES

2 Projeto da rede coletora

3 Projeto de interceptores

4 Projeto de estações elevatórias (EEE)

5 Projeto de estações de tratamento de esgoto (ETEs)


ROTEIRO DE PROJETO - SES
Normas para projetos de sistemas de esgoto sanitário

NBR 9648 – Estudo de concepção de sistemas de esgoto sanitário,1986;

NBR 9649 – Projeto de redes coletoras de esgoto sanitário,1986;

NBR 12207 – Projeto de interceptores de esgoto sanitário,1992;

NBR 12208 – Projeto de estações elevatórias de esgoto sanitário,1989;

NBR 12209 – Elaboração de projetos hidráulico-sanitários de estações de


tratamento de esgotos sanitários, 2011.
PROJETO DE INTERCEPTORES
▪ São canalizações destinadas a interceptar, receber e transportar o fluxo de
esgoto sanitário dos coletores ao longo do seu comprimento.

▪ O projeto hidráulico sanitário do interceptor deve ser feito conforme a NBR


12207, observada a regulamentação específica das entidades responsáveis.

NBR 12207 – Projeto de interceptores de esgoto sanitário, 1989;


PROJETO DE INTERCEPTORES
▪ Por conta das maiores
vazões transportadas, os
diâmetros são
normalmente os maiores
da rede coletora;

▪ São responsáveis pelo


transporte dos esgotos
até a ETE, evitando que
sejam lançados
diretamente no curso
d’água.
PROJETO DE INTERCEPTORES
PROJETO DE INTERCEPTORES
PROJETO DE INTERCEPTORES
Túnel da Marginal Tietê (São Paulo - SP): Atende 2,2
milhões de pessoas (2240 L/s de esgoto)
PROJETO DE INTERCEPTORES
▪ Recebe esgoto de coletores secundários e coletores tronco

▪ Não recebe ligações prediais diretamente

▪ Localizado em fundos de vale, próximo a cursos d’água


PROJETO DE INTERCEPTORES
Materiais:

▪ Tubos cerâmicos

▪ Tubos de plástico

▪ Tubos de concreto

▪ Tubos de ferro fundido

▪ Tubos de aço
PROJETO DE INTERCEPTORES
Diretrizes de projeto

▪ O traçado do interceptor deve ter trechos retos em planta e em perfil;

▪ Se for necessário, podem ser usados trechos curvos em planta;

▪ O ângulo máximo de deflexão em planta entre trechos adjacentes deve ser de 30°,
ângulos maiores devem ser justificados;
PROJETO DE INTERCEPTORES
Dimensionamento

1. Regime de escoamento

2. Dimensionamento por trechos


PROJETO DE INTERCEPTORES
Dimensionamento

3. Vazões

▪ Não há contribuição em marcha, só nas pontas

▪ Para cada trecho do interceptor devem ser estimadas as vazões inicial e final

Q i,n = Q i,n−1 + Q i,a

Qi,n = vazão inicial do trecho n


Qi,n−1 = vazão inicial do trecho de montante
Qi,a = vazão inicial do coletor afluente ao PV de montante
PROJETO DE INTERCEPTORES
Dimensionamento
PROJETO DE INTERCEPTORES
Dimensionamento

3. Vazões

Q f,n = Q f,n−1 + Q f,a

Qf,n = vazão final do trecho n


Qf,n−1 = vazão final do trecho de montante
Qf,a = vazão final do coletor afluente ao PV de montante
PROJETO DE INTERCEPTORES
Dimensionamento

3. Vazões

▪ A vazão final deve ser acrescida da contribuição pluvial parasitária para análise de
funcionamento e para o dimensionamento de extravasores;

▪ A contribuição pluvial parasitária deve ser determinada com base em medições locais.
Inexistindo tais medições, pode ser adotada uma taxa cujo valor deve ser justificado e
que não deve superar 6 L/s.km.
PROJETO DE INTERCEPTORES
Dimensionamento

3. Vazões

▪ Os interceptores de grande porte promovem o amortecimento da vazão proveniente dos


coletores.

▪ Deve-se calcular a diminuição do coeficiente k (coeficiente de variação de vazão)


PROJETO DE INTERCEPTORES
Dimensionamento

3. Vazões

▪ Quanto maior a área, menor será o coeficiente de pico e,


consequentemente, a vazão de pico (Amortecimento das vazões de pico)

▪ Em geral, os trechos de conduto são extensos e o tempo de percurso entre


dois pontos consecutivos de contribuição provoca uma defasagem na
acumulação das contribuições de um mesmo período
PROJETO DE INTERCEPTORES
PROJETO DE INTERCEPTORES
Dimensionamento
PROJETO DE INTERCEPTORES
Dimensionamento

3. Vazões

▪ Para Qf > 751 L/s

17,485 Qm = somatória das 𝐯𝐚𝐳õ𝐞𝐬 𝐦é𝐝𝐢𝐚𝐬 de uso predominantemente


k = 1,20 + residencial, comercial, público, incluídos também, as vazões
Q0,5090
m de infiltração, em L/s.

▪ Para Qf < 751 L/s

𝑘 = 1,80
PROJETO DE INTERCEPTORES
Dimensionamento

4. Tensão trativa

Para vazão início de projeto Qi, a tensão trativa deve ser maior que 1,0 Pa, pois:

▪ Promove a autolimpeza das redes;

▪ Para diminuir formação de película de limo nas paredes da tubulação, que


podem levar à formação de sulfetos - ác. sulfúrico - corrosão
PROJETO DE INTERCEPTORES
PROJETO DE INTERCEPTORES
Dimensionamento

5. Declividade

▪ Declividade mínima (n=0,0013):

Imín = 0,00035 ∙ Q−0,47


i

▪ Declividade máxima:

−2/3
Imáx = 4,65 ∙ Qf
PROJETO DE INTERCEPTORES
Dimensionamento
PROJETO DE INTERCEPTORES
Dimensionamento

6. Diâmetro

▪ Lâmina máxima relativa (y/D): 75% do diâmetro

▪ Dimensionamento similar à dos coletores


PROJETO DE INTERCEPTORES
Traçado do interceptor

▪ Ângulo máximo de deflexão em planta = 30°;

▪ Evitar degraus e alargamentos bruscos;

▪ Distância máxima entre PVS igual a 100 m ou o que informarem as concessionárias locais;

▪ Contribuição pluvial parasitária não é levada em consideração no dimensionamento dos


interceptores (apenas para verificações)
PROJETO DE INTERCEPTORES
Dissipadores de energia

Execução obrigatória:

▪ Quando houver um desnível razoável entre o coletor de montante e o de jusante;

▪ Quando o coletor recebe contribuições de outros coletores em cota superior;

▪ Quando a declividade do terreno for maior que a máxima recomendada para se limitar a
velocidade a 5 m/s;
PROJETO DE INTERCEPTORES
Dissipadores de energia

▪ Diminuição de declividade dos coletores através de poços de visita com tubos de queda
PROJETO DE INTERCEPTORES
Dissipadores de energia

▪ Degraus para dissipação de energia


PROJETO DE INTERCEPTORES
Dissipadores de energia

Sem anteparo Com anteparo


PROJETO DE INTERCEPTORES
Dissipadores de energia
PROJETO DE INTERCEPTORES
Extravasores

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