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2. Histórico da Microbiologia
6. Bactérias:
6.1. Morfologia
6.2. Estrutura
6.5.2.Coloração de Gram
7. Meios de cultura
9. Relação bactéria-hospedeiro
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10.1. Isolamento e identificação de bactérias
11.3.1. Tuberculose
11.6. Sepse
12. Vírus
13. Fungos:
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1. Introdução à microbiologia
Segundo os termos mikros (pequeno), bios (vida) e logos (ciência) a microbiologia é
definida como o estudo dos organismos vivos microscópicos, “invisíveis a olho nu”,
relacionando-os pelo seu tamanho, com as principais doenças infecciosas do homem e
de seus animais domésticos, suas características, importância comercial, etc. Essa
definição engloba os grupos das bactérias, arqueas, fungos, protozoários e vírus.
2. Histórico da microbiologia
Em 1665 Robert Hooke observou pela primeira vez pequenas celas na cortiça utilizando
uma versão improvisada de um microscópio rudimentar o que deu início à Teoria
Celular.
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Leewenhoek é considerado o pai da Microbiologia: “eu posso julgar por mim mesmo
(apesar de limpar a minha boca, como já disse), que todas as pessoas que vivem na
Holanda não são tantas quanto os animais vivos que eu carrego em minha própria boca
hoje”.
Foi nessa época que um grupo de mercadores franceses pediu a Pasteur que
descobrisse porque o vinho e a cerveja azedavam, além de solicitarem à ele um método
que impedisse a deterioração dessas bebidas. Naquele tempo, muitos cientistas
acreditavam que o ar convertia os açúcares desses fluidos em álcool, porém micro-
organismos chamados de leveduras convertiam os açúcares em álcool na ausência de ar
através do processo de fermentação e o azedamento e a deterioração eram causados por
micro-organismos diferentes que na presença de ar, transformavam o álcool da bebida
em vinagre (ácido acético).
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materiais orgânicos o que permitiu o estabelecimento da relação entre doenças e
micróbios.
Em 1860 Joseph Lister aplicou a teoria do germe nos procedimentos médicos assim
como Ignaz Semmelweis, que em 1840, demonstrou que os médicos, naquela época, não
faziam assepsia das mãos e transmitiam infecções rotineiramente (febre em crianças
recém-nascidas de uma paciente de obstetrícia para outra).
Robert Koch, em 1876, propôs pela primeira vez uma prova de que as bactérias
realmente causavam doenças, através da descoberta da causa do Carbúnculo ou antraz
(Bacillus antracis) - doença que estava destruindo os rebanhos de gado e ovelhas na
Europa. A partir desses achados, Koch estabeleceu uma série de procedimentos para
relacionar diretamente um micróbio específico à uma doença específica.
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Exceções ao postulado de Koch:
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agente quimioterápico chamado de salvarsan, um derivado de arsênico, efetivo contra a
sífilis.
A penicilina foi muito importante para reverter a primeira grande guerra em favor
das tropas aliadas, já que as infecções nas feridas matavam muito mais que as balas.
Assim, quem descobrisse um método de curar estas infecções ganharia a guerra. Este é
apenas um exemplo do papel dos micro-organismos em determinar os caminhos de
nossa história.
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organismos resultou na formação atmosférica rica em oxigênio que conhecemos hoje, o
que permitiu o surgimento e evolução de novas formas de vidas aeróbias, organismos
multicelulares complexos, plantas e animais superiores.
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Biomassa
bacteriana no
intestino
1,2kg (40 a
50% peso
fecal)
Peso médio
Nº células Peso
ser humano =
microbianas médio ser
no TGI 1017 vezes o
humano:
humano: 1014 peso de uma
70kg
bactéria
Nº células 300.000 a 1
no corpo milhão de
humano: espécies
bacterianas
1013
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Você sabe a diferença entre Prebióticos e Probióticos?
Causam doenças;
Deterioram alimentos;
São a base da cadeia alimentar;
Degradam detritos;
Participam de ciclos ecológicos e biogeoquímicos;
Participam de diversos processos industriais;
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alimentos fermentados, como por exemplo queijos, bebidas lácteas fermentadas,
cervejas, vinhos, pães, picles, chucrute, azeitonas, etc. Podemos citar ainda muitos
fungos que são comestíveis e utilizados diretamente na alimentação humana, como é o
caso dos cogumelos (champignon e shitake) e os fungos que são adicionados aos queijos,
por exemplo, roquefort e camembert, com objetivo de alterar o sabor.
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5. Sub-grupos dos micro-organismos
Os seres vivos foram divididos em dois grupos por Linnaeus (séc. XVIII): reinos
Animal e Vegetal, sendo quem em 1866 Haeckel introduziu o reino Protista e somente
em 1969 Whittaker dividiu os seres vivos, segundo suas características morfológicas e
fisiológicas em 5 reinos:
Monera: Procariotos
Protista: Eucariotos unicelulares - Protozoários (sem parede celular) e Algas
(com parede celular)
Fungi: Eucariotos aclorofilados
Plantae: Vegetais
Animalia: Animais
Archaea: Procariotos
Bacteria: Procariotos
Eukarya: Eucariotos
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organismos multicelulares, enquanto as bactérias e archaeas correspondem a ramos que
não evoluíram além do estágio microbiano.
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fungos são também células sem clorofila, apresentando parede celular, realizando
metabolismo heterotrófico, nutrindo-se por absorção.
6. Bactérias:
6.1 Morfologia:
As bactérias são células procariontes, constituindo os menores seres vivos e os mais
simples estruturalmente, embora complexos e diversificados do ponto de vista
metabólico e bioquímico, conferindo capacidade de adaptação.
As células bacterianas são caracterizadas morfologicamente pelo seu tamanho, forma e
arranjo.
Podem variar em tamanho de 0,3/0,8 micrometros até 10/25 micrometros, sendo
atualmente descoberta uma bactéria que pode ser vista a olho nu (0,8mm).
Quanto a forma e arranjo dividem-se em:
Cocos: Formas esféricas que formam grupos homogêneos de células menores.
o Diplococos: agrupados aos pares
o Tétrades: agrupamentos de quatro cocos
o Sarcinas: agrupamentos de oito cocos em forma cúbica
o Estreptococos: agrupados em cadeia
o Estafilococos: agrupados em grupos irregulares lembrando cachos de
uvas
Bacilos ou bastonetes: Formas cilíndricas ou de bastão, podendo ser longos ou
delgados, pequenos e grossos, extremidade reta, afilada, convexa e
arredondada.
