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SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO ............................................................................................ 3

2 ANATOMIA E FISIOLOGIA DA PELE......................................................... 4

2.1 Maturação e regeneração celular ......................................................... 6

2.2 Histologia da epiderme e derme ........................................................... 8

2.3 Fototipo e biótipo cutâneo .................................................................. 10

2.4 Mecanismo de defesa cutânea ........................................................... 12

2.5 Receptores da pele ............................................................................ 16

2.6 Melanócitos, melanossomas e melanina ............................................ 17

2.7 Ciclo de renovação cutânea ............................................................... 19

3 VIAS DE PERMEAÇÃO DE ATIVOS ........................................................ 20

4 ANAMNESE DA PELE .............................................................................. 21

5 PEELINGS ................................................................................................ 23

6 PEELINGS QUÍMICOS ............................................................................. 23

6.1 Definição e histórico de utilização ...................................................... 24

6.2 Tipos de peelings químicos ................................................................ 25

6.3 Indicações e contraindicações ........................................................... 26

6.4 Mecanismo de ação dos peelings químicos ....................................... 28

6.5 Classificação da profundidade dos peelings químicos ....................... 28

6.6 Percentual dos ácidos ........................................................................ 29

6.7 Modo de aplicação dos peelings químicos ......................................... 34

6.8 Intercorrências com a aplicação de ácidos......................................... 36

6.9 Orientações e cuidados pré e pós-peelings ....................................... 36

7 FORMULAÇÕES SUGERIDAS DE PEELING QUÍMICO ......................... 38

7.1 Cuidados no Pós peeling tardio (HOME CARE) ................................. 39

7.2 Pré- Peeling (Home care) ................................................................... 39

1
7.3 Pós peeling (Home care) .................................................................... 40

8 PEELINGS ENZIMÁTICOS....................................................................... 41

8.1 Enzimas de ação esfoliativa: Renew e Pumpkin Enzyme .................. 43

8.2 Indicações .......................................................................................... 44

8.3 Cuidados e dicas sobre o peeling enzimático .................................... 44

8.4 Modo de aplicação dos peelings enzimáticos .................................... 45

9 PEELINGS MECÂNICOS ......................................................................... 46

9.1 Peelings de Diamante e Cristal .......................................................... 46

9.2 Modo de aplicação dos peelings ........................................................ 48

9.3 Indicações e contraindicações .......................................................... 48

9.4 Orientações pré e pós peelings mecânicos ........................................ 49

9.5 Peeling de Diamante X Peeling de Cristal .......................................... 50

9.6 Protocolo de tratamento proposto ...................................................... 50

10 PEELINGS COMBINADOS ................................................................... 51

11 INTRODUÇÃO A COSMETOLOGIA ..................................................... 51

11.1 Breve histórico da cosmetologia ..................................................... 52

11.2 Fatores biológicos e fisiológicos que afetam a permeação da pele 53

11.3 Substâncias bioativas, Nanotecnologia e Biotecnologia ................. 53

12 CONCLUSÃO ........................................................................................ 54

13 BIBLIOGRAFIA ...................................................................................... 55

14 BIBLIOGRAFIAS SUGERIDAS ............................................................. 61

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1 INTRODUÇÃO

Prezado aluno!
O Grupo Educacional FAVENI, esclarece que o material virtual é semelhante
ao da sala de aula presencial. Em uma sala de aula, é raro – quase improvável -
um aluno se levantar, interromper a exposição, dirigir-se ao professor e fazer uma
pergunta , para que seja esclarecida uma dúvida sobre o tema tratado. O comum
é que esse aluno faça a pergunta em voz alta para todos ouvirem e todos ouvirão
a resposta. No espaço virtual, é a mesma coisa. Não hesite em perguntar, as
perguntas poderão ser direcionadas ao protocolo de atendimento que serão
respondidas em tempo hábil.
Os cursos à distância exigem do aluno tempo e organização. No caso da
nossa disciplina é preciso ter um horário destinado à leitura do texto base e à
execução das avaliações propostas. A vantagem é que poderá reservar o dia da
semana e a hora que lhe convier para isso.
A organização é o quesito indispensável, porque há uma sequência a ser
seguida e prazos definidos para as atividades.

Bons estudos!

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2 ANATOMIA E FISIOLOGIA DA PELE

Fonte: auladeanatomia.com

De todos os órgãos do corpo humano, a pele é o maior. Representando 15%


de nosso peso corporal, é composta por três camadas:
Epiderme: é a camada externa e tem como principal função a proteção do
organismo, impedindo a entrada de microrganismos. A camada mais profunda da
epiderme é o estrato basal, que produz constantemente novas células pela divisão
celular. Essas são também responsáveis pela constante regeneração de nossa pele,
por meio de novas células sendo empurradas gradualmente para cima, em direção à
superfície, levando em torno de sete dias para alcançar esse ponto e, desse modo, se
tornando parte da proteção externa do corpo.
Derme: é a camada intermediária, constituída por um tecido fibroso (colágeno).
Dentro dela existem os vasos sanguíneos, os nervos, glândulas e folículos pilosos). A
superfície da derme, que se mistura com a epiderme, é ondulada e irregular, com
células chamadas papilas. A base da derme é menos claramente definida à medida
que se mistura com o tecido subcutâneo, o qual contém tecido conectivo e tecido
adiposo e auxilia a ancorar a pele ao músculo e ao osso.
Hipoderme: camada mais profunda, tem como principal função o
armazenamento de nutrientes de reserva. Funciona também como um isolante
térmico e proteção mecânica a pressões e traumas externos.
Fisiologia da pele: Toda a superfície cutânea está provida de terminações
nervosas capazes de captar estímulos térmicos, mecânicos ou dolorosos. Essas

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terminações nervosas, ou receptores cutâneos, são especializados na recepção de
estímulos específicos.
Não obstante, alguns podem captar estímulos de natureza distinta. Porém, na
epiderme não existem vasos sanguíneos. Os nutrientes e oxigênio chegam à
epiderme por difusão a partir de vasos sanguíneos da derme.
Nas regiões da pele providas de pelo, existem terminações nervosas
específicas nos folículos capilares e outras chamadas terminais ou receptores de
Ruffini. As primeiras, formadas por axônios que envolvem o folículo piloso, captam as
forças mecânicas aplicadas contra o pelo. Os terminais de Ruffini, com sua forma
ramificada, são receptores térmicos de calor.
Na pele desprovida de pelo e também na que está coberta por ele, encontram-
se ainda três tipos de receptores comuns: Corpúsculos de Paccini: captam
especialmente estímulos vibráteis e táteis. São formados por uma fibra nervosa cuja
porção terminal, amielínica, é envolta por várias camadas que correspondem a
diversas células de sustentação. A camada terminal é capaz de captar a aplicação de
pressão, que é transmitida para as outras camadas e enviada aos centros nervosos
correspondentes. Discos de Merkel: de sensibilidade tátil e de pressão. Uma fibra
aferente costuma estar ramificada com vários discos terminais destas ramificações
nervosas. Estes discos estão englobados em uma célula especializada, cuja
superfície distal se fixa às células epidérmicas por um prolongamento de seu
protoplasma. Assim, os movimentos de pressão e tração sobre epiderme
desencadeiam o estímulo.
Terminações nervosas livres: sensíveis aos estímulos mecânicos, térmicos e
especialmente aos dolorosos. São formadas por um axônio ramificado envolto por
células de Schwann sendo, por sua vez, ambos envolvidos por uma membrana basal.
Outros receptores específicos encontrados na pele: Corpúsculos de
Meissner: táteis. Estão nas saliências da pele sem pelos (como nas partes mais altas
das impressões digitais). São formados por um axônio mielínico, cujas ramificações
terminais se entrelaçam com células acessórias.
Bulbos terminais de Krause: receptores térmicos de frio. São formados por uma
fibra nervosa cuja terminação possui forma de clava. Situam-se nas regiões limítrofes
da pele com as membranas mucosas (por exemplo: ao redor dos lábios e dos
genitais).

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Nas camadas inferiores da epiderme estão os melanócitos, células que produzem
melanina, pigmento que determina a coloração da pele.
As glândulas anexas (sudoríparas e sebáceas) encontram-se mergulhadas na
derme, embora tenham origem epidérmica. O suor (composto de água, sais e um
pouco de ureia) é drenado pelo duto das glândulas sudoríparas, enquanto a secreção
sebácea (secreção gordurosa que lubrifica a epiderme e os pelos) sai pelos poros de
onde emergem os pelos.
A transpiração ou sudorese tem por função refrescar o corpo quando há
elevação da temperatura ambiental ou quando a temperatura interna do corpo sobe,
em razão, por exemplo, do aumento da atividade física.
A derme, contém fibras proteicas, vasos sanguíneos, terminações nervosas,
órgãos sensoriais e glândulas. As principais células da derme são os fibroblastos,
responsáveis pela produção de fibras e de uma substância gelatinosa, a substância
amorfa, na qual os elementos dérmicos estão mergulhados.
A epiderme penetra na derme e origina os folículos pilosos, glândulas sebáceas
e glândulas sudoríparas. Na derme encontramos ainda: músculo eretor de pelo, fibras
elásticas (elasticidade), fibras colágenas (resistência), vasos sanguíneos e nervos.
Sob a pele, há uma camada de tecido conjuntivo frouxo, o tecido subcutâneo,
rico em fibras e em células que armazenam gordura (células adiposas ou adipócitos).
A camada subcutânea, denominada hipoderme, atua como reserva energética,
proteção contra choques mecânicos e isolante térmico.

2.1 Maturação e regeneração celular

O ciclo celular é um processo por meio do qual uma célula somática duplica
seu material genético e o reparte igualmente às suas células-filhas. É didaticamente
dividido em duas fases principais: a interfase e a mitose. Na interfase ocorre a
duplicação do DNA e a preparação para a fase seguinte: a mitose, na qual ocorre a
divisão celular propriamente dita, finalidade maior do ciclo celular.

Todo organismo vivo possui capacidade de alterar suas propriedades


estruturais e funcionais de acordo com as condições ambientais impostas em
um determinado sistema. Esta habilidade em determinar mudanças
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estruturais e funcionais é observada no músculo esquelético, onde ocorre
alteração da expressão da quantidade e tipo de proteínas, a fim de que o
tecido se adapte a estímulos que desequilibrem sua homeostasia.
(BALDWIN; HADDAD, 2002, apud FERRARI, 2017).

A mitose, apesar de ocupar uma pequena parte do ciclo, é crucial para o


crescimento e diferenciação do organismo, levando o zigoto às, aproximadamente,
100 trilhões de células do indivíduo adulto, participando inclusive dos processos de
renovação celular.
A interfase é a fase que se interpõe a duas mitoses, preparando a célula para
a divisão em duas células-filhas. Leva em torno de 16 a 24 horas para se processar,
a depender do tipo celular. É dividida em quatro fases:
G0: fase de repouso sem eventos preparatórios para divisão celular.
G1: fase inicial, logo após o estímulo à multiplicação, a célula responde a
estímulos positivos ou negativos, sendo levada ao crescimento, diferenciação,
multiplicação ou apoptose, bem como à produção de enzimas e outras moléculas
necessárias para a próxima fase do ciclo. Algumas células levam dias ou anos para
sair de G1, enquanto outras passam pela fase em poucas horas.
S: fase em que ocorre a síntese de DNA (cópia idêntica), a fim de que cada
cromossomo seja formado por duas cromátides irmãs geneticamente iguais. Leva
entre 6 a 8 horas para se processar.
G2: há basicamente a síntese de RNA, de proteínas e outras estruturas
necessárias para o início da divisão celular. Nesta fase, inicia-se a condensação da
cromatina, o que facilitará as fases de metáfase e anáfase da mitose. A célula é
encaminhada à mitose.
A mitose é a fase em que ocorre a divisão celular propriamente dita. Leva de 1
a 2 horas e é dividida nas seguintes fases:
Prófase: condensação cromossômica;
Prometáfase: desestruturação do envoltório nuclear;
Metáfase: placa equatorial;
Anáfase: separação das cromátides irmãs;
Telófase: cromossomos em polos opostos.

