Você está na página 1de 44

MICROBIOLOGIA E

PARASITOLOGIA
Introdução

➢ A microbiologia é uma ciência que deriva da biologia. Ela vem se


desenvolvendo nos últimos tempos, devido à contribuição dos
profissionais da área e demais estudiosos que se dedicam a
conhecer um mundo invisível, aparentemente, como afirmam
Silva; Souza (2013).

➢ A microbiologia tem como fim estudar os aspectos relativos ao


mundo microbiano, constituído por bactérias, fungos,
protozoários, vírus e algas microscópicas, como ilustra a seguir.
Introdução

Bactérias Archaea Fungos

Vírus Algas Protozoários

Micro-organismos estudados pela microbiologia


História da Microbiologia

➢ A ciência da Microbiologia iniciou há algumas centenas de anos.


A recente descoberta de DNA de Mycobacterium tuberculosis
em múmias egípcias de 3.000 anos de idade chama a atenção
para a presença desses microrganismos por muito mais tempo
ao nosso redor.

➢ Na verdade, os ancestrais das bactérias foram os primeiros seres


vivos a aparecer na Terra. Enquanto se sabe relativamente muito
pouco a respeito do que os povos mais primitivos pensavam
sobre as causas, a transmissão e o tratamento das doenças, a
história das poucas centenas de anos passados é mais bem
conhecida.
História da Microbiologia

➢ De acordo com estudos de Lins (2010), esta área do


conhecimento teve seu início com os relatos de Robert Hooke e
Antony van Leeuwenhoek, que desenvolveram microscópios que
possibilitaram as primeiras observações de bactérias e outros
microrganismos, além de diversos espécimes biológicos.

➢ Apesar de van Leeuwenhoek ser considerado o "pai" da


microbiologia, os relatos de Hooke, descrevendo a estrutura de
um bolor, foram publicados anteriormente aos de
Leeuwenhoek. Na verdade, estes dois pesquisadores devem ser
considerados como pioneiros nesta ciência.
História da Microbiologia

➢ Apesar de muitos estudos acerca do tema, é sabido que a


compreensão da natureza e importância destes microrganismos
progrediu lentamente. Somente no século XIX, com a
disseminação e melhoria dos microscópios e a evolução de
técnicas laboratoriais, a microbiologia ganhou o
reconhecimento. Observar-se-ão a seguir algumas descobertas
históricas importantes acerca do tema.

➢ O químico francês Louis Pasteur (1822-1895) buscou soluções


para eliminar os micro-organismos existentes no suco de uva,
que seria usado para a produção do vinho. Ele desenvolveu,
então, um método de aquecimento e resfriamento, chamado de
pasteurização, amplamente empregado na indústria alimentícia
hoje em dia.
História da Microbiologia

➢ O médico alemão Robert Koch (1843 - 1910) tentava encontrar a


causa do carbúnculo, ou antraz, doença que estava dizimando o
gado na Europa.

➢ Para muitos cientistas da época, era inconcebível que as


doenças fossem causadas por seres invisíveis, mas alguns,
incluindo Pasteur e Koch, acreditavam com convicção que
muitas doenças fossem causadas por micro-organismos.

➢ Koch, então, descobriu que o agente causador do carbúnculo era


uma bactéria em forma de bastão. Assim, pôde constatar que
bactérias específicas causam doenças distintas.
História da Microbiologia

➢ Koch é também aclamado pela descoberta do micro-organismo


responsável pela tuberculose, doença que durante o século 19
foi responsável por um sétimo das mortes.

➢ Utilizando-se das melhorias da microscopia e de técnicas de


coloração, visto que muitos micro-organismos são incolores,
juntamente com suas técnicas de inoculações e cultivo em meio
de cultura, Koch conseguiu isolar a bactéria que causava a
doença, vindo a receber o Prêmio Nobel, em 1905, por esta
descoberta.
História da Microbiologia

➢ O século XIX e o início do século XX foram conhecidos como a


era de ouro da microbiologia. Além de Pasteur e Koch, muitos
outros cientistas contribuíram para a compreensão do universo
dos micro-organismos e as consequentes aplicações na
pesquisa, indústria e nos avanços na medicina.

➢ Outro nome importante foi o do microbiologista escocês


Alexander Fleming (1881-1955), que pela sua quase acidental
descoberta abriu novas fronteiras para a produção de drogas
que combatessem os micro-organismos. A contaminação por
bolor (como eram mais conhecidos os fungos) em algumas
placas, nas quais ele cultivava bactérias, chamou sua atenção,
posto que nelas, ao redor do fungo, as colônias de bactérias não
cresciam.
História da Microbiologia

➢ Este estranho fenômeno levou-o a descobrir que o fungo ali


instalado, o Penicillium notatum, liberava uma substância que
inibia o crescimento dos outros micro-organismos. Surgia, então,
a penicilina.