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o Diplobacilos: agrupados aos pares
o Estreptobacilos: agrupados em cadeia
o Paliçada: agrupados lado a lado como palitos de fósforo
Helicoidais ou espiralados: Forma de espiral
o Espirilos: possuem corpo rígido e se movem às custas de flagelos
externos, dando uma ou mais voltas em torno do próprio eixo;
o Espiroquetas: são flexíveis e locomovem-se provavelmente às
custas de contrações do citoplasma, podendo dar várias voltas
completas em torno do próprio eixo.
Formas de transição:
o Bacilos muito curtos ou Cocobacilos
o Espirilos muito curtos ou Vibriões, assumindo formas de vírgula
6.2 Estrutura
A célula bacteriana apresenta várias estruturas, sendo algumas delas presentes em
determinadas espécies enquanto outras são essenciais e encontradas em todas as
bactérias. Abaixo segue esquematizada uma célula bacteriana típica.
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FLAGELOS
Essa é uma estrutura que pode não estar presente na bactéria. A maioria dos bacilos
de importância médica apresentam flagelos.
FÍMBRIAS
São constituídas por uma proteína denominada pilina e estão relacionadas com a
aderência às superfícies mucosas e com a troca de material genético durante a
conjugação bacteriana, sendo essa última conhecida como pili ou fímbria sexual.
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CÁPSULA
PAREDE CELULAR
A parede celular das bactérias Gram positivas é formada em sua maior parte por
peptideoglicano (45 a 50% da massa seca), o que torna a parede dessas bactérias mais
espessa e rígida.
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Possuem ácidos teicoicos em sua estrutura como fator de virulência e regulador
iônico, sendo exclusivos de Gram positivas.
A parede celular das bactérias Gram negativas é mais complexa apesar de apresentar
uma camada de peptideoglicano menor do que a das Gram positivas, pois ela apresenta
uma membrana externa envolvendo a camada de peptideoglicano que se situa no espaço
periplasmático.
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O LPS possui três segmentos
ligados covalentemente: lipídio A,
cerne de polissacarídio e antígeno O. A
porção lipídica do LPS também pode
ser chamada de endotoxina. Sua função
é protetora para bactérias entéricas
porém podem atuar como veneno,
causando febre, diarreia, destruição de
hemácias e um choque potencialmente
fatal.
MEMBRANA CITOPLASMÁTICA
Transporte de solutos
Produção de energia por transporte de elétrons e fosforilação oxidativa
Biossíntese
Duplicação do DNA
Secreção
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MESOSSOMOS
CITOPLASMA:
NUCLEÓIDE:
PLASMÍDEOS:
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Os plasmídeos podem se autoduplicar independentemente da replicação
cromossômica.
ESPOROS BACTERIANOS
Possuem pouca água no citoplasma, possuem parede celular muito espessa, são
altamente refráteis e altamente resistentes a agentes físicos e químicos devido a sua capa
impermeável composta por ácido dipicolínico. Sua função é a de proteger a célula
vegetativa das adversidades do meio ambiente e sua formação leva em torno de 6 horas.
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6.3 Nutrição e crescimento microbiano
Nutrição em Gram positivos: sintetizam exo-enzimas, as quais são liberadas no meio
clivando os nutrientes que são captados por proteínas transportadoras;
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As condições necessárias para o crescimento microbiano podem ser diferentes para
cada espécie, porém, de modo geral, os fatores que influenciam no crescimento são
divididos em químicos: água, fontes de carbono, nitrogênio, enxofre, fósforo, minerais,
etc; e ambientais: temperatura, pH, pressão osmótica, oxigênio, etc.
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Temperatura: cada bactéria apresenta uma temperatura ótima de crescimento,
pois acima do limite ocorre desnaturação proteica e consequente morte celular,
e temperaturas inferiores levam a desaceleração das atividades metabólicas;
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Oxigênio: pode ser inócuo, indispensável ou letal para a bactéria
podendo classifica-las da seguinte forma:
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Formas de obtenção de energia:
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Em geral, as bactérias coram-se com os derivados de anilina (azul de metileno,
fucsina, cristal violeta, etc.) que são corantes básicos (íon colorido = cátion) e que
possuem afinidade pelo citoplasma destas células. Esta afinidade se deve ao fato do
citoplasma bacteriano apresentar carga elétrica negativa, derivada, principalmente, dos
radicais fosfatos dos ácidos nucléicos que aí se encontram.
meios de cultura sólidos: coloca-se uma gota de água destilada ou salina estéril
no centro da lâmina; retira-se com a alça uma pequena quantidade do inóculo,
suspendendo-o e homogeneizando-o na gota; depois espalha-se a suspensão de
uma forma idêntica à anteriormente descrita.
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A fixação evita que as células dos micro-organismos sejam lavadas e perdidas
durante o processo de coloração. Além disto, a fixação permite a aderência das células à
lâmina, matando os micro-organismos através da coagulação de seus protoplasmas,
preservando suas estruturas na forma e posição originais. O calor é o método de fixação
frequentemente utilizado. Para fixarmos, passamos a lâmina com o esfregaço voltado
para cima, por três vezes através da chama. Evitar o superaquecimento testando a cada
passada na chama a temperatura da lâmina no dorso da mão.
Esta etapa é essencial pois se o esfregaço não está fixado ao vidro da lâmina ele vai
ser removido durante a fase de coloração. A fixação pelo calor permite preservar a forma
do micro-organismo, mas alguns componentes celulares podem ser danificados. Na
fixação química (ex. etanol, formaldeído, glutaraldeído, etc.), geralmente, não há
destruição da estrutura das células que ficam fixadas à lâmina.
Durante o processo de fixação pelo calor (este deve ser mais forte do que na secagem)
são inativadas as enzimas que podiam alterar a morfologia celular, endurecidas as
estruturas celulares para que não se alterem durante a coloração e observação, dado que
as proteínas microbianas coagulam e fixam-se à superfície da lâmina.
Para que as células fiquem aderentes ao vidro segura-se a lâmina de um lado e fazem-
se 2 a 3 passagens pela chama do bico de Bunsen. Agora o esfregaço está pronto para
sofrer o processo de coloração.
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É importante lembrar que o esfregaço deve estar concentrado na porção central da
célula, pois caso contrário não será possível visualizá-lo no microscópio.
