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Origem da Vida

Introdução

O Planeta Terra surgiu há, aproximadamente, 4,5 bilhões de anos e, até o


momento, a teoria mais aceita para o surgimento do planeta é a Teoria do Big
Bang. Segundo essa teoria, uma grande explosão gerou uma massa
incandescente que, após inúmeras tempestades, foi se resfriando e formando a
crosta terrestre.

A água das tempestades se acumulava em depressões, formando os oceanos.


E, além das tempestades, intensas atividades vulcânicas e chuvas de
meteoritos liberaram gases na atmosfera.

Essa teoria, embora aceita para explicar a origem do planeta, não é o


bastante para explicar a origem da vida na Terra.

Estudos que tentam explicar essa origem necessitam de um campo


interdisciplinar que envolva, além da Biologia, conceitos químicos, físicos e
até geológicos. Ao longo da História, diferentes pesquisadores
propuseram hipóteses para o assunto.

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Abiogênese

Os primeiros estudos a respeito da origem da vida surgiram na Era


Clássica, com Aristóteles. Ao examinar larvas que surgiam em alimentos
expostos ao ar livre, ou girinos e pequenos animais de vida aquática que
surgiam em águas paradas, propôs que a vida surgia espontaneamente a
partir da matéria presente no ambiente.

Todos os indivíduos, dessa forma, eram dotados de um “princípio vital” - ou


“princípio ativo” - presente no ambiente e essencial para a sua formação.
Essa teoria é conhecida como "Geração Espontânea", ou abiogênese.

A hipótese da abiogênese foi refutada por diversos pesquisadores,


principalmente por Redi e Pasteur, que realizaram diversos experimentos que
comprovaram que a vida não surge espontaneamente.

Um dos experimentos consistia em colocar um pedaço de carne em um vidro


vedado e outro pedaço de carne em um vidro aberto. Ficou comprovado que
apenas no vidro aberto surgiram as larvas. Posteriormente, observou-se que
moscas pousavam sobre a carne no vidro aberto e depositavam seus ovos, de
onde surgiam as larvas.

Dessa forma, além de se comprovar que a vida não surge espontaneamente,


notou-se que ela sempre descende de uma vida anterior.
Essa nova hipótese, conhecida como Biogênese, foi mais aceita. É, inclusive,
aceita até nos dias de hoje e auxilia a compreender alguns fatores e conceitos
evolutivos. Porém, essa teoria ainda não explica como surgiu a primeira
vida no planeta.

Hipótese da Panspermia

Essa hipótese, muito defendida pelo químico Arrhenius, supõe que a vida no


planeta seja procedente do espaço.

A hipótese defende que os meteoritos que se colidiram com a crosta terrestre


carregavam consigo micro-organismos que colonizaram o planeta. A teoria se
apoia na existência de seres procariotos, como arqueas. Este tipo de
organismo vive em locais de temperatura extrema e
realiza quimiossíntese, metabolizando compostos inorgânicos para
sobreviver.

Outra informação que corrobora com essa teoria é a quantidade


de aminoácidos encontrados em rochas provenientes de meteoros que caíram
no planeta, o que comprova a existência de matéria orgânica no universo.

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Hipótese de Oparin

No século XX, o bioquímico Aleksandr Oparin sugeriu outra teoria para a


origem da vida. Segundo ele, a vida teria surgido dentro do próprio planeta
Terra, através das condições climáticas e atmosféricas da crosta terrestre.

Há bilhões de anos, o Planeta Terra possuía:

 altas temperaturas;
 elevada quantidade de radiação ultravioleta;
 intensas tempestades;
 composição atmosférica a base de vapor de água, amônia, metano e
gás hidrogênio.

A energia resultante da radiação, temperatura elevada e da incidência de raios


fez com que os constituintes atmosféricos reagissem entre si, gerando os
primeiros aminoácidos. Estes aminoácidos foram levados pela água da
chuva, se alojaram em oceanos e lagos e, quando em contato com as rochas
quentes da crosta, formaram as primeiras proteínas.

As proteínas, por sua vez, começaram a interagir, nutridas pelos compostos


orgânicos presentes nos oceanos e lagos. Formaram, assim, pequenos blocos
chamados de coacervados.

