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Técnico em

Administração/
Logística
Módulo I
ÉTICA
Introdução

 Observamos que os termos moral e ética são usados como sinônimos,


mas existe diferença entre os conceitos, carecendo que se faça
distinção entre eles.

 Mas o que é a moral? E o que é a ética? E qual a diferença entre moral


e ética? Estes temas serão explorados a seguir.

 A ética se expressa a partir do interior de cada um de nós. Em nível de


exemplificação, tem-se a seguinte situação: quando repassamos uma
informação importante, sem a qual um colega de classe ou de empresa
pode ser prejudicado, estamos “agindo bem”, ou seja, estamos sendo
éticos em não prejudicá-lo ou ajudando-o a não se prejudicar.
Moral
 Do latim moralis, morale. Significa o que é relativo aos “costumes”.

 É o conjunto de regras de conduta admitidas em determinada época


ou por um determinado grupo de pessoas, com o objetivo
fundamental de obter melhor reação em sociedade.

 Como as comunidades humanas são distintas entre si os valores podem


ser distintos de uma comunidade para outra, o que origina códigos
morais diferentes.

 A moral não está diretamente ligada com o “fazer o bem”, mas com o
“agir corretamente”, ou seja, conforme as “leis” ou os “valores
morais” de uma sociedade. Contudo, o que é “certo” agora, no futuro
pode ser considerado “errado”.
Ética

 Pode-se afirmar que a ética é um conjunto de valores morais e


princípios que norteiam a conduta humana na sociedade.

 A ética contribui para que haja um equilíbrio e bom funcionamento


social, possibilitando que ninguém saia prejudicado.

 Neste sentido, a ética, embora não possa ser confundida com as leis,
está relacionada com o sentimento de justiça social e equidade. A ética
é construída por uma sociedade, com base nos valores históricos e
culturais.
Ética
 Do ponto de vista da Filosofia, a Ética é uma ciência que estuda os
valores e princípios morais de uma sociedade e seus grupos. Cada
sociedade ou grupo possui seus próprios códigos de ética.

 Além dos princípios gerais que norteiam o bom funcionamento social,


existe também a ética de determinados grupos ou locais específicos.

 Neste sentido, citam-se: ética médica, ética de trabalho, ética


empresarial, ética educacional, ética nos esportes, ética jornalística,
ética na política, etc.

 Uma pessoa que não segue a ética da sociedade à qual pertence é


chamada de antiética, assim como o ato praticado.
Fundamentos da Ética

 Após estudarmos os conceitos de ética e moral, convém direcionarmos


reflexões acerca do surgimento da ética e como a ética e a moral
interferem na nossa vida social e no nosso bem-estar.

 De todo modo, é inegável que se tivermos um comportamento ético


em relação ao outro, viveremos melhor e mais tranquilos. Para
promover uma vida com sentido, podemos cultivar a ética, ou seja,
cultivar valores, como honestidade, respeito, justiça e bem comum.

 A partir desses valores éticos, poderemos contribuir para construir


uma vida boa para nós mesmos e para os outros.
Fundamentos da Ética
 Cada grupo ou sociedade tem uma moral que lhe caracteriza e, ao
mesmo tempo, serve para dar coesão e sentido aos seus membros.

 Assim, teremos uma moral religiosa que condena a nudez, como um


ato libidinoso, outra moral que diz que é certo oferecer sua mulher a
um visitante da comunidade (como na cultura dos povos esquimós) e
uma moral, característica de outros grupos minoritários, que não
percebem qualquer valor negativo na nudez.

 Isso torna a discussão ética fundamental, pois ela mostra a relevância


ou não de alguns valores. Sobretudo, o fato de serem tais valores
morais uma criação histórico-cultural.
Fundamentos da Ética

 A reflexão ética permite regular o comportamento do indivíduo para


alcançar o bem-estar coletivo e a vivência pacífica em sociedade,
visando impor limites e controles ao risco permanente da violência e da
violação da dignidade humana (liberdade, justiça e paz).

 Os fundamentos da ética têm como base os estudos da Filosofia, que


se entende também como a investigação crítica e racional dos
princípios fundamentais relacionados ao mundo e ao homem.

 Neste sentido, se entende que sem o pensamento filosófico, seria


impossível extinguir os questionamentos e definir uma ética completa
e coerente.
Ética e Cidadania - Atitude Ética
 Ser Ético é agir corretamente sem prejudicar os outros. É cumprir com
os valores da sociedade em que se vive, mora, trabalha, estuda etc.

 Ética é tudo que envolve integridade, é ser honesto em qualquer


situação, é ter coragem para assumir seus erros e decisões, ser
tolerante e flexível, é ser humilde. Todo ser ético reflete sobre suas
ações, pensa se fez o bem ou o mal para o seu próximo. É ter a
consciência “limpa".

 Observamos diversas situações ao nosso redor, as quais podem ser


boas ou ruins, certas ou erradas. Desse modo, é possível reconhecer
atitudes antiéticas, imorais e amorais em diversas relações sociais,
como com amigos, familiares, o chefe, o colega de trabalho etc.
Situações bem próximas a nós nos levam a pensar nessas atitudes.
Ética e Cidadania - Atitude Ética
 Dessa forma, ignorar o sofrimento alheio é não perceber que podemos
estar contribuindo para reproduzir um ciclo de miséria e dor.

 Moralmente, pode ser correto não ajudar a quem necessita, pois não há
uma lei que diga que somos obrigados a isso. Entretanto, em termos
éticos, o não agir é uma escolha, e essa ação pode trazer consequências
boas e ruins.

 Cumprir as leis e as normas de uma sociedade ou de um grupo social é o


que se pode chamar de “moralmente correto”.
Ética e Cidadania - Atitude Ética

 Outro conceito importante a ser mencionado é o de amoralidade, que


se trata da ausência de valores morais. Por exemplo, quando dizemos
que está chovendo, é um falar amoral.

 Chover não é uma escolha, portanto, não é ético nem moral. Porém, se
dizemos que a chuva é bonita, estamos emitindo um julgamento de
valor, de acordo com o que se entende, em determinada sociedade ou
grupo, por bonito e feio.
Ética e Política

 Um indivíduo responsável socialmente cumpre os deveres e obrigações


que todos temos para com a sociedade. Assim, a responsabilidade
social é fundamental tanto no campo individual, como no
organizacional.

 Se o comportamento ético busca o bem para o indivíduo e para a


sociedade, a ética e a responsabilidade social devem caminhar lado a
lado com os negócios de toda a corporação.

 Torna-se importante que as empresas se guiem por um código de


conduta ética, tanto para conquistar a confiança de seus profissionais
e garantir a fidelidade de seus consumidores quanto para receber o
reconhecimento da sociedade.
Ética e Política
 Desse modo, quando falamos em responsabilidade social e ética no
âmbito empresarial, nos referimos ao comprometimento permanente de
determinadas empresas em adotar e exercer a ética em seus negócios.

 A empresa, nessa perspectiva, é um agente social que tem participação e


influência sobre a sociedade, e não simplesmente um agente econômico.

 Ela deve contribuir para o desenvolvimento econômico, a preservação


ambiental, a melhora da qualidade de vida, dos funcionários e da
comunidade ao redor, e para a consciência sustentável.
Ética e Política
 Podemos identificar três responsabilidades principais:

 Responsabilidade ambiental: promover modelos de


desenvolvimento sustentável que respeitem a natureza.

 Responsabilidade econômica: produzir riquezas a partir de valores


e práticas universalmente aceitas.