➢ Outros cientistas haviam anteriormente identificado e produzido


substâncias com ação antibiótica, porém a descoberta de
Fleming foi um grande avanço,

➢ pois a produção da penicilina tornou-se rapidamente viável a


partir de um organismo simples, como um tipo de bolor. Muitas
doenças de origem bacteriana puderam ser combatidas
eficientemente com a nova substância
História da Microbiologia

➢ Os avanços ocorridos nos anos posteriores, nas mais diversas


áreas da ciência, encontraram nos micro-organismos um grande
aliado para a fabricação de medicamentos, melhoria na
produção da indústria alimentícia, mediante técnicas utilizando
transgênicos, além de fornecer importantes informações sobre o
funcionamento de organismos mais complexos.
Importância da Microbiologia

➢ A microbiologia abrange várias áreas de estudo, tais como:

• Odontologia: estudo de microrganismos associados à placa


dental, cárie dental e doenças periodontais. Estudos com
abordagem preventiva;

• Medicina e enfermagem: doenças infecciosas e infecções


hospitalares;

• Nutrição: doenças transmitidas por alimentos, controle de


qualidade de alimentos, produção de alimentos (queijos,
bebidas);
Importância da Microbiologia

➢ A microbiologia abrange várias áreas de estudo, tais como:

• Biologia: aspectos básicos e biotecnológicos. Produção de


antibióticos, hormônios (insulina, GH), enzimas (lipases,
celulases), insumos (ácidos, álcool), despoluição (herbicidas
- Pseudomonas, Petróleo), bio-filme (Acinetobacter), etc.;

• Biotecnologia: uso de microrganismos com finalidades


industriais, como agentes de biodegradação, de limpeza
ambiental, etc.
Importância da Microbiologia

➢ De acordo com Lins (2010), um dos aspectos mais


negligenciados quando se estuda a microbiologia refere-se às
profundas mudanças que ocorreram no curso das civilizações,
decorrentes das doenças infecciosas.

➢ Durante as guerras, de forma geral, as doenças provocavam um


abatimento físico e moral da população e das tropas, muitas
vezes influenciando no desenrolar e no resultado de um conflito.
Importância da Microbiologia

➢ A mobilização de tropas, provocando aglomerações, muitas


vezes longas, de soldados, em ambientes onde as condições de
higiene e de alimentação eram geralmente inadequadas,
também colaborava na disseminação de doenças infecciosas,
para as quais não existiam recursos terapêuticos.

➢ Ao mesmo tempo, em áreas urbanas em expansão, os


problemas mencionados acima eram também de grande
importância, dado que rapidamente as cidades cresciam, sendo
que as instalações sanitárias geralmente eram completamente
precárias. A prática do comércio entre as diferentes nações
emergentes também colaborou para a disseminação dos
organismos para outras populações, muitas vezes susceptíveis
a aqueles agentes infecciosos.
Importância da Microbiologia

➢ A seguir alguns exemplos dos efeitos das doenças microbianas


no desenvolvimento de diferentes civilizações:

• O declínio do Império Romano, com Justiniano (565 AC),


acelerado por epidemias de peste bubônica e varíola;

• Durante a Idade Média várias novas epidemias se sucederam,


sendo algumas amplamente disseminadas pelos diferentes
continentes e outras mais localizadas, tais como: Tifo, varíola,
sífilis, cólera e peste;
Importância da Microbiologia

➢ A seguir alguns exemplos dos efeitos das doenças microbianas


no desenvolvimento de diferentes civilizações:

• Em 1346, houve uma grande epidemia da peste, que se


disseminou pela “rota da seda” (a principal rota mercante para a
China), provocando um grande número de mortes na Ásia e
posteriormente espalhando-se pela Europa, resultando em um
total de cerca de 25 milhões de pessoas mortas, em poucos anos;

• Nos séculos XVI e XVII ocorreram novas epidemias de peste. Em


1566, Maximiliano II da Alemanha reuniu um exército de 80.000
homens para enfrentar o Sultão Soliman da Hungria. Devido a
uma epidemia de tifo, o exército alemão foi profundamente
dizimado, sendo necessária a dispersão dos sobreviventes;
Importância da Microbiologia

➢ A seguir alguns exemplos dos efeitos das doenças microbianas


no desenvolvimento de diferentes civilizações:

• Na guerra dos 30 anos (1618-1648), além do desgaste decorrente


da longa duração do confronto, as doenças foram determinantes
no resultado final;

• No século XVIII (entre 1720 e 1722), uma última grande epidemia


ocorreu na França, matando cerca de 60% da população de
Marselha, de Toulon, 44% em Arles, 30% em Aix e Avignon;
Importância da Microbiologia

➢ A seguir alguns exemplos dos efeitos das doenças microbianas


no desenvolvimento de diferentes civilizações:

• No século XIX, uma grande epidemia de peste originou-se na


China, em 1892, disseminando-se pela Índia, atingindo Bombaim
em 1896, sendo responsável pela morte de cerca de 6 milhões de
indivíduos, somente na Índia;

• Na época de Napoleão, em 1812, seu exército foi quase que


completamente dizimado por tifo, disenteria e pneumonia,
durante campanha de retirada de Moscou. No ano seguinte,
Napoleão perdeu cerca de 220.000 soldados jovens, em
decorrência de doenças infecciosas.
Importância da Microbiologia

➢ Até a década de 30, ainda e acordo com Lins (2010), o quadro era
este. Foi quando Alexander Fleming, incidentalmente, por assim
dizer, descobriu a penicilina, como já descrito anteriormente.

➢ Vale ressaltar a importância das diferentes epidemias de gripe


que assolaram o mundo e que continuam a manifestar-se de
forma bastante intensa até hoje, como a H1N1, e o Ebola, que
vem fazendo vítimas a cada dia nos países do continente africano.

➢ Há, ainda, o problema mundial envolvendo a Aids, o retorno da


tuberculose (17 milhões de casos no Brasil, até o ano de 2008)
e do aumento progressivo dos níveis de resistência aos agentes
antimicrobianos que vários grupos de bactérias vêm
apresentando atualmente.
Principais Características dos
Micro-organismos
➢ Bactérias:

• Do grego bakteria (bastão), as bactérias são organismos


unicelulares, procariontes, ou seja, não possuem envoltório
nuclear, nem organelas membranosas. Podem ser encontrados na
forma isolada ou em colônias.

• Podem viver na presença de ar (aeróbias), na ausência de ar


(anaeróbias), ou ainda serem anaeróbias facultativas. As bactérias
são um dos organismos mais antigos, com evidência encontrada
em rochas de 3,8 bilhões de anos.
Principais Características dos
Micro-organismos
➢ Bactérias:

• São microscópicas, com dimensões que variam de 0,5 a 5


micrômetros. As bactérias são conhecidas como os organismos
mais bem-sucedidos do planeta em relação ao número de
indivíduos. A quantidade de bactérias no intestino de uma pessoa
é superior ao número total de células humanas no corpo da
mesma, por exemplo.

• Em relação às formas, de acordo com Lins (2010), a maioria das


bactérias estudadas segue um padrão menos variável, embora
existam vários tipos morfológicos distintos.
Principais Características dos
Micro-organismos
➢ Fungos:

• São microrganismos considerados um pouco mais evoluídos do


que as bactérias, pois são seres eucariontes (possuem o material
genético delimitado pela membrana nuclear) e além de
unicelulares (leveduras) também podem ser pluricelulares.

• São heterotróficos e obtêm energia dos mais diversos substratos.


Estes organismos também possuem parede celular como as
bactérias, mas nesta há a presença de uma substância quitinosa.
Sua estrutura vegetativa é representada por hifas, cujo conjunto
constitui o denominado micélio.
Principais Características dos
Micro-organismos
➢ Fungos:

• Até pouco tempo, eram considerados como pertencentes ao reino


Vegetal, mas, pelas considerações feitas acima, a tendência atual é
considerá-los num reino à parte, o reino Fungi.
Principais Características dos
Micro-organismos
➢ Vírus:

• Os vírus são seres muito simples e pequenos, que medem menos


de 0,2 µm, formados basicamente por uma cápsula proteica,
envolvendo o material genético, que, dependendo do seu tipo,
pode ser o DNA, RNA ou os dois juntos (citomegalovírus).

• Por ser um parasita intracelular obrigatório, os vírus não são


considerados organismos vivos, pois quando estes estão fora de
uma célula hospedeira não conseguem realizar nenhuma de suas
funções.
Constituintes e Morfologia da
Célula Bacteriana
➢ Parede celular:

• A parede celular, pela sua rigidez, forma um estojo que garante a


estabillidade da forma característica da bactéria, protegendo-a de
agressões externas e das variações de pressão osmótica. Esta
estrutura de base da parede das bactérias é específica de cada
espécie bacteriana.