Em algum momento da História Primitiva, surgiu o material genético e


diversas reações químicas começaram a ocorrer no interior desses blocos
protéicos, sendo mediadas pelos ácidos nucléicos.
Assim teria se originado o primeiro ser vivo, um organismo completamente
primitivo e que utilizava os próprios compostos orgânicos presentes no oceano
para sua nutrição.

A hipótese foi confirmada com experimentos realizados por vários


pesquisadores em épocas posteriores. Simulando a atmosfera e a crosta
terrestre primitiva, propostas por Oparin, comprovaram a formação de
aminoácidos e outros compostos orgânicos nesse meio de condições
extremas. Esta é a teoria mais aceita atualmente.

Características do primeiro ser vivo

Tendo como mais aceita a Hipótese de Oparin, os estudos que se seguiram


pretendiam identificar as características desse organismo primitivo.

Já era possível deduzir que se tratava de um ser unicelular e procarioto (de


composição celular mais simples).

Quanto à forma de nutrição, alguns pesquisadores acreditam que o ser


era autótrofo e fotossintetizante. Porém, na atmosfera proposta por Oparin,
não havia gás carbônico, invalidando essa hipótese. Outros cientistas
acreditavam que o primeiro organismo era heterótrofo, se nutrindo de
compostos presentes no próprio meio em que os coacervados estavam
(oceanos e lagos).

Outra característica discutida era a forma com que o organismo gerava


energia. Pela falta de oxigênio e pela complexidade da fotossíntese, foi
entendido que o organismo realizava fermentação. Essa teoria ainda
contribuiu para explicar o surgimento do gás CO2 na atmosfera, já que é um
subproduto dos processos fermentativos.

Mutações ocorreram nos organismos primitivos descendentes desse primeiro


ser, de modo que começaram a surgir os primeiros capazes de realizar
a fotossíntese e liberar gás O2 na atmosfera. Isso possibilitou que os
organismos descendentes, através de novas mutações, desenvolvessem a
capacidade de gerar energia pela respiração celular.

Os seres eucariotos provavelmente surgiram no planeta há cerca de 1,5


bilhões de anos. Só bem depois teriam surgido os organismos pluricelulares.