 Responsabilidade social: dar retorno à sociedade, a partir de


comportamentos responsáveis.
Ética e Política

 Para se pôr em prática as principais responsabilidades, alguns valores


básicos são importantes:

 Resultabilidade: redução de riscos e otimização de recursos.

 Justiça: tratamento digno.

 Prudência: respeito às normas básicas de boa convivência.


Ética e Política
 Diferente de uma empresa predatória, uma organização sustentável é
aquela que busca suprir as necessidades da geração atual, sem
comprometer as necessidades das gerações futuras.

 Existem alguns pontos centrais para que uma empresa ou um


indivíduo seja sustentável, a saber:

 Reconhecer que os recursos são finitos;


 Levar em consideração o meio ambiente nos projetos de
desenvolvimento;
 Prezar pela qualidade em vez da quantidade;
 Pensar na lógica da sobrevivência (poupar e não desperdiçar).
Ética e Política
 A responsabilidade social é um trabalho de todos, tanto na prevenção
quanto na punição de empresas que provoquem impactos negativos,
como as tragédias ambientais.

 Do mesmo modo, é responsabilidade de todos pensar sobre quais


impactos um empreendimento pode causar numa determinada
sociedade.

 A conduta ética e a responsabilidade social nos levam a ser o agente


transformador da realidade mundial. Porém, isso requer uma nova
concepção individual e empresarial, que valoriza uma conduta
sustentável.
Ética e Política

 Se o comportamento ético busca o bem para o indivíduo e para


sociedade, a ética e a responsabilidade social devem caminhar lado a
lado com os negócios de toda a corporação.

 Um ponto importante no estudo sobre a ética é aprender a cidadania.


Ser cidadão é, entre outras coisas, aprender a agir com respeito,
solidariedade, responsabilidade social e justiça. Em suma, é
comprometer-se com o bem da sociedade e do país como um todo.

 Porém, ninguém nasce cidadão, aprendemos mediante a incorporação


de valores e atitudes cívicas.
Ética e Política
 Cidadania, derivado da palavra latina Civita, caracterizava o indivíduo
que vivia na cidade. Na Roma Antiga (753-509 a.C.), um civita era uma
pessoa com plenos direitos diante do Estado.

 Na Grécia Antiga (1100-146 a.C.), a cidadania também caracterizava o


direito das pessoas de participarem das decisões sobre o destino da
pólis. Os cidadãos, de modo geral, poderiam até ser escolhidos ou
nomeados para qualquer cargo público. Porém os escravos, as
mulheres e os artesãos eram excluídos da cidadania.

 No grego, a palavra que representava esse conceito era politikos, que


se referia à organização da pólis. É no Império romano (27 a.C.-330
d.C) que a cidadania tornou-se um estatuto jurídico-político conferido
a cada indivíduo, independentemente de seu sexo ou origem social.
Ética e Política
 Toda a discussão sobre cidadania deve levar em consideração a ética,
a convivência democrática, os direitos humanos e a inclusão social. O
cidadão deve ser consciente de sua responsabilidade social, pois faz
parte de um organismo complexo.

 Ele deve oferecer a sua parcela de contribuição, ou seja, exercer bem a


cidadania. É por esse motivo que é fundamentalmente importante a
atitude cidadã e ética, uma vez que é dessa forma que poderemos
contribuir para o bom funcionamento da sociedade.

 Ser um cidadão consciente é conhecer seus deveres, é saber respeitar


o outro e as normas. Essas ações nos fazem bons cidadãos e nos
ajudam a construir uma sociedade melhor.
Ética e Política
 Todo e qualquer cidadão, independente de classe, gênero, raça ou
origem cultural, merece respeito e deve ter seus direitos
fundamentais resguardados pelo Estado e por todos aqueles que
exercem e defendem uma verdadeira cidadania.

 As regras que regem a conduta e a atuação dos funcionários de uma


empresa e a relação deles com os clientes e os beneficiários estão
estabelecidas em um código de ética.

 Recomenda-se que todo o profissional siga um código de ética, onde


se encontram alguns elementos universais e aplicáveis a todos,
independentemente da profissão exercida.
Ética e Política
 O código de ética profissional deve estar baseado no respeito mútuo
entre as pessoas e no compromisso com o trabalho e com a empresa,
seja ela pública ou privada.

 Valores como responsabilidade, honestidade, cooperação, integridade


e respeito à legalidade estão presentes em códigos de ética que visam
regularizar o exercício do bom profissional.

 Ao exercer as suas atribuições e responsabilidades profissionais, o


indivíduo assume o compromisso de guiar sua conduta de acordo
com o código de ética que foi estruturado pela empresa onde está
trabalhando.
Ética e Política
 Para garantir que o código de ética seja cumprido, geralmente
existem os comitês de ética, que servem para:

 Resolver questões de interpretação e de assessoramento sobre a


forma de atuação profissional;

 Analisar e resolver as denúncias por desvio de conduta;

 Prezar pelo seu cumprimento e propor a atualização do seu


conteúdo, a fim de ajustá-lo às mudanças que se produzam na
organização e na sociedade;

 Difundir e promover, os valores e as normas de atuação


estabelecidos no código de ética etc.
Ética e Política
 A ética nas organizações está relacionada com a responsabilidade que
seus membros assumem em relação aos valores que desejam
transmitir. Para isso, a empresa precisa ter algumas diretrizes básicas,
tais como:
 O papel e a missão da empresa;
 Os benefícios que traz para o desenvolvimento da sociedade;
 O tipo de relação que mantém com os funcionários, clientes, beneficiários e com a
população em geral;
 Se traz melhorias ou pioras para a vizinhança;
 O cuidado com o meio ambiente;
 Os impactos que a empresa causa a longo prazo.

 Embora as diretrizes básicas sejam as mesmas, cada organização


identifica seus próprios valores, baseando-se nas funções que
desempenham.
Ética e Política

 Espera-se da política que tenha como objetivo principal a vida justa e


equânime para todos. Assim sendo, não deve ser dissociada da ética.
Desde a Grécia antiga, era inconcebível a ética fora da comunidade
política – a pólis como koinonia ou comunidade dos iguais, pois nela a
natureza ou essência humana encontrava sua realização mais alta.

 Ao se estudar a ética, se percebe o que Aristóteles distinguia entre


teoria e prática e, nesta, entre fabricação e ação, isto é, diferenciar a
poiesis de práxis. Percebe-se também que ele reservara à práxis um
lugar mais alto do que à fabricação, definindo-a como ação voluntária
de uma gente racional em vista de um fim considerado bom.
Ética e Política

 A este respeito, na Ética a Nicômaco, escreve Aristóteles, segundo


Chauí (2000):

[...] se, em nossas ações, há algum fim que desejamos por ele mesmo e
os outros são desejados só por causa dele, e senão escolhemos
indefinidamente alguma coisa em vista de outra (pois, nesse caso,
iríamos ao infinito e nosso desejo seria fútil e vão), é evidente que tal fim
só pode ser o bem, o Sumo Bem (...). Se assim é, devemos abarcar, pelo
menos em linhas gerais, a natureza do Sumo Bem e dizer de qual saber
ele provém. Consideramos que ele depende da ciência suprema e
arquitetônica por excelência. Ora, tal ciência é manifestamente apolítica,
pois é ela que determina, entre os saberes, quais são os necessários para
as cidades e que tipos de saberes cada classe de cidadãos deve possuir
(...).
Ética e Política
 A política se serve das outras ciências práticas e legisla sobre o que é
preciso fazer e do que é preciso se abster. Neste sentido, o fim buscado
por ela deve englobar os fins de todas as outras, donde se conclui que o
fim da política é o bem propriamente humano.