Caso o material biológico venha coletado em swab a confecção do esfregaço deve ser
feita de forma diferente. O swab deve ser rolado para frente e para trás na lâmina e não
esfregado sobre a lâmina de forma a evitar a destruição das estruturas e formar uma fina
camada do material sobre a lâmina.
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A partir da lâmina pronta procede-se a coloração. São dois os processos que nos
permitem corar as bactérias:
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6.5.2 Coloração de Gram
Desenvolvida pelo médico dinamarquês Hans Christian Joachim Gram, em 1884.
Tem como fundamento o fato de que as bactérias, quando coradas por derivados
próximos da rosanilina (violeta genciana, cristal-violeta, metilvioleta, etc.) e depois
tratadas pelo iodo (solução iodo-iodetada, conhecida como lugol), formam um
composto de coloração escura roxa ou azul escuro. Este composto, nas bactérias Gram-
positivas, é fortemente retido e não pode ser facilmente removível pelo tratamento
posterior com o álcool, ao passo que nas Gram-negativas este composto é facilmente
descorado pelo álcool.
É importante sempre utilizar culturas jovens para não haver falsos negativos => Gram-
labilidade
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Limitações da coloração de Gram:
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pelo Gram com a cultura, caso resultados diferentes do esperado forem obtidos, revisar
tanto a coloração quanto a cultura.
OBS: Nem todos os micro-organismos corados pelo Gram podem ser cultiváveis.
Lâminas de referência são úteis para comparação e treinamento.
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micro-organismos. As micobactérias possuem crescimento lento, mesmo em condições
ótimas (18 horas), e exigem meios de cultura complexos para seu crescimento, que
ocorre a partir de 12 a 15 dias para visualização de poucas colônias (as culturas devem ser
mantidas em observação de 6 a 8 semanas para diagnóstico definitivo). Antes da
semeadura do material, se contaminado, deve-se proceder à descontaminação, para a
qual existem vários métodos.
Além do escarro, outros materiais biológicos podem ser usados para o diagnóstico
da tuberculose pulmonar (lavado brônquico, lavado gástrico, “swab” de laringe) e de
outros órgãos (urina, líquor, peças de biópsia, etc).
RESULTADO INTERPRETAÇÃO
Negativo Ausência de BAAR em 100 campos microscópicos
Exame a ser repetido 1 a 2 BAAR em 100 campos microscópicos
Positivo (+) Menos de 10 BAAR em 100 campos microscópicos
Positivo (++) 1 a 10 BAAR em 10 campos microscópicos
Positivo (+++) 11 a 100 BAAR em 10 campos microscópicos
Positivo (++++) Mais de 100 BAAR em 10 campos microscópicos
A partir de esfregaços em lâminas, homogêneo, delgado e fixado, deve-se cobrir o
esfregaço com solução de fucsina de Ziehl, deixar agir por 5 a 10 minutos, aquecendo
com chama branda (evitar a fervura), até desprendimento de vapores (essa etapa pode
ser realizada em banho-maria, todavia, o tempo de aquecimento dobra para até 20
minutos). Lavar em água corrente e descorar com solução de álcool-ácido clorídrico a
1%. Cobrir o esfregaço com azul de metileno, por aproximadamente 30 segundos, lavar,
deixar secar e examinar a lâmina ao microscópio com a objetiva de imersão.
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fundo amarelo-castanho ou marrom claro. Atualmente, os laboratórios têm utilizado
mais a microscopia de campo escuro a fresco para visualizá-las, ou os métodos de
imunoflorescência.
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b. Coloração de Albert-Laybourn:
Foi sugerida inicialmente por Henry Albert, em 1920, e modificada por Ross
Laybourn, em 1924. Baseia-se no fato de algumas bactérias apresentarem corpúsculos
citoplasmáticos localizados nas regiões polares (corpúsculos metacromáticos, ou
corpúsculos de Babes Ernst, ou também chamadas de granulações de volutina), que se
coram pelo Lugol forte (de cor marrom), se evidenciando, em contraste com o corpo
bacilar, que se cora em verde-azulado pela solução de Laybourn. Tais características são
observadas nas corinebactérias e sua presença é associada aos sintomas clínicos
característicos da difteria, o que possibilita um diagnóstico presuntivo da doença, pela
microscopia ótica. O método é auxiliar no diagnóstico da difteria, já que geralmente é
clínico, mas a pesquisa de bacilos metacromáticos cuidadosamente coletados a partir da
face anterior da pseudomembrana pode ser um importante auxiliar diagnóstico. O
cultivo de corinebactérias é possível, mas seu uso clínico é bastante reduzido. O exame
direto de esfregaço de naso e orofaringe é padrão ouro para triagem de infecção pelo
Corynebacterium diphtheriae. Sugere positividade a presença de bacilos Gram-positivos
pleomorfos, em grande número
(predominância), com morfologia
e distribuição características. À
coloração de Albert Laybourn,
presença de grânulos
metacromáticos no citoplasma de
bacilos, além da morfologia e
distribuição característica (em
paliçada, letras chinesas). Tais
achados sugerem bacilo diftérico
e devem ser comunicados
imediatamente ao médico.
A difteria, que também pode ser chamada de crupe, é uma doença infecciosa
transmitida de pessoa para pessoa por meio das vias respiratórias ou através de contato
físico. As bactérias formam placas amareladas que se alojam nas amígdalas, laringe,
faringe, nariz e até mesmo na conjuntiva e na pele. Em casos severos da difteria, inchaços
no pescoço aumentando os gânglios linfáticos podem ocorrer causando dificuldade para
respirar ou bloquear totalmente a respiração, levando o paciente à morte. A doença pode
ser prevenida com a vacinação. A difteria afeta mais crianças do que adultos. Apesar de
ser mais comum nos mais jovens, a mortalidade da doença afeta de 5 a 10% das crianças
e 20% adultos com mais de 40 anos de idade. A transmissão é feita através de gotículas
de secreção respiratória, com espirros, tosse ou até mesmo durante conversas, e também
pode ocorrer através do consumo de leite cru. Com período de incubação médio de 3 a
5 dias, a pessoa infectada pode transmitir a doença por até 15 dias após o primeiro
contato. Após o tratamento, a bactéria pode ficar inativa no corpo por 6 meses ou mais.
As pessoas mais suscetíveis à doença são aquelas que estão com a imunidade baixa,
vivem em condições de superlotação ou insalubres, vão à cidades em que a difteria é
endêmica, e que não receberam a vacina.
