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A Biologia é uma ciência ampla e complexa que envolve múltiplas linhas de pesquisa, tão
numerosas que vão das aplicações médicas ao comportamento de organismos unicelulares.
Embora os conhecimentos biológicos, como ciência pura, pareçam desconexos, quando
aplicados ou combinados com outras ciências fornecem subsídios para o desenvolvimento
destas.
Neste momento, a importância desta ciência cresce continuamente e seu impacto directo sobre a
opinião e sobre sua vivência também, todavia, sua compreensão por parte desta mesma
sociedade permanece precária. Historicamente, fora do meio académico, a biologia é uma
ciência para o estudo dos seres vivos, suas peculiaridades, estrutura, funcionamento e
principalmente, ecologia. Esta visão restrita não contribui com a formação e informação acerca
das matérias tratadas nas ciências biológicas criando um quadro de insuficiência educacional.
A Biologia influencia diretamente a vida pessoal e a social dos indivíduos, pois está presente em
grande parte das ações do ser humano. É uma ciência de grande importância, e o entendimento de
suas divisões torna-se cada vez mais necessário. Logo, através destes conhecimentos pode-se
intervir em questões ambientais, sociais, históricas e biológicas conectadas com a saúde do corpo e
da mente. Esse entendimento é feito a partir do Método Científico, processo que se tem base para
alcançar respostas e aplicar os conhecimentos obtidos usando a observação, a investigação, a
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problematização, a construção de hipóteses e a experimentação, resultando em formas de melhorar
as condições de vida do homem e do local onde habita. imprescindível às descobertas que
envolvem a ciência, que consiste na busca dos “como” e “porquês” do que se estuda.
Em geral :
65,4% hidrogénio; 25,6% oxigénio; 7,5% carbono; 1,25% nitrogénio; 0,24% fósforo; 0,06%
enxofre; 0,001% outros (sódio, magnésio, cloro, potássio, cálcio, manganês, ferro, cobre e iodo).
2.3 Metabolismo
Conjunto das reacções químicas que ocorrem no organismo. Pode ser de dois tipos básicos:
a) Catabolismo – reacções que provocam a quebra de substâncias.
Exemplos: respiração aeróbica, fermentação, digestão etc.
b) Anabolismo – reacções que provocam a síntese (produção) de substâncias.
Exemplos: fotossíntese, quimiossíntese, etc.
Homeostase - conjunto de fenómenos que garantem o equilíbrio do organismo.
Exemplo: o suor controlando a temperatura.
2.4. Nutrição
Os seres vivos estão em constante actividade e isso os obriga a um consumo permanente de
energia. Para que isso aconteça, os seres vivos realizam a nutrição e a respiração.
2.5. Respiração
Quanto à forma de respiração podem ser anaeróbicos ou aeróbicos.
Os anaeróbicos produzem energia na ausência de oxigénio molecular (O2).
Os aeróbicos utilizam o oxigénio molecular para obter energia.
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2.6. Reprodução
Trata-se do processo pelo qual os seres vivos produzem descendentes para perpetuar a espécie.
Pode ser:
a) Sexuada: ocorre com a presença de gâmeta ou havendo troca de material genético.
Aspectos positivos – aumenta a variabilidade genética;
Aspectos negativos – a produção de clones por esse processo pode ser desastrosa para a
adaptação das espécies às modificações do ambiente.
2.8. Evolução
É a capacidade que os seres vivos apresentam para sofrer transformações que lhes Possibilitem
adaptar-se as modificações do ambiente. São necessários vários fenómenos para que ela
aconteça, porém destacam-se dois:
a) Mutação – trata-se de modificação no material genético, na sequência de bases nitrogenadas.
b) Selecção Natural – é o papel que a natureza desempenha seleccionando os organismos mais
aptos em detrimento dos menos aptos.
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2.9. Crescimento
Pode ocorrer nos corpos inanimados (rochas, cristais etc.) por deposição de novas moléculas
(―de fora para dentro‖), já nos seres vivos ocorre por intuscepção (por fenómenos que ocorrem
dentro do corpo do indivíduo – ―de dentro para fora‖), através de dois processos:
a) Aumento do volume celular(Hipertrofia) – ocorre nos unicelulares e nos pluricelulares.
b) Aumento do número de células(Hiperplasia) – ocorre somente nos pluricelulares
2.10. Genética
Pode se dizer que ser vivo é aquele que possui ácido nucléico (DNA ou RNA), de facto essa é
uma das características encontradas em todos os seres vivos e exclusivamente neles.
2.11. Adaptação
A Terra apresenta ambientes com condições diferentes e muitas vezes inadequados à vida,
como os desertos e montanhas muito altas. Cada região do planeta apresenta seres vivos
diferentes, adaptados às condições ambientais.