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2.2 Histologia da epiderme e derme

Epiderme
Queratinócitos: são as células diferenciadas e as mais abundantes da
epiderme.
Melanócitos: são células produtoras de melanina localizadas na camada basal
da epiderme.
Células de Langherans: do sistema imunológico.
Células de Merkel: do sistema mecanorreceptores, sensíveis a estímulos como
pressão e tato.
Camadas da epiderme: Camada basal: Formada por células prismáticas ou
cuboides, basófilas, encontradas sobre a membrana basal que separa a epiderme da
derme (porção epitelial intermediária). Esta camada, por ser rica em células-tronco,
também recebe o nome de germinativa. Apresenta intensa atividade de mitose, sendo
responsável, juntamente com a camada seguinte (camada espinhosa), pela contínua
renovação da epiderme. Estima-se que a epiderme dos humanos se renove a cada
15 a 30 dias, dependendo do local e idade da pessoa. As células desta camada
possuem filamentos intermediários de queratina, que se tornam mais numerosos ao
passo que a célula avança em direção à superfície.
Camada espinhosa: composta por células cuboides, ou levemente achatadas,
com núcleo localizado centralmente, citoplasma com expansões citoplasmáticas se
aproximam e se mantêm unidas com as células ao redor através dos desmossomos,
dando às células um aspecto espinhoso. Existe também tonofilamentos que se
inserem nos espessamentos citoplasmáticos dos desmossomos. Tanto o filamento de
queratina quanto os desmossomos desempenham importante papel na manutenção
da coesão entre as células da epiderme e na resistência ao atrito. Nesta camada
também estão presentes células tronco dos queratinócitos, sendo que as mitoses
ocorrem na camada basal e, em menor quantidade, na camada espinhosa.
Camada granulosa: Possui apenas 3- 5 fileiras de células poligonais
achatadas, núcleo central e citoplasma carregado de grânulos basófilos, conhecidos
como grânulos queratino-hialina. Estes contêm uma proteína rica em histidina
fosforilada e também proteínas contendo cistina. Através da microscopia eletrônica,
podem ser visualizados os grânulos lamelares, que se fundem com a camada
granulosa, onde há a deposição de um material lipídico, contribuindo para a formação
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de uma barreira contra a penetração de substâncias e torna a pele impermeável à
água, impedindo a desidratação do organismo.
Camada lúcida: esta camada é mais evidente na pele espessa e é formada
por uma fina camada de células achatadas, eosinofílicas e translúcidas, cujos núcleos
e organelas foram digeridos por enzimas dos lisossomos e desapareceram. Estão
presentes no citoplasma filamentos de queratina, compactados e envolvidos por
material elétron-denso.
Camada córnea: Possui espessura muito variável e é constituída por células,
achatadas, mortas e anucleadas. O citoplasma apresenta-se cheio de queratina. Esta
possui, no mínimo, seis polipeptídeos distintos; a composição dos tonofilamentos são
modificados à medida que os queratinócitos se diferenciam. As células da camada
basal apresentam queratina de baixo peso molecular, enquanto os queratinócitos mais
diferenciados sintetizam queratinas de peso molecular maior. Na camada córnea os
tonofilamentos se aglutinam juntamente com a matriz formada pelos grânulos de
querato-hialina. Nesta fase, os queratinócitos estão transformados em placas sem
vida descamando continuamente.
Derme: Derme papilar ou papila dérmica: tecido conjuntivo frouxo
Derme reticular: tecido conjuntivo denso não modelado
Hipoderme: A camada mais profunda, formada de tecido conjuntivo frouxo com
células adiposas.
Mecanorreceptores (receptores encapsulados):
Corpúsculo de Vater-Pacini (cebolão): sensível à pressão
Corpúsculo de Meissner: localizado na papila dérmica, sensível a tato
Corpúsculo de Krause: sensível a frio
Corpúsculo de Ruffini: sensível a calor
Glândulas sudoríparas: Glândulas exócrinas tubulosas enoveladas.
Situam-se na derme profunda apresentando duas porções caracteristicamente
diferentes, as secretoras e as condutoras ou ductais. Os segmentos aglomerados de
cortes transversais da porção secretora são formadas por uma camada de células
cúbicas ou colunares claras, circundadas por células mioepiteliais fusiformes. A fraca
coloração deve-se ao glicogênio acumulado. Outro critério utilizado para identifica-las
é a relação da espessura da parede da glândula com o diâmetro do lúmem que se
mantêm proporcionais.

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Por outro lado, mais externamente estão as porções condutoras com lúmem
menor e basófila acentuada. Embora incomum em glândulas, neste caso a porção
ductal tem lúmem mais estreito do que a secretora. Em relação à liberação do produto
secretado ela é classificada em apócrina.
Glândula sebácea: Glândula exócrina alveolar (ou acinosa) simples.
Esta glândula apresenta um aspecto de saco maciço, formado de células pouco
coradas pelo acúmulo de lipídeos, e com núcleo central. Elas situam-se próximas dos
folículos pilosos onde liberam suas secreções lubrificando o pelo.
Quanto à liberação do produto de secreção esta glândula é classificada em
holócrina.
Folículo piloso: Formado por invaginação da epiderme (bainha epitelial) e
envolvido por tecido conjuntivo contendo bainhas interna e externa (bainha
conjuntiva).

2.3 Fototipo e biótipo cutâneo

A pele é o principal órgão controlador de fluxos térmicos entre o corpo e o


meio circundante. Em relação à sensação térmica, são os receptores da pele
que participam do controle termorregulatório humano, influindo diretamente
na sensação experimentada pelo indivíduo. (ARENS; ZHANG, 2006, apud,
KRUGER, 2017).

De acordo com a Sociedade Brasileira de Dermatologia os principais tipos de


pele são: normal, seca, oleosa e mista.
Pele normal: A pele normal apresenta textura aveludada e saudável, bem
como boa elasticidade e taxas de gordura natural. Também apresenta poros
pequenos, pouco visíveis, aspecto rosado e baixa propensão ao aparecimento de
espinhas e manchas em geral.
Pele seca: A pele seca tem poros pouco visíveis e pouca luminosidade. É
caracterizado pela perda de água em excesso, assim como apresenta maior
propensão a descamação, vermelhidão, aparecimento de pequenas rugas e fissuras.
A condição de propensão ao ressecamento pode ser causada por fatores genéticos,
hormonais ou até condições ambientais.
Pele oleosa: É caracterizada pela produção de sebo maior que o normal.
Apresenta poros dilatados e, devido a oleosidade excessiva, maior probabilidade de

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acne, cravos e espinhas. Assim como no caso da pele seca, ela pode vir a ficar oleosa
por alterações hormonais e também ambientais.
Pele mista: Trata-se do tipo de pele mais comum. Ela é caracterizada por
poros dilatados e aparência oleosa naquilo que denominamos de zona T (testa, nariz
e queixo) e de pele seca nas extremidades (bochechas). Apresenta uma espessura
mais fina, o que a torna mais suscetível a descamações e ao aparecimento de rugas
finas e envelhecimento precoce.
Embora não conste na classificação determinada pela Sociedade Brasileira de
Dermatologia, também há na classificação a chamada pele sensível:
Pele Sensível: Trata-se de um tipo de pele bastante frágil e irritável e que fica
facilmente com tom avermelhado, e apresenta coceira, mancha, ardor e sensação de
picada após situações como aplicação de novos produtos assim como outros fatores
ambientais: exposição prolongada a vento, sol e frio e uso excessivo de cosméticos.

Classificação Fitzpatrick

Pele branca (Fototipo I); queima com facilidade/nunca bronzeia e é muito


sensível.
Pele branca (Fototipo II); queima com facilidade/bronzeia muito pouco e é
sensível.
Pele morena clara (Fototipo III); queima e bronzeia moderadamente e possui
sensibilidade normal.
Pele morena moderada (Fototipo IV); queima pouco/bronzeia com facilidade e
possui sensibilidade normal.
Pele morena escura (Fototipo V); queima raramente/bronzeia bastante e é
pouco sensível.
Pele negra (Fototipo VI); nunca queima (pigmentada) e é insensível.

Diversos fatores contribuem para o envelhecimento cutâneo como: genética,


meio ambiente, alimentação, exposição crônica e cumulativa ao sol, forças
mecânicas aplicadas ao tecido conjuntivo, hormônios e alterações do
colágeno. (FISHER, 2002, apud CARVALHO, 2017).

Classificação de Glogau: Classificação quanto ao fotoenvelhecimento foi


desenvolvida por Glogau e se constitui como um dos principais critérios para escolha
da profundidade dos peelings. Quanto mais avançado o índice Glogau do indivíduo,
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mais profundo deve ser o nível do peeling para minimizar os efeitos dos sinais do
envelhecimento. De acordo com a classificação de Glogau a pele pode ser agrupada
em IV graus de acordo com os sinais que apresenta:
Grau I: envelhecimento suave. Discretas alterações pigmentares e poucas
rugas, poucas sequelas de acne. Uma maquiagem leve faz com que os sinais
desapareçam;
Grau II: envelhecimento moderado. Manchas senis precoces, ceratoses
palpáveis, linha nasolabial evidenciando-se, discretas lesões de acne. Necessita de
maior quantidade de base para cobrir as marcas do envelhecimento;
Grau III: envelhecimento avançado. Fotoenvelhecimento avançado, discromia
obvia, rugas sem movimento, cicatrizes acnéicas;
Grau IV: envelhecimento grave. Fotoenvelhecimento grave, pele cinzenta,
lesões malignas, rugas disseminadas, cicatrizes acnéicas. A maquiagem provoca
rachaduras.

2.4 Mecanismo de defesa cutânea

Nosso organismo possui mecanismos de defesa para combater os diferentes


agentes que podem invadir o organismo e provocar infecções, ou mesmo reações
alérgicas. As defesas do organismo contra a infecção incluem barreiras naturais, como
a pele, mecanismos inespecíficos, como certos tipos de glóbulos brancos e a febre, e
mecanismos específicos, como os anticorpos.
Assim, a função do sistema imunológico é a de reconhecer os agentes
agressores e defender o organismo da sua ação. Em regra, se um microrganismo
atravessa as barreiras naturais do corpo, os mecanismos de defesa específicos e
inespecíficos destroem-no antes que se multiplique. No entanto, por vezes, o sistema
imunitário excede-se e ataca as células do próprio organismo e neste caso causar as
chamadas doenças autoimunes, como, por exemplo, a artrite reumatoide. Outras
vezes, o sistema imunitário identifica certos alimentos habitualmente inofensivos,
como morangos ou marisco, como invasores, produzindo anticorpos contra esse
alimento específico e provocando uma reação alérgica.

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Quando algum estímulo ativa sinais aferentes em nervos sensoriais, reflexos
antidrômicos do axônio podem ser gerados e induzir a liberação de
neuropeptídios nos terminais periféricos dos neurônios. (CHIU, 2012, apud
SOUZA, 2015).

O sistema imunitário é constituído pela medula óssea, glândulas do timo,


gânglios linfáticos e baço e ainda pela pele, pulmões e trato gastrointestinal. Em
conjunto, formam um elaborado sistema de defesa que protege o corpo da invasão de
substâncias estranhas, como bactérias e vírus.
Para além de organizado, o sistema imunitário também tem boa memória e se
um mesmo micróbio, bactéria ou outro agente agressor entrar no organismo são
ativadas, de imediato, as células de memórias (um determinado tipo de linfócitos) que
rapidamente se reproduzem para combater o invasor. É, também, este tipo de
resposta que o organismo gera quando é afetado por um microrganismo contra o qual
a pessoa se vacinou previamente.
Barreiras naturais: Geralmente a pele evita a invasão de muitos
microrganismos, a menos que esteja fisicamente danificada devido, por exemplo, a
uma lesão, à picada de um inseto ou a uma queimadura.
Outras barreiras naturais eficazes são as membranas mucosas, como os
revestimentos das vias respiratórias e do intestino. Geralmente estas membranas
estão cobertas de secreções que combatem os microrganismos. Por exemplo, as
mucosas dos olhos estão banhadas em lágrimas, que contêm uma enzima chamada
lisozima. Esta ataca as bactérias e ajuda a proteger os olhos das infecções.
As vias respiratórias filtram de forma eficaz as partículas do ar que se
introduzem no organismo. Os canais tortuosos do nariz, com as suas paredes
cobertas de muco, tendem a eliminar grande parte da substância que entra. Se,
entretanto, um microrganismo atinge as vias aéreas inferiores, o batimento
coordenado de umas saliências semelhantes à pelos (cílios) cobertas de muco
transportam-no para fora do pulmão. A tosse também ajuda a eliminar esses
microrganismos.

A flora cutânea (microbiana) é relativamente simples, e encontra-se em


homeostasia nas peles íntegras; A flora cutânea é constituída de cocos
aeróbios, bactérias corniformes aeróbias a anaeróbias, bactérias Gram
negativas e leveduras. Esses microrganismos ajudam a prevenir infecções
cutâneas. (BOLOGNIA, 2015, apud LOCKS, 2018).

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Por outro lado, o tubo gastrointestinal dispõe de uma série de barreiras
eficazes, que incluem o ácido do estômago e a atividade antibacteriana das enzimas
pancreáticas, da bílis e das secreções intestinais. As contrações do intestino
(peristaltismo) e o desprendimento normal das células que o revestem ajudam a
eliminar os microrganismos prejudiciais.
Também o aparelho geniturinário masculino se encontra protegido pelo
comprimento da uretra (cerca de 20 cm). Devido a este mecanismo de proteção, as
bactérias não costumam entrar na uretra masculina, a menos que sejam ali
introduzidas de forma não intencional, através de instrumentos cirúrgicos. As
mulheres contam com a proteção do ambiente ácido da vagina. O efeito de
arrastamento que a bexiga desencadeia no seu esvaziamento é outro dos
mecanismos de defesa em ambos os sexos.
Nos indivíduos cujas barreiras naturais estejam debilitadas estão, certamente,
mais vulneráveis a certas infecções. Por exemplo, pessoas cujo estômago não
segrega ácido são particularmente vulneráveis à tuberculose e à infecção causada
pela bactéria Salmonella.
O equilíbrio entre os diferentes tipos de microrganismos na flora intestinal
residente também é importante para manter as defesas do organismo. Por vezes, um
antibiótico tomado para uma infecção localizada em qualquer outra parte do corpo
pode quebrar o equilíbrio entre a flora residente, permitindo assim que aumente o
número de microrganismos que causam doenças.
Mecanismos de defesa inespecíficos: Qualquer lesão, incluindo uma invasão
de bactérias, causa inflamação. A inflamação serve, parcialmente, para encaminhar
certos mecanismos de defesa até ao ponto onde se localiza a lesão ou a infecção.
Com a inflamação, aumenta o débito sanguíneo e os glóbulos brancos podem
atravessar a parede dos vasos sanguíneos e dirigir-se à zona inflamada com maior
facilidade. O número de glóbulos brancos (principais fatores da resposta imunitária)
na corrente sanguínea também aumenta, já que a medula óssea liberta uma grande
quantidade desses glóbulos que tinha armazenada e, de imediato, começa a produzir
mais. Existem diversos tipos de glóbulos brancos, cada um com o seu papel
específico.