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A partir de esfregaços em lâminas homogêneo, delgado e fixado, cobrir o esfregaço
por 3 a 5 minutos, com a solução de Albert-Layborn. Escorrer (sem lavar) e cobrir com
solução Lugol forte, por aproximadamente 2 minutos. Examinar a lâmina ao
microscópio com a objetiva de imersão.
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6.6. Reprodução dos micro-organismos:
As bactérias se multiplicam por: Cissiparidade, Fissão ou Divisão Binária, um
processo devido à formação de septos na região do mesossomo, que se dirigem da
superfície para o interior da célula, dividindo a bactéria em duas células filhas.
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o Plasmídeos: segmentos de DNA fita dupla circulares; ocorrem
principalmente em Gram negativos; codificam genes não essenciais e
muitas vezes podem mediar resistência múltipla a drogas; Possuem
alta taxa de transferência de uma célula para outra e podem transferir
genes próprios, cromossômicos e transposons.
o Transposons: segmentos de DNA fita dupla, com extremidades
repetidas e invertidas que codificam caracteres não essenciais; não
auto-duplicam e são altamente móveis dentro do genoma.
Tranferem-se ligados a plamídios e cromossomo.
o Integrons: menores que os transposons; segmentos de DNA fita
dupla; não auto-duplicam; capturam genes de resistência a drogas do
citoplasma.
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Variabilidade genética:
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Conjugação: há transferência de DNA de uma bactéria para outra que
envolve o contato entre as duas células. A célula portadora dos plasmídeos é
denominada F+, doadora, enquanto a célula desprovida de tais plamídeos é
denominada F-, receptoras. O tubo de conjugação é denominado pili sexual,
e é por ele que ocorre o contato entre as células. A transferência é unilateral
e após a conjugação ambas as células passam a ser F+.
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7. Meios de cultura:
Para cultivar micro-organismos em sistemas artificiais deve-se obedecer a requisitos
básicos, como a utilização de um meio com aporte nutricional adequado para aquele
micro-organismo, além de condições físico-químicas adequadas para o seu
desenvolvimento. Para isso utiliza-se meios de cultura que são misturas de compostos
nutrientes necessários ao crescimento microbiano.
Quanto ao estado físico, os meios de cultura podem ser líquidos, sólidos (1,5% de
ágar p/v) e semi-sólidos (0,5 a 0,75% de ágar p/v), sendo o ágar um polissacarídeo obtido
a partir de algas que funciona como agente solidificante. Não tem função nutritiva e seu
ponto de fusão é de 95°C.
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Meios de enriquecimento: aumentam a possibilidade de crescimento da
espécie desejada, quando a mesma se encontra em pequeno número, pois
substâncias de enriquecimento (soro, ovo, extrato de levedura) são
adicionados ao meio.
Meios complexos: possuem componentes essenciais ao crescimento da
maioria dos micro-organismos quimioheterotróficos. A composição não é
exatamente conhecida pois possuem substâncias como extrato de levedura
(ricos em compostos vitamínicos do tipo B), peptonas, etc.
Meios seletivos: inibem o desenvolvimento de determinados micro-
organismos devido à ação de substâncias inibitórias (antibióticos, corantes,
etc) favorecendo o crescimento dos micro-organismos de interesse.
Meios seletivo-indicadores: são utilizados par o isolamento e identificação
presuntiva de micro-organismos.
Meios redutores: são utilizados para o crescimento de bactérias anaeróbias
obrigatórias pois possuem substâncias capazes de reduzir o meio eliminando
o oxigênio.
Meios quimicamente definidos ou sintéticos: meio no qual a composição
química é exatamente conhecida, geralmente utilizado para o cultivo de
bactérias quimioheterotróficas mais exigentes.
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meningitidis , pois contém em sua fórmula antibióticos que inibem o
crescimento de Neisserias saprófitas e outras bactérias, quando em amostras
colhidas de sítios contaminados.
Ágar SS – Salmonella e Shigella: possui componentes (sais de bile, verde
brilhante e citrato de sódio) que inibem micro-organismos Gram positivos. A
incorporação de lactose ao meio permite diferenciar se o micro-organismo é
lactose positiva (colônias de cor rosa), e bactérias que não fermentam a lactose
formam colônias transparentes. Permitem ainda a detecção de H²S evidenciado
por formação de colônias de cor negra no centro. Utilizado para coproculturas.
Caldo selenito: tem propriedades que inibem coliformes e outras espécies da
flora intestinal como estreptococos. Utilizado para o enriquecimento e
isolamento de Salmonella spp. e Shigella spp. em amostras de fezes.
Caldo tioglicolato: dá suporte para o crescimento de vários micro-organismos. O
potencial de oxidação e redução baixo do meio neutraliza efeitos antibacterianos
de algumas espécies. A resazurina e o azul de metileno são indicadores da
posição de oxidação de aeróbios. Usado para o cultivo de micro-organismos
aeróbios, microaerófilos e anaeróbios de diversos materiais.
Ágar Mac Conkey: Possui cristal violeta que inibe o crescimento de micro-
organismos Gram positivos especialmente enterococos e estafilococos. Utilizado
para isolar bacilos Gram negativos (enterobactérias e não fermentadores) e
verificar a fermentação ou não da lactose.
Ágar sangue: usando uma base rica, oferece ótimas condições de crescimento a
maioria dos micro-organismos. A conservação dos eritrócitos íntegros favorecem
a formação de halos de hemólise nítidos, úteis para a diferenciação de
Streptococcus spp. e Staphylococcus spp. Por ser um meio rico, o crescimento a
partir de materiais biológicos em geral costuma ser abundante.
Ágar cled ou brolacim: Usado para isolamento e quantificação de micro-
organismos presentes em amostras urina. A deficiência de eletrólitos inibe o véu
de cepas de Proteus. Organismos que fermentam lactose baixam o pH e mudam
a cor do meio de verde para amarelo, podendo assim verificar se o micro-
organismo é lactose negativa ou positiva;
Caldo BHI (Brain and heart infusion): é um meio derivado de nutrientes de
cérebro e coração, peptona e dextrose. Meio para cultivo de estreptococcos,
pneumococos, meningococos, enterobactérias, não fermentadores, leveduras e
fungos. Pode ser utilizado na preparação do inóculo para teste de
susceptibilidade aos antimicrobianos, para realização de teste de coagulase em
tubo, para teste de crescimento bacteriano a 42 e 44°C e para teste de motilidade
em lâmina.
