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APLICADOS A PRESERVAÇÃO
Poluição do Ar
Outro ponto de atenção é em obras realizadas em ambientes fechados, nas quais a poluição do ar
fica ainda mais concentrada, comprometendo a saúde do trabalhador, das pessoas no entorno da
construção e dos ocupantes do local.
São vários os fatores que podem causar enfermidades, além de bactérias e microrganismos encon-
trados no ar, produtos de limpeza, fumaça, tinta, poeira, cloro, cigarro entre outros, podem deixar a
saúde do ocupante do local fragilizada.
Quanto mais contaminação se tem dentro de um ambiente, mais sobrecarregado fica o sistema imu-
nológico, gerando cada vez mais doenças respiratórias como rinite, sinusite, asma etc.
Estudos comprovam a importância direta do bem-estar dos ocupantes das edificações com relação à
produtividade no trabalho ou nos estudos, o que faz com que a atenção à qualidade do ar interno das
edificações seja um ponto de importante, que vai além da prevenção de doenças.
Quanto antes se pensar na qualidade do ar, desde o início de uma obra, com a descontaminação do
ambiente, até o dia a dia de um edifício, mais limpo será o local.
Além disso, um ambiente adequado sem poluição do ar e risco de contaminação pode gerar econo-
mia ao empreendimento. Um funcionário doente é prejuízo para a obra, gerando atraso e custo adici-
onal em todo projeto.
Sem falar nos problemas com o entorno, as partículas podem causar problemas respiratórios aos vizi-
nhos ocasionando o embargo da obra e mais custo.
Muitas obras e reformas são realizadas com a presença de moradores ou funcionários. Mesmo com o
ambiente de obra supostamente isolado, a poeira carrega os microrganismos que fazem mal à saúde
para os demais ambientes.
No caso de prédio de uso coletivo, como em hospitais, o problema é ainda mais grave. Normalmente
não se pode desativar um hospital inteiro quando apenas algum setor está em obra.
As infecções causadas pelo fungo aspergillus niger, transmitido pela poeira e que atinge o sistema
respiratório e pulmões, aumentam significativamente em situações de reforma. Atualmente, já existem
no mercado soluções que buscam aliar a eficácia na eliminação da poluição do ar nas obras ao con-
ceito de sustentabilidade.
São tecnologias totalmente ecológicas que funcionam de forma ativa reduzindo a poeira e outros ma-
teriais particulados que ficam em suspensão no ambiente de uma obra. A tecnologia vai até o pro-
blema promovendo a polarização e a decantação das partículas, após deixá-las mais pesadas que o
ar.
Fontes de poluição da água nos locais de construção incluem: diesel, óleo, tintas, solventes, produtos
de limpeza e outros produtos químicos nocivos, além de restos de construção e sujeira.
Lodo e lama gerados pelas construções também poluem cursos de água naturais, transformando-a
em turva, o que restringe a passagem luz solar e prejudica a vida aquática.
Água de escoamento superficial também carregam outros poluentes dos canteiros, tais como óleos,
produtos químicos tóxicos e materiais de construção como cimento. Quando essas substâncias en-
tram nos cursos de água, elas envenenam a vida aquática e qualquer ser que dependa dela.
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CONCEITOS BÁSICOS, PARÂMETROS E CRITÉRIOS
APLICADOS A PRESERVAÇÃO
Poluentes nos locais de construção também pode mergulhar em aquíferos subterrâneos, que são fon-
tes de água potável humana. Uma vez contaminado, a água subterrânea é muito mais difícil de tratar
do que a água de superfície.
Poluição Sonora
Cargas Poluentes
A construção civil pode ser responsável pelo crescimento da poluição quando as leis e normas não
são respeitadas e as edificações são feitas sem o cuidado necessário com o meio ambiente. Um
exemplo são sistemas de tratamento de esgoto construídos de forma errada. Além disso, o armaze-
namento incorreto de materiais pode acabar poluindo o solo, a água e o ar.