• A composição e a estrutura da parede celular determinam o


comportamento da célula em face de um dos métodos de
coloração bacteriológicos: a coloração de Gram. Este método de
coloração foi desenvolvido pelo médico dinamarquês, Hans
Christian Joachim Gram, em 1884.
Constituintes e Morfologia da
Célula Bacteriana
➢ Parede celular:

• Trata-se de um tratamento suscessivo de um esfregaço basteriano,


fixado pelo calor, com os reagentes: cristal violeta, lugol, etanol-
acetona e fucsina básica.

• Esta técnica possibilita a separação de amostras bacterianas em


Gram-positivas e negativas, bem como a determinacao da
morfologia e do tamanho das amostras analisadas.
Constituintes e Morfologia da
Célula Bacteriana
➢ Cápsula:

• Algumas espécies bacterianas elaboram uma volumosa cápsula de


natureza polissacarídica (cuja espessura ultrapassa muitas vezes a
própria espessura da célula).

• sta cápsula desempenha um papel determinante na resistência à


ingestão e à digestão pelas células fagocitárias nos processos
infecciosos, ou participa na aderência dos organismos entre si ou
ao substrato.

• É particularmente o caso do pneumococus Streptococcus


pneumoniae, agente causador de pneumonias bacterianas.
Constituintes e Morfologia da
Célula Bacteriana
➢ Membrana plasmática:

• A membrana plasmática pode encontrar-se encostada ou


ligeiramente afastada da camada de peptidoglicano pelo espaço
periplasmático. A estrutura desta membrana é semelhante àquela
das células eucarióticas. Na célula bacteriana, a membrana é
suporte de grande parte da atividade metabólica e assegura a
respiração, nas bactérias aeróbias.

• Além disso, a membrana plasmática assegura, assim como nas


células eucarióticas, o transporte seletivo de moléculas e a saída
das enzimas responsáveis pela síntese da parede celular. Existe um
dobramento da membrana celular denominada mesossomo,
responsável pela respiração bacteriana.
Constituintes e Morfologia da
Célula Bacteriana
➢ Membrana plasmática:

• Na superfície das bactérias encontram-se filamentos proteicos


longos, com 20 nm de diâmetro. Uns são implicados nos
processos de aderência das bactérias entre elas ou a substratos
como os tecidos do corpo humano; são designados por fímbria;
outros intervêm na transferência de material genético entre
bactérias; são designados por pili sexuais. Alguns autores
designam ambos por pili (pilus, pili).
Constituintes e Morfologia da
Célula Bacteriana
➢ Genoma:

• O genoma bacteriano ocupa a região central da célula, chamada


por nucleoide. O genoma é constituído por uma única molécula de
ácido desoxirribonucleico (DNA), fechada em anel, com o
cromossomo bacteriano comumente colado à membrana
plasmática.

• O cromossomo não é o único repositório de informação genética


da bactéria. Existem ainda pequenos anéis de DNA, designados
por plasmídeos, com autonomia de replicação.
Constituintes e Morfologia da
Célula Bacteriana
➢ Genoma:

• Os plasmídeos são responsáveis por características específicas,


tais como: resistência a antibióticos e produção de toxinas.

• Os plasmídeos são transferíveis de uma bactéria a outras, não só


por meio da divisão celular, mas também a partir de estruturas
tubulares, os pili sexuais, que estabelecem a ponte entre duas
bactérias.

• São estes plasmídios os responsáveis pela resistência bacteriana


aos antibióticos.
Constituintes e Morfologia da
Célula Bacteriana
➢ Flagelos:

• Algumas bactérias são dotadas de capacidade de locomoção. Para


tanto, dispõem de um ou mais flagelos, com cerca de 20 nm de
diâmetro. As espiroquetas possuem um conjunto vasto de
flagelos, enrolados externa e helicoidalmente em volta da célula,
denominados flagelos periplasmáticos.

• Os flagelos estão ancorados por meio


de uma estrutura que atravessa a
parede celular, o espaço periplasmático
e a membrana plasmática, designada
por corpo basal.
Flagelos
Formas Celulares e Tipos de
Colônias Bacterianas
➢ As células bacterianas podem apresentar forma esférica (coco),
de bastonete (bacilo), espiralada (espirilo) e também de vírgula
(vibrião). As colônias podem ser de dois cocos unidos
(diplococos), oito cocos formando um cubo (sarcinas), cocos
alinhados em cadeia (estreptococos), cocos reunidos em forma
de cacho de uva (estafilococos).