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Todavia, estes mecanismos inespecíficos de defesa podem ser ultrapassados
por uma grande quantidade de microrganismos invasores, ou por outros fatores que
reduzam as defesas do corpo humano.
A febre, definida como uma elevação da temperatura corporal superior aos
37,7ºC (medidos com o termómetro na boca), é, também e, na realidade, uma
resposta de proteção perante a infecção e a lesão. A elevada temperatura corporal
estimula os mecanismos de defesa do organismo ao mesmo tempo que causa um
mal-estar relativamente pequeno ao indivíduo.
Normalmente, a temperatura corporal sobe e baixa todos os dias. O ponto mais
baixo é atingido às 6 horas da manhã e o mais alto entre as 4 e as 6 horas da tarde.
Embora seja habitual dizer-se que a temperatura normal do corpo é de 37ºC, o mínimo
normal às 6 horas da manhã é de 37,1ºC e o máximo normal às 4 horas da tarde será
de 37,7ºC.
A febre pode seguir um curso em que a temperatura atinge um máximo diário
e depois volta ao seu nível normal. Por outro lado, a febre pode ser remitente, isto é,
a temperatura varia, mas nunca volta ao normal. As substâncias causadoras de febre
recebem o nome de pirogênios e podem provir do interior ou do exterior do organismo.
Em geral, a febre tem uma causa óbvia, contudo, a infecção não é a única
causa de febre. Ela pode também ser consequência de uma inflamação, uma infecção
ou uma reação alérgica.
Mecanismos de defesa específicos: Este tipo de imunidade é desencadeado
sempre que o sistema imunitário reconhece um antígeno. Ou seja, a imunidade
específica, ao contrário da não específica, atua de forma diferente consoante o agente
patogênico e tem um efeito de memória. Ou seja, o organismo memoriza o agente
patogênico numa primeira infecção e em infecções posteriores a resposta imunitária
é mais rápida e poderosa.
Uma vez desenvolvida a infecção, entra em ação todo o poder do sistema
imunitário. Este produz várias substâncias que atacam especificamente os
microrganismos invasores. Por exemplo, os anticorpos aderem a eles e ajudam a
imobilizá-los. Podem assim destruí-los diretamente ou então ajudar os glóbulos
brancos a localizá-los e a eliminá-los. Além disso, o sistema imunitário pode enviar
um tipo de células conhecidas como células T citotóxicas (outro tipo de glóbulos
brancos) para atacar especificamente o organismo invasor.

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Os fármacos anti-infecciosos, como os antibióticos, os agentes antimicóticos
ou antivirais, podem auxiliar as defesas naturais do corpo humano. No entanto, se o
sistema imunitário se encontrar gravemente enfraquecido, esses medicamentos não
costumam ser eficazes.

2.5 Receptores da pele

Receptores Sensitivos
Terminações Nervosas Livres: são encontradas em todos os tecidos
conjuntivos. São mielinizadas ou amielínicas, mas sempre de diâmetro pequeno e
baixa velocidade de condução (Grupo III ou Grupo IV). Podem ser polimodais ou
unipodais (nociceptores). São sensíveis aos estímulos mecânicos, térmicos e
especialmente aos dolorosos. São formadas por um axônio ramificado envolto por
células de Schwann sendo, por sua vez, ambos envolvidos por uma membrana basal.
Terminações Epidérmicas: Associadas com folículos pilosos (fibras
mielinizadas): Terminações em Paliçada: as fibras se aproximam do folículo em
diferentes direções, logo abaixo do ducto sebáceo, onde se divide e corre paralela
com o pelo na camada folicular externa.

A macróglia e a micróglia colocam-se entre os neurônios e possuem massa


citoplasmática distribuída sobretudo em prolongamentos (MACHADO, 2014
apud, RIBEIRO, 2017).

Meniscos Táteis (Células de Merkel): Uma fibra aferente costuma estar


ramificada com vários discos terminais destas ramificações nervosas. Estes discos
estão englobados em uma célula especializada, cuja superfície distal se fixa às células
epidérmicas por um prolongamento de seu protoplasma e se interdigitam com os
ceratinócitos adjacentes.
Assim, os movimentos de pressão e tração sobre epiderme desencadeiam o
estímulo. São mecanorreceptores (Tipo I) e de adaptação lenta, receptivos à pressão
vertical e servidos por grandes aferentes mielinizados (A alfa). São encontrados nas
partes distais das extremidades e na pele dos lábios e genitais externos.
Terminações Nervosas Encapsuladas: Corpúsculos Táteis (Meissner):
Encontrados nas papilas dérmicas da mão e do pé, parte anterior do antebraço, lábios,
pálpebra e língua. Tem forma cilíndrica e possui uma cápsula de tecido conjuntivo e

16
um cerne central com fibras nervosas mielínicas. São mecanorreceptores de
adaptação rápida, fornecendo informações a respeito das forças mecânicas
rapidamente flutuantes.

As alterações podem ser vistas em diferentes idades, com exposição


cumulativa às radiações da luz do sol. Este sistema tem por finalidade,
possibilitar a quantificação do nível de envelhecimento. (PIAZA, 2010, apud
LOCKS, 2018).

Grandes Corpúsculos Lamelados de Vater-Paccini: Encontrados nas faces


ventrais da mão e do pé, órgãos genitais, braço, pescoço, papila mamária, periósteo
e próximos às articulações. São ovoides, esféricos e espiralados e cada um possui
uma cápsula (30 lamelas), uma zona de crescimento intermediária e um cerne central
(60 lamelas) que contém um terminal axônio. Cada corpúsculo é suprido por uma ou,
raramente, duas fibras mielinizadas (A alfa).
Arranjos Cutâneos Especiais: Arranjos que informam o estado mecânico e
térmico da superfície do corpo, inclusive estímulos nocivos.
São subdivididos em: mecanoceptores, termoceptores e nociceptores. A
atividade de fibras nervosas sensitivas isoladas é ativada somente por certos tipos de
estímulos aplicados à área da pele que ela inerva, o que mostra o seu alto grau de
especificidade, tornando difícil uma correlação estreita entre morfologia e função.

Receptores de superfície Sensação percebida


Receptores de Ruffini Calor
Discos de Merkel Tato e pressão
Receptores de Vater-Pacini Pressão
Receptores de Meissner Tato
Terminações nervosas livres Principalmente dor

2.6 Melanócitos, melanossomas e melanina

Melanócitos são células fenotipicamente importantes, responsáveis pela


pigmentação da pele e dos pelos, contribuindo para a tonalidade cutânea, conferindo
proteção direta aos danos causados pela radiação ultravioleta (RUV).

17
São células dendríticas, embriologicamente derivadas dos melanoblastos, os
quais se originam da crista neural, migrando para a pele logo, após fechamento do
tubo neural. Essa migração pode ocorrer para vários destinos, sendo que os
sinalizadores para os quais direcionam tal processo, ainda precisam ser melhor
caracterizados.
Quando se tornam células completamente desenvolvidas, distribuem-se em
diversos locais: olhos (epitélio pigmentar retiniano, íris e coroide), ouvidos (estrias
vasculares), sistema nervoso central (leptomeninges), matriz dos pelos, mucosas e
pele.

A incidência de melanoma tem aumentado significativamente em populações


caucasianas nos últimos quarenta anos, tornando-se um dos tipos de câncer
mais frequentes em populações de pele clara. O melanoma é considerado o
quinto câncer mais comum em homens e o sexto câncer mais comum em
mulheres nos Estados Unidos, tornando- se um problema de saúde pública.
(RASTRELLI, 2013, apud MÂNICA, 2017).

Na pele, estão localizados, na camada basal da epiderme e, ocasionalmente,


na derme. Projetam seus dendritos, através da camada malpighiana, onde transferem
seus melanossomas aos ceratinócitos. Essa associação melanócito-ceratinócito é
denominada: unidade epidérmico-melânica, e é constituída, nos humanos, por um
melanócito e cerca de trinta e seis ceratinócitos
Nos melanócitos, a melanina produzida fica armazenada em estruturas
intracitoplasmáticas específicas, denominadas melanossomas.
Melanossomas: São organelas elípticas, altamente especializadas, nas quais
ocorre síntese e deposição de melanina, armazenamento de tirosinase sintetizada
pelos ribossomos, e representam a sede dos fenômenos bioquímicos em que originam
a melanina. A síntese de melanina ocorre exclusivamente, nos melanossomas, sendo
dependente de vários genes. Melanossomas desenvolvem-se em uma série de
estágios morfologicamente definidos, desde estruturas despigmentadas (estágio I) até
organelas listradas repletas de melanina (estágio IV). A diferença fenotípica
fundamental entre as raças mais pigmentadas e menos pigmentadas não reside na
produção de melanina ou no número de melanócitos, mas, principalmente, na
qualidade de seus melanossomas.
Os melanossomas nos indivíduos negros são maiores e mais maduros do que
nos brancos e são armazenados mais como unidades do que como grupamentos. Nos
ceratinócitos, a degradação dos melanossomas maiores é retardada, o que também
18
contribui para os níveis mais altos de pigmentação cutânea, nesses casos. Nos
melanossomas da pele normal, a melanina é extremamente densa, sendo um
polímero nitrogenado, insolúvel e de alto peso molecular, formando um pigmento que,
além de dar cor à pele, desempenha função protetora, filtrando e absorvendo as RUV.

Embora há muito tempo conhecido por sua função na síntese de melanina


atualmente sabe-se que o hormônio alfamelanócito estimulante (α-MSH)
apresenta também ampla atividade antiinflamatória, sendo a maioria dos
efeitos observados in vitro encontrada juntamente com a expressão de seu
receptor de melanocortina do tipo 1 (MC-R1) (LUGER, 2007, apud SOUZA,
2015).

Melanina: A melanina é o principal pigmento biológico envolvido na


pigmentação cutânea, sendo determinante das diferenças na coloração da pele. O
elemento inicial do processo biossintético da melanina é a tirosina, um aminoácido
essencial. A tirosina sofre atuação química da tirosinase, complexo enzimático
cúprico-proteico, sintetizado nos ribossomos e transferido, através do retículo
endoplasmático para o Aparelho de Golgi, sendo aglomerado em unidades envoltas
por membrana, ou seja, os melanossomas.
Melanogênese: A melanogênese é um processo complexo com diferentes
estágios. Quando atônito, pode determinar diferentes tipos de defeitos de
pigmentação, classificados como hipopigmentação ou hiperpigmentação e que podem
ocorrer com ou sem um número alterado de melanócitos.
Existem várias dermatoses associadas a defeitos de pigmentação que podem
ser congênitas ou adquiridas,permanente ou temporário, sistêmico ou com restrição
de pele.Dado que estas dermatoses têm um impacto importante na qualidade de vida
dos pacientes e seu tratamento pode ser insatisfatório, as indústrias farmacêutica e
cosmética continuamente buscando novas soluções.

Raios UVB E UVA penetram na epiderme e derme, a exposição solar crônica


sobre os acarreta sobrecarga RL, esgotando os mecanismos celulares de
defesa, ocorrendo o processo de senescência. (CAMPOS, 2003, apud
CARVALHO, 2017).

2.7 Ciclo de renovação cutânea

As células da pele se renovam e levam 28 dias para chegar à superfície. Porém


em indivíduos idosos, esse processo pode levar cerca de 40 dias. Isso quer dizer que
a epiderme, a camada mais superficial da pele, acaba se tornando um acumulado de
19
células envelhecidas e mortas, o que deixa uma aparência nada bonita. Outros
fatores, como a exposição excessiva ao sol, a poluição, a falta de sono e a
desnutrição, podem piorar esse quadro.
Benefícios da renovação celular: Redução da espessura da camada córnea,
melhorando a textura e a maciez, clareamento, garantindo luminosidade e
uniformização do tom da pele, aumento da hidratação, melhoria da firmeza e da
elasticidade, através do estímulo de colágeno.

Os fatores de crescimento derivados de plaquetas atuam como agentes


reguladores e estimuladores dos processos celulares de mitogênese,
quimiotaxia, diferenciação e metabolismo. As proteínas plaquetárias
apresentam efeitos sobre vários tipos de células induzindo processos de
migração, multiplicação, diferenciação, sobrevivência e produção de material
extracelular. (GANCEVICIENE, 2012, apud PAVANI, 2016).

3 VIAS DE PERMEAÇÃO DE ATIVOS

O uso de produtos cosméticos é datado desde a pré-história até a rotina atual.


A penetração destes é através da pele, que possui diversas camadas, sendo
necessário o desenvolvimento de formulações com propriedades de alcançar o local
de ação através do uso de sistemas de liberação de ativos.
Os mecanismos de permeação na pele são:
Via transfolicular: penetrando no folículo piloso (ou pelo) e após se distribuindo
nas camadas da epiderme. O pelo funciona como reservatório dos ativos.
Permeação transcelular: quando atravessa diretamente através do estrato
córneo e a matriz intracelular lipídica, ou seja, por dentro das células.
Permeação intercelular: quando os ativos passam entre as células da
epiderme.

Os termos penetração ou absorção cutânea são usados para produtos que


possuem ação tópica, ou seja, formulações cosméticas e dermatológicas,
enquanto os termos permeação cutânea ou absorção transcutânea tem sido
mais empregados para produtos de ação sistêmica, ou seja, transdérmicos
(SILVA et al, 2010, apud STOCCO, 2014).

A penetração de ativos é um fator muito importante em cosméticos e, por isso,


deve ser controlado. Uma penetração insuficiente não gera efeitos, tornando a
formulação ineficaz. Já uma penetração excessiva pode gerar a absorção sistêmica
do ativo e assim causar efeitos sistêmicos.
20
A penetração de ativos na pele depende de uma série de fatores como raça
(caucasianos possuem a pele mais permeável), idade e local do corpo (palma das
mãos é a área menos permeável), estado da pele (íntegra ou danificada), hidratação
da pele (pele mais hidratada é mais permeável) e características próprias do ativo e
do veículo.