Caldo Todd: é usado para o cultivo de Streptococcus agalactiae ( beta -
hemolíticos do grupo B ). Possui em sua composição peptonas para um bom
crescimento, dextrose para estimulação da produção de hemolisina e tampões, e
antibióticos gentamicina e ácido nalidixico para favorecer o isolamento de
amostras com microbiota mista.
Ágar Sal Manitol ou 7,5: é um meio de cultura muito usado para o isolamento
de Staphylococcus aureus de amostras biológicas como urina, secreções, feridas
e exsudatos. A degradação do manitol com a produção de ácido muda a cor do
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meio de rosado a amarelo. Devido ao seu alto conteúdo de cloreto de sódio,
pode-se fazer uma inoculação maciça da amostra em estudo.
Lowestein-Jensen: a base do meio é constituída por ovos integrais, o que permite
amplo crescimento das micobactérias e o crescimento é satisfatório para o teste
de niacina (que é positivo para Mycobacterium tuberculosis). Para materiais
biológicos de sítios contaminados, fazer descontaminação prévia.
Ágar Mycosel: a Cicloheximida, um dos componentes do meio, serve para
selecionar dermatófitos, e o cloranfenicol inibe o crescimento de bactérias e
alguns fungos filamentosos. Utilizado para o isolamento de fungos patogênicos,
principalmente dermatófitos, a partir de material de investigação contaminado.
Ágar Sabourand: meio com nutrientes que favorece o crescimento de diversos
fungos leveduriformes e filamentosos, particularmente associados a infecções
superficiais.
Ágar Mueller-Hinton: Ágar padronizado por Kirby e Bauer e pelo NCCLS que
oferece condições de crescimento das principais bactérias. Utililizado para a
realização do teste de avaliação da resistência aos antimicrobianos pelos
métodos de difusão em disco e E-test para enterobactérias, não fermentadores,
Staphylococcus, Enterococcus sp.
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7.2.1 Semeadura em meios sólidos:
Em tubos de ensaio:
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Em placas de Petri:
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regiões sem semeadura. Recomenda-se fazer o procedimento com swab em três
ou quatro direções distintas rodando a placa.
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7.2.3 Semeadura em meios semi-sólidos:
Em picada: esta técnica é utilizada para que se possam observar funções
metabólicas ou características físicas, como motilidade, de alguns micro-
organismos.
As culturas bacterianas podem ser mantidas refrigeradas para sua estocagem por curtos
períodos, porém existem métodos para longo período:
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Danos aos ácidos nucléicos: ações letais para os ácidos nucléicos, que não podem
mais se replicar nem realizar as funções metabólicas normais.
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Características de um agente químico ideal:
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Não combinar com substâncias orgânicas;
Disponibilidade e preço razoável;
Não poluir o meio ambiente;
Para a antissepsia das mãos existe uma série de produtos comerciais, cabendo ao
usuário a escolha de acordo com os critérios fundamentais apresentados em trabalhos
científicos, que apontam as vantagens e desvantagens de cada um dos produtos, como
já discutido anteriormente.
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Um cuidado importante é a pesquisa da microbiota das mãos periodicamente em
enfermeiras e médicos que cuidam de pacientes queimados, com feridas cirúrgicas ou
de recém-nascidos. Não é raro profissionais que possuem bactérias patogênicas na
microbiota residente das mãos, como Pseudomonas aeruginosa e Staphylococcus aureus,
o que apresenta um grande risco de contaminação externa para os pacientes.
Outro cuidado que se deve ter é em relação aos antissépticos indicados para a
assepsia das mãos, verificando, antes do seu uso rotineiro, se os componentes de sua
fórmula são germicidas nas concentrações indicadas, se no preparo das soluções são
seguidas as especificações do fabricante, não deixando de observar o tempo de validade
das soluções em uso. Muitos produtos já lançados no mercado mostraram-se menos
eficientes que o sabão neutro. Com relação ao álcool iodado, deve-se salientar que,
embora seja um antisséptico de grande poder germicida, seu uso constante provoca o
ressecamento da pele e que pessoas alérgicas ao iodo não devem usá-lo, havendo então
a necessidade de substituí-lo por outro produto de eficiência comprovada e equivalente.
SEMPRE!
Por exemplo:
Devemos ter outros cuidados especiais, tais como manter as unhas bem aparadas e,
de preferência, sem pintura excessiva, cabelos presos, de preferência em coques, barba
bem aparada, etc.
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9. Relação bactéria-hospedeiro
Os micro-organismos são ubíquos e capazes de se adaptar a qualquer ambiente
físico-químico, inclusive o corpo humano.
São vários os benefícios observados entre essa relação de simbiose entre hospedeiro
e micro-organismo, tendo destaque o antagonismo microbiano, em que a microbiota
protege o hospedeiro impedindo a colonização por micro-organismos potencialmente
patogênicos, através da competição por nutrientes, sítios de adesão, produção de
substâncias nocivas aos patógenos e alterações das condições ambientais, como
alteração do pH local e disponibilidade de oxigênio.
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Virulência: é o grau de patogenecidade de um micro-organismo;
Flora normal ou comensal: micro-organismos que permanecem no
organismo sem produzir doença e vivem em simbiose com o hospedeiro, ou
seja, obtêm vantagens sem prejuízo para o hospedeiro;
Bactérias estritamente patogênicas: estão sempre associadas à doença
Bactérias potencialmente patogênicas: podem estar ou não associadas à
doença;
Bactérias oportunistas: bactérias que normalmente não causam doença,
exceto em situações que podem favorecer a sua proliferação;
Portadores sãos: indivíduos em que na sua flora normal existem bactérias
patogênicas.
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As bactérias podem causar doença por dois mecanismos principais:
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Não contagiosa: não se dissemina de um hospedeiro para outro, geralmente
é causada por micro-organismos endógenos ou exógenos, por exemplo,
tétano;
Aguda: desenvolvimento rápido, e tem duração curta, apresenta geralmente
sintomas graves, por exemplo, influenza;
Crônica: desenvolvimento lento com sintomas geralmente menos graves,
mas a doença provavelmente será contínua e recorrente por longos períodos
de tempo, por exemplo, hepatite B;
Latente: o agente causal permanece inativo por um determinado período de
tempo sem causar nenhum sintoma, por exemplo, varicela;
Emergente: apresenta um aumento da incidência em um passado recente ou
em um futuro próximo, por exemplo, poliomielite, varíola;
Local: são aquelas em que os agentes patogênicos estão limitados a uma área
relativamente pequena do corpo do hospedeiro, por exemplo, abscessos e
piodermites;
Sistêmica: são aquelas em que os agentes causais ou seus produtos são
disseminados por todo o organismo, pelo sangue ou linfa, por exemplo,
septicemia;
Hospitalar: são doenças adquiridas como resultado de uma hospitalização,
causadas geralmente por agentes que não causam infecção em pessoas
saudáveis, associadas a indivíduos cujas defesas foram enfraquecidas pela
doença ou por determinadas terapias, por exemplo, pneumonias.
