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DESENVOLVIMENTO PROFISSIONAL

Aula 5 - PRINCÍPIOS ÉTICOS

Olá aluno (a), na aula de hoje vamos falar sobre os princípios éticos, dentro
do ambiente de trabalho e no nosso dia a dia, mostrando sua importância quando
forem atuar em casos que terão que manter sua confidencialidade, tudo se baseia
em ética e moral. Bons estudos.

Princípios éticos

A ética estuda uma área da filosofia que tem como objeto de estudo o
comportamento do ser humano em relação à moral. Os códigos de ética têm por base
um conjunto de princípios morais que determinam o que deve ou não deve ser feito em
função do que é considerado certo ou errado por determinada comunidade. Ser ético é
agir de acordo com os padrões convencionais; é não prejudicar o próximo.

A ética, portanto, está associada ao estudo dos valores morais que orientam o
comportamento humano em sociedade, enquanto que a moral está associada aos
costumes, regras, tabus e convenções estabelecidas por cada sociedade.

A moral é o conjunto de regras aplicadas no cotidiano e usadas continuamente


por cada cidadão. Essas regras orientam cada indivíduo, norteando as suas ações e os
seus julgamentos sobre o que é moral ou imoral, certo ou errado, bom ou mau.

Na prática, os dois termos guardam semelhança nos seus significados. Ética e


moral representam a base que orienta a conduta das pessoas, como se comportar e agir
em sociedade.

Quando um mendigo pede auxílio, você pode ajudar ou não. Não existe, na ética,
determinação para essa situação, contudo os seus valores pessoais farão com que você
reflita sobre a situação e dê a ajuda ao pedinte ou não.

Outro exemplo pode ser tirado das situações ilícitas como roubar ou matar. Essas
situações são legalmente proibidas, sendo eticamente ilegais e, da mesma forma, não
condizem com os bons valores e costumes da sociedade, sejam quais forem as razões.
Portanto, cometer atos ilícitos como roubar e matar geram punições legais e morais.

As organizações costumam ter seus códigos de ética, que explicitam, de forma


clara e objetiva, o que é permitido ou não no ambiente de trabalho, relacionados à ética
profissional.

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Quando um colaborador, por interesse de crescimento profissional, prejudica
algum colega, essa atitude é considerada ética e moralmente incorreta. Esse
colaborador não estará agindo de acordo com o código de ética profissional, e seu
comportamento não condiz com o comportamento moral considerado correto pela
sociedade.

ÉTICA X MORAL

Na sociedade existe uma grande confusão quando falamos de ética e moral,


muitos confundem a ética e a moral, sendo que tem diferentes significados. A ética está
associada ao estudo fundamentado dos valores morais que orientam o comportamento
humano em sociedade, enquanto a moral são os costumes, regras, tabus e convenções
estabelecidas por cada sociedade. (CUNHA, 2015).

ÉTICA E RELIGIÃO

No passado a religião dominava todas as classes sociais e pregava moralidade


nas tradições e bons costumes do povo servindo ainda para manter as pessoas bem-
comportadas e obedientes. Nos dias de hoje com acesso a informação por muitos meios
de comunicação e conhecimento a maioria dos indivíduos já divide opiniões não quais
acreditam que não é obrigatório ter um comportamento religioso para ser moral e ético
os costumes impostos pela família, ajudam muito para que a pessoa cresça com mais
moral e tenha ética em seu modo de agir. (BREGA, 2012).