 Mesmo se houver identidade entre o bem do indivíduo e o da cidade, é


manifestamente uma tarefa muito mais importante e mais perfeita
conhecer e salvaguardar o bem da cidade, pois o bem não é seguramente
amável mesmo para um indivíduo, mas é mais belo e mais divino aplicado
a uma nação ou à cidade.
Ética e Política
 É afirmado que Platão identifica a justiça no indivíduo e a justiça na
polis (cidade-estado), enquanto que Aristóteles subordinava o bem do
indivíduo ao Bem Supremo da polis.

 O vínculo interno observado entre ética e política significava que as


qualidades das leis e do poder dependiam das qualidades morais dos
cidadãos e vice-versa, isto é, das qualidades da cidade dependiam as
virtudes dos cidadãos.

 Somente numa cidade boa e justa os homens podem ser bons e


justos; e somente homens bons e justos são capazes de instituir uma
cidade boa e justa.
Os Principais Teóricos e as Teorias Éticas
 As teorias éticas são reflexões que surgem e se desenvolvem como
respostas aos problemas práticos oriundos dos nossos
comportamentos morais. Uma vez que a vida social é constituída por
princípios e valores morais de uma época, se ela mudar de
configuração, os valores morais sofrerão mudanças.

 A filosofia grega deu uma atenção especial aos problemas éticos,


sobretudo com o surgimento da democracia na vida política da polis
(cidade em grego).

 A partir do declínio da aristocracia (governo de poucos) e com o


nascimento da democracia (governo do povo), surgiram novas
instituições políticas, que levantaram a preocupação com os problemas
da sociedade, da política e da moral.
Os Principais Teóricos e as Teorias Éticas
 Sócrates:

• Nascido em Atenas, Grécia, por volta


do ano IV a.C.

• Considerado um dos primeiros grandes


pensadores do mundo ocidental a refletir
sobre a moral e o comportamento
humano.

• A máxima socratiana era “conhece-te a ti


mesmo” e o saber fundamental para ele
era um saber sobre o próprio ser humano
e sobre a vida na polis.
Os Principais Teóricos e as Teorias Éticas

 Platão:

• Discípulo de Sócrates.

• Viveu em Atenas entre os anos IV e III


a.C. Para ele, a ética é diretamente
ligada à vida política, pois a polis é o
terreno por excelência da vida moral.

• Segundo Platão, há uma divisão entre o


“mundo das ideias” e o “mundo físico”.
Os Principais Teóricos e as Teorias Éticas

 Aristóteles:

• Diferente de Platão, Aristóteles não fazia


separação entre o mundo das ideias e o
mundo físico.

• Para ele, as ideias não podem existir


separadas do mundo dos seres. A ideia
existe em nós como uma potência (o
que pode vir a ser).

• É pela ação (cultivo da razão e da


virtude) que alcançamos a felicidade.
Os Principais Teóricos e as Teorias Éticas

 Santo Agostinho:

• Para Santo Agostinho, o Deus criador de


todas as coisas está dentro de cada um de
nós.

• O encontro com Deus é o encontro consigo


mesmo, com a felicidade e com o amor.

• Fazer o bem significa encontrar em Deus a


força para amar e compartilhar a felicidade
com os indivíduos, mas cada pessoa é livre
para buscar Deus ou não.
Os Principais Teóricos e as Teorias Éticas

 Tomás de Aquino:

• Para Tomás de Aquino, fazer o bem e evitar


o mal é um caminho para a felicidade,
embora a verdadeira felicidade só fosse
alcançada após a morte, com a vida eterna.

• Com a queda da Idade Média, a ética cristã


dá espaço a uma reflexão que retorna ao
indivíduo, à racionalidade científica.

• O capitalismo alterou o plano econômico, a


ciência e a ordem social.
Os Principais Teóricos e as Teorias Éticas

 Kant:

• Filósofo alemão, defensor do iluminismo e


um revolucionário da ciência e da ética,
que afirmava que a razão é um valor
supremo do ser humano.

• Defendia a ideia de que não adianta ser


virtuoso, sábio ou buscar a utilidade se o
indivíduo não tem a boa vontade de agir.

• Kant acreditava numa ética universal, que


não depende de circunstâncias para o seu
cumprimento.
Os Principais Teóricos e as Teorias Éticas

 Kant:

• Os imperativos categóricos de Kant são:

 Age como se desejasse que tua ação se


tornasse uma lei universal;

 Age de tal forma que uses a


humanidade como um fim em si
mesmo e nunca como um meio;

 Age como se fosses um legislador no


reino universal dos fins.
Os Principais Teóricos e as Teorias Éticas

 Sartre:

• Um dos maiores representantes da ética


existencialista, falou sobre o papel
fundamental da liberdade em nossas vidas.

• Uma vez que o ser humano é livre e que a


existência precede qualquer essência,
somos um projeto a ser realizado de
acordo com as nossas decisões e a forma
de vida que levamos.
Os Principais Teóricos e as Teorias Éticas

 Hans Jonas :

• Alguns filósofos diante dos descasos


cotidianos e da ameaça de destruição de
nosso planeta, defendem uma ética da
responsabilidade. Essa ética é baseada na
ideia de preservar e transmitir para as
gerações futuras um planeta Terra onde a
vida possa ser vivida com autenticidade por
todos.

• O princípio ético fundamental de Hans Jonas


é: “age de tal modo que os efeitos da tua
ação sejam compatíveis com a permanência
de uma vida humana autêntica na terra”.
Os Principais Teóricos e as Teorias Éticas

 Augusto Comte:

• Considerado o pai da Sociologia.

• Todo ser humano possui certo conceito de


sociedade e civilidade de como agir em
sociedade, mesmo que seja pouco o
conhecimento no agir coletivo.

• O conceito e prática da individualidade se


constroem conforme tempo e história. A
sociologia, então, vai estudar o
relacionamento do homem em sociedade.
Os Principais Teóricos e as Teorias Éticas

 Durkheim:

• Para Durkheim: “A sociedade prevalece


sobre o indivíduo”.

• A sociedade estabelece leis que visam o


bem-estar do ser humano nas suas
relações sociais de modo, a ser viável viver
em sociedade.

• Logo, as leis, cultura, tradição, regras e


costumes são passados de geração em
geração podendo ou não se modificar.
Os Principais Teóricos e as Teorias Éticas

 Karl Marx:

• Marx baseia o seu pensamento no conceito


de luta de classes, na qual aquelas menos
favorecidas só conseguiam a ascensão
social depois de lutarem pelo poder,
controlando os meios de produção e a
política, estabelecendo, assim, uma
sociedade sem classes.
Os Principais Teóricos e as Teorias Éticas

 Estoicismo:

• Para os estoicos, o cosmos


(universo) tem um princípio,
uma razão de ser pré-
determinado.

• Nesse sentido, não há liberdade


ou azar, pois o ser humano já
teria seu destino definido, e
aquele que sabe reconhecer e
ter consciência de seu destino e
de seus limites é sábio.
Seneca
Os Principais Teóricos e as Teorias Éticas

 Epicurismo:

• Para os epicuristas, não existia


predeterminação, nem pela
natureza, nem por forças divinas.