Para uma doença se perpetuar deve haver uma fonte contínua de organismos da
doença. Esta fonte pode ser o organismo vivo ou um objeto inanimado que fornece ao
micro-organismo condições adequadas para sobreviver e se multiplicar, sendo
denominado reservatório.
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portadores sãos que apesar de abrigar o patógeno e transmiti-lo não
apresentam quaisquer sinais da doença, o que é extremamente importante
quando pensamos em disseminação de doenças como AIDS, Sífilis,
Gonorréia, etc.
Reservatórios animais -> tanto animas selvagens como domésticos podem
ser reservatórios de patógenos, sendo as doenças denominadas zoonoses.
Exemplo: toxoplasmose.
Reservatórios inanimados -> solo, água, alimentos podem ser caracterizados
como reservatórios.
A transmissão de doenças pode ser realizada de diversas formas: por contato direto
(pessoa-pessoa), contato indireto (fômites) e perdigotos (gotículas de saliva); através de
veículos como água, alimentos, ar, sangue, líquidos corporais, drogas e líquidos
intravenosos; por meio de vetores, por exemplo insetos e artrópodes, que podem
transmitir mecanicamente (transporte passivo dos patógenos) ou biologicamente
(transporte ativo).
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Etapas da patogênese bacteriana:
Sintomas da
doença causados
Colonização e pela produção de
multiplicação no toxinas, enzimas
sítio da infecção ou pela invasão
Aderência às acompanhada
membranas por inflamação
mucosas através
de fímbrias
Evasão das bacterianas
defesas
primárias do
hospedeiro Respostas do hospedeiro
como a pele e a
inespecíficas ou
Transmissão acidez do
a partir de estômago específicas durante a
uma fonte invasão, multiplicação
externa para ou produção de toxinas
a porta de
entrada
Prosseguimento ou
término da doença
Lembrando:
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10.Métodos diagnósticos:
O diagnóstico das infecções bacterianas pode ser realizado por diversos
procedimentos, porém o de certeza é baseado no isolamento e identificação do agente
bacteriano a partir de materiais clínicos coletados adequadamente do sítio de infecção,
conhecido normalmente como exame bacteriológico ou cultura.
Outros métodos podem ser utilizados: demonstração das bactérias por técnicas de
coloração, de antígenos por métodos imunológicos, pesquisa de genes específicos do
agente microbiano, pesquisa de anticorpos e resposta imunológica celular. Os
procedimentos que utilizam métodos de demonstração do agente diretamente do
material clínico apresentam grande interesse, pois são geralmente rápidos por
dispensarem as técnicas de cultivo, contudo, são métodos presuntivos.
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como agentes de infecção do trato urinário, respiratório, sistema nervoso central, além
de causarem intoxicações alimentares, infecções disseminadas e nosocomiais. Em geral,
apresentam resistência múltipla à antibióticos.
A – Lactose positiva
B – Lactose negativa
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supurativas, piogênicas e septicemia, enquanto os estreptococos causam faringite,
escarlatina, febre reumática, endocardite, etc.
Assim como os Gram negativos, os Gram positivos podem ser inoculados em provas
bioquímicas para auxiliar na identificação da espécie.
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10.2 Teste de susceptibilidade aos antimicrobianos
A necessidade de controlar a população microbiana levou à criação da antibiose pela
utilização de agentes físicos, químicos e biológicos, visando a diminuição ou a
eliminação dos micro-organismos.
Grande parte das bactérias relevantes do ponto de vista clínico é capaz de adquirir e
expressar resistência a agentes antimicrobianos. Assim, quando um mciro-organismo é
isolado em laboratório, sua caracterização envolve frequentemente, a avaliação do perfil
de susceptibilidade a drogas antimicrobianas, ou seja, a realização do antibiograma.
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A leitura é realizada utilizando-se uma régua para medir o diâmetro do halo em
milímetros e comparando com uma tabela pré-determinada de tamanho dos halos
define-se R para resistente, I para intermediário e S para sensível.
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11. Infecções bacterianas
Antes de falarmos propriamente dito das
infecções devemos pensar quais são as portas de
entrada para os micro-organismos: as membranas
mucosas (trato respiratório, gastro-intestinal,
genito-urinário e conjuntiva); pele; via parenteral.
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11.1 Infecções do trato genito-urinário
O trato urinário é composto pela uretra, bexiga, ureteres e rins, e quando há a
presença e colonização de micro-organismos em qualquer um desses órgãos
denominamos infecção urinária. A entrada dos micro-organismos pode ser pela mucosa
íntegra ou lesionada. Vejamos a anatomia:
A ITU pode afetar apenas o trato urinário inferior ou o trato urinário superior,
comprometendo um dos rins. O termo cistite tem sido utilizado para descrever
uma síndrome que compreende: disúria, polaciúria, dificuldade de micção e,
ocasionalmente, dor à palpação da região suprapúbica. Entretanto, estes sintomas
também podem estar associados à inflamação do trato urinário inferior, produzidos
por uretrites, como a gonorréia ou a infecção por clamídias. A pielonefrite aguda é uma
síndrome clínica que envolve o rim, caracterizada por dor e/ou sensibilidade à palpação
no flanco, febre e frequentemente bacteriúria, sendo que, por vezes, ocorre disúria,
polaciúria, dificuldade à micção e elevação das proteínas de fase aguda. Entretanto, 10 a
20% das infecções do trato urinário não podem ser classificadas como inferiores ou
superiores.
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prostatites agudas e crônicas.
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11.3 Infecções do trato respiratório
A principal forma de entrada de micro-organismos no trato respiratório é por
inalação na cavidade nasal ou boca e por gotículas de umidade ou partículas de pó.