Carolina Batista
Professora de Química
A origem da vida Terra é um dos temas mais controversos e não totalmente
resolvidos. Por isso, muitos se dedicaram a estudar e tentar explicar como
surgiram os seres vivos no planeta.
As principais hipóteses são:
• Teoria criacionista: as diferentes formas de vida surgiram através de
uma criação divina.
• Biogênese: um ser vivo só pode ser originado a partir de um ser vivo
preexistente.
• Abiogênese: alguns tipos de materiais possuem um tipo de “princípio
ativo” capaz de gerar vida.
• Panspermia: a vida na Terra foi trazida do espaço através de meteoros
e cometas.
• Evolução química: compostos simples presentes na Terra primitiva
passaram por diversas reações e formaram compostos tão complexos
ao ponto de conceber seres vivos. Essa é a hipótese mais aceita
atualmente.
Confira mais detalhes sobre as hipóteses e experimentos relacionados ao tema
a seguir.
Geração Espontânea ou Abiogênese
A teoria da geração espontânea ou abiogênese admite, em essência, o
aparecimento dos seres vivos a partir da matéria bruta de maneira contínua.
Essa hipótese surgiu com Aristóteles, há mais de 2 000 anos.
Para Aristóteles e seus seguidores, a matéria bruta apresentava um “princípio
ativo” responsável pela formação dos seres vivos quando as condições do
meio fossem favoráveis.
O princípio ativo era o grande responsável pelo desenvolvimento de um novo
organismo. A ideia da geração espontânea constituía a melhor forma de
explicar as larvas que surgiam na carne crua exposta ao ar livre e de girinos
que surgiam em poças de água.
Saiba mais sobre a Abiogênese.
Teoria da Biogênese
A teoria da biogênese admite que todos os seres vivos são originados de
outros seres vivos preexistentes.
Vários cientistas provaram que um ser vivo só se origina de outro ser vivo e
contestaram a abiogênese. Os principais defensores da biogênese foram:
Ernest Haeckel, Thomas Henry Hurley, Stanley Miller, Lázzaro Spallanzani,
Francesco Redi e Louis Pasteur.
Experimento de Redi
Francesco Redi, médico e biólogo de Florença, por volta de 1660, começou a
questionar a teoria da abiogênese. Para isso, colocou pedaços de carne crua
dentro de frascos, deixando alguns abertos.
Depois de vários dias, as larvas só apareceram na carne do frasco aberto. Redi
observou que as moscas colocavam ovos sobre a carne e concluiu que a
geração espontânea não tinha validade.
Com a invenção do microscópio, o mundo dos microrganismos foi revelado,
empolgando os adeptos da geração espontânea e da biogênese, que
buscavam a explicação para a origem desses seres vivos.
Saiba mais sobre o Experimento de Redi.
Experimento de Pasteur
Por volta de 1860, o cientista francês Louis Pasteur conseguiu provar
definitivamente que os seres vivos se originam de outros seres vivos.
Ele realizou experimentos com balões do tipo pescoço de cisne, que mostrou
que um líquido ao ser fervido, não perde a chamada "força vital", como
defendiam os adeptos da abiogênese, pois quando o pescoço do balão é
quebrado, após a fervura do líquido, há o aparecimento dos seres vivos.
A partir dos experimentos de Pasteur, a teoria da biogênese passou a ter
aceitação nos meios científicos.
Leia também sobre Abiogênese e Biogênese.
Teoria Criacionista
A teoria de que a vida teria sido uma criação divina é embasada por escritos
religiosos. As principais religiões que difundem suas versões criacionistas para
explicar a origem dos seres na Terra são: Cristianismo, Judaísmo e Islamismo.
A Bíblia Sagrada, especificamente no livro de Gênesis, explica que o homem,
assim como todas as coisas, foram criados por Deus. Já na mitologia grega o
surgimento dos homens é atribuído aos titãs, moldados no barro,
semelhantemente ao que se vê na narrativa bíblica.
O criacionismo se distingue das demais teorias por ter um caráter religioso, ou
seja, está fundamentado em crenças, embora alguns argumentos apresentem
atributos científicos. Já as demais hipóteses para a origem da vida possuem
conclusões provenientes de pesquisas científicas.
Saiba mais sobre o Criacionismo e Teoria da Evolução.
Teoria Cosmogênica (Panspermia Cósmica)
Segundo a Panspermia, palavra grega que significa “sementes em todos os
lugares”, a vida do planeta Terra teria surgido a partir de fragmentos de vida
resistentes, como esporos, vindos do espaço através de meteoritos e cometas.
Apesar das hipóteses para o surgimento de vida na Terra estarem relacionadas
com a transferência de matéria-prima, que se desenvolveram pelas condições
favoráveis, existem os que acreditam que a vida tem origem de uma civilização
extraterrestre.
Anaxágoras, Jöns Jacob Berzelius, William Thomson e Svante Arrhenius são
exemplos de estudiosos que defenderam essa hipótese. Berzelius, por
exemplo, chegou a detectar em 1830 a presença de compostos orgânicos em
meteoritos.
Entretanto, essa teoria de propagação da vida não consegue explicar como a
vida se originou no local de onde veio e como sobreviveram até chegar ao
planeta Terra.
Evolução Química (hipótese de Oparin e Haldane)
A evolução química é a hipótese mais aceita para a origem da vida no planeta.
Segundo essa hipótese, associações entre moléculas geraram agrupamentos
cada vez mais complexos até que promoveu o surgimento da vida.
Componentes da atmosfera primitiva (vapor d’água, amônia, hidrogênio e
metano) reagiam com descargas elétricas (raios), radiação proveniente
principalmente do Sol e atividades vulcânicas, fazendo surgir moléculas
orgânicas que se aglomeravam em forma de coacervados.
No interior desses pequenos grupos de moléculas, chamados de coacervados,
ocorriam diversas reações químicas, que foram os tornando mais complexos e
estáveis.
Experimento de Miller
Para estudar o surgimento das primeiras moléculas orgânicas, o químico
Stanley Miller realizou um experimento que simulava a atmosfera primitiva e as
condições que permitiram o surgimento das primeiras moléculas orgânicas.
Utilizando materiais que continham os elementos carbono (C), hidrogênio (H),
oxigênio (O) e nitrogênio (N) e simulando a atmosfera primitiva, com
aquecimento e descargas elétricas, o cientista conseguiu produzir moléculas
orgânicas.
Origem do Universo
Acredita-se que toda a matéria que compõe o Universo atual estivesse
comprimida em uma esfera extremamente pequena, que teria explodido,
expandindo a matéria e formado de uma só vez todo o Universo.
Essa grande explosão é denominada Big-Bang. Após o Big-Bang e a partir da
matéria proveniente dele, teria surgido o nosso Sistema Solar.
Saiba mais sobre outras teorias para a origem do Universo e origem da Terra.
As primeiras células
Acredita-se que o primeiro ser vivo, ou seja, a primeira célula, tenha surgido há
cerca de 3,5 bilhões de anos.
Essas células tinham estrutura e funcionamento muito simples, sendo formadas
por uma membrana plasmática delimitando um citoplasma, no qual estavam
presentes as moléculas de ácidos nucleicos.
Esses formavam uma estrutura denominada nucleoide. Células assim
organizadas são denominadas células procariotas e os organismos que as
apresentam são os procariontes.
Na Terra atual existem organismos descendentes dessas primeiras células:
são as bactérias e as algas azuis ou cianobactérias.
A partir dos procariontes anaeróbicos ancestrais, teriam derivado também os
organismos com estruturas celulares mais complexas: os eucariontes. Esses
apresentam as células chamadas eucariotas.
O surgimento dos eucariontes deve ter ocorrido há cerca de 1,5 bilhões de
anos. A maior parte dos organismos que vivem atualmente na Terra
apresentam células eucariotas.

