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UNIVERSIDADE CATÓLICA DE MOÇAMBIQUE

Faculdade de Educação e Comunicação


Doutoramento em Inovação Educativa
Ética e Deontologia Profissional

Tema: Natureza do Saber Ético e a Moral corrente

Grupo:
António Bruno Morais
Gilza Delfina Armando
Jaqueline Langa
José Angel Rajoy
Rosinda Claudia Cossa
Nampula, Setembro de 2020
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Tarefa
Discuta o conceito de Ética, sublinhando: suas
principais características, vantagens e sua relação com
a Moral corrente segundo a visão dos vários autores.

Enuncia e discuta vantagens da “Natureza do Saber


Ético” nas organizações segundo a visão dos vários
autores.
Pensadores da Antiguidade
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 Desde a sua origem histórica, a ética preocupou-se em discutir sobre vários aspectos
que permitem ao homem alcançar a felicidade. Definida como estudo das acções ou dos
costumes, a ética faz uma reflexão em torno da compreensão da dimensão moral da
pessoa humana em si no seu todo. Sendo a moral influenciada por factores de carácter
sociológico, cultural, económico, psicológico e religioso, importa analisar o
comportamento humano assim como a sua conduta diante de diferentes situações
(Cortina & Navarro, 2001).

 De um modo geral, os filósofos da antiguidade entendiam a ética como uma dimensão


do ser humano caracterizada pela virtude e racionalidade.
Pensadores da Antiguidade
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 Segundo Sócrates, a ética é caracterizada pela sabedoria, isto é, pelo estudo da


alma e busca pela verdade por parte do próprio indivíduo; e também pela
racionalidade pois, o homem deve saber o que é bem e o que é o mal.

 Segundo Platão é caracterizada pela justiça. Ele acreditava que para cada parte
da alma apresenta-se uma virtude, como: Inteligência, Sabedoria, Vontade,
Coragem, Apetites, temperança. Juntas, estas virtudes formam a justiça. A virtude
para ele só é completa no convívio em sociedade, “a sociedade perfeita” por
meio da polis(cidade estado) que para ele é o terreno próprio para a vida moral.
Pensadores da Antiguidade
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 Para Aristóteles a ética visa a felicidade e é caracterizada pela correlação da


actividade racional e da virtude. A felicidade pode ser encontrada nos prazeres
mundanos (força, o poder, a riqueza, a beleza, a saúde) ou seja, no seu viver, sem se
dissociar da razão.

 Portanto, o indivíduo encontra o seu ser no viver, no prazer e na razão (Valls,1994).

 Como vantagens destacam-se a racionalidade, capacidade reflexiva, padronização


do bem comum com vista o alcance da felicidade, a cidadania, a democracia e a
liberdade.
Pensadores Medievais
 6 Os pensadores medievais consideravam em seus conceitos éticos no Cristianismo. São
Tomás de Aquino e Santo Agostinho defendiam principalmente a fé, razão e que a
perfeição do SER é única e identifica-se com Deus;

 Anício Severino Boécio considerava a ética como sendo a definição do bem e do mal e
que a felicidade não consiste na riqueza e nos prazeres;

 Santo Anselmo no seu conceito de ética defendia que o contacto entre a gramática e a
lógica, as relações entre significantes e significados e o próprio conceito de Deus
demonstra a sua existência;

 Pedro Abelardo para compreender a ética acreditava ser necessário “entender para crer”,
cultivando a razão crítica.

Como vantagens destacam-se os valores morais, sociais, a questão da justiça, a distinção


entre o bem e o mal, que a felicidade não consiste na riqueza é imensurável.
Pensadores da Pós-Modernidade
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 IMMANUEL KANT (1724 – 1804)
Seu pensamento sobre a ética
DISTINGUIR:
 Razão Teórica: Conhecer
 Razão Prática: Agir: Incide na vontade: Acção MORAL

PRINCIPIOS PRÁTICOS
 Máximos: Subjectivos, válidos para os proponentes;
 Imperativos: Subjectivos, válidos para os TODOS.
Pensadores da Pós-Modernidade
I
LEI MORAL

MANDAMENTOS:
 Hipotéticos: Ligados a objectivos, fins;
 Categóricos: Velem por se mesmos, universais, necessários.
DEVES PORQUE DEVES

 Necessidade de uma Lei Moral (Diferente da Lei Natural)


Não depende do Conteúdo (Códigos de leis civis)
Depende da Forma: da sua Racionalidade.
Universal: Válida para todos
Necessária: Para o BEM
Pensadores da Pós-Modernidade
IMPERATIVOS - DEVERES
IMPERATIVO CATEGÓRICO:
Age de modo que a máxima da tua vontade possa valer sempre, ao mesmo tempo, como
princípio de legislação universal, ou seja, que a tua máxima (subjectiva) se torne universal.

MORALIDADE

Não depende do que queremos:

Mas DO PRINCÍPIO PELO QUAL QUEREMOS

 Não consiste naquilo que se faz:

Mas NO COMO SE FAZ AQUILO QUE SE FEZ

Lei Moral se impõe como facto da razão.

DEVES PORTANTO PODES


10 A Ética e sua relação com a moral corrente

 A moral varia no tempo, mudando radicalmente a vida social, muda também a


vida moral, os princípios, valores ou normas encarnados nela entram em crise e
exigem a justificação ou substituição por outros. Por exemplo, actualmente a
desigualdade económica, a pobreza, provocam a crise moral e contribuem para
que se perpetue a crise de valores. Desta forma, surge então a necessidade de
novas reflexões ou de uma nova teoria moral, pois os conceitos, valores e
normas vigentes se tornaram problemáticos.
“Natureza do Saber Ético” nas organizações
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 Sendo a ética a reflexão em torno da moralidade humana, do agir humano, para que se
firme o compromisso com valores duradouros, nas organizações emerge a necessidade de
fixar os deveres e responsabilidades requeridos por um determinado ambiente
profissional, a isto chamamos de deontologia.

 A ética e deontologia de uma profissão constitui em conjunto o seu código de conduta


profissional.

 O código de ética fornece à organização um marco de referência, definindo as áreas de


preocupação ética e os valores básicos que devem orientar a acção.

 A transparência e a conduta ética são fundamentais para se estabelecer uma harmonia entre
as dimensões sustentáveis da organização seja interna e externamente. Portanto a ética e a
transparência são dois pontos intimamente ligados à nossa actuação organizacional.
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“Natureza do Saber Ético” nas organizações:

 Cada vez mais se fala de ética, de moral, de cidadania e de valores em todas as


organizações sejam elas empresariais, governamentais, de solidariedade social ou
outras mas todas com o objectivo da justiça e dos direitos das pessoas;

 As acções desenvolvidas nas organizações não podem prescindir dos


comportamentos éticos, tanto pessoais como colectivos, sob pena de não
cumprirem os seus deveres;

 A ética é um instrumento de conduta das responsabilidades sociais, das obrigações


da organização, para atingir os fins pessoais e colectivos a que se propõe.
13 Considerações finais

 Neste sentido, o nosso principal objectivo reside na análise dos conceitos que estão
na base desta apresentaçâo dando especial ênfase à ética e à importância que esta
tem na construção de atitudes e comportamentos éticos e morais, extremamente úteis
nas relações pessoais e institucionais dentro ou fora das organizações.

 Convém sublinhar, desde já, que a vida em grupo, seja ela qual for, implica que o
relacionamento entre as pessoas se paute por regras que permitam evitar e equilibrar
eventuais conflitos e harmonizar interesses.
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Obrigado pela atenção

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