• Eles acreditavam que havia um


conjunto de átomos e que a
alma humana, cuja
determinação se dava por
escolhas individuais em direção
ao bem, seria o prazer (ausência
de dor).
Epicuro
Os Principais Teóricos e as Teorias Éticas

 Ética cristã ou ética medieval:

• A ética cristã, ou ética medieval, baseia-se na ideia de que a verdade é


uma revelação divina e Deus seria o fim e o bem maior e supremo do
ser humano.

• De acordo com a ética medieval, o que somos


não está mais relacionado com a polis ou com o
cosmos, mas com a divindade. Essa ética introduziu
a fé, a esperança e a caridade, na tentativa de
conciliar razão e fé.
Os Principais Teóricos e as Teorias Éticas

 Utilitarismo:

• Corrente filosófica que surgiu na Inglaterra, entre os séculos XVIII e XIX,


cujos principais representantes foram Jeremy Benthan e John Stuart
Mill.

• No utilitarismo, tudo o que aumenta o prazer e diminui o sofrimento é


útil, porém deve-se pensar na sociedade, não apenas em si. Nessa
corrente, a ética serve para garantir o maior bem-estar possível, para o
maior número de cidadãos.

• Os utilitaristas excluíam qualquer tipo de egoísmo e defendiam a


solidariedade e a igualdade
Os Principais Teóricos e as Teorias Éticas

 O relativismo moral:

• Trata-se de uma teoria que conceitua as afirmações morais (isso é bom,


aquilo é mau) como relativas à cultura. De acordo com esta teoria, não
existe algo objetivamente bom ou mau.

• Algo que é considerado mau em determinada cultura pode ser


considerado bom em outra. O relativista moral tende a considerar que
“bom” é aquilo que é socialmente aprovado e “mau” é aquilo que é
socialmente desaprovado em determinada cultura.
Os Principais Teóricos e as Teorias Éticas

 O absolutismo moral:

• De acordo com esta teoria, existem valores morais objetivos. Para o


absolutista moral, uma ação é boa ou má, independentemente da
cultura à qual o sujeito pertença. O absolutista moral parte de
princípios éticos definidos, deduzindo deles suas proposições morais.
Os Principais Teóricos e as Teorias Éticas

 Utilitarismo:

• O utilitarismo afirma que se deve buscar maximizar os benefícios e


minimizar os malefícios para a maior quantidade de pessoas. O adepto
desta teoria faz uma espécie de cálculo ético para chegar à conclusão
de que uma ação é boa (aquela que maximiza os benefícios e minimiza
os malefícios) e outra é má (aquela que não maximiza os benefícios
e/ou não minimiza os malefícios).
Os Principais Teóricos e as Teorias Éticas

 O fundamentalismo:

• A teoria fundamentalista propõe que os conceitos éticos sejam obtidos


de uma fonte externa ao ser humano, que pode ser um livro (como a
Bíblia), um conjunto de regras, ou até mesmo outro ser humano.

 A teoria kantiana:

• Defendida por Emanuel Kant, propõe que o conceito ético seja extraído
do fato de que cada um deve se comportar de acordo com princípios
universais.
Os Principais Teóricos e as Teorias Éticas

 A teoria contratualista:

• Baseada nas ideias de John Locke e Jean Jacques Rousseau, parte do


pressuposto de que o ser humano assumiu com seus semelhantes à
obrigação de se comportar de acordo com as regras morais, para poder
conviver em sociedade.

• Os conceitos éticos seriam extraídos, portanto, das regras morais que


conduzissem à perpetuação da sociedade, da paz e da harmonia do
grupo social.
Os Principais Teóricos e as Teorias Éticas

 O estudo de todas essas teorias revela que os conceitos éticos precisam


ser elaborados tendo em conta todas elas, mas sem se ater a uma em
especial.

 Cada conceito ético, para ser aceito como tal precisa claramente
encontrar guarida em pelo menos uma teoria. São todos relativos, e
como tal devem ser entendidos.

 Não existem verdades absolutas ou exatas em matéria de ética. A


reflexão permanente é requerida.
Os Principais Teóricos e as Teorias Éticas

 Teorias Éticas – Práticas:

1- A ética da convicção, entendida como deontologia (estudo dos


deveres).
2- A ética da responsabilidade, conhecida como teleologia (estudo dos
fins humanos).

 Toda atividade orientada pela ética pode subordinar-se a duas máximas


totalmente diferentes e irredutivelmente opostas:
• Orientar-se pela ética da responsabilidade
• Orientar-se pela ética da convicção.
Os Principais Teóricos e as Teorias Éticas

 A ética da convicção é uma ética que se pauta por valores e normas


previamente estabelecidos, cujo efeito primeiro consiste em moldar as
ações que deverão ser praticadas.

 Ela se subdivide na a do princípio, restrita às normas morais


estabelecidas, num deliberado desinteresse pelas circunstâncias, e cuja
máxima sentencia: respeite as regras haja o que houver;

 E a da esperança, que se ancora em ideais, moldada por uma fé capaz


de mover montanhas, e cuja máxima preconiza: o sonho antes de
tudo.
Os Principais Teóricos e as Teorias Éticas

 A ética da responsabilidade, assim como a da convicção, está alicerçada


em duas vertentes:

 A utilitarista, que exige que as ações produzam o máximo de bem para


o maior número. Sua máxima recomenda: faça o maior bem para mais
gente.

 A da finalidade, que determina que a bondade dos fins justifique as


ações empreendidas e supõe que todas as medidas necessárias serão
tomadas. Sua máxima ordena: alcance os objetivos custe o que custar.
Os Principais Teóricos e as Teorias Éticas

 Conclui-se, então, que enquanto aqueles que pendem pela ética da


convicção são guiados por imperativos da consciência, os que seguem a
ética da responsabilidade guiam-se por uma análise de riscos.

 É necessário lembrar-se de que: a moral é a consideração do que é


bem ou mal. A ética é o estudo das teorias que vão explicar a moral. A
moral é a prática, a ética é a teoria.
Os Principais Teóricos e as Teorias Éticas

 O valor no sentido moral e ético é um conjunto de preceitos


apresentado como um guia de nosso comportamento no mundo. Eles
são partes importantes de nossa identidade individual, uma vez que
orientam e regulam nossas ações em todos os âmbitos de nossas vidas.

 Os valores podem ser considerados crenças ou ideias abstratas que


motivam as pessoas a agirem de uma determinada maneira. De modo
geral, as pessoas estão predispostas a adotar valores com os quais
mantiveram contato, embora possam mudar e adquirir novos valores
ao longo da vida.
Os Principais Teóricos e as Teorias Éticas

 Alguns valores fundamentais:

 Verdade: distingue o que é real do que é falso e exige o


cumprimento do que é oferecido.
 Responsabilidade: assumir as consequências das próprias ações e
cumprir com as obrigações contraídas.
 Justiça: equilibrar as oportunidades, de acordo com a necessidade
de cada um ou com a execução dos direitos em sua forma legal. É o
princípio básico que mantém a ordem social.
 Liberdade: qualidade do ser humano de eleger seu destino e
decidir suas próprias ações.
Os Principais Teóricos e as Teorias Éticas

 Dilemas éticos são situações qonde devemos escolher entre duas ou


mais alternativas. Essas decisões, de maneira isolada, não resolvem o
problema de uma maneira aceitável para a ética. Isso porque, diante de
determinada situação, todas as opções são válidas sob um ponto de
vista ético.

 Existem quatro elementos principais que influenciam as decisões:


 Convicções e valores pessoais;
 Conceitos éticos da prática profissional;
 Normas de comportamento ético;
 Enfoques e valores éticos.
Ética e Desenvolvimento Sustentável

 É consenso que desenvolvimento sustentável é aquele capaz de suprir


as necessidades da geração atual, sem comprometer a capacidade de
atender as necessidades das futuras gerações.