As normas morais e os códigos éticos não dependem da nossa natureza biológica,


mas da evolução cultural. As premissas dos nossos juízos morais provêm da tradição
religiosa e de outras tradições sociais, mas apressa-se a acrescentar: os sistemas morais,
assim como qualquer outra atividade cultural, não podem sobreviver muito tempo se
evoluem em franca contraposição com a nossa natureza biológica (Ayala,2006)

Se formos analisar de forma ampla as religiões são baseadas em sistemas


filosóficos, daí a sua ligação natural à ética a sua ligação à ideia de sociedade livre é
mais problemática. Nem todas as religiões podem levar a uma sociedade livre na
medida em que não concebem o livre arbítrio e a responsabilidade última do indivíduo,
a sociedade moderna só foi possível pela conjugação dos progressos civilizacionais
que a antecederam a dedicação grega à ciência pela razão. (Peterson 2011)

A ética e a moral historicamente são constituídas pelo processo de mudança entre


as sociedades e as épocas as doutrinas éticas fundamentais nascem e se desenvolvem
em diferentes épocas e sociedades como respostas aos problemas básicos apresentados
pelas relações entre os homens, e, em particular pelo seu comportamento moral efetivo
como demonstra a própria história da humanidade, a moral não somente se originada
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religião, mas também é anterior a ela durante milênios, o homem primitivo viveu sem
religião, mas não sem certas normas consuetudinárias que regulamentavam as relações
entre os indivíduos e a comunidade e, ainda que em forma embrionária, já tinham
caráter moral. (Vazquez,2008)

Ética com passar do tempo

Segundo Reale (1999), “ética é a ciência normativa dos comportamentos


humanos”. Maximiano, define ética como a disciplina ou campo do conhecimento que
trata definição e avaliação de pessoas e organizações, é a disciplina que dispõe sobre o
comportamento adequado e os meios de implementá-lo, levando-se em consideração
os entendimentos presentes na sociedade ou em agrupamentos sociais particulares.

Dentro deste contexto Motta, afirma:

A Ética baseia-se em uma filosofia de valores compatíveis com a natureza e o


fim de todo ser humano, por isso, "o agir" da pessoa humana está condicionado a duas
premissas consideradas básicas pela Ética: "o que é" o homem e "para que vive", logo
toda capacitação científica ou técnica precisa estar em conexão com os princípios
essenciais da Ética (MOTTA, 1984, p. 69).

A ética vem mudando com o passar do tempo, assim como os costumes, se


formos pensar a anos atrás alguns costumes que hoje são normais eram banalizados
pela sociedade e até ser penalizado a morte um exemplo é o adultério, considerado uma
falta grave em épocas passadas e hoje amplamente tolerado pelo meio social.

Da mesma forma a escravidão, tida como normal até o final do século 19, e hoje
taxada como prática odiosa, há valores que se alteram ao sabor do tempo, mas, quando
se lida com a ética, é muito difícil considerar que o que era bom em outra época é ruim
hoje ou vice- versa, ou seja, revisitar a história nem sempre dá certo na resolução desse
enigma, uma vez que questões éticas nunca são questões fáceis a percepção de certo
ou errado vem mudando com esse passar do tempo. (Ribeiro 2015)

Constata-se então o forte conteúdo ético presente no exercício profissional e sua


importância na formação de recursos humanos.

É muito fácil encontrar a falta de honestidade quanto existe a fascinação pelos


lucros, privilégios e benefícios fáceis, pelo enriquecimento ilícito em cargos que
outorgam autoridade e que têm a confiança coletiva de uma coletividade. Já
ARISTÓTELES (1992) em sua "Ética a Nicômanos" analisava a questão da
honestidade.

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A honestidade é a primeira virtude no campo profissional, é um princípio que
não admite relatividade, tolerância ou interpretações circunstanciais.

Em recente artigo publicado na revista exame o consultor dinamarquês Moller


(1996, p.103-104) faz uma associação entre as virtudes lealdade, responsabilidade e
iniciativa como fundamentais para a formação de recursos humanos. Segundo Moller
o futuro de uma carreira depende dessas virtudes.