4 ANAMNESE DA PELE

Antes de efetuar qualquer procedimento, seja facial ou corporal, é muito


importante o preenchimento da ficha de anamnese geral, assim como garantir a
veracidade das informações contidas nela, para oferecer um tratamento seguro e o
melhor resultado aos clientes. O cliente deve ser informado que não deve omitir
nenhum tipo de problema, uma vez os procedimentos, sejam manuais ou com uso de
eletroterapia possuem inúmeras contraindicações.

A pele é o maior órgão do corpo, conferindo 16% do peso corporal e


desempenha múltiplas funções. Ela recobre a superfície do corpo e é
constituída por uma porção epitelial de origem ectodérmica, a epiderme, e
uma porção conjuntiva de origem mesodérmica, a derme. (JUNQUEIRA,
2017, apud LOCKS, 2018).

Saber avaliar corretamente os tipos de pele e suas subclassificações é ter a


certeza dos resultados positivos com o tratamento mais adequado ao tipo de pele do
seu cliente. Por isso, antes de realizar qualquer procedimento é necessário observar
as características da pele, definindo o biotipo e estado cutâneo fazendo um exame
visual com e sem a lupa, utilizando também a palpação.
FICHA: AVALIAÇÃO FACIAL
Nome:
Endereço completo: Telefone de contato:
Data do início do tratamento: Tipo de tratamento proposto:
Biotipo cutâneo
() Eudérmica () Lipídica () Alípica () Mista
Estado Cutâneo
() Normal () Desidratado ()Sensibilizado () Acneico () Seborreico
Textura
() Lisa () Áspera
21
Espessura
() Fina () Muito fina () Espessa
Óstios
() Dilatados na Zona T () Dilatados em toda fase () Contraídos
Acne
() Grau I () Grau II () Grau III () Grau IV () Grau V
Cor da pele
() Branca () Negra () Amarela ()Parda
Involução cutânea
() Linhas () Sulcos () Rugas () Elastose ()Ptose
Local:_____________________________________________________
Fototipo Cutâneo Fitizpatrick
() Tipo () I Tipo () II Tipo ()III Tipo ()IV Tipo V
Fotoenvelhecimento Escala de Glogau
I () II () III () IV () V ()
Obs: ______________________________________________________
Manchas Pigmentares (Melanina)
() Acromia () Efélides () Hipocromia () Melanose () Hipercromia
() Melanos Solar () Outros: _______________________________________
Alterações Vasculares
() Equimoses () Petéquias () Telangectasias () Eritema () Rosácea
Outros:_________________________________________________________
Lesões de pele
() Comedões () Pápula () Pústula () Milium () Cisto ()Nódulo ()
Nervo Melanocítico () Dermatite () Ulceração () Hiperqueratose () Psoríase
() Outros:_______________________________________________
Cicatriz
() Hipertrófica () Atrófica () Queloideana () Retrátil () Hipercrômica
() Hipocrômica
Pelos
() Alopécia ()Foliculite
Apresenta algum tipo de alergia? ()Sim () Não
Qual?_________________________________________________________

22
Entre outras perguntas que podem ser acrescentadas.

5 PEELINGS

O peeling é um dos procedimentos estéticos mais realizados nos consultórios


dermatológicos no Brasil, porque trata diversos problemas de pele.
O peeling é um procedimento indicado para amenizar marcas e manchas na
pele. Seu processo envolve a remoção de células mortas e prioriza suavizar as
alterações decorrentes do envelhecimento da pele, contribuindo em seu aspecto
saudável e a melhora da sua aparência. É um procedimento abrasivo que remove
uma fina camada da pele. Esta camada se regenera e recebe um novo
aspecto, devido às novas células que foram estimuladas a se reproduzir.
Existem diversos tipos de peeling, como os químicos (que usam substâncias
químicas como Ácido Salicílico, Ácido Glicólico e Ácido tricloroacético), o peeling físico
(utiliza superfícies abrasivas), o peeling mecânico, entre outros.
Quando realizamos um procedimento de peeling, este atinge as estruturas da
derme e epiderme, estimulando a regeneração daquela superfície.

6 PEELINGS QUÍMICOS

Fonte: portaleducacao.com.br

23
O peeling químico consiste na aplicação tópica de determinadas substâncias
químicas capazes de provocar reações que vão desde de uma leve descamação até
necrose da derme, com remoção da pele em diferentes graus. Isso significa que
haverá descamação e troca da pele, atuando no tratamento de manchas, acne e
envelhecimento cutâneo.
Quando bem indicado o peeling pode promover resultados excepcionais,
principalmente no fotoenvelhecimento. O peeling é realizado, preferencialmente, no
inverno, para que o excesso de sol não atrapalhe a recuperação da pele.
Os peelings químicos também podem ser realizados no corpo, como: pescoço,
colo, braço e mãos, respeitando as restrições e características de cada local. A pele
do corpo tem maior dificuldade na cicatrização e podem ocorrer mais complicações.
Os peelings são classificados, conforme a sua capacidade de penetração,
sendo superficial, médio e profundo. Esse critério, porém, não é absoluto, pois o
mesmo agente e concentração poderão ser superficiais para uma pele grossa, sem
preparo, e médio para uma pele mais fina, muito preparada.
Quanto mais agressivo o peeling, maiores os cuidados e o tempo de
recuperação.
Como todo procedimento estético, os peelings não são milagrosos. Eles são
excelentes ferramentas que em mãos experientes servem para melhorar, suavizar e
atenuar vários problemas da pele, mas não são mágicos e requerem cuidados
especiais. Podem ter complicações. Não são procedimentos isentos de riscos.

6.1 Definição e histórico de utilização

O termo peeling provém do verbo em inglês to peel do inglês, que significa


pelar, descamar, desprender. Essa denominação nos leva a conceituação dos
peelings: “Abrasão da pele promovida por ácidos, lixamento ou laser visando à
renovação da pele baseando-se na descamação cutânea superficial, média ou
profunda. ”
História do peeling: Existem relatos da antiguidade de que mulheres do antigo
Egito se banhavam em leite fermentado para amaciar e revigorar a pele. Apesar de
não possuírem o conhecimento científico sobre o que estavam fazendo, estavam

24
realizando um peeling superficial com um alfahidroxiácido denominado ácido lático,
que é derivado do leite.
Há indícios de que mulheres turcas utilizavam o fogo para chamuscar a pele,
promovendo assim uma esfoliação leve, melhorando seu aspecto. Na Índia, as
mulheres passavam na pele uma mistura de urina com pedra-pomes para estimular a
descamação dos tecidos.
Todos esses relatos refletem a busca pela pele perfeita, clara, sem manchas,
sem rugas, sem sinais de envelhecimento.

Em 1882, em Hamburgo, Paul G. Unna descreveu as ações do ácido


salicílico, da resorcina, do ácido tricloroacético (ATA) e do fenol sobre a pele.
Seu trabalho inicial foi seguido por muitos outros. (BRODY, 2000, apud
YOKOMIZO, 2013).

De forma sistemática, a primeira documentação dos peelings na literatura data


de 1941, quando os pesquisadores Eller e Wolf empregaram a escarificação e o
peeling cutâneo para o tratamento de cicatrizes. O interesse dos americanos neste
campo aumentou com ingresso de dermatologistas europeus a partir de 1950.
Ayres (1960) e Baker Gordon (1961) introduziram o que chamamos da era moderna
dos peelings químicos. Brody e Hailey (1986) combinaram dois agentes superficiais
para produzirem um peeling de profundidade média.

6.2 Tipos de peelings químicos

O peeling químico também chamado de resurfacing químico, quimioesfoliação


ou quimiocirurgia, consiste na aplicação de um ou mais agentes cáusticos resultando
na destruição controlada de partes da epiderme e/ou derme, seguida da regeneração
dos tecidos epidérmicos e dérmicos. Essas técnicas de aplicação produzem uma
lesão programada e controlada com coagulação vascular instantânea, resultando no
rejuvenescimento da pele com redução ou desaparecimento das ceratoses e
alterações actínicas, discromias, rugas e algumas cicatrizes superficiais.
Peeling de fenol: A formulação para peeling mais conhecida que utiliza o fenol
é a de Baker-Gordon (1962), em que o fenol é diluído à concentração que varia de 45
a 55%.
Em geral, é seguro e eficaz com resultados duradouros. Quando aplicado à
pele, o fenol induz a uma queimadura química, que ao longo do tempo resulta no
25
rejuvenescimento da pele. A aplicação por período de tempo maior ocasiona sua
penetração na derme superior, resultando na formação de uma nova camada de
colágeno estratificado. A regeneração epidérmica inicia-se 48 horas após a aplicação
da formulação e se completa no intervalo de sete a 10 dias.
A maior desvantagem deste tratamento é que seu período de recuperação é
longo.
O peeling de fenol funciona bem na pele grossa e oleosa. Há maior tendência
de aparecerem áreas de hiperpigmentação (manchas escuras) com este peeling.
O Peeling de ácido tricloroacético apresenta menos efeitos adversos que o
peeling de fenol e pode ser usado para tratamento de vários tipos cutâneos. Tem ação
clareadora e risco de má cicatrização menor. Em comparação ao peeling de fenol
apresenta menor ação sobre a pele queimada pelo sol e sobre as rugas faciais
grossas, especialmente ao redor da boca. É indicado o pré-tratamento com Retin-A e
hidroquinona a 4%, durante 4 a 6 semanas, para potencializar os seus efeitos.
O Peeling de ácido glicólico geralmente utilizado em peelings superficiais, os
ácidos a-hidroxílico são: o ácido glicólico proveniente da cana de açúcar; o ácido
láctico do leite azedado; o ácido cítrico das frutas cítricas; o ácido tartárico das uvas;
e o ácido málico das maçãs. Encontrados em muitos cosméticos em baixas
concentrações, podem ser usados no pré-tratamento para peelings químicos e terapia
a laser. Têm a ação de rejuvenescer o estrato córneo de forma semelhante à
tretinoína.

A eficácia clínica de um fármaco aplicado por via tópica depende, não só das
suas propriedades farmacológicas, mas também da sua disponibilidade no
local de ação. O produto cosmético ou dermatológico deve ter alta eficácia na
pele e baixa toxicidade sistêmica, por isso, os componentes da formulação
devem ficar retidos na pele, não alcançando a corrente sanguínea
(LEONARDI, 2004, apud STOCCO, 2014).

6.3 Indicações e contraindicações

Indicação: O peeling facial é um procedimento muito lembrado quando se trata


da questão rejuvenescimento e melasma. Ele é uma alternativa não cirúrgica para
deixar ou manter a pele mais lisa, macia, sem rugas ou manchas, mais jovem e
saudável.

26
Os radicais livres estão envolvidos com processos de envelhecimento,
desenvolvimento de câncer, mutações e morte celular, através de alterações
químicas, nas bases nitrogenadas, na ribose do DNA e na quebra de suas
ligações. (HALLIWELL, 2007, apud MÂNICA, 2017).

Estimular a produção de colágeno e elastina na pele; promover a renovação


celular, fazendo a remoção das células mortas, permitindo a regeneração da derme,
prevenindo assim a aparência envelhecida; promover um processo de esfoliação que
produz a descamação da pele (retirando as células envelhecidas, e que já não estão
mais cumprindo sua função), e logo após, fornecer a regeneração do tecido,
melhorando seu aspecto e textura.

Os peelings são contraindicados em casos de gravidez, lactação, lesões


herpéticas ativas, infecção bacteriana ou fúngica, dermatite facial, uso de
medicamentos fotossensibilizantes, alergias aos componentes do peeling e
expectativas irrealistas. (MENDONÇA, 2012, apud YOKPMIZO, 2013)

Contraindicação: A realização do peeling químico está sujeita a


complicações, que tendem a aumentar conforme aumenta sua penetração e
profundidade. As principais complicações são: eritema, hiperpigmentação ou
hipopigmentação, cicatriz, infecção, prurido e dor. O eritema sempre ocorre no pós-
operatório dos peelings devido a fatores como vasodilatação e afinamento da pele,
sendo, nesses casos, transitórios.
A hiperpigmentação é decorrente do processo inflamatório causado pela
agressão química e ocorre mais frequentemente em pacientes com pele morena. Essa
complicação deve ser tratada com clareadores (em geral hidroquinona) e filtro solar.

Os agentes tóxicos da nicotina causam inflamação no tecido que reveste os


brônquios, levando a danos permanentes, ao reduzir a capacidade pulmonar
de fazer as trocas gasosas de modo eficiente, levando a doença pulmonar
obstrutiva crônica (DPOC), que inclui a bronquite crônica, enfisema pulmonar
e doenças obstrutivas das vias aéreas. (CANADÁ, 2007, apud CARVALHO,
2017).

A cicatriz hipertrófica é mais frequente nos peelings profundos, podendo


também ocorrer em locais finos como pálpebra e área de transição da mandíbula.
Deve ser tratada com infiltração de corticoides e uso de placas de silicone.
A hipopigmentação também é associada a peelings profundos, causada pela
destruição de melanócitos, sendo o tratamento muito difícil nessas situações.
A infecção está associada com a umidade das crostas e pode ser evitada com
o uso de pomadas com antibióticos. A infecção por herpes simples ocorre em
27
pacientes predispostos, devido ao afinamento, inflamação e fragilidade da pele. Todos
os pacientes submetidos a peelings médio e profundos devem ser previamente
tratados com um antiviral para evitar essa complicação.

6.4 Mecanismo de ação dos peelings químicos

Os peelings químicos causam alterações na pele por meio de mecanismos de


estimulação do crescimento epidérmico mediante a remoção do estrato córneo,
destruição de camadas específicas da pele lesada, substituindo-as por um novo tecido
e a indução de uma reação inflamatória mais profunda que a necrose produzida pelo
agente esfoliante.
Com o passar do tempo a pele entra em acomodação e não responde mais ao
tratamento com o ácido e dessa maneira a renovação celular diminui, mas ocorre o
aumento do efeito cosmético dos ácidos sobre a pele, melhorando a hidratação e a
plasticidade.