Considerando a etimologia da palavra Zoologia (do idioma Grego: zoon, animal e logos, estudo),
este ramo da Biologia é um vasto domínio que pode englobar todos os aspectos da biologia
animal, inclusive relações entre animais e ambiente.
Pode-se definir Zoologia como " um ramo da Biologia que engloba todos os aspectos da
biologia animal, inclusive relações entre animais e ambiente". Com esta definição, tão ampla,
estuda se não apenas morfologia, sistemática e ecologia, mas também o funcionamento dos
animais, constituintes químicos dos tecidos, formação e desenvolvimento, propriedades e
funções celulares. A zoologia experimental, por exemplo, inclui as subdivisões relativas às
alterações experimentais dos padrões dos animais como genética, morfologia experimental e
embriologia.
Considerando que a diversidade animal é o principal objecto de estudo da Zoologia e que é importante
termos algumas noções sobre distribuição dos animais nos diversos ambientes e regiões do planeta.
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Mas, tentativas tem sido feitas para revelar as principais características da biodiversidade,
enquanto conceito, e surgem então as três divisões mais citadas na actualidade: diversidade
genética, diversidade taxionómica ou de espécies e diversidade de ecossistema.
O estudo dos animais permite conhecer a estrutura e o funcionamento dos mesmos, buscando
entender suas relações evolutivas. Grande parte do que hoje sabemos sobre os seres humanos
conseguiu-se estudando outros animais.
Compreender as relações entre animais, destes com as plantas e com o ambiente para possibilitar
a detecção do equilíbrio e de perturbações naturais ou provocadas pela cegueira humana.
Buscar soluções para problemas relacionados à saúde dos humanos e de outros animais
pesquisando parasitas, vectores de doenças, inclusive as que causam destruição de frutos e
cereais.
3.2. Importância da zoologia. A zoologia, além de ser uma ciência com peso específico dentro
da biologia, reveste-se de grande importância para o Homem em muitas outras áreas, da
economia à cultura.
INTRODUÇÃO À CITOLOGIA
Até ao início do séc. XVII o conhecimento dos seres vivos limitava-se, fundamentalmente, a
organismos macroscópicos. O primeiro microscópio foi desenvolvido por Anton van
Leeuwenhoek. Era considerado um microscópio simples, pois era composto apenas por uma
lente. A partir da invenção de Leeuwenhoek, em 1665 o cientista inglês Robert Hooke
conseguiu observar pedaços de cortiça em um microscópio chamado de microscópio composto,
por ter duas lentes em sua estrutura.
Ao observar a cortiça, Hooke viu pequenas cavidades e lhes deu o nome de ―células‖, palavra
que, em latim, significa cella = lugar fechado, pequeno cômodo. O que de facto Hooke viu era
apenas o envoltório da célula, pois a cortiça é um tecido de células mortas que serve para
proteger o caule das árvores.
Em 1833, o botânico escocês Robert Brown observou que o espaço de vários tipos de células
era preenchido com um material de aspecto gelatinoso, e que em seu interior havia uma pequena
estrutura a qual chamou de núcleo.
A descoberta da célula só foi possível quando o avanço técnico permitiu o aperfeiçoamento das
lentes e a construção do microscópio óptico Composto (MOC).Em 1590 Hans e Zacharias
Jenssen montaram o primeiro microscopio composto.
Em 1838, o botânico alemão Matthias Schleiden chegou à conclusão de que a célula era a
unidade viva que compunha todas as plantas. Em 1839, o zoólogo alemão Theodor Schwann
concluiu que todos os seres vivos, tanto plantas quanto animais, eram formados por células.
Anos mais tarde essa hipótese ficou conhecida como teoria celular
TEORIA CELULAR
I. Histologia Animal
Histologia (do grego hystos = tecido + logos = estudo) é o estudo dos tecidos biológicos, sua
formação, estrutura e função. É uma das disciplinas fundamentais dos cursos das áreas biológicas
e de saúde
A Histologia é a área da Biologia responsável pelo estudo dos tecidos: conjuntos de células que
apresentam interdependência estrutural e funcional, desempenhando funções específicas no
organismo. Os órgãos são formados pelo agrupamento de tecidos, e o conjunto destes formam
sistemas.
Todos os indivíduos que possuem tecidos são multicelulares, mas não o contrário. Os tecidos
variam quanto à disposição e morfologia de suas células, origem embrionária, presença de
vasos e função
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O surgimento da microscopia começa com a fabricação das primeiras lentes ópticas, através do
polimento do vidro, pelo italiano Salvino d´Amato, em 1285. A ideia de combinar lentes para
aumentar o tamanho dos objectos menores data de 1590 e deve-se a Zacharias Janssen, sendo,
o primeiro microscópio por ele desenvolvido capaz de uma ampliação de cerca de 30x. A
capacidade de ampliação foi evoluindo em consequência do aperfeiçoamento das lentes.
