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INTRODUÇÃO...........................................................................................................................5
Ética............................................................................................................................................6
Moral...........................................................................................................................................7
ÉTICA E MORAL NA SOCIEDADE ANGOLANA.................................................................8
IMPORTÂNCIA DA ÉTICA E DA MORAL NA SOCIEDADE ANGOLANA......................10
CONCLUSÃO..........................................................................................................................11
REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA...........................................................................................12
INTRODUÇÃO
A ética assume “paradoxalmente um centro de interesse em várias áreas de atividade
social” por se encontrar subjacente aos “problemas que ameaçam a sobrevivência da
vida humana no nosso planeta e o equilíbrio e paz sociais1.”
1
Marques, (2009: )
Etimologicamente, ética provém do grego ethos e pode ser entendida numa duplo
aceção: primeiro como um costume, uso ou forma visível de proceder e em segundo
como morada habitual, toca, mantendo, assim, uma vinculação ao individuo.
Em relação à primeira definição entende-se que se refere a modos habituais de
procedimentos na relação com o outro, enquanto, a segunda definição, se refere a
uma perspetiva mais individualista, considerando o que é específico de cada um,
como o seu modo de ser num plano de reflexão sobre o modo de agir em função do
bem. Então, é nesta segunda conceção que entram os valores e princípios que
conduzem a boa conduta humana.
Moral, etimologicamente tem origem latina, mores, que diz respeito aos usos e
costumes. A moral refere-se a critérios, valores, regras e prescrições que orientam o
agir e a conduta humana.
Pode então dizer-se que ética e moral envolvem princípios e valores, no entanto,
considerando a distinção entre elas, acima referida, pode-se afirmar a anterioridade da
ética em relação à moral, sendo, a primeira, mais teórica e reflexiva, de carácter geral,
abstracto e universalista contraposta ao carácter mais normativo e particularista da
segunda, que se reporta à aplicação prática desses valores, variando conforme os
contextos sociais e temporais2.
Ética
Observa-se que a palavra ética passou a fazer parte do vocabulário do homem comum
e está sempre na mídia, demonstrando a vigência de uma preocupação urgente e
universal. A este respeito, Cortina afirma que: “embora a ética esteja na moda, e todo
mundo fale dela, ninguém chega realmente a acreditar que ela seja importante, e
mesmo essencial para viver”3
Segundo Cortella, a ética é o que marca a fronteira da nossa convivência, é aquela
perspectiva para olharmos os nossos princípios e os nossos valores para existirmos
2
(Marques, 2009: 6-7)
3
Cortina (2003, p. 18)
5
juntos, é o conjunto de seus princípios e valores que orientam a minha conduta 4.
Quanto a ser um assunto tradicional dos filósofos e pensadores, Chauí , afirma que a
Filosofia existe há vinte e cinco séculos e, neste período, a ética, enquanto um dos
seus principais ramos, esteve sempre presente e continua viva 5. A ética, hoje, é
compreendida como parte da Filosofia, cuja teoria estuda o comportamento moral e
relaciona a moral como uma prática, entendida por Cortella como o “exercício das
condutas”. Além disso, é entendida como um tipo ou qualidade de conduta que é
esperada das pessoas como resultado do uso de regras morais no comportamento
social6.
O que se entende por moral? Existe diferença entre ética e moral? As duas estão
entrelaçadas. A moral é entendida como um conjunto de normas para o agir específico
ou concreto. Assim, constitui-se de valores e preceitos ligados aos grupos sociais e às
diferentes culturas, determinando o que é ou não aceito por este grupo como bom ou
correto. Já a ética é a reflexão sobre a moral.
A ética discute os valores que se traduzem em existências humanas mais felizes, mais
realizadas, com mais bem-estar e qualidade de vida. Além disso, busca os valores que
signifiquem dignidade, liberdade, autonomia e cidadania. Na medida em que
entendemos a importância da ética para a sobrevivência humana com qualidade e
integridade, compreendemos também a complexidade envolvida em suas relações
com outros campos do saber e da prática, fundamentais à vida humana em sociedade.
Os valores éticos não nascem com a gente, não pertencem ao que se possa chamar
de “natureza humana”. O ser humano, segundo Saviani , não nasce humano, mas se
torna ao ser acolhido no meio social, no convívio afetivo com outras pessoas. Ele
precisa de cuidados constantes para sobreviver e para adquirir a linguagem
(pensamento, simbolização, imaginação, comunicação verbal ou qualquer outra forma
de comunicação), condição essencial para que construa sua identidade7.
Moral
Moralé um conjunto de regras no convívio. O seu campo de aplicação é maior do que
o campo do Direito. Nem todas as regras Morais são regras jurídicas. O campo da
moral é mais amplo. A semelhança que o Direito tem com a Moral é que ambas são
formas de controle social.