6.5 Classificação da profundidade dos peelings químicos

A profundidade da permeação histológica dos peelings químicos depende de


alguns fatores como pH e concentração do produto a ser aplicado. O peeling pode ser
classificado como: muito superficial, superficial, médio e profundo.
Muito superficiais (estrato córneo), esses peelings afinam ou removem o estrato
córneo e não criam lesão abaixo do estrato granuloso.

Os peelings são classificados em quatro grupos de acordo com o nível de


profundidade da necrose tecidual provocada pelo agente esfoliante. Muito
superficial: irão afinar ou remover o estrato córneo. Superficial: produzem
necrose de parte ou de toda epiderme em qualquer parte do estrato granuloso
até a camada de células basais. Médio: produzem necrose da epiderme e de
parte ou toda derme papilar. Profundo: produz necrose da epiderme e da
derme papilar que se estende até a derme reticular. Vários são os ácidos que
podem ser aplicados nos procedimentos de peelings químicos, entretanto os
mais utilizados são: glicólico, mandélico, retinóico, salicílico, fítico, Kójico,
TCA e fenol (GUERRA, 2013, apud PEREIRA, 2013).

Superficial: Este peeling se limita a uma remoção do estrato córneo da pele


(camada mais superficial). Geralmente epidérmico, e não apresenta riscos de
complicações ao paciente. Pode ser utilizado em todos os tipos de pele, com a devida

28
escolha do princípio ativo, por ser menos agressivo, não exige repouso para
recuperação, podendo o cliente voltar às atividades no mesmo dia. Ocorre fina
descamação, deixando a pele pouco avermelhada e com leve ardor.
Os alfahidroácidos fazem parte dos peelings superficiais, entre eles, destaca-
se, o ácido málico e cítrico, o ácido lático (derivado do leite), o ácido glicólico, o ácido
tártico (derivado das uvas) e os betahidroácidos, como o ácido salicílico.
Médio: O peeling médio consiste na destruição das camadas específicas da
pele, dependendo do agente utilizado e sua concentração. Levam a uma descamação
intensa, são mais agressivos que os peelings superficiais, e retiram manchas e rugas
de média profundidade. Esse método remove parcial ou totalmente a primeira camada
da pele, até atingir a derme.
Profundo: O peeling profundo induz uma reação inflamatória no tecido mais
profundo causando uma necrose pelo agente esfoliante. Atinge a derme reticular
agindo nas lesões mais profundas da pele. Esses peelings melhoram, drasticamente
a profundidade das cicatrizes de acne e flacidez cutânea.

6.6 Percentual dos ácidos

Ácido Tricloroacético (TCA): Peeling superficial, utilizado 10 a 30%; médio


30 a 40%; profundo 50%. Indicado na ocorrência das seguintes situações: melasmas,
efélides, cicatrizes de acne, queratose actínicas, rugas finas, hiperpigmentação pós-
inflamatória, fotoenvelhecimento. Remove a camada superficial da pele ou até a
própria derme, (dependendo da concentração), fazendo emergir um novo tecido.
Estimula a produção de fibras colágenas substancias que garantem a elasticidade e
a firmeza da pele.
Não precisa ser neutralizado, mas devem ser feitas compressas calmantes
durante o procedimento, a fim de aliviar o ardor que causa. Após o peeling, forma-se
uma crosta aderente que se solta em média após uma semana.
Ácido carbólico ou Fenol: É derivado do coaltar. Trata-se de uma esfoliação
química profunda da pele, que utiliza o ácido carbólico (substância química conhecida
como fenol), o qual provoca destruição de partes da epiderme e derme, seguida de
posterior regeneração dos tecidos são inegavelmente os mais eficazes. É um peeling
de exclusividade médica. Possui um grande poder de esfoliação, pois penetra

29
profundamente até a derme reticular, sendo assim indicado para rugas profundas,
peri-orais e para tratar as queratoses mais severas.
Ácido Kójico: É uma substância produzida por um cogumelo japonês chamado
koji, utilizado também na fermentação do arroz para produção de saque. O ácido
Kójico não causa irritação nem fotossensibilização no usuário, possibilitando seu uso
até mesmo durante o dia.
São utilizados em concentrações compreendidas entre 0,005 e 4% em cremes
e loções não iônicas, géis, géis-creme e loções aquosas clareadoras. Como o ácido
Kójico é menos irritante, mais suave e não causa fotossensibilização no usuário
possibilita seu uso até mesmo durante o dia, além disso, o ácido Kójico não oxida,
podendo ser associados com outros agentes despigmentantes como o ácido glicólico.
Ácido fítico: O ácido fítico (hexafosfato de inositol) é um ácido orgânico
componente natural da maioria das sementes de leguminosas e cereais. Apresenta-
se como um líquido viscoso a 50% levemente. Tem ação inibidora sobre a tirosinase,
apresentando ação despigmentante, antiinflamatória, antioxidante hidratante e agente
quelante. O tratamento médio de manchas hipercrômicas é de 3 semanas a 2 meses.
Recomenda-se usar de 0,5 a 2,0 %. O pH de estabilidade é de 4,0 a 4,5. É compatível
com ácido glicólico, ácido Kójico, ácido retinóico.
Ácido Salicílico: Ácido salicílico é um beta-hidroxiácido ou ácido 2-
hidroxibenzóico, extraído do Salix Alba (salgueiro branco), usado em concentração de
no máximo 20%. Provoca um ardor intenso nos primeiros 2-3 minutos da aplicação,
que corresponde à precipitação dos sais; após a precipitação a dor diminui e não há
mais penetração. O produto não é neutralizado, devendo ser lavado. Pode ser
realizado semanalmente, e é especialmente indicado para peles oleosas e acnéicas.
Não deve ser realizado em pacientes alérgicos ao ácido acetilsalicílico.
Ácido salicílico em peelings, para os casos de queratose actínicas e
seborreicas, lentiginoes no dorso da mão e do antebraço; na face utilizado em solução
alcoólica a 35% por cerca de 5 minutos, seguida de neutralização com água, neste
caso indicado para clareamento da pele, atenuação das rugas e tratamento de
comedões. A descamação se inicia em torno do 4-5º dia prolongando-se por cerca de
10 dias, com eritema mínimo podendo ser repetidos entre 2 a 4 semanas. Alguns
cuidados devem ser observados após o peeling durante as primeiras semanas:

30
Colocar compressas de água frias, Hidratações semanais que ajudará a retirar as
crostas residuais, diminuir o edema e facilitar a revitalização.

“O peeling químico consiste na aplicação de substâncias químicas ou


vegetais que geralmente são ácidos (AHA), cujas concentrações podem
variar, promovendo intensa renovação celular” (GOMES, 2013, apud
OLIVEIRA, 2015).

Ácido Retinóico: Ácido retinóico, tretinoína ou vitamina A ácida é um agente


anti acnéico e anti-psoríasico eficaz, que atua sobre receptores nucleares nas células-
alvo, estimulando assim a mitose e a renovação das células.
O uso do ácido retinóico a 0,05% para a redução de rugas e linhas de
expressão, para a prevenção do envelhecimento cutâneo e para o tratamento da pele
danificada pelo sol. Porém pode ser usado na dosagem de 3 a 5%
A ação da substância estimula uma maior produção de colágeno que
interrompe o processo inflamatório e preenche a depressão caso ela já esteja se
formando, os resultados após a quarta sessão, que devem ser de seis a dez, feitas
quinzenalmente. Para o tratamento da acne, não se deve associar o ácido retinóico e
o peroxido de benzoíla na mesma formulação, uma vez que o primeiro é oxidado pelo
segundo.
Ácido mandélico: Considerado o AHA de maior peso molecular, com absorção
lenta da pele, favorecendo um efeito uniforme, indicado principalmente a peles
sensíveis, é obtido do extrato de amêndoas amargas, bastante utilizado para
combater, hiperpigmentações, além de ser utilizado como peeling, o ácido mandélico
é bastante utilizado em cremes rejuvenescedores com combinações de vitaminas A,C
e E, para tratamento de rugas finas, linhas de expressão, melhora da textura da pele
e para clarear manchas. Este ácido é uma opção entre os alfahidroxiácido. Pode ser
usado em formulações a 5% uso diário e 20% para peelings no consultório.
Ácido Glicólico: Ácido glicólico (ácido hidroxietanóico, ácido hidroxiacético) é
o AHA mais curto, com apenas dois átomos de carbono. Extraído da cana-de-açúcar,
é extremamente hidrofílico, tem pH de 0,5, pH de uma solução de ácido glicólico
determina seu poder de acidificação sobre a pele: uma solução de ácido glicólico a
3%em pH 3 é capaz de acidificar as primeiras cinco camadas de corneócitos, em
quanto a 10%e pH 3, causa acidificação mais profunda e mais rápida da epiderme.
O ácido glicólico além de estimular a produção de colágeno, reduz a produção
de melanina, sendo úteis no combate as hiperpigmentações. O peeling de ácido
31
glicólico mostra-se benéfico para peles com propensão à acne, pois ajuda a manter
os poros livres do excesso de queratinócitos e também para diminuir sinais e manchas
da idade, bem como a queratose actínica, em longo prazo demonstra melhora gradual
na qualidade e no tônus da pele, se tornando mais macia e uniforme; por se tratar de
um peeling não toxico ao melanócito, pode ser utilizado em peles escuras e em todas
as estações, lembrando-se de utilizar sempre o filtro solar.
O ácido glicólico é utilizado no rejuvenescimento da pele, diminui a espessura
e na compactação do extrato córneo, estimula a síntese de colágeno e é hidratante.
Este ácido é usado no tratamento da acne, queratose actínica, hipercromia e
atenuação de rugas finas e linhas de expressão. Pode ser usado de 2 a 70%,
dependendo do caso. É aplicado como peeling numa concentração de 70%,
concentrações mais baixas, usado no tratamento da acne, queratose actínica,
hipercromia e atenuação de rugas finas, como 2%, são utilizadas em cremes faciais.
Ácido azeláico: (ácido 1,7-dicarboxílico nítrico nonadícico), também
denominado ácido monanodióico, é um inibidor competitivo das enzimas de óxido-
redução e também um antioxidante. É eficaz no tratamento de hiperpigmentação pós-
inflamatória e melasma, devido à sua ação antitirosinase, à inibição da energia
produzida durante os processos de síntese da célula e à ação anti-radicais. A eficácia
terapêutica do Ácido azeláico no tratamento da acne baseia-se em sua ação
antimicrobiana e na influência direta sobre a hiperqueratose folicular. Recomendação
de uso de 10 a 20% em cremes e loções.

O ácido azeláico possui propriedades antimicrobianas, comedolíticas e anti-


inflamatórias, sendo usado como segunda linha. Pode causar
hipopigmentação. Recomenda-se a aplicação inicial noturna (creme a 20%),
podendo-se aumentar até 2 a 3 vezes por dia. (DUNLAP, 1998, apud SILVA,
2014).

Utilizado como: Antibacteriano, Anti-inflamatório, Antiacneico, Despigmentante,


Inibe a síntese de melanina e reduz a oleosidade da pele.
Ácido láctico: O mecanismo de ação consiste na estimulação de fibroblastos,
em resposta a uma inflamação tecidual subclínica. Essa fibroplasia produz o resultado
cosmético desejado. É um alfahidroxiácido, usado a 85%, pH 3,5 em solução
hidroalcoólica, com atividades similares ao ácido glicólico. Pode ser usado como
agente de peeling no tratamento de melasma. Promove a melhora no contorno facial,

32
incluindo linhas mandibulares, sulcos nasogenianos, região temporal, região malar e
a correção de linhas de marionetes, restaurando a forma harmônica da face.
Contraindicado áreas previamente tratadas com preenchedores permanentes
como silicone ou polimetilmetacrilato, e pacientes em uso de aspirina, vitamina E,
cápsulas de óleo de peixe, e anticoagulantes, que deve ser interrompido dez dias
antes do procedimento. Também não está aprovado seu uso em crianças, gestantes,
lactantes. Outras contraindicações são: uso de imunossupressores, tabagismo
pesado e pacientes ansiosos por resultados imediatos. Pacientes em uso crônico de
imunossupressores e anti-inflamatórios como os corticoides devem ser abordados
com muito cuidado, pois a supressão da resposta inflamatória durante o tratamento
com prednisona pode levar a uma resposta subterapêutica.
Peróxido de benzoíla: Tem atividade antibacteriana e ceratolítica e é a
primeira linha de tratamento para acne leve a moderada.
O peróxido de benzoíla deve ser aplicado, uma vez ao dia, em toda a pele da
face e não só nas lesões visíveis. As concentrações disponíveis variam desde 1% até
10% e podem ser usadas na gestação1,11. A supressão do P. acnes é similar com as
concentrações de 2,5%, 5,0% ou 10,0%, o que determina a opção pelas baixas
concentrações que são menos irritantes.
Ácido Hialurônico: O ácido hialurônico é um polissacarídeo
glicosaminoglicano presente na matriz extracelular da pele, tecido conectivo e no
humor vítreo. Tem como funções hidratação, lubrificação e estabilização desses
meios.

O AH é um polímero natural encontrado na matriz extracelular de vários


tecidos como cartilagem humana, fluido sinovial articular, derme, cérebro,
fluido vítreo e tecidos conectivos. (GUTOWSKI, 2016, apud MAIA, 2018).