 Trata-se do desenvolvimento que não esgota os recursos para o futuro.


Essa definição surgiu na Comissão Mundial sobre Meio Ambiente e
Desenvolvimento, criada pelas Nações Unidas para discutir e propor
meios de harmonizar dois objetivos: o desenvolvimento econômico e a
conservação ambiental.
Ética e Desenvolvimento Sustentável

 Para ser alcançado, o desenvolvimento sustentável exige planejamento


e reconhecimento de que os recursos naturais são finitos.

 É importante não confundi-lo com crescimento econômico, posto que


este depende do consumo crescente de energia e de recursos naturais.

 Se ele fosse observado nestes termos, tornar-se-ia insustentável, uma


vez que levaria os recursos naturais, dos quais a humanidade depende,
ao esgotamento.
Ética e Desenvolvimento Sustentável

 A proposta do desenvolvimento sustentável é observar a qualidade em


vez da quantidade, reduzindo o uso de matérias-primas e de produtos,
e o aumento da reutilização e da reciclagem.

 É sabido que o desenvolvimento econômico é vital para os países mais


pobres. Entretanto os especialistas afirmam que não se pode trilhar o
mesmo caminho adotado pelos países industrializados, até pelo fato de
não ser possível, segundo eles.

 O desenvolvimento sustentável tem seu campo dividido em quatro


componentes, como podemos ver a seguir.
Ética e Desenvolvimento Sustentável

 Sustentabilidade ambiental:

 Diz-se da manutenção das funções e componentes dos ecossistemas,


para assegurar a sua viabilidade, que sejam capazes de
autorreprodução e adaptação às alterações, de modo que mantenha a
sua variedade biológica.

 Trata-se da capacidade que o ambiente natural tem de manter as


condições de vida para todos seres vivos, levando em consideração o
habitat, a beleza do ambiente e a sua função como fonte de energias
renováveis.
Ética e Desenvolvimento Sustentável

 Sustentabilidade econômica:

 Trata-se do conjunto de medidas e políticas que visam à incorporação


de preocupações e conceitos ambientais e sociais. Aqui, o lucro passa a
ser também medido a partir da perspectiva social e ambiental, levando
à otimização do uso de recursos limitados e à gestão de tecnologias de
poupança de materiais e energia.
Ética e Desenvolvimento Sustentável

 Sustentabilidade sociopolítica:

 Esta categoria é orientada para o desenvolvimento humano, a


estabilidade das instituições públicas e culturais, assim como a redução
de conflitos sociais. É um veículo de humanização da economia, e, ao
mesmo tempo, pretende desenvolver o tecido social nos seus
componentes humanos e culturais.
Ética e Desenvolvimento Sustentável

 Sustentabilidade cultural:

 A sustentabilidade cultural leva em conta a forma como os povos


encaram os seus recursos naturais e, sobretudo, como são construídas
e tratadas as relações com outros povos em curto e longo prazo, com
vista à criação de um mundo mais sustentável a todos os níveis sociais.

 A integração das especificidades culturais na concepção, medição e


prática do desenvolvimento sustentável é fundamental, posto que
assegura a participação da população local nos esforços de
desenvolvimento.
Ética e Desenvolvimento Sustentável

 Desde a época em que Gandhi lutava paz e igualdade entre os povos,


era notório que ele deixava em suas falas a necessidade de mudança
dos modelos de desenvolvimento.

 Ele observava que os estilos de vida das nações ricas e a economia


mundial deveriam ser reestruturados para levar em consideração o
meio ambiente.
Ética e Desenvolvimento Sustentável

 Em 2010, o Fórum de Copenhagen serviu para medir o tamanho do


egoísmo dos países desenvolvidos, especialmente no que diz respeito
ao consumo de energia, que é igual a quanto maior, mais crescimento,
de parte dos países em desenvolvimento.

 Ficou claro que eles podem consumir a energia que quiserem,


enquanto que os países em desenvolvimento terão que diminuir o
consumo de energia, que significa diminuir a produção, gerar menos
emprego e renda, crescer menos, etc. Isto não pode ser aceito.
Ética e Desenvolvimento Sustentável

 Preservar o meio ambiente é uma necessidade vital e um


comportamento fundamental para o ser humano. Diminuir a emissão
de CO² é necessário para o planeta como um todo.

 Entretanto, é importante observar que, na realidade, o problema


climático, ambiental e etc., não está localizado dentro do contexto
econômico, mistificado para evitar o avanço inexorável dos países
emergentes, sobretudo aqueles relativos aos Brics, relativo ao grupo
constituído pelo Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul.

 Nessa dimensão reflexiva, é importante pontuar a correlação ou a


relação biunívoca existente entre as ciências sociais.
Ética e Desenvolvimento Sustentável

 Assim sendo, não se pode deixar de considerar o universo que compõe


esse cenário, evidenciando os seguintes fatores básicos para o estudo da
economia:

• dotação de recursos: compreende todos os recursos disponíveis numa


economia. É o que se usa para produzir bens;
• tecnologia: é o menu da economia moderna, oferece todas as
combinações diferentes de recursos que podem ser utilizados para a
produção de bens e serviços;
• preferência dos indivíduos: depende dos bens e serviços que a
economia deve produzir. As preferências das pessoas determinam suas
decisões;
• instituições econômicas: são as normas que regulam as relações em
uma determinada economia. São formalmente codificadas em leis (leis
tributárias, leis trabalhistas, leis da propriedade, etc.).
Ética e Desenvolvimento Sustentável

 Neste contexto de análise centrada na fundamentação econômica, se


pontuam, ainda, alguns aspectos da ação econômica e seus principais
fatores condicionantes da ação, das relações e do comportamento
econômico e que podem também ser condicionados por elas:

a) forma de organização política da sociedade;


b) posturas ético-religiosas;
c) modos de relacionamento social;
d) condições limitativas do meio ambiente;
e) estrutura da ordem jurídica;
f) formação cultural da sociedade;
g) padrões das conquistas tecnológicas.
Ética e Desenvolvimento Sustentável

 Muitas vezes, as empresas são criticadas por não desenvolverem produtos


ecológicos ou porque seguem lógicas produtivas socialmente calamitosas.

 No entanto, se realmente se defende a liberdade e a responsabilidade,


dever-se-á, além de inquirir as empresas, confrontar os consumidores com
os seus atos e as suas opções.

 Não é justo nem benéfico utilizar as empresas como bode expiatório da má


consciência global e, por outro lado, tratar os consumidores como se
fossem crianças. Todos são partícipes neste processo.
Ética e Desenvolvimento Sustentável

 A ética do consumidor é a melhor contrapartida que pode haver para uma


ética da empresa.

 À responsabilidade da empresa deve corresponder a responsabilidade do


consumidor, que deve se preocupar em adotar um consumo consciente e
crítico em face de políticas de contratação, higiene, segurança,
transparência, honestidade no seio das empresas que produzem os bens
ou fornecem os serviços que vai adquirir.

 De fato, muito da crítica ao capitalismo é uma crítica à democracia, na


medida em que é uma crítica à capacidade de escolha de cada indivíduo.
Ética e Desenvolvimento Sustentável

 A maturidade em todas as escolhas efetuadas pelas pessoas é decisiva para


formatar os estados em que vivem, as sociedades na qual se movem e os
mercados que as abastecem.