Sem responsabilidade a pessoa não pode demonstrar lealdade, nem espírito de


iniciativa. Uma pessoa que se sinta responsável pelos resultados da equipe terá maior
probabilidade de agir de maneira mais favorável aos interesses da equipe e de seus
clientes, dentro e fora da organização. A consciência de que se possui uma influência
real constitui uma experiência pessoal muito importante. (MOLLER, 1986)

As mudanças social e cultural e as complexidades que elas criam para as


interações humanas, que vão do individual para as corporações globalizadas, têm
fornecido uma explicação para uma incidência crescente e aparente ampliação do
comportamento organizacional antiético. Isso leva a uma frequência quase comum do
colapso ético das organizações e dos indivíduos que são responsáveis por liderá-las e
dirigi-las (BRUHN, 2009).

Ética perante a sociedade

As pessoas precisam ser éticas perante a sociedade dentro da profissão e fora,


estes são valores do indivíduo, e não somente do profissional, profissional deve seguir
tanto os padrões éticos da sociedade quanto as normas e regimentos internos das
organizações. A ética profissional proporciona ao profissional um exercício diário e
prazeroso de honestidade, comprometimento, confiabilidade, entre tantos outros, que
conduzem o seu comportamento e tomada de decisões em suas atividades. Por fim, a
recompensa é ser reconhecido, não só pelo seu trabalho, mas também por sua conduta
exemplar (MACHADO 2009).

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Uma visão ética acerca do mundo atual

Sendo o ser humano capaz de cultivar o bem, também é capaz de cultivar o que
é mal. Nisto que consiste fazer boas encolhas entre virtude e vícios, ou seja, ser ético
ou desprezar o intelecto virtuoso de agir perante as coisas.

Talvez pudéssemos considerar a infelicidade fruto de escolha, como fruto das


más ações do ser humano. A infelicidade pode ser a grande vilã de uma sociedade
decaída, pobre e miserável. Podemos pensar as infelicidades mascaradas com outros
substantivos bem conhecidos do ser humano (SILVA, 2009).

A infelicidade pode talvez ser nomeada de desigualdade social, fome, miséria,


doenças e outros substantivos desse gênero. Um desencadeamento de maledicências
decorrente de uma falta de ética humanitária.

Talvez seja possível reconhecer que os frutos das mazelas da infelicidade sejam
as guerras, o desentendimento, a falta de caridade e fraternidade entre os povos e entre
as pessoas da mesma raça e etnia. Pode ser possível que a infelicidade seja o mal que
assola a humanidade. O mundo está carente de uma ética prática, que faça do ser
humano mais humano para com os outros.

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Estamos necessitados de uma reflexão sobre o sentido da vida do outro, a


importância do outro. Não é mais possível deixar que nosso egoísmo, racismo e
intolerância religiosa, exclua o outro de fazer parte da sociedade que desfruta das
benesses da minoria.

Esta falta de respeito ético é explícita na camada governamental do nosso pais.


Quando nos deparamos com escândalos de senadores, governadores e outros mais deste
meio.

O favoritismo para com poucos e o desrespeito para com o povo que trabalha e
serve de alicerce que sustenta uma minoria gananciosa e sem compaixão para com os
demais. Poderíamos também refletir a falta de ética do próprio povo quando não tem
uma visão crítica daqueles que elege pelo voto. Nossas escolhas devem ser baseadas
nas virtudes, a partir das virtudes podemos construir uma sociedade ética, ou seja, com
igualdade, respeito, educada e consciente de seu papel no mundo.

Por mais ignorantes que sejamos, sabemos que o bem é melhor que o mal,
mesmo que alguém possa ter uma mentalidade fraca, escolhe o que é bom para si.
Muitos filósofos considerarão em alguns textos que o bem é o que está além do nosso
mundo, a perfeição de tudo que é bom.

Tal quanto o mal foi entendido como deficiência. Podemos também pensar a
felicidade como bem do ser humano, o bem do qual podemos estar destinados segundo
nossa vida. Temos em nosso mundo uma participação na perfeição da bondade (LEITE,
2014).

Bibliografia

https://www.sbcoaching.com.br/etica-profissional-importancia/

https://www.ibccoaching.com.br/portal/comportamento/importancia-conduta-
etica-trabalho/

https://brasilescola.uol.com.br/filosofia/diferenca-entre-etica-moral.htm

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