As técnicas utilizadas nos preenchimentos são definidas de acordo com as


indicações clinicas e podem ser realizadas, por vezes utilizando-se de vias de acesso
diferentes (intradérmica ou subcutânea).
Por se tratar de uma molécula altamente higroscópica, o ácido hialurônico tem
a capacidade de absorver uma grande quantidade de água, permitindo a hidratação
do local onde é aplicado. Essa ação confere mais elasticidade, tonicidade, suavidade
e uma superfície mais uniforme da pele. Quando aplicado sob a pele o ácido
hialurônico forma um filme fino, invisível capaz de controlar a hidratação da pele sem

33
afetar a respiração cutânea. É indicado no uso cosmético, no tratamento facial e
corporal em géis, géis-creme, emulsões hidratantes e cremes. A dose recomendada
é de 1 a 10%.
Entre suas ações podemos citar: Promove a hidratação da pele, regeneração
celular, proteção contra infecções e lubrificação da pele.
Solução de Jessner: solução alcoólica que mistura um alfahidroxiácido (ácido
lático) resorcinol (derivado do fenol) e ácido salicílico. Apresenta coloração clara, com
cheiro característico. Sua aplicação provoca discreto avermelhamento e ardor, e com
várias passadas o eritema torna-se intenso, podendo chegar a um "frost" verdadeiro.
Proporciona leve descamação nos dias subsequentes ao peeling. Também devem ser
evitados pelos alérgicos ao ácido acetilsalicílico.

6.7 Modo de aplicação dos peelings químicos

O primeiro passo para aplicação do peeling é a escolha do ácido de acordo


com a avaliação da pele do paciente.
Para evitar efeitos contrários do peeling, é necessário que seja escolhido a
menor concentração possível para a primeira aplicação do mesmo. Se quiser,
aumente a potência do peeling com o tempo, conforme sua pele se acostuma ao
processo. Na primeira vez, escolha uma fórmula que contenha no máximo os
seguintes percentuais do ingrediente ativo.
Observação: O paciente deve interromper qualquer tratamento com produtos
que contenham tretinoína, normalmente utilizados no tratamento da acne, pelo menos
uma semana antes do peeling químico, pois eles podem irritar a pele e impactar o
resultado do peeling.
No caso de um peeling com ácido glicólico ou lático, interrompa o uso quatro
dias antes e após o peeling. No caso de um peeling com ácido tricloroacético,
interrompa o uso por cinco dias antes do peeling e dez dias depois.
Esfolie a pele: Faça uma esfoliação suave antes do tratamento. Enxágue o
rosto e aplique uma solução de pH para preparar a pele para o peeling.
Faça um teste antes de aplicar o peeling por todo o rosto. Passe uma pequena
quantidade do produto no antebraço ou na região atrás da orelha. Deixe agir por um
minuto e enxágue. Após 24 horas, verifique o local e veja se há alguma irritação.

34
Se a pele estiver normal, faça o peeling químico normalmente. Se ela estiver
irritada, vermelha ou sensível demais, reduza a concentração do ingrediente ativo e
faça outro teste. Caso ainda haja reação, não faça o peeling químico.
Aplique o peeling com um cotonete ou uma bola de sabão (se usar os dedos,
a pele deles pode começar a descascar).

O melasma é alteração pigmentar adquirida que se caracteriza por máculas


hipercrômicas principalmente na face, atingindo frequentemente as
mulheres1 e sendo desconhecida sua verdadeira incidência. (GRIMES, 1995,
apud MAGALHÃES, 2010).

Lave o rosto antes do procedimento. Use água e um produto de limpeza facial


que não contenha sabão. Finalize a limpeza passando um adstringente neutro, como
Hamamélis. Deixe o rosto secar antes de iniciar o tratamento.
Proteja as áreas sensíveis com vaselina: Tome cuidado para não aplicar o
peeling nas áreas sensíveis da pele, como ao redor dos olhos, nas narinas e nos
cantos da boca. Proteja tais regiões com um pouco de vaselina para evitar a ação do
ácido.
Aplique uma camada uniforme do peeling químico sobre a pele usando um
cotonete ou uma bola de algodão: Comece pelas áreas menos sensíveis, como a
testa, o queixo e as bochechas. Depois, siga para as regiões mais próximas dos olhos
e do nariz.
A aplicação deve ser homogênea para que os resultados sejam consistentes.
Deixe o produto agir pelo tempo recomendado: O período recomendado
normalmente é de dois minutos, dependendo da concentração e dos ingredientes
ativos. Lave o rosto caso a pele comece a ficar rosada.
Fique atento aos sinais de irritação. Por mais que uma leve ardência seja
normal, remova o peeling caso a pele fique irritada demais.
Use o teste que fez no dia anterior para determinar por quanto tempo deixar o
produto agir no rosto. Se a pele começou a arder após dois minutos de teste, aplique
o peeling por um minuto no rosto.
Remova o peeling do rosto e aplique uma solução neutralizadora.
Por segurança, prepare uma mistura de água e bicarbonato de sódio antes de
aplicar o peeling. Caso o peeling comece a irritar a pele, aplique a mistura no rosto
após lavá-lo.

35
6.8 Intercorrências com a aplicação de ácidos

As complicações variam de acordo com o tipo e profundidade do procedimento,


a habilidade do profissional que o utilizou e as características do próprio paciente.
As complicações mais comuns são: alterações pigmentares: hiperpigmentação
pós-inflamatória e hipopigmentação. Esta última pode ser muito persistente e muitas
vezes difícil de tratar. Podem ser utilizados corticosteroides tópicos, tretinoína,
hidroquinona ou alfahidroxiácido; infecções: bacterianas (Staphylococcus,
Streptococcus, Pseudomonas), virais (herpes simples) e fúngicas (cândida). Devem
ser tratadas de forma agressiva e adequada; as cicatrizes são mais frequentes após
peelings médios ou profundos. O preparo adequado, a escolha correta do agente e
cuidados pós-operatórios podem ajudar na prevenção dessa complicação.

6.9 Orientações e cuidados pré e pós-peelings

Os cuidados Pré peeling, são os cuidados com a pele no período que antecede
o procedimento (14 a 21 dias antes), com o objetivo de preparar a pele para o
procedimento de peeling. Ele reduz a espessura da camada córnea, facilitando a
penetração uniforme dos agentes esfoliantes. Diminui o risco de hiperpigmentação
pós inflamatória.

A hipercromia pós-inflamatória (HPI) é sequela importante de dermatoses


inflamatórias.1 Pode suceder inúmeras dermatoses, e seu tratamento é
desafiador. (DAVIS, 2010, apud REINEHR, 2015).

Para garantir a segurança do tratamento e ter melhor aproveitamento dos


efeitos do peeling, é necessário tomar alguns cuidados com a pele anteriormente. Um
dos primeiros passos é a higienização da pele. Ela deve estar limpa e desengordurada
para que as substâncias usadas no peeling sejam absorvidas. Além disso,
recomenda-se a suspensão do uso de ácidos uma semana antes do peeling, a fim de
evitar o surgimento de irritações e manchas.
Outro cuidado importante é o uso frequente de protetor solar, já que estar com
a pele bronzeada quando o procedimento for realizado pode ocasionar manchas.
Converse com o seu dermatologista para saber quais melhores cuidados pré-peeling
para as necessidades da sua pele.

36
Cuidados no Pós peeling: Aplique um creme hidratante logo após o
peeling. Passe o creme, espalhando-o por toda a pele. Reaplique de 10 a 20 vezes
ao dia para não deixar a pele ressecar.
Caso a pele comece a descascar, não mexa. Deixe a pele se recuperar
naturalmente e aplique um pouco de vaselina nas áreas mais ressecadas.
Alivie a vermelhidão. É normal que a pele fique vermelha e irritada após um
peeling, seja por algumas horas ou por um dia inteiro. Pressione uma toalha úmida e
fria sobre o rosto, aplique gel de Aloe vera.
Proteja o rosto do sol. A pele da face ficará bastante sensível após o peeling,
portanto, evite a luz solar direta.
Lave o rosto pelo menos duas vezes ao dia com um produto de limpeza facial
por meio minuto. Enxágue a pele com água morna e seque com uma toalha limpa,
dando batidinhas. Não esfregue.
Oriente seu paciente em caso de formação de bolhas, aumento da
sensibilidade, para que retorne ao consultório e tome as devidas providências.
Consulte um médico caso a pele forme casquinha ou solte pus.
Serão necessárias algumas aplicações para que os resultados sejam
perceptíveis.
Os peelings de ácido tricloroacético são abrasivos e deixam a pele sensível por
mais tempo. Siga as instruções de uso, hidrate bem a pele e permaneça longe da luz
do sol caso a pele fique irritada.
Não deixe o peeling químico no rosto por tempo demais, ou você pode causar
danos na pele. Preste atenção no tempo de aplicação para poder aproveitar os
benefícios do tratamento sem nenhum efeito colateral.
Se desejar, repita o processo do peeling (30% de ácido glicólico ou ácido lático)
no máximo a cada duas semanas. O peeling de ácido tricloroacético pode ser repetido
no máximo uma vez por mês.

Os peelings químicos podem contribuir no tratamento do melasma.


(STEINER, 2009, apud MAGALHÃES, 2010).

Pós o peeling químico a pele fica muito sensível e, por isso, é recomendado
evitar a exposição ao sol, usar filtro solar de 4 em 4 horas e evitar tocar na área tratada.
Além disso é importante usar cremes hidratantes para manter a pele saudável e evitar
o aparecimento de manchas e outros danos. É importante, também, lavar a pele
37
tratada com um sabonete neutro, para evitar a irritação da área, além de ser indicado
borrifar água termal na região tratada para evitar a vermelhidão e a ardência do local.
É recomendado voltar ao profissional que realizou o procedimento caso a irritação
seja muito grande para que se possa indicar o uso de creme com corticoides, por
exemplo.

7 FORMULAÇÕES SUGERIDAS DE PEELING QUÍMICO

Peelings para área dos olhos (Olheiras) 01


Ácido tioglicólico ........................................................5%
Ácido tranexâmico ...................................................1,5%
Aveia coloidal ............................................................ 2%
Bioskinup® ................................................................ 2%
Gel fluido qsp ........................................................... 15g
Modo de uso: aplicar e deixar agir por 10min.
Indicação: peeling área dos olhos-olheira.
Neutralização: bicarbonato de sódio 5%
Remoção: água corrente
Pós peeling imediato: bastão com FPS e vitamina E
Periodicidade: quinzenal.

Peelings para área dos olhos (Olheiras) 02


Ácido tioglicólico ....................................................1,5%
Ácido tranexâmico .....................................................1%
LumineCense ............................................................2%
Bioskinup® ................................................................ 2%
Gel fluido qsp ........................................................... 15g
Modo de uso: aplicar a noite e interromper o uso uma noite antes do
procedimento.

Peelings para área dos olhos (Olheiras) 03


Ácido hialurônico ...................................................2,5%
Matrixyl ......................................................................4%

38
Bioskinup® ................................................................ 2%
Cafeisilane ................................................................ 2%
Gel fluido qsp ............................................................ 15g
Modo de uso: aplicar duas vezes ao dia seguido de FPS.

7.1 Cuidados no Pós peeling tardio (HOME CARE)

Espuma de limpeza extra suave:


PCA- Na.................1%
Alfabisabolol...........1%
Espuma.....qsp.......100ml

Hidratante terapêutico:
Vital ET.................1%
Fucogel.................4%
Vegelip..................2%
AA2G....................2%
Lipex canola.........3%
Creme vegetal com fosfolipídeos......qsp.........100gramas
Observação: Para uso mais forte, é indicado acrescentar o uso de corticoide,
como a desonida a 0,05%.

7.2 Pré- Peeling (Home care)

Sugestão 01:
Ácido Glicólico .........4%
Alfa- arbutin...............2%
Hidroquinona........2%
Alfabisabolol..........1%
Veic qsp.................5 gramas
PH: 3,8

39
Sugestão 02
Ácido mandélico........5%
Veic qsp....................5 gramas
PH: 3,8

7.3 Pós peeling (Home care)

Pós peeling sistêmico


Prednisona............................................................5mg
Modo de uso: iniciar com 20mg e reduzir 5mg a cada 5 dias.
Indicação: melasma ou sensibilidade elevada.

Peeling 01
Fluocinolona........................................0,01%
Base Adimax qsp .............................. 30g

Peeling 02
MDI complex .........................................................3%
Vitamina E ............................................................ 3%
Bromidina tartarato ............................................ 0,1%
Alfa bisabolol ........................................................ 1%
Drieline ................................................................. 2%
Óxido de zinco .................................................... 10%
Hidrocortisona ...................................................... 1%
Gel com oliva qsp ................................................30g
Modo de uso: duas vezes ao dia acompanhado de FPS.
Tônico calmante
Nafazolina cloridrato............................................0,3%
PP®2....................................................................0,1%
Tônico hidratante sem álcool qsp.......................60mL
Modo de uso: realizar compressas várias vezes ao dia no local.

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Filtro solar 01
VC-IP................................... 2%
Filtro solar FPS 25
Qsp..................... 60g
Modo de uso: aplicar pela manhã e repetir ao meio dia.
Indicação: pós-peeling ácido mandélico.

Filtro solar 02
Gel de silicone com filtros físicos FPS 30
Qsp............60g
Modo de uso: aplicar levemente no rosto, diariamente, pelo menos 2 vezes ao
dia após limpeza e hidratação.

Filtro solar oral 03


Cucumis melo L....................................150mg
Mix tocoferóis 30%...................................... 500mg
Polypodium leucotomos extrato seco...............360mg
BioBlanc (Olea europea fruit ext. hidroxitirosol 6,5%)......100mg
Modo de uso: 1 dose ao dia.
Indicação: preparação da pele a exposição solar; redução das alterações de
hiperpigmentação pós inflamatória e solar.

8 PEELINGS ENZIMÁTICOS

Entre as diversas técnicas disponíveis no mercado, o peeling enzimático é um


dos mais procurados e que também tem feito bastante sucesso. Diferente de outros
tipos de peeling que utilizam produtos químicos e que podem causar efeitos adversos,
este peeling é mais natural e utiliza produtos com ativos à base de enzimas biológicas
encontradas em frutas ou que sejam produzidos de forma controlada por micro-
organismos não patogênicos.