 Isto corresponde precisamente à persecução do projeto iluminista numa


época pós-convencional de, como Kant afirmou, de o indivíduo ser capaz
de guiar-se por si próprio, assumir o peso de sair da menoridade
confortável a que o consumo automático o restringe.

 A ética do consumo não faz parte da ética empresarial, mas é a


consequência lógica da mesma, uma exigência de justiça; movendo-nos no
plano da ética e não do direito, a coação não pode ser jurídica.

 No entanto, a coação moral num sujeito coletivo como é a empresa, só


pode dar-se a partir de algo tangível. O consumismo (ético e ecológico) é a
recompensa prática da empresa ética e a punição da empresa que se furta
a ser responsável.
Ética e o Mundo do Trabalho

 Ética Empresarial

 Ética empresarial é o comportamento da empresa - entidade lucrativa -


quando ela age em conformidade com os princípios morais e as regras do
bem proceder aceitas pela coletividade (regras éticas).

 A atividade empresarial é eticamente fundada e orientada, quando se cria


emprego, se proporciona habitação, alimentação, vestuário e educação,
detendo os bens como quem os administra. Para os cristãos, a ética
empresarial é justiça e obras de misericórdia.

 Para muitos outros, será a lei natural que diz que ninguém pode ser feliz
(rico) no meio de infelizes (pobres). A ética empresarial, ainda, consiste na
busca do interesse comum, ou seja, do empresário, do consumidor e do
trabalhador.
Ética e o Mundo do Trabalho

 A Importância da Ética Empresarial

 Todo sistema que diminui a relevância da ética, tornando tal valor


desprezível, tende a não respaldar os reclamos da sociedade, a tornar o
Estado que o produziu menos democrático, quando não totalitário, e
termina por durar tempo menor que os demais ordenamentos que a
reconhecem.

 Além de outros dispositivos constitucionais nos quais a ética permeia,


observa-se que é no capítulo VII, do título III da Constituição Federal de
1988, que se encontra de forma mais evidente a imposição da necessidade
da ética, no exercício da honrosa função de servir a sociedade, estando
esse princípio dentre os mais importantes da Administração Pública, a
saber: legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência.
Ética e o Mundo do Trabalho

 A Importância da Ética Empresarial

 No âmbito da atividade empresarial, os princípios éticos que norteiam o


direito, estampados na Ordem Econômica e Financeira, fundamentam-se
na valorização do trabalho humano e na livre iniciativa, reprimindo o abuso
do poder econômico, incentivando a livre concorrência, dando tratamento
preferencial às empresas de pequeno porte, proibindo a atuação do Estado
na área específica da iniciativa privada, a não ser em caráter excepcional
(segurança nacional ou relevante interesse coletivo).
Ética e o Mundo do Trabalho

 O § 4º, do art. 173, da Constituição Federal de 1988, estabeleceu as


práticas que devem ser evitadas na exploração da atividade econômica, por
ferir a ética empresarial, dispondo que: "A lei reprimirá o abuso do poder
econômico que vise à dominação dos mercados, à eliminação da
concorrência e ao aumento arbitrário dos lucros".

 Evoluímos, desta forma, para uma sociedade em que alguns denominaram


"pós-capitalista" e outros "neocapitalista" ou ainda "sociedade do saber",
que se caracteriza pela predominância do espírito empresarial e pelo
exercício da função reguladora do direito.
Ética e o Mundo do Trabalho

 O Estado reduz-se a sua função de operador, se tornando o catalisador das


soluções, o regulador e o fiscal da aplicação da lei, quando, então, a própria
administração se desburocratiza.

 O espírito empresarial, por sua vez, cria parcerias que se substituem aos
antigos conflitos de interesses que existiam, de modo latente ou ostensivo,
entre empregados e empregadores, entre produtores e consumidores e
entre o Poder Público e a iniciativa privada.

 A sociedade contemporânea apresenta um novo modelo para que a


empresa possa progredir e o Estado evolua adequadamente, mediante a
mobilização construtiva de todos os participantes, não só do plano político,
pelo voto, mas também no campo econômico, mediante várias formas de
parceria, com base na confiança e na lealdade que devem presidir as
relações entre as partes.
Ética e o Mundo do Trabalho

 Neste contexto, a empresa, abandonando a organização de forma


hierarquizada, "apoderada do mundo empresarial, com os valores que lhes
são próprios, tais como iniciativa, corresponsabilidade, comunicação,
transparência, qualidade, inovação e flexibilidade”.

 Neste sentido, se pode observar que a empresa, abandonando sua


estrutura de origem, sob o comando dos proprietários, agora, se sujeita, a
uma nova forma de governo, com maior poder atribuído aos acionistas e
empregados e até a própria sociedade civil, passando a ter verdadeiros
deveres, não só com os seus integrantes e acionistas, mas também com os
seus consumidores, clientes e até com o meio ambiente.
Ética e o Mundo do Trabalho

 A Lei n. 6.404/76 é responsável por disciplinar as sociedades por ações.


Esta lei enumera de forma precisa e detalhada os deveres e
responsabilidades dos administradores, a função social da empresa,
orientando no sentido de que o administrador deve exercer as atribuições
que a lei e o estatuto lhe conferem para lograr os fins e no interesse da
companhia, satisfeitas as exigências do bem público e da função social da
empresa (art. 154).
Ética e o Mundo do Trabalho

 É preciso ressaltar que hoje, no que tange à matéria contratual, ao


contrário do que acontecia no passado, em que o direito além de exigir a
completa boa-fé, proporciona proteção mais adequada ao comerciante
mais frágil, transmuta-se, assim, de um regime de completa liberdade para
uma nova ordem na qual a liberdade das partes importa responsabilidade,
devendo inspirar-se em princípios éticos, abandonando-se a igualdade
formal para atender às situações respectivas dos contratantes, ou seja, à
igualdade material.

 No que diz respeito à questão ambiental, é importante ressaltar que o meio


ambiente se transformou em um valor permanente para a sociedade, de
forte conteúdo ético. Desta forma, protegê-lo passou a ser um imperativo
para todos os habitantes da terra, exigindo que cada um que se
conscientize dessa grande necessidade, requerendo esforço comum, em
resposta aos desafios do futuro.
Ética e o Mundo do Trabalho

 É necessário que as empresas promovam o desenvolvimento sustentável,


conforme tem insistido a Câmara de Comércio Internacional. É preciso
pensar e pensar e de forma rápida, com coragem e ousadia, numa nova
ética, para o desenvolvimento, que transcenda a sociedade de mercadoria,
da suposta generalização dos padrões de consumo dos países ricos para as
sociedades periféricas – promessa irrealizável de certas correntes
desenvolvimentistas do passado e dos neoliberais de hoje em dia.

 Tal promessa não passa de um jogo das contas de vidro, recheado de


premissas falsas, devido a obstáculos políticos criados pelos países ricos
(que brecam a generalização da riqueza) e as limitações impostas pela base
de recursos naturais.
Ética e o Mundo do Trabalho

 Ou seja, as limitações ecológicas inviabilizam (devido ao efeito estufa,


destruição da camada de ozônio, dilapidação das florestas tropicais etc.) a
homogeneização para toda a humanidade dos padrões dos gastos do
consumo.