➢ Os bacilos têm forma de bastonetes, podendo apresentar


extremidades retas (Bacillus anthracis) e arredondadas
(Salmonella, E. coli). Os bacilos exibem menor variedade de
arranjos, sendo encontrados isolados, como diplobacilos ou
ainda como estreptobacilos. Os bacilos podem também
apresentar-se como pequenas vírgulas (Vibrio cholerae).
Formas Celulares e Tipos de
Colônias Bacterianas
➢ No caso das bactérias espiraladas, sua nomenclatura é bastante
controvertida. Um tipo de classificação divide os espiralados em
dois grupos: as espiroquetas, que apresentam uma forma de
espiral flexível, possuindo flagelos; e os espirilos, que exibem
geralmente morfologia de espiral incompleta e rígida.

➢ Há ainda formas intermediárias como os cocobacilos; formas


pleomórficas (quando o microrganismo não tem uma morfologia
padrão), tal como Mycoplasma. A Figura 3 a seguir ilustra as
formas celulares das bactérias.
Formas Celulares e Tipos de
Colônias Bacterianas

Estreptococos Vibrião Estreptococos

Bacilo Espirilo Cocos e diplococos

Formas celulares bacterianas


Reprodução Bacteriana

➢ As bactérias se reproduzem com grande rapidez, dando origem


a um número muito grande de descendentes em apenas
algumas horas. A maioria delas reproduz-se assexuadamente,
por cissiparidade, também chamada de divisão simples ou
bipartição, como ilustra a Figura 4 abaixo. Aqui, cada bactéria
divide-se em duas outras bactérias geneticamente iguais,
supondo-se que não ocorram
mutações, ou seja, alterações
em seu material genético.

Reprodução assexuada por bipartição


Esporulação

➢ De acordo com os estudos publicados no Portal Só Biologia


(s/d), algumas espécies de bactérias, em determinadas
condições ambientais, originam estruturas resistentes
denominadas esporos. A célula que origina o esporo se
desidrata, formando uma parede grossa, cuja atividade
metabólica torna-se muito reduzida.

➢ Alguns esporos são capazes de se manter em estado de


dormência por dezenas de anos, e, ao encontrar um ambiente
adequado, este se reidrata e origina uma bactéria ativa, que
passa a se reproduzir por divisão binária. Os esporos são muito
resistentes ao calor e, em geral, não morrem quando expostos à
água em ebulição.
Reprodução sexuada

➢ Bactérias consideram reprodução sexuada qualquer processo de


transferência de fragmentos de DNA de uma célula para outra.
Uma vez transferido, o DNA da bactéria doadora se recombina
com o da receptora, produzindo cromossomos com novas
misturas de genes.

➢ Tais cromossomos recombinados serão transmitidos às células-


filhas quando a bactéria se dividir. A transferência de DNA de
uma bactéria para outra pode ocorrer transformação,
transdução ou por conjugação (PORTAL SÓ BIOLOGIA, s/d).
Transformação

➢ No processo de transformação, a bactéria absorve moléculas de


DNA dispersas no meio e incorpora estas moléculas a sua
cromatina, como ilustra a Figura 5 abaixo. Esse DNA pode ser
proveniente, por exemplo, de bactérias mortas. Tal processo
ocorre espontaneamente na natureza.

➢ Os cientistas utilizam a transformação como uma técnica de


Engenharia Genética, para introduzir genes de diferentes
espécies em células bacterianas, de acordo com o Portal Só
Biologia (s/d).
Transformação

Processo de transformação das bactérias


Transdução

➢ A transdução é um processo onde as moléculas de DNA são


transferidas de uma bactéria a outra usando vírus como vetores
(bactériófagos), conforme ilustra a Figura 6 abaixo.

➢ Estes, ao penetrar dentro das bactérias, podem eventualmente


incluir pedaços de DNA da bactéria que lhes serviu de
hospedeira. Ao infectar outra bactéria, o vírus que leva o DNA
bacteriano o transfere junto com o seu.

➢ Neste caso, se a bactéria sobreviver à infecção viral, pode passar


a incluir os genes de outra bactéria em seu genoma.
Transdução

Processo de transdução das bactérias


Conjugação

➢ Na conjugação bacteriana, os pedaços de DNA passam


diretamente de uma bactéria doadora para uma receptora. Isso
acontece a partir de microscópicos tubos proteicos, chamados
pili, que as bactérias possuem em sua superfície.

➢ O fragmento de DNA transferido se recombina com o


cromossomo da outra bactéria, produzindo novas misturas
genéticas, que serão transmitidas
às células-filhas na próxima
divisão celular.

Conjugação bacteriana mostrando


o pili sexual

Você também pode gostar