Por outro lado, o setor pode contribuir para a diminuição desses impactos ambientais com a criação
de sistemas de tratamento de esgoto. Ou, de maneira mais indireta, com a construção de parques,
por exemplo.
4. Melhorar a performance térmica dos edifícios para reduzir os custos com ar-condicionado, calefa-
ção e as emissões de CO2;
7. Conceber projetos habitacionais de baixo custo para melhorar as condições de vida da população
de baixa renda.
O setor da construção civil responde por 10% do PIB (Produto Interno Bruto) do mundo e emprega
mais de 100 milhões de pessoas (28% da força de trabalho). O desenvolvimento sustentável busca
integrar três grandes pilares: 1. A performance econômica; 2. As consequências sociais das ações de
uma empresa (com relação aos seus empregados, fornecedores, clientes e comunidade local); 3. Os
aspectos ambientais (alcançar um equilíbrio entre as atividades da empresa e a preservação do ecos-
sistema). O que está acontecendo? Como a busca de sustentabilidade pode resultar no oposto?
Deve-se buscar o conhecimento técnico. Exemplos:
1. Para produzir 1000 ml de álcool combustível, se gasta 600 ml de óleo diesel. Agora, pensado no
estado (país) é benéfico por não ficar dependente de países produtores de petróleo.
2. A ponte Rio-Niterói trouxe grandes impactos iniciais, mas, com o passar do tempo, foi benéfico por
encurtar o trajeto, economizando combustível nos meios de transportes.
Nesse sentido, um dos problemas das abordagens sustentáveis é não questionar a tipologia vigente.
Ao invés disso, apenas são agregados componentes mais “ecológicos”, como sistemas e isolamentos
mais eficientes.
Mas, este conceito de sustentabilidade “agregada”, mesmo que tenha sucesso parcial, mantém for-
mas e sistemas estruturais intocados. O resultado é, muitas vezes, um nivelamento dos ganhos com
prejuízos imprevistos. Por exemplo, adicionar instalações elétricas mais eficientes reduz a energia
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CONCEITOS BÁSICOS, PARÂMETROS E CRITÉRIOS
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usada e, assim, diminui o custo geral. Mas, custos menores tendem a diminuir a preocupação dos
usuários com o desperdício – paradoxo estabelecido, em 1865, pelo economista inglês William Stan-
ley Jevons.
Aumentar a eficiência diminui o custo, o que aumenta a demanda, o consumo e elimina a economia
inicial. A lição é que não podemos lidar com o consumo de energia isoladamente. É preciso olhar
para o conceito de energia mais amplamente, incluindo a energia incorporada e outros fatores. A teo-
ria da resiliência aponta para a natureza do problema. Sistemas podem parecer engenhosos dentro
dos seus parâmetros pré-definidos, mas vão inevitavelmente interagir com muitos outros, geralmente
de maneiras imprevisíveis e não lineares.
É importante almejar uma metodologia de projeto mais “robusta”, combinando visões diversas e inter-
ligadas, funcionais em escalas diversas, garantindo a adaptabilidade dos elementos de projeto.
Mesmo que estes critérios possam parecer abstratos, eles são exatamente as características alcan-
çadas com os métodos ditos “passivos”. Edifícios passivos permitem ao usuário ajustar e adaptar as
condições climáticas – por exemplo, abrindo ou fechando janelas ou anteparos e aproveitando luz e
ventilação naturais.
Esses projetos possuem: sistemas que desempenham mais de uma função – como as paredes, que
constituem o prédio e também acumulam calor –, e espaços facilmente reconfiguráveis, mesmo para
novos usos, sem grandes investimentos. São edifícios polivalentes não comprometidos com um vi-
sual popular ou um usuário específico. Para reverter esse cenário, a educação com conhecimentos
técnicos é primordial. Quando pensamos em sustentabilidade e meio ambiente, sempre pagaremos
um pedágio conforme exemplos citados a cima.
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