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Existem vários tipos de esfoliantes que tem origem desde o aproveitamento
de técnicas caseiras como uso de bucha vegetal, sal, enzimas de frutas e
ainda passando pelos diversos tipos ácidos. Para uso em cosmetologia e no
estabelecimento estético devem- se utilizar produtos cosméticos com
formulações padronizadas. (RIBEIRO, 2006, apud CAREGNATTO, 2011).

Peelings enzimáticos ou biológicos:


Enzimas: Enzimas são proteínas formadas por longas cadeias de aminoácidos
unidos por ligações peptídicas. São catalisadores biológicos extremamente eficientes
que aceleram em média 10 9 a 10 12 vezes a velocidade da reação sem serem
consumidos.
Dentre as principais enzimas e classes enzimáticas que encontram aplicação
em produtos cosméticos podemos citar: as proteases (papaína, bromelina, subtilisina
e catepsina D), que hidrolisam proteínas a peptídeos e aminoácidos e promovem a
renovação celular; as óxido-redutases (superóxido dismutase, catalase, lacase,
peroxidase e glucose oxidase,) que protegem a pele do envelhecimento, através da
conversão de radicais livres do oxigênio em espécies menos reativas; as amilases,
que rompem as ligações dos polissacarídeos provenientes de metabólitos ativos de
microrganismos patogênicos em estruturas menores, tornando essas sujidades
solúveis e mais fáceis de removê-las; as lipases, que hidrolisam os lipídios em
estruturas menores, ácidos graxos e glicerol, reduzindo os nódulos de gordura e
facilitando sua eliminação do organismo; a fosfatase alcalina, que aumenta o
metabolismo celular e estimula a proliferação fibroblástica, reduzindo micro rugas; a
hialuronidase, que despolimeriza o ácido hialurônico presente no meio intersticial e
promove a reabsorção do excesso de líquidos, diminuindo a celulite; a lisozima, que
possui ação bactericida; as enzimas de reparo do DNA, que previnem e reparam o
DNA lesado pela radiação UV; e as extremozimas.
As últimas tendências em cosmética apontam para o uso de extremozimas e
de enzimas capazes de reparar o DNA lesado pela radiação UV. As extremozimas,
devido a sua extrema estabilidade, oferecem novas opções em ativos cosméticos e
novas oportunidades para biocatálises. Já as enzimas de reparo do DNA, aliadas ao
uso de fotoprotetores, permitem reduzir consideravelmente as consequências
indesejáveis da exposição ao sol, que incluem o fotoenvelhecimento e até mesmo o
câncer de pele.

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Peelings enzimáticos são enzimas biológicas que diminuem a espessura da
camada córnea, dando a pele mais textura e plasticidade. (GOMES, 2013
apud OLIVEIRA, 2015).

Entre os muitos ativos presentes nos produtos usados nesta técnica, estão
a bromelina, que é retirada do abacaxi, a papaína, que é retirada do mamão, ou as
enzimas obtidas através da fermentação dos lactobacilos. As enzimas retiradas da
romã e da abóbora também são bastante utilizadas nos produtos deste tipo de peeling.
Estas enzimas, por sua vez, entram em contato com a pele, reduzindo a
queratina, que é responsável por deixar a pele com aspecto mais opaco e cansado,
além de estimular a produção de colágeno que irá auxiliar na renovação da pele que
está danificada e ajudar a diminuir as linhas de expressão.
O peeling enzimático pode ser realizado em qualquer tipo de pele, seja oleosa,
seca ou mista, podendo também ser feito em peles sensíveis. Este tratamento é
natural e ajuda a promover o rejuvenescimento da pele, melhorando a textura e a
maciez, deixando a pele mais saudável.
As enzimas presentes nos produtos utilizados neste tratamento causam um
efeito positivo na camada mais externa da pele, ajudando a remover as células mortas,
estimulando a produção de novas células, diminuindo sua espessura, melhorando de
forma considerável a textura e também a aparência da pele.

8.1 Enzimas de ação esfoliativa: Renew e Pumpkin Enzyme

Renew Zyme é extraído da romã e obtido a partir de tecnologia enzimática. É


considerado uma inovação em renovação celular e regeneração cutânea, devido as
propriedades anti-inflamatórias, antioxidantes e emolientes. Estudos clínicos de
eficácia e segurança mostraram a capacidade regenerativa e o estímulo à produção
de colágeno com remoção de queratinócitos envelhecidos.
O Pumpkin Enzyme promove a esfoliação enzimática. É um produto inovador,
seguro, não irritante, não sensibilizante com eficácia comprovada cuja ação deve-se
à presença de enzimas proteolíticas, as proteases, que promovem uma esfoliação
enzimática, com um diferencial significativo de atuação no sensorial cutâneo e na
estimulação da renovação celular. Tem atividade similar à do ácido glicólico sem
causar os efeitos indesejados do mesmo, o que o torna um ativo seguro e eficaz.

43
É obtido através da fermentação do fruto da abóbora com Lactobacillus lactis,
sendo um produto inovador, cuja ação de renovação celular é devida à presença de
enzimas proteolíticas (proteases). Promove uma esfoliação enzimática suave,
removendo células mortas da superfície cutânea e estimulando, ao mesmo tempo, a
renovação celular.
Fórmula:
Pumpkin Enzyme......... 10%
Ester C.......................... 3%
Alfa bisabolol.................0, 2%
Renew zyme...................10%
Gel Creme qsp............. 30g

8.2 Indicações

Indicações: Promove renovação celular natural; Ação antiaging e clareadora;


promove intensa hidratação; suaviza linhas finas; promove leve clareamento; não
irritante como demais esfoliantes químicos; melhora a aparência opaca e sem brilho,
melhorando o viço; melhora sinais de envelhecimento cutâneo; previne a formação de
manchas de colo, face, pescoço, mãos e braços, áreas comumente mais expostas a
radiação UV.

8.3 Cuidados e dicas sobre o peeling enzimático

A recuperação após o tratamento e também os possíveis efeitos irão depender


da forma como foi realizado o procedimento. Em alguns casos, pode haver
vermelhidão e descamação na região onde foi realizado o peeling, com recuperação
rápida quando ele é mais superficial, num prazo de 2 a 10 dias, em geral.
Dependendo da profundidade do tratamento, podem surgir outros sintomas.
Inchaço, dor, secreção e até um aspecto de queimadura podem permanecer por mais
de 10 dias. Os cuidados que devem ser realizados pelo paciente irão depender
bastante da profundidade do procedimento realizado.

44
Após as sessões de aplicação do produto, deve-se sempre fazer uso de filtro
solar, pois a pele estará mais sensível e com a camada protetora mais fina.
Recomenda-se o filtro solar com proteção maior do que 30. Evite a exposição ao sol.
As complicações deste tipo de tratamento são raras, mas podem acontecer
casos de escurecimento da pele e até mesmo alguns tipos de infecções causadas por
vírus e bactérias. Nestes casos, procure imediatamente o médico responsável e faça
uma avaliação do problema. Muitas vezes é necessário o uso de medicamentos
antifúngicos, antibióticos, antivirais, de cremes cicatrizantes e calmantes, entre outros.

8.4 Modo de aplicação dos peelings enzimáticos

Esta é a primeira parte do tratamento. O profissional deverá realizar uma


limpeza e higienização da pele antes a aplicação do peeling. Esta parte deve ser feita
de forma adequada com a utilização de espuma ou de sabonete específico para cada
tipo de pele, realizando-se a remoção completa do produto antes da próxima etapa.
Após a limpeza, deve-se fazer uma leve esfoliação com produtos naturais de
forma a reduzir parte das células mortas e também ajudar a remover o restante das
impurezas superficiais da região onde será aplicado o peeling. Retire o esfoliante e
deixe a pele limpa e pronta para a aplicação dos outros produtos.
2. Aplicação da máscara enzimática
Após a limpeza e a esfoliação da pele, faz-se a aplicação dos produtos à base
de enzimas. A aplicação e o tempo de ação do produto à base de enzimas irão variar
conforme o fabricante e também conforme o tipo de pele, podendo durar cinco minutos
ou podendo ser aplicado em forma de máscara, durante 20 minutos, por exemplo.
As enzimas presentes na máscara irão deixar a pele macia, hidratada, mais
nutrida e também com mais brilho. Além disso, a máscara também contém
substâncias antioxidantes que ajudam a renovar a pele, evitando o envelhecimento
precoce e prevenindo o aparecimento de manchas. Após o período determinado,
deve-se fazer a completa retirada do mesmo com gaze umedecida em água ou soro.
3. Finalização da aplicação
Após a retirada da máscara de enzimas, é importante que seja realizada a
finalização do tratamento da pele. Pode-se fazer a aplicação de outros produtos, tais

45
como a utilização de uma máscara nutritiva para aumentar a saúde da pele, assim
como a aplicação de vitamina C, que irá evitar o processo de oxidação.
Outro produto importante é o filtro solar, que deve ser utilizado no final do
tratamento, ajudando a manter a pele protegida.

9 PEELINGS MECÂNICOS

É um procedimento de esfoliação não-cirúrgico, não-invasivo, não doloroso e


de rápida execução que serve para atuar no rejuvenescimento e melhorar a saúde da
sua pele facial e corporal. As vantagens são menor risco de discromias e regeneração
tecidual mais rápida. Indicado para homens ou mulheres de todas as idades.

9.1 Peelings de Diamante e Cristal

Peeling de Cristal: O Peeling de cristal é também conhecido por


microdermoabrasão e trata-se de um peeling mecânico. Realiza uma esfoliação
através de um equipamento que contém uma ponteira de cristal e esta faz um
lixamento mecânico na pele.
O peeling de cristal pode ser superficial ou profundo variando de acordo com a
intensidade de lixamento.
A técnica consiste em projetar sobre a pele uma quantidade de microcristais de
hidróxido de alumínio sob pressão assistida e, simultaneamente, aspirá-lo junto com
as impurezas obtidas da camada córnea, espinhosa e granulosa da pele. A ponteira
do peeling é deslizada em diversos sentidos até obter a profundidade desejada. Esta
depende de 4 fatores: número de passagens sobre a área tratada, pressão utilizada,
velocidade de deslocamento da ponteira (movimentos mais lentos resultam em maior
tempo de contato da pele com o cristal e, portanto, maior abrasão) e gramatura do
cristal. O "end point" é a hiperemia homogênea, não ultrapassando, normalmente o
limite de sangramento.
Não possui contraindicação, o procedimento é considerado como não-cirúrgico
e não-invasivo, podendo voltar imediatamente às atividades do dia-a-dia.
O peeling de cristal é um tratamento estético muito utilizado para combater
cicatrizes de acne, rugas finas ou manchas, por exemplo, sem ser necessário utilizar

46
químicos irritantes para a pele. Isso porque é realizado com um aparelho que contém
cristais de hidróxido de alumínio na ponta que promove a sucção da pele, removendo
a camada mais superficial e estimulando a produção de colágeno.
O peeling de cristal deve ser realizado no consultório de um especialista,
(médico, biomédico, fisioterapeuta, entre outros) pois é necessário avaliar a
intensidade necessária para tratar adequadamente a pele
Peeling de Diamante: A esfoliação promovida pelo peeling de
diamante renova a camada celular da pele, e, segundo estudo da Universidade de
Michigan, nos Estados Unidos, publicado em 2009 no periódico científico Archives of
Dermatology, induz alterações celulares na pele que ajudam a rejuvenescê-la. O que
acontece é que para alterar a aparência da pele, o procedimento estimula a produção
de colágeno, a principal proteína responsável por dar forma, estrutura e sustentação
à pele. Segundo os pesquisadores, quanto mais agressivo o método - sem, claro,
destruir o tecido da pele - maior o estímulo à produção de colágeno.

O estresse, a excitação, a ansiedade, a vergonha reflete não apenas um tom


de pele diferenciado, mas induzem a um estado de sensibilidade. É certo que
alterações ou doenças da pele pioram ou melhoram dependendo do estado
emocional de seu portador, ou seja, o Sistema Nervoso é uma parte
escondida da pele ou, ao contrário, a pele pode ser considerada como a
porção exposta do Sistema Nervoso (SLOMINSKI, 2002, apud IWAMOTO,
2016).

Este procedimento estético está indicado para tratar manchas superficiais


(denominadas melanoses), que estão localizadas na epiderme, camada superficial da
pele. O peeling de diamante promove a esfoliação da epiderme, promovendo a
eliminação das melanoses. Também pode haver melhora nas cicatrizes de acne, mas
como nesse caso as lesões são mais profundas, a melhora é mais.
Da mesma forma, rugas finas são marcas mais profundas e por isso têm um
benefício discreto, ele ocorre principalmente quando, junto ao peeling de diamante, é
feito uso de cosméticos que agem suavizando as linhas de expressão. Poros muito
abertos, quando submetidos à esfoliação do peeling de diamante, também diminuem.
Isso acontece por que os poros têm formato de cone, portanto quanto mais pele é
removida, mais estreitos eles ficarão. O peeling de diamante pode também ser usado
para melhorar o aspecto das estrias, principalmente as avermelhadas, mais recentes.
O benefício acontece devido ao estimula de células novas, que promoverão uma
cicatrização mais discreta na região. Pode ser realizado em pessoas com qualquer

47
tonalidade de pele e até mesmo nas bronzeadas. Neste caso, o bronzeado será
removido junto com a pele superficial.
O procedimento é realizado com uma caneta com ponta de lixa diamantada que
desliza sobre a pele promovendo uma esfoliação, através de uma pressão negativa.
O principal objetivo é refazer a superfície da pele, reduzindo as rugas finas e
diminuindo os poros que estão dilatados.
A abrasão e esfoliação são controladas e estimulam a formação de colágeno,
chave da elasticidade e do tônus facial. É um peeling leve e retira somente uma parte
da epiderme. O tratamento age de maneira suave e progressiva, pode ser usado em
todos os tipos de pele e tem ação bactericida.