 Hoje, as grandes entidades financeiras nacionais e estrangeiras só aprovam


financiamentos cujos projetos não afetem o meio ambiente. Dentro desse
contexto, decidindo a empresa adotar os postulados éticos em suas
relações, nada mais necessário do que estabelecer as regras de conduta a
partir de um instrumento interno, ou seja, elaborar um Código de Ética,
que teria a incumbência de padronizar e formalizar o entendimento da
organização empresarial em seus diversos relacionamentos e operações.
Ética e o Mundo do Trabalho

 Com ele, poder-se-á evitar que os julgamentos subjetivos deturpem,


impeçam ou restrinjam a aplicação plena dos princípios, além de que, pode
constituir uma prova legal de determinação da administração da empresa,
de seguir os preceitos nele refletidos.
Ética e o Mundo do Trabalho

 A Responsabilidade Social das Empresas

 A empresa tem sido entendida, doutrinariamente, como uma "atividade


econômica organizada, exercida profissionalmente pelo empresário,
através do estabelecimento".

 Extraem-se daí os três conceitos básicos da empresariedade: o empresário,


o estabelecimento e a atividade.

 Para melhor entendimento da empresa sob o enfoque da ética, traz-se à


colação o pensamento de Alfredo Lamy Filho e José Luiz Bulhões Pedreira
sobre a empresa – a grande empresa – enfocando-a como a célula de base
de toda a economia industrial.
Ética e o Mundo do Trabalho

 Em economia de mercado, é, com efeito, no nível da empresa que se efetua


a maior parte das escolhas que comandam o desenvolvimento econômico:
definição de produtos, orientação de investimentos e repartição primária
de vendas.

 Este papel motor da empresa é, por certo, um dos traços dominantes de


nosso modelo econômico: por seu poder de iniciativa, a empresa está na
origem da criação constante da riqueza nacional; ela é, também, o lugar da
inovação e da renovação.
Ética e o Mundo do Trabalho

 A macroempresa envolve tal número de interesses e de pessoas -


empregados, acionistas, fornecedores, credores, distribuidores,
consumidores, intermediários, usuários -, que tende a transformar-se
realmente em centro de poder tão grande que a sociedade pode e deve
cobrar-lhe um preço em termos de responsabilidade social.

 Seja a empresa, seja o acionista controlador, brasileiro ou estrangeiro,


todos têm deveres para a comunidade na qual vivem.
Ética e o Mundo do Trabalho

 Essa revolução que se está operando nos países da vida ocidental - como
resposta, até certo ponto surpreendente e admirável, às exigências de
conciliar a eficiência insubstituível da macroempresa com a liberdade de
iniciativa e a distribuição da riqueza - não foi feita, nem poderá sê-lo, sem a
compreensão e a efetiva colaboração dos empresários - que a lideraram -,
das instituições comerciais, que a secundaram, dos investidores que a
compreenderam e apoiaram, e do Estado, que a estimularam, disciplinaram
e removeram os obstáculos jurídicos para que ela se realizasse na
plenitude.
Ética e o Mundo do Trabalho

 Evolução da Ética Empresarial

 A doutrina no âmbito do direito empresarial tem conceituado a empresa


como uma atividade econômica organizada pelo empresário, que se utiliza
dos fatores da produção - a natureza, o capital e o trabalho - para produzir
um resultado, que pode ser um serviço, um bem ou um direito, para venda
no mercado, com o objetivo final de lucro.

 A história nos dá conta de que, nas sociedades primitivas e antigas, a


atividade econômica se baseava na troca de mercadoria por mercadoria,
não existindo nesse período a ideia de lucro e nem de empresa.
Ética e o Mundo do Trabalho

 Portanto, a ética se restringia às relações de poder entre as partes e pelas


eventuais necessidades presentes de obtenção de certos bens ou artigos.

 O surgimento do conceito de lucro nas operações de natureza econômica


trouxe certa dificuldade para a moral, posto que ele (o lucro) era
originariamente considerado um acréscimo indevido, sob o ponto de vista
da moralidade.

 Somente no século XVIII, o economista Adam Smith, na sua obra A Riqueza


das Nações, conseguiu demonstrar que o lucro não é um acréscimo
indevido, mas um vetor de distribuição de renda e de promoção do bem-
estar social, expondo pela primeira vez a compatibilidade entre ética e
atividade lucrativa.
Ética e o Mundo do Trabalho

 A encíclica Rerum Novarum, do Papa Leão XIII, foi a primeira tentativa


formal de impor um comportamento ético à empresa.

 Esse documento papal trouxe no seu bojo princípios éticos aplicáveis nas
relações entre a empresa e empregados, valorizando o respeito aos direitos
e à dignidade dos trabalhadores.

 Surge nos Estados Unidos em 1890, a Lei Shelman Act, destinada a


proteger a sociedade contra os acordos entre empresas, contrários ou
restritivos da livre concorrência.
Ética e o Mundo do Trabalho

 No início do século XX, foi editada a Lei Clayton, alterada pela Pattman-
Robison, que complementou a lei Shelman Act, proibindo a prática de
discriminação de preços por parte de uma empresa em relação aos seus
clientes.

 Em 1972, realizou-se a Conferência Internacional Sobre o Meio Ambiente,


em Estocolmo, Suécia, organizada pela Organização das Nações Unidas,
que teve como finalidade conscientizar todos os segmentos sociais,
inclusive as empresas sobre a necessidade de se preservar o planeta.
Ética e o Mundo do Trabalho

 Cinco anos após, o governo americano legisla sobre a ética empresarial, por
meio da edição da Lei Foreign Corrupt Practices Act, que proíbe e
estabelece penalidades às pessoas ou organizações que ofereçam subornos
às autoridades estrangeiras, com a finalidade de obter negócios ou
contratos.

 No Brasil, foi editada a Lei n. 4.137/62, alterada pela Lei n. 8.884/94, que
reprime o abuso do poder econômico e as práticas concorrenciais. Em
diversas outras áreas, como nas de proteção ao trabalho, do meio
ambiente, do consumidor, existem leis específicas, tratando da questão da
ética.
Ética e o Mundo do Trabalho

 Diante dessa preocupação mundial com a ética empresarial, pode-se


afirmar que se vive uma nova era nessa matéria. Relativamente, a evolução
da ética na empresa societária, ao que se tem notícia, até o fim da primeira
metade do século XX, os conflitos societários eram solucionados na própria
empresa, sendo poucas as demandas judiciais.

 Prevalecia o poder daquele que majoritariamente comandava a empresa.


Esse período foi chamado de fase monárquica da sociedade comercial.
Aplicava-se a visão do banqueiro alemão, ao qual se atribui a qualificação
dos acionistas minoritários como sendo tolos e arrogantes.

 Tolos porque lhe entregavam o dinheiro, e arrogantes, pois ainda


pretendiam receber os dividendos.
Ética e o Mundo do Trabalho

 Paulatinamente, vai-se criando nova consciência nessas relações, e os


controladores passam a buscar o consenso junto aos demais participantes
da sociedade (empregados, minoritários etc.).

 No Brasil, a partir da metade do século XX, já há uma preocupação do


direito brasileiro para com os direitos dos minoritários, possibilitando-lhes
o recebimento dos dividendos, o recesso e responsabilizar os
administradores e controladores da companhia.

 o primeiro passo para a democratização e moralização da empresa,


mediante a criação de um sistema de liberdade com responsabilidade, que
sucedeu ao regime da mais completa irresponsabilidade.