Quando ocorreu a origem da vida?Segundo Augusto Damineli Daniel


Santa Cruz Damineli

É comum as pessoas pensarem que algo tão complexo quanto a vida exigiria
processos que só ocorrem raramente, demandando tempos extremamente
longos para terem alguma chance de ocorrer. Os dados atuais indicam que
isso não é verdade. Vamos olhar para as primeiras eras geológicas da Terra. A
formação rochosa Isua (na Groenlândia) é uma das mais antigas, tem 3,8 B.a.
Embora não contenha organismos fósseis, ela tem indicações de contaminação
por atividade biológica. O grafite encontrado nela tem um teor de 13C
(variedade de átomo de carbono com seis prótons e sete nêutrons) em relação
ao isótopo mais leve 12C com valores típicos de material orgânico, como o
encontrado em restos vegetais atuais. Até agora, não se encontrou outra
explicação, a não ser a fotossíntese para explicar essa anomalia do carbono.

Outro dado que aponta para a fotossíntese em épocas remotas são os imensos
depósitos de óxido de ferro (chamados de banded iron formation – BIF), os
mais antigos com ~3,7 B.a. de idade. Nessa época, não existia oxigênio livre
na atmosfera, como indicado pela existência de pirita e uraninita. O oxigênio
pode ter sido liberado nos oceanos pela atividade de algas fotossintetizantes e
consumido localmente, oxidando o ferro. Se as rochas de Isua e os BIF mais
antigos indicam existência de vida, ela deve ter surgido antes de 3,8 B.a., dado
que a fotossíntese, por ser um processo muito complexo, não deve ter sido a
primeira forma de produção de energia. O ancestral comum deve ter surgido
antes disso.

Mais um motivo para recuar o aparecimento do progenota para antes de 3,8


B.a. é que os trezentos milhões de anos seguintes parecem ser muito curtos
para a vida ter atingido o nível de complexidade da cianobactéria, parente dos
organismos que formaram os estromatólitos. Mas não podemos recuar a
origem da vida para tempos muito anteriores a esse. A Terra se formou há 4,56
B.a., e há 4,46 B.a. já tinha crosta sólida, a água tinha chovido das nuvens para
formar os oceanos e a atmosfera tinha temperatura aceitável. Mas nos
primeiros ~700 milhões de anos ela era castigada por uma densa chuva
meteorítica, alguns dos fragmentos com centenas de quilômetros de tamanho.
Uma colisão dessas vaporizaria os oceanos e aqueceria tanto a atmosfera, que
levaria mais de mil anos para chover de novo. Se já existia vida na Terra nessa
época, ela teria sido destruída, não uma, mas muitas vezes. Ela só poderia ter
se arraigado de forma estável depois do fim da chuva de meteoros
esterilizantes, ou seja, há menos de 3,9 B.a. Isso deixa uma janela de <100
milhões de anos para a vida partir do zero e atingir o estágio de produção de
energia por fotossíntese. Se preferirmos descartar o diferencial de 13C ou os
BIF como indício de vida, o intervalo de tempo para a vida ter se formado e
evoluído até o nível de complexidade da cianobactéria sobe para meros 400
M.a. Nos 3,5 B.a. seguintes a vida aumentou sua diversidade, mas não
aconteceram saltos de complexidade tão grandes quanto o inicial, do
inorgânico para o vivo. Por isso, a janela de tempo de centenas de milhões de
anos é pequena e indica que esse salto não é tão difícil ou improvável para a
natureza.