9.2 Modo de aplicação dos peelings

Diamante: Não é necessária qualquer anestesia prévia. Inicialmente é feita a


higienização da pele, em seguida é aplicada a ponteira de diamante no local de
tratamento. O profissional realiza movimentos em linha ou círculos sobre a pele. É
comum que o profissional estique a pele com as mãos para permitir que a ponteira
trate toda a pele. A região dos olhos não deve ser tratada com sucção e os lábios não
devem receber o peeling.
Cristal: O peeling de cristal remove a camada mais superficial da pele,
eliminado a sujeira e a oleosidade, promovendo uma ligeira descamação da pele que
é fundamental para ativar as fibras de colágeno responsáveis por melhorar a
sustentação da pele.
Ele pode ser realizado de 1 a 2 vezes por semana e a quantidade de sessões
necessárias vai variar conforme o estado da pele da pessoa, mas os resultados podem
começar a serem vistos logo ao fim da primeira sessão. Geralmente, recomenda-se
no mínimo 3 sessões, 1 vez por semana, com duração em média de 15 minutos.

9.3 Indicações e contraindicações

Diamante: As principais indicações são: Fotoenvelhecimento (em pacientes de


todas as faixas etárias e fototipos de pele); Cicatrizes superficiais pós-acne, pós-
afecções dermatológicas e pós-cirúrgicas; Alterações na pigmentação: melasma,

48
melanoses solares e hiperpigmentação pós-inflamatória; Envelhecimento intrínseco
(rugas finas- superficiais); Acne comedoniana; Estrias antigas albas (o objetivo é
destruir a camada epidérmica sem atingir estruturas como anexos cutâneos
garantindo a restauração da pele).
Cristal: Os principais benefícios do peeling de cristal incluem: Melhora a textura
da pele, além de deixá-la mais firme; Remoção de manchas na pele, como, por
exemplo, as de sol, sardas ou manchas de cravos; Atenuação de cicatrizes deixadas
pela acne; Eliminação rugas e linhas de expressão; Diminuição dos poros dilatados;
Além disso, o peeling de cristal também pode ser usado para reduzir as marcas de
estrias em qualquer local da parte, pois os cristais de alumínio ajudam a pele a
produzir mais colágeno, melhorando a firmeza, elasticidade e textura da pele.
Contraindicações: Infecções virais em atividade; Infecções bacterianas em
atividade; Acne pápulo-pustulosa (pode levar à piora inicial); Rosácea (pode levar à
piora inicial); Isotretinoína oral sendo esta postergada para 6 a 12 meses pós-
tratamento.
Para peles sensíveis ou com rosácea o peeling de diamante e qualquer outro
tratamento que faça o lixamento da pele não são boas opções, pois é grande o risco
de a pele ficar ainda mais irritada. Peles com inflamações, como uma acne amarelada,
por exemplo, também não devem passar pelo procedimento sob o risco de aumentar
a inflamação ou mesmo espalhar micro-organismos pela pele. Caso haja microlesões
em outros locais, pode haver o surgimento de novas acnes.
O peeling de cristal também não é indicado para pessoas que possuem muita
acne ou herpes e a realização do procedimento em grávidas só pode ser realizada,
caso seja liberada pelo médico.

9.4 Orientações pré e pós peelings mecânicos

Pré peeling: É recomendada a suspensão do uso de ácidos, como por exemplo


o ácido retinóico, de 24 a 48 horas antes do procedimento, pois são componentes que
deixam a pele mais sensível. Além disso, a paciente deve questionar o seu
dermatologista sobre outros produtos que devem ser suspensos antes das sessões.
Pós peeling: O paciente deve hidratar a pele durante uma semana com
hidratantes recomendados pelo médico para o período após o peeling, em geral esses

49
produtos ajudam também na regeneração da pele. A dermatologista Marcela Studart
recomenda o uso água termal, cuja principal função é acalmar a pele, à vontade. O
uso de ácidos só deve ser retomado após sete dias, pois a pele estará sensibilizada.
O rosto deve ser lavado com sabonete neutro por um período de sete dias após o
procedimento. Uso de filtro solar.

9.5 Peeling de Diamante X Peeling de Cristal

O peeling de diamante e o peeling de cristal têm a mesma função e eficácia.


Ambos podem fazer desde uma esfoliação leve da epiderme até a remoção completa,
sendo a profundidade regulada por quem está aplicando o método na pele do
paciente.
A única diferença é que o peeling de diamante faz uma renovação celular
através do atrito das ponteiras diamantadas de diversos calibres com a pele, já
o peeling de cristal libera microcristais, que são os responsáveis pela esfoliação.

9.6 Protocolo de tratamento proposto

Higienizar as mãos do cliente com lenço umedecido.


Aplicar higienizante em toda a face, pescoço e colo.
Remover bem todo o excesso de higienizante com algodão embebido em água.
Aplicar tônico especifico para o tipo de pele do cliente.
Se necessário secar a pele.
Fechar os olhos do cliente com algodão e micropore. Colocar algodão na orelha
do cliente para não correr o risco de entrar o óxido de alumínio.
Retirar com uma gaze ou algodão seco o cristal que sobrou no rosto do cliente.
Aplicar uma loção tônica com auxílio de pipeta e dedilhamentos.
Aplicar um cosmético especifico para o tratamento que está sendo feito.
Aplicar a máscara especifica para o tratamento proposto.
Dica: Realizar massagem com creme hidratante nas mãos do cliente enquanto
aguarda o tempo da máscara.
Após retirar a máscara, secar bem a pele.
Aplicar um produto finalizador e o protetor solar.

50
10 PEELINGS COMBINADOS

Os peelings combinados, são procedimentos que garantem maior segurança e


eficácia e aumentam o grau de profundidade do peeling, com menor incidência de
reações adversas, por utilizar concentrações mais reduzidas dos agentes esfoliantes.
Pode-se utilizar a técnica dos peelings combinados, em que se associam dois
tipos de fármacos na mesma sessão. Aproveitam-se os melhores efeitos de cada
substância, resultando em ação mais eficiente sem aprofundamento desnecessário.
Pode-se combinar, por exemplo, solução de Jessner com ATA 35% ou ATA
10% com ácido retinóico de 5 a 10% ou ainda ácido glicólico 70% com resorcina, um
sobre o outro.
É possível, também, utilizar diferentes tipos e concentrações de ácidos de
acordo com as alterações de cada região da face. Pode-se utilizar peelings de média
profundidade apenas nos locais em que o fotoenvelhecimento se manifesta mais
pronunciadamente, utilizando-se, nas áreas em que o dano for menor, ácidos menos
potentes. Dessa forma, os efeitos colaterais mais intensos ficam restritos aos locais
em que foram utilizados os ácidos mais potentes, diminuindo o desconforto no período
pós-peeling.

11 INTRODUÇÃO A COSMETOLOGIA

Fonte: invistanabeleza.com

51
Cosmetologia é a área da ciência farmacêutica dedicada a desenvolver,
elaborar, produzir e acompanhar os efeitos e resultados de produtos cosméticos, além
de realizar pesquisas e análises sobre esses produtos. Essa ciência estuda as
diferentes formas e possibilidades de ação, aplicação e efeitos dos cosméticos, além
de analisar como a matéria prima e seus componentes, de origem natural ou
sintética.
Profissionais de diversas áreas como farmacêuticos, químicos, biomédicos,
esteticistas e fisioterapeutas se dedicam ao estudo desses produtos que cresce
constantemente, colaborando com o desenvolvimento e implantação de novas
tecnologias, bem como a potencialização de tratamentos cosméticos.

O envelhecimento da pele é um fenômeno biológico complexo, subdividido


em: intrínseco (determinação genética) e extrínseco, que envolve a exposição
a radiação UV e a outros fatores ambientais, como poluição; componentes do
cigarro e alimentação (HARRIS, 2016, apud IWAMOTO, 2016).

Na estética, a cosmetologia tem como função promover um cuidado ou


aperfeiçoamento na aparência da região onde o produto cosmético é aplicado.
Desse modo, os produtos cosméticos são desenvolvidos para auxiliar no
tratamento de pele, cabelos, unhas e demais partes do corpo, como por exemplo,
mãos e pés. Do rejuvenescimento da pele, redução de rugas ao controle de
oleosidade dos cabelos, existe produtos cosméticos desenvolvidos
pela cosmetologia buscando o bem-estar das pessoas.
Os resultados providos pela cosmetologia estão presentes no cotidiano das
pessoas a todo o momento. Ao fazer a preparação da pele do rosto para se proteger
do sol e se maquiar, todos os produtos passaram pelo estudo da cosmetologia
A função de um produto cosmético é determinada pela ação dos princípios
ativos. Quanto maior for o grau de penetração na pele, maior a atividade e ação do
produto nas regiões aplicadas. E é justamente aí que a Cosmetologia entra em
questão.

11.1 Breve histórico da cosmetologia

A história conta que a utilização de cosméticos e produtos de toucador ocorreu


primeiramente através dos egípcios. As mulheres egípcias utilizavam alguns minérios

52
e extratos vegetais como sombras de olhos e rouge. Cleópatra tomava banho em leite
de cabra para ter a pele macia.
E nessa mesma época, os faraós quando morriam eram “guardados” em
sarcófagos que tinham tudo o que era preciso para o corpo manter-se belo. Um
exemplo disso é o sarcófago de Tutankhamon (1400 a.C.), onde foram encontrados
cremes e azeites que eram usados tanto na decoração, quanto no mantimento da
beleza do corpo.

A preocupação com a aparência pode ter como consequência uma


identificação pessoal ou apenas o fato de se sentir mais belo. Os cuidados
com os cabelos podem ser estéticos ou se referem a uma identificação social,
religiosa ou mesmo política, podendo revelar a uma pessoa, seu modo de
ser, sua crença e até mesmo sua saúde. (COLENCI, 2007, apud CHILANTE,
2018).

11.2 Fatores biológicos e fisiológicos que afetam a permeação da pele

O teor lipídico, espessura, sexo, idade, nível de hidratação, integridade e região


da pele. Por essa razão, para o desenvolvimento de um produto cosmético, deve-se
levar em consideração todos os fatores responsáveis por causar interferências.

11.3 Substâncias bioativas, Nanotecnologia e Biotecnologia

Substâncias bioativas: Utilizadas em formulações, atuam de forma sinérgica


capaz de ampliar a eficácia dos produtos. Os bioativos são selecionados por afinidade
com a pele, ou seja, são substâncias que se aproximam ao máximo à química
orgânica e inorgânica dos componentes das células da pele. Neste contexto, é
possível mencionar os lipídeos, proteínas, vitaminas, aminoácidos, sais minerais,
entre outros.
Nanotecnologia: Consiste em empregar em compartimentos substâncias
ativas em veiculadores, cujo tamanho se estabelece em faixa manométrica (50 nm a
300 nm). O cosmético aplicado sobre a pele libera os ativos que tiveram seu tamanho
reduzido, agindo na camada basal, local onde se originam as células da pele. Os tipos
de estruturas desta tecnologia se classificam em nanopartículas, nanocápsulas,
nanoesferas, nanoemulsões, lipossomas e niossomas. Atualmente, a nanotecnologia

53
é bastante utilizada não apenas pela indústria cosmética, mas também pela indústria
têxtil, médica, eletrônica, entre outras diversas áreas.

O termo nanotecnologia, no entanto, foi cunhado em 1974 por Norio


Taniguchi, professor da Tokyo Science University, referenciando-se a
máquinas com níveis de tolerância menor que um mícron. O desenvolvimento
de instrumentos capazes de gerar imagens reais de superfícies com
resolução atômica no início da década de 1980 foram marcos importantes
para a evolução dessa tecnologia. (BHAT, 2003, apud ALENCAR, 2017).

Biotecnologia: A indústria cosmética também utiliza a biotecnologia, que


consiste no emprego de agentes biológicos (células, moléculas, organelas e
organismos) no desenvolvimento de ativos para uso cosmético com diferentes ações,
tais como estimulação metabólica (produção de fibroblasto, por exemplo) e do ciclo
de crescimento.
Com suas funções básicas de conservação, correção e decorativa/estética, os
cosméticos são aplicados diretamente sobre a pele humana. Por essa razão, exigem
um controle específico da sua funcionalidade e procedimentos de segurança em sua
fabricação e uso.
Este grupo de produtos deve atender às exigências feitas por órgãos
regulatórios, que estipulam padrões e normas a serem seguidas. De acordo com a
RDC nº 48 de 25 de outubro de 2013, os produtos de higiene pessoal, cosméticos e
perfumes destinados à comercialização devem estar devidamente regularizados e
fabricados por indústrias habilitadas e regularmente inspecionadas pela autoridade
sanitária competente.

12 CONCLUSÃO

Peeling significa escamar, esfoliar, pelar. Diariamente, milhares de células da


pele morrem e são substituídas por outras. Com o envelhecimento, o processo de
renovação celular se torna mais lento, fazendo com que a pele tenha dificuldades em
remover manchas e danos causados pelo sol. O peeling é um procedimento medicinal
com fins estéticos que, através de estímulos, visa promover a renovação celular de
forma natural, removendo manchas, cicatrizes, rugas, sulcos.
Tal procedimento visa estimular a produção de duas substâncias de grande
importância na regeneração celular: colágeno e elastina.

54
Existem três tipos de peeling, variando conforme a quantidade de ácido que
penetra na pele, ou seja, profundidade. O peeling superficial é indicado no caso de
problemas mais simples, como sardas, rugas superficiais e poros dilatados. O peeling
médio é aconselhado em casos de cicatrizes e rugas mais graves. Já o peeling
profundo deve ser realizado somente em casos extremos de pele envelhecida.

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