Amoral humana sempre foi alvo de curiosidade e investigação. Foram váriosos
filósofos quep ropuseram origens e desdobramentos dela. Há quem acredite que a
moral do homem tem origens biológicas, empíricas ou é inserida no momento do
nascimento. Dentre tais divergências, em seu texto“A Marcha dos Pinguins’ e a origem
4
Cortella (2009, p. 102),
5
Chauí (1998, p. 25),
6
Cortella (2007, p. 103)
7
segundo Saviani (2003),
6
da moral”diz que a moral não surge de forma natural,como nabenevolência dos
animais sugerida por muitos pensadores, mas da capacidade do ser humano de se
colocar no lugar do semelhante, e fazer com que as experiências do outro enriqueçam
as suas.
Todavia, a ética tem um significado mais amplo do que a moral. Moral é um conjunto
de regras, valores e proibições vindos do exterior ao homem, ou seja, impostos pela
política, a religião, a filosofia, a ideologia, os costumes sociais, que impõem ao homem
que faça o bem, o justo nas suas esferas de atividade. Enquanto a ética implica
sempre uma reflexão teórica sobre qualquer moral, uma revisão racional e crítica
sobre a validade da conduta humana (a ética faz com que os valores provenham da
própria deliberação do homem), a moral é a aceitação de regras dadas. A ética é uma
análise crítica dessas regras. É uma "filosofia da moral". No entanto, é preciso estar
atento, uma vez que os termos são frequentemente utilizados como sinónimos,
sobretudo entre os autores anglo-saxónicos.
A moral tem uma dimensão imperativa, porque obriga a cumprir um dever fundado
num valor moral imposto por uma autoridade. Por isso, aplica-se através da disciplina
e a motivação para a ação é, neste caso, a convicção (interiorização do bem e do mal
e da legitimidade da entidade que os enuncia) e a sanção
“A moral tem por objeto o comportamento humano regido por regras e valores morais,
que se encontram gravados em nossas consciências, e em nenhum código,
comportamento resultante de decisão da vontade que torna o homem, por ser livre,
responsável por sua culpa quando agir contra as regras morais.”
7
grupos em que o adolescente está inserido, as publicações que faz e os
comentários também.
É bastante oportuno que gastemos tempo e esforço, para avaliar o preço que
havemos de pagar pelo uso inadequado das redes sociais pelos adolescentes
e crianças, e que meditemos sobre o tipo de sociedade que resultará no
amanhã com a degradante moral que hoje assume o piso do topo na
consciência mais jovem.
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seja pela igreja, pelas organizações filantrópicas, porém, é urgente a mudança
do prisma actual em que a juventude caminha. Que os pais cumpram o seu
papel, haja conversa afincada com os mais jovens, que haja regras e normas
de conduta a servir, que não se coloque a criança pela rua fora a deriva, sem
supervisão sequer.
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Prevalece o desprezo ao tradicional, o culto à massificação e mediocridade que não
ameaçam e que permitem a manipulação fácil das pessoas.
Um dos campos mais carentes, no que diz respeito à aplicação da ética, é o do
trabalho e exercício profissional. Por esta razão, executivos e teóricos em
administração de empresas voltaram a se debruçar sobre questões éticas. A lógica
alimentadora desse processo não é idealista nem "cor de rosa". É lógica do capital
que, para poder sobreviver, tem que ser mais ético, evitando cair na barbárie e
autodestruição. São os próprios pressupostos da disputa empresarial que forçam a
adoção de um modelo mais ético.
O individualismo extremo, muitas vezes associado à falta de ética pessoal, tem levado
alguns profissionais a defender seus interesses particulares acima dos interesses das
empresas em que trabalham, colocando-as em risco. Os casos de corrupção e
investimentos duvidosos nas empresas públicas e privadas são os maiores exemplos
do que estamos dizendo.
CONCLUSÃO
Os valores morais são importantes para que possamos ter uma vida social
harmoniosa, pacífica e respeitosa entre as pessoas.
Os valores morais determinam como devem ser os comportamentos,
funcionando como uma espécie de orientação sobre a forma de agir, e de certa
forma garantem a ordem social.
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São capazes de criar e manter relações e ações justas e cooperativas dentro
de uma sociedade, dentro do ambiente de trabalho e a até mesmo na vida
familiar.
REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA
AA. VV. (1990). Enciclopédia Logos. Lisboa: Verbo.
CHAUÍ, M. Convite à Filosofia. São Paulo: Ática, 1998
CORTINA, A. O fazer ético. São Paulo: Moderna, 2003. CORTELLA, M. S. Qual é a
tua obra? Inquietações, propositivas sobre gestão, liderança e ética. Petrópolis: Vozes,
2009.
OLIVEIRA, Manuel Alves. (2003). O lugar da ética na contemporaneidade: A análise
crítica de Victoria Campus (1ª ed.). Lisboa: Notícias Editora
MARQUES, Joana F. (2009). Uma Experiência de Formação Ética de Educadores de
Infância – Estudo de Caso. Dissertação de mestrado apresentada à Faculdade de
Psicologia e de Ciências da Educação da Universidade de Lisboa, Lisboa.
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SAVIANI, D. Pedagogia histórico-crítica. Campinas: Autores Associados, 2003.
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