Vejamos a anatomia do trato respiratório superior e inferior:
Outra infecção muito comum é a rinosinusite bacteriana aguda, termo que tem sido
utilizado tradicionalmente para definir uma série de sintomas específicos associados
à infecção por bactérias de um ou mais seios paranasais, presentes no TRS.
O diagnóstico microbiológico das TRS e TRI pode ser realizado através da cultura de
materiais biológicos coletados nas diferentes regiões: orofaringe, nasofaringe, escarro ou
aspirado ou lavado traqueal.
11.3.1 Tuberculose
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A tuberculose (TB), também conhecida como Peste branca, tísica pulmonar e doença
do peito, é uma doença grave, transmitida pelo ar, que pode atingir todos os órgãos do
corpo, em especial os pulmões. O micro-organismo causador da doença é o bacilo de
Koch, cientificamente chamado Mycobacterium tuberculosis.
A forma pulmonar, além de ser mais frequente, é também a mais relevante para a
saúde pública, principalmente a positiva à baciloscopia, pois é a principal responsável
pela manutenção da cadeia de transmissão da doença.
A forma extrapulmonar, que acomete outros órgãos que não o pulmão, ocorre mais
frequentemente em pessoas que vivem com o HIV, especialmente entre aquelas com
comprometimento imunológico.
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Em populações especiais, tais como presidiários, moradores de rua, pacientes HIV
positivos, crianças, tosse com 2 semanas ou mais, pode ser sugestivo de tuberculose
pulmonar e deve ser investigado.
Pode ocorrer em qualquer idade, mas é mais comum na criança maior, adolescente
e adulto jovem.
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do tratamento até a sua cura. Esta estratégia, também, oferece maior acolhimento ao
doente, melhor adesão com aumento da cura e redução de abandono ao tratamento.
Todo paciente com Tuberculose deve receber este tipo de tratamento, pois logo nas
primeiras semanas de tratamento, o paciente se sente melhor e, por isso, precisa ser
orientado pelo profissional de saúde a realizar o tratamento até o final,
independentemente da melhora dos sintomas. É importante lembrar que o tratamento
irregular pode complicar a doença e resultar no desenvolvimento de tuberculose
drogarresistente.
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A porta de entrada, em geral, é por pequenas lesões, sejam cortes, ferimentos ou
punções, pois a pele íntegra é impenetrável para maioria das bactérias. As principais
infecções associadas a pele e seus anexos são impetigo, impetigo bolhoso, foliculite,
abscessos, furúnculos e carbúnculos, erisipela, celulite, fasciíte necrosante.
Fasciíte necrosante
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11.5 Líquidos cavitários
Nosso organismo é composto por grande parte de água e parte dessa água se
encontra em locais específicos recebendo a denominação de líquidos cavitários ou
biológicos, como o peritôneo, a pleura, o pericárdio e entre as meninges. As amostras
em geral são colhidas inserindo uma agulha em uma cavidade do corpo e aspirando o
líquido com uma seringa, onde podem ser realizados diversos exames, incluindo
bioquímicos, microscópicos, sorológicos e microbiológicos.
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11.6 Sepse
A sepse é uma síndrome extremamente prevalente, com elevada morbidade e
mortalidade e altos custos. Seu reconhecimento precoce e tratamento adequado são
fatores primordiais para a mudança deste cenário. A implementação de protocolos
clínicos gerenciados é uma ferramenta útil neste contexto, auxiliando as instituições na
padronização do atendimento ao paciente séptico, diminuindo desfechos negativos e
proporcionando melhor efetividade do tratamento.
temperatura axilar;
Infecção sem disfunção: entende-se como paciente com infecção sem disfunção
aquele que, tendo ou não os critérios de SRIS, possui foco infeccioso suspeito ou
confirmado (bacteriano, viral, fúngico, etc.) sem apresentar disfunção orgânica.
mmHg)
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• oligúria (≤0,5mL/Kg/h) ou elevação da creatinina (>2mg/dL);
• relação PaO2/FiO2 < 300 ou necessidade de O2 para manter SpO2 > 90%;
12. Vírus
12.1 Histórico e Importância dos vírus:
Antes do estabelecimento da teoria dos germes acreditava-se que muitas doenças
eram causadas por venenos. O termo em latim para veneno é vírus.
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No final do século XIX, com o advento da microscopia alguns estudiosos
evidenciaram que alguns agentes de doenças humanas e de plantas poderiam passar por
filtros e não eram visualizados ao microscópio, ao contrário das bactérias. Beijerinck
(1899) é considerado o "pai da virologia” com o vírus do Mosaico do Fumo, quando
demonstrou que são agentes filtráveis e transmissíveis.
Os vírus são os menores e mais simples micro-organismos que existem, são muito
menores que células eucariotas e procariotas e, ao contrário destas, possuem uma
estrutura simples e estática. Não possuem metabolismo próprio e dependem da
maquinaria celular para a sua replicação (parasitas intracelulares obrigatórios).
Possuem DNA ou RNA como genoma, mas não possuem ribossomas e outros fatores
necessário para a produção de proteínas. Por isso necessitam das funções e do
metabolismo celular para produzir suas proteínas e se multiplicar. O genoma viral, ácido
ribonucléico (RNA) ou desoxiribonucléico (DNA), codifica as informações mínimas
para: assegurar a sua replicação, empacotar o seu genoma e subverter funções celulares
em seu benefício.
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12.2 Estrutura viral:
Os vírus são compostos, pelo menos, do genoma de ácido nucléico RNA ou DNA e
uma cobertura de proteínas. Muitos vírus possuem uma membrana externa adicional
denominada envelope. A cobertura protéica ou capsídeo de um vírion (virus completo
ou partícula vírica) é composta de cópias múltiplas de uma ou mais tipos de proteínas.
Essas proteínas se associam entre si, formando unidades estruturais denominadas
capsômeros. O conjunto do genoma mais o capsídeo de um vírion é denominado de
nucleocapsídeo.
Ou seja:
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Os vírus mais simples não possuem envelope e possuem RNA ou DNA de cadeia
simples. Os vírus envelopados contêm uma membrana externa que recobre o
nucleocapsídeo e é derivada de membranas da célula hospedeira (nuclear, do aparelho
de Golgi, do retículo endoplasmático ou membrana plasmática). As proteínas do
envelope viral são codificadas pelo seu genoma. Alguns vírus, como os bacteriófagos,
possuem caudas protéicas complexas que são necessárias para a ancoragem e introdução
do genoma viral na célula hospedeira.