A janela para a origem da vida, se ela se iniciou na Terra, pode ser bem mais
curta do que os quatrocentos milhões de anos indicados antes. Uma escala de
tempo muito curta poderia ser obtida do fato que as reações químicas que
produzem as grandes moléculas (polímeros) são reversíveis. Em escalas de
dias a meses, a maioria delas reverteria para componentes mais simples, em
meio aquoso. Isso poderia ser evitado se as grandes moléculas fossem
retiradas do meio líquido, logo que formadas. Esse cenário funcionaria se a
vida tivesse surgido nas plataformas continentais e não no fundo dos oceanos.
No início, as placas litosféricas9 ainda estavam submersas, e as indicações
mais fortes são de que a vida tenha surgido no fundo dos oceanos. Outra forma
de evitar a reversibilidade seria encerrar as macromoléculas em membranas,
como as paredes celulares. Naquele tempo não havia células como as atuais,
mas é possível que houvesse membranas formadas por processos inorgânicos.
Oparin sugeriu que coacervados,10 formados espontaneamente por polímeros
em solução aquosa, tenham constituído a membrana de uma protocélula.
Embora eles realmente se formem em laboratório, são muito instáveis. Outros
tipos de formação de membranas são possíveis; por exemplo, os
proteinóides11 que Sidney Fox sintetizou em laboratório.

Mesmo depois de escapar da reversibilidade, os componentes da vida primitiva


encontrariam outras armadilhas fatais. Uma delas são as fontes hidrotermais
que existem no fundo dos oceanos. Elas reciclam um volume igual ao dos
oceanos atuais em dez milhões de anos. Entretanto, quando o interior da Terra
era mais quente, esse processo era muito mais forte e os tempos de
reciclagem eram muito mais curtos. A água sai das fontes hidrotermais com
T>350ºC, sendo totalmente esterilizada.

Quanto menor a escala de tempo, mais simples deve ter sido o processo de
origem da vida. Na Terra, ela se instalou tão cedo e tão rapidamente que
parece ser um mero subproduto da formação planetária. Isso abre enormes
perspectivas de que ela também tenha surgido em outros planetas, que só na
nossa galáxia devem ultrapassar a casa dos trilhões. No volume visível do
Universo existem cerca de cem bilhões de galáxias como a nossa, elevando o
número de planetas para mais de 1023. O fato de que a origem da vida seja um
assunto tão difícil de ser compreendido não nos deve induzir ao erro de
assumir que também seja difícil de ser realizada pela natureza. A janela para a
formação de vida na Terra é tão estreita, que alguns preferem acreditar que ela
tenha aportado aqui já pronta (hipótese de panspermia). O conforto que se
ganha aumentando a janela de tempo para dez bilhões de anos e multiplicando
a diversidade de situações físicas e químicas por um número incontável de
planetas se perde pelo imenso isolamento cósmico dos astros e pela
exigüidade de mecanismos viáveis de transporte de seres vivos de um para
outro. O transporte só é viável para planetas próximos, como entre a Terra e
Marte. O problema do mecanismo de origem se transfere daqui para outro
planeta, mas sua solução não se torna mais fácil.

 Conclusão

é o presente momento, a Teoria do Big Bang é utilizada para explicar o


surgimento da Terra. Acredita-se que nosso planeta se formou há 4,5 bilhões
de anos e, durante cerca de um bilhão de anos, sofreu processos importantes,
como seu resfriamento, viabilizando o surgimento da vida.Estudiosos mais
antigos acreditavam que os seres vivos surgiam espontaneamente da matéria
bruta – a hipótese da geração espontânea, também chamada de abiogênese.
Entretanto, por meio de diversos experimentos, executados por cientistas,
como Redi, Needham, Spallanzani e Pasteur, foi possível descartar essa
hipótese, adotando a biogênese, que afirma que os micro-organismos surgem
a partir de outros preexistentes. Respondendo assim parte das perguntas
existentes sobre a origem da humanidade.

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