 Verifica-se, modernamente, que a legislação brasileira consagra os


conceitos de abuso de direito e de responsabilidade pelo desvio de
poderes.
Ética e o Mundo do Trabalho

 A Lei n. 6.404/76, assim como a legislação do mundo inteiro, tem


reconhecido que o poder do voto deve ser exercido no interesse da
sociedade, consoante dispõe o artigo 115 da citada lei:

O acionista deve exercer o direito de voto no interesse da


companhia; considerar-se-á abusivo o voto exercido com o
fim de causar dano à companhia ou a outros acionistas, ou de
obter, para si ou para outrem, vantagem a que não faz jus e
de que resulte, ou possa resultar prejuízo para companhia ou
para outros acionistas.

 A obediência à ética e aos bons costumes se impôs até aos acordos de


acionistas, cujas cláusulas ilegais, abusivas ou imorais não podem ser
consideradas vinculatórias para os seus signatários.
Ética e o Mundo do Trabalho

 Valores Éticos: Interpretação

 Como interpretar os valores éticos? A interpretação de valores éticos pode


ser absoluta ou relativa. A primeira baseia-se na premissa de que as
normas de conduta são válidas em todas as situações, e a segunda de que
as normas dependem da situação.

 No que tange à ética relativa, os orientais entendem que os indivíduos


devem dedicar-se inteiramente à empresa, que constitui uma família à qual
pertence a vida dos trabalhadores.

 Já, para os ocidentais, o entendimento é de que há diferença entre a vida


pessoal e a vida profissional. Assim, encerrado o horário normal do
trabalho, o restante do tempo é do trabalhador e não do patrão.
Ética e o Mundo do Trabalho

 Quanto à ética absoluta, parte-se do princípio de que determinadas


condutas são intrinsecamente erradas ou certas, qualquer que seja a
situação, e, dessa maneira, devem ser apresentadas e difundidas como tal.
Um problema sério da ética absoluta é que a noção de certo e errado
depende de opiniões.

 Como exemplo disto, os bancos suíços construíram uma reputação de


confiabilidade com base na preservação do sigilo sobre suas contas
secretas.

 Sob a perspectiva absoluta, para o banco, o correto é proteger a identidade


e o patrimônio do cliente. Durante muito tempo, os bancos suíços foram
admirados por essa ética, até ficar evidente que os clientes nem sempre
eram respeitáveis.
Ética e o Mundo do Trabalho

 Traficantes de drogas, ditadores e nazistas haviam escondido nas famosas


contas secretas muito dinheiro ganho de maneira ilícita. Os bancos
continuaram insistindo em sua política, enquanto aumentavam as pressões
internacionais, especialmente dos países interessados em rastrear a
lavagem de dinheiro das drogas, ou recuperar o que havia sido roubado
pelos ditadores e nazistas.

 Para as autoridades destes países, a ética absoluta dizia que o sigilo era
intrinsecamente errado, uma vez que protegia dinheiro obtido de forma
desonesta.

 Finalmente, as autoridades suíças concordaram em revelar a origem dos


depósitos e iniciar negociações visando à devolução do dinheiro para os
seus donos.
Ética e o Mundo do Trabalho

 Razões para a Empresa Ser Ética

 A maioria dos autores que estudam a questão da ética empresarial


estabelece que o comportamento ético seja a única maneira de obtenção
de lucro com respaldo moral.

 A sociedade tem exigido que a empresa sempre puna pela ética nas
relações com seus clientes, fornecedores, competidores, empregados,
governo e público em geral.

 O comportamento ético dentro e fora da empresa permite às companhias


inteligentes baratear os produtos, sem diminuir a qualidade e nem baixar
os salários, porque uma cultura ética torna possível reduzir os custos de
coordenação.
Ética e o Mundo do Trabalho

 Além dessas, outras razões podem ser invocadas como o não pagamento
de subornos, compensações indevidas etc. Agindo eticamente, a empresa
pode estabelecer normas de condutas para seus dirigentes e empregados,
exigindo que ajam com lealdade e dedicação.

 Os procedimentos éticos facilitam e solidificam os laços de parceria


empresarial, quer com clientes, quer com fornecedores, quer, ainda, com
sócios efetivos ou potenciais, Isso ocorre em função do respeito que um
agente ético gera em seus parceiros.

 A ética da empresa trata de mostrar, então, que optar por valores que
humanizam é o melhor para a empresa, entendida como um grupo
humano, e para a sociedade em que ela opera.
Ética e o Mundo do Trabalho

 A atividade empresarial não é só para ganhar dinheiro. Uma empresa é


algo mais que um negócio: é antes de tudo um grupo humano que
persegue um projeto, necessitando de um líder para levá-lo a cabo, e que
precisa de um tempo para desenvolver todas as suas potencialidades.

 Entende-se que a ética deve estar acima de tudo, e que a empresa que age
dentro dos postulados éticos aceitos pela sociedade só tende a prosperar.
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 Ética Profissional

 Um profissional deve saber diferenciar a Ética da moral e do direito. A


moral estabelece regras para garantir a ordem independente de fronteiras
geográficas. O direito estabelece as regras de uma sociedade delimitada
pelas fronteiras do Estado.

 As leis têm uma base territorial, valendo apenas para aquele lugar. As
normas jurídicas obrigam os cidadãos de forma coercitiva, ou seja,
independente da vontade pessoal.

 Já a norma ética não obriga coativamente a pessoa que a descumpre.


Pessoas afirmam que em alguns pontos elas podem gerar conflitos. O
desacato civil ocorre quando argumentos morais impedem que uma pessoa
acate certas leis.
Ética e o Mundo do Trabalho

 Às vezes as propostas da ética podem parecer justas ou injustas. Ética é


diferente da moral e do direito, porque não estabelece regras concretas.

 A Ética profissional se inicia com a reflexão. Quando se escolhe uma


profissão, passa-se a ter deveres profissionais obrigatórios. Os jovens
quando escolhem sua carreira, escolhem pelo dinheiro e não pelos deveres
e valores.

 Ao completar a formação em nível superior, a pessoa faz um juramento,


que significa seu comprometimento profissional. Isso caracteriza o aspecto
moral da ética profissional.
Ética e o Mundo do Trabalho

 Mesmo que não se exerça uma atividade dentro da área de interesse do


profissional, isto não o isenta dos deveres e obrigações que este tem a
cumprir.

 Ser um profissional ético nada mais é do que ser profissional mesmo nos
momentos mais inoportunos. Para ser uma pessoa ética, devemos seguir
um conjunto de valores. Ser ético é proceder sem prejudicar os outros.

 Algumas das características básicas de como ser um profissional ético é ser


bom, correto, justo e adequado.
Ética e o Mundo do Trabalho

 Além de ser individual, qualquer decisão ética tem por trás valores
fundamentais, tais como:

a) ser honesto em qualquer situação - é a virtude dos negócios;


b) ter coragem para assumir as decisões - mesmo que seja contra a opinião
alheia;
c) ser tolerante e flexível - deve-se conhecer para depois julgar as pessoas;
d) ser íntegro - agir de acordo com seus princípios; e,
e) ser humilde - só assim se consegue reconhecer o sucesso individual.
Ética e o Mundo do Trabalho

 Ética Virtual

 A Internet está mudando o comportamento ético das empresas. A Internet


muda a velocidade dos acontecimentos, a forma de remuneração dos
funcionários e o ambiente de trabalho. Mas se deve tomar cuidado com o
uso que se faz dessa ferramenta no ambiente de trabalho.

 Utilidades com bate-papo e sites de relacionamentos não compreendem


um comportamento profissional ético, exceto se for para uso da empresa.
Downloads e e-mails pessoais também não devem ser acessados.

 Como afirma Robert Henry Srour: "difícil não é fazer o que é certo, é
descobrir o que é certo fazer".

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