O genoma dos vírus pode codificar desde poucas proteínas diferentes até mais de 70
- 100 produtos gênicos. Em geral, o genoma dos vírus RNA são menores, atingindo uma
extensão máxima de pouco mais de 30.000 nucleotídeos. Uma hipótese para explicar isto
seria a de que as polimerases virais de RNA tendem a cometer mais erros do que as
polimerases de DNA no processo de replicação do genoma. Assim, a fidelidade de
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replicação poderia limitar o tamanho do genoma. Ao contrário, os genomas de vírus
DNA podem atingir mais de 300.000 pares de bases.
CAPSÍDEOS:
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ENVELOPE
PROTEÍNAS VIRAIS
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o enzimas que clivam receptores celulares (neuraminidases)
LIPÍDIOS
CARBOIDRATOS
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ionizantes. No entanto, dependem de um vírus auxiliar para a sua
replicação. Os virusóides replicam no citoplasma da célula, através de
uma polimerase de RNA dependente de RNA.
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o Fusão do envelope viral com a membrana celular;
o Translocação do vírus inteiro através da membrana plasmática;
o Endocitose, resultando na formação de vesículas citoplasmáticas
contendo partículas inteiras;
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13. Fungos
Durante muito tempo os fungos foram classificados como vegetais apesar de
apresentarem características conflitantes com aqueles pertencentes ao Reino Vegetalia,
por exemplo não possuírem clorofila nem pigmentos fotossintéticos, obterem sua
energia por absorção de nutrientes, não armazenarem amido e nem apresentarem
celulose na parede celular, em sua maioria.
Em 1969 foi criado o Reino Fungi ou Mycetalia que inclui os fungos, seres
heterotróficos, eucarióticos, com um só núcleo, como as leveduras, ou multinucleados,
como os bolores ou fungos filamentosos, e os cogumelos (fungos macroscópicos).
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Suas células possuem extensa gama de organelas, assim como as células animais:
PAREDE CELULAR:
MEMBRANA CELULAR
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É composta de duas camadas de fosfolipídios revestidas por proteínas e apresenta
uma série de invaginações que dão origem a um sistema de vacúolos ou vesículas,
responsáveis por um contato entre o meio externo e o interior da célula.
Esgosterol
CITOPLASMA
NÚCLEO
A célula fúngica pode apresentar um ou mais núcleos envoltos por uma membrana
porosa denominada carioteca. No núcleo encontram-se os cromossomos, DNA, RNA e
proteínas.
CÁPSULA
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HIFAS
Hifas contínuas:
É uma única célula longa e contínua não septada, ou seja, sem divisão em
compartimentos. As organelas movimentam-se livremente de uma região à outra da
célula e pode apresentar numerosos núcleos.
Hifas septadas:
São divididas por segmentos de parede celular denominados septo. Os septos podem
se fechar totalmente impedindo a comunicação entre os compartimentos ou se fechar
parcialmente permitindo comunicação entre os compartimentos através de pequenos
poros que permitem o fluxo de organelas e nutrientes.
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O micélio, que é o conjunto de hifas, também pode ser classificado em: Micélio
vegetativo, responsável pela sustentação e absorção dos nutrientes; Micélio Aéreo,
desenvolve-se acima da superície do meio diferenciando-se em Micélio reprodutivo, que
sustenta os corpos reprodutivos.
1. Fragmentação de artroconídios
3. Brotamento ou gemulação de
blastoconídio mãe
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Já a reprodução sexuada dois núcleos são juntos numa mesma célula por diferentes
vias, com o objetivo de adaptação e sobrevivência por combinação genética.
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Os fungos são inicialmente divididos em macroscópicos (cogumelos) e
microscópicos (bolores e leveduras) e apresentam características bem diferentes e
peculiares.
Assim como as bactérias a grande maioria dos fungos pode ser cultivada em meios
de culturas próprios como ágar Sabourand, ágar Mycosel, ágar batata, ágar fubá, etc.
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Umbilicada – elevação central Verrucosa – superfície franzida e
retorcida
Forma aguda ou subaguda (tipo juvenil): A progressão das lesões primárias evolui
rapidamente, de semanas a meses. Esta forma clínica é considerada grave, devido a
elevadas taxas de letalidade em crianças e adolescentes. Os sinais podem manifestar com
hipertrofia do sistema retículo endotelial e acometimento generalizado de linfonodos,
que geralmente fistulizam. O fungo pode disseminar para outros órgãos ou sistemas
como pele, ossos, sistema gastrintestinal, além do fígado, baço e medula óssea.
Forma crônica (tipo do adulto): responsável pela maioria dos casos de PCM, com
prevalência de 74 a 96%. Os indivíduos entre 30 e 60 anos de idade e do sexo masculino
são os mais acometidos por essa doença. Esta forma clínica manifesta-se mais lenta, com
duração da sintomatologia entre quatro a seis meses, inclusive acima de 1 ano. O
comprometimento pulmonar está presente em 90% dos indivíduos. Os pulmões, a
mucosa das vias aerodigestivas superiores e a pele são os locais mais acometidos pela
PCM;
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frequência nos pulmões, pele, laringe, traqueia, glândulas adrenais, mucosa das vias
aerodigestivas superiores, sistema nervoso central e sistema linfático.
13.4.2 Criptococose
A criptococose é uma doença, classificada como micose sistêmica, causada por
fungos do gênero Cryptococcus e que, dependendo do caso, pode matar. É um
importante problema de saúde pública devido à magnitude, ou seja, elevada letalidade,
e transcendência da doença, que pode desenvolver formas clínicas graves.
A forma cutânea representa de 10% a 15% dos casos, e apresenta os seguintes sinais
e sintomas: aparecimento de várias lesões avermelhadas, contendo secreção amarelada
no centro, semelhante à espinha; aparecimento de erupções cutâneas vermelhas em uma
região específica ou por todo o corpo; ulcerações ou massas subcutâneas, semelhante a
tumores.
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febril pouco expressivo, que evolui para dor de cabeça intensa e presença de sinais mais
graves, como estrabismo, paralisia facial e cegueira total ou parcial.
13.4.3 Histoplamose
A histoplasmose é uma micose sistêmica causada pelo fungo Histoplasma
capsulatum, que afeta órgãos internos. Ela é uma zoonose, transmitida por aves e
morcegos.
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torácicas; quadros de pericardite com derrame e efusão pleural pode ocorrer neste tipo
de infecção.
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