A técnica histológica visa a preparação dos tecidos destinados ao estudado à microscopia de luz.
O exame ao microscópio é feito geralmente por luz transmitida, o que significa que a luz deve
atravessar o objecto a ser examinado. Assim, é necessária a obtenção de fragmentos dos tecidos
que serão colectados em lâminas muito finas e transparentes.
Citologia e histologia não estudam somente a estrutura da célula e dos tecidos, mas também as
relações entre a estrutura e a função, e, portanto, se integram com a fisiologia, com a física e
com a química.
Os tecidos ao serem processados para estudo ao microscópio devem ser preparados de modo a
preservar sua estrutura original ao máximo possível. Entretanto, isso não é possível e todos os
preparados apresentam artefactos, que são alterações produzidas nas células pelas técnicas
utilizadas.
Pode se resumir os passos das técnicas histológicas com a seguinte sequência: fixação dos
tecidos, desidratação, inclusão, microtomia (corte em fatias finas), coloração e montagem
de lâminas. Essas etapas serão descritas adiante.
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1.2.1 FIXAÇÃO
Uma boa preparação histológica se inicia com o uso correcto das técnicas de obtenção do
material. Os cuidados devem ser observados já no sacrifício dos animais de laboratório para o
estudo histológico de seus tecidos. Tratando se de animais de laboratório o sacrifício pode ser
obtido através de técnicas como, traumatismo brusco, intoxicação (overdose de anestésico) e
perfusão/imersão.
Objectivos da fixação
A fixação paralisa o metabolismo celular e preserva as estruturas do tecido para os tratamentos
posteriores. A fixação evita a autólise celular, impede a proliferação de microrganismos, leva ao
endurecimento do tecido para que resista aos tratamentos posteriores. O fixador deve causar o
mínimo de dano ao tecido e produzir o mínimo de artefactos.
Desidratação
Objectiva a retirada de água da peça, já que as substâncias inclusoras são insolúveis em água.
Esta etapa é feita com a utilização de álcoois graduados em tempos adequados ao fixador e ao
material.
A inclusão pode ser feita utilizando a parafina (mais comumente usada) e as resinas plásticas,
como o glicol metacrilato.
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1.2.3. Microtomia
Esta etapa consiste, basicamente, em utilizar um micrótomo para obter cortes; sucessivos,
delgados e uniformes, a partir dos blocos de parafina com as peças incluídas. Este aparelho é
formado por uma lâmina (fixa ou descartável) de aço, afiada, e um braço ao qual se prende o
,bloco e que se desloca verticalmente.
Objectivo da coloração
Os cortes de tecidos apresentam-se incolores após a microtomia. A coloração visa contrastar as
estruturas teciduais. A acção da maioria dos corantes se baseia na interacção entre os radicais
ácidos ou básicos dos elementos químicos dos mesmos com os dos tecidos. No entanto existem
outros tipos de corantes, como será descrito adiante.
Tudo começa nos átomos, minúsculas porções da matéria. Átomos reunidos formam
moléculas. Diferentes moléculas são formadas graças ao tipo de átomo presente na ligação e do
tipo e número de ligações. Diferentes tipos de átomos se unem para formar, por exemplo,
moléculas de hemoglobina.
Várias células formam tecidos. As hemácias, junto com outros tipos celulares como os
leucócitos, formam o tecido sanguíneo.
Vários tipos de tecidos reunidos formam órgãos. Por exemplo, os tecidos sanguíneo e muscular
(entre vários outros) formam o coração, órgão vital.
Órgãos reunidos formam sistemas. No caso do sistema circulatório, o principal órgão é o
coração, associado a veias, artérias, vasos e válvulas.
O conjunto de sistemas (excretor, respiratório, circulatório etc) acaba por caracterizar o
organismo. Vários organismos formam uma população, e o conjunto de várias populações
distintas caracteriza uma comunidade.
O conjunto de várias comunidades formam os ecossistemas e o conjunto de todos os
ecossistemas do planeta, forma a biosfera.
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TECIDO EPITELIAL
Os animais, como as plantas, são seres multicelulares, o que significa serem formados por muitas
células. Não são simplesmente colônias ou agregados de células semelhantes, mas são compostos
por diferentes tipos de células, cada uma com tamanho, estrutura e função características. Ser
multicelular significa apresentar diferenças no tamanho e diversidade na forma. Os tamanhos
diferentes dos organismos são devidos às diferenças no número de células e não na célula
individualmente.
As células de um rato e de um elefante tem dimensões correspondentes; o elefante é maior porque
seus genes foram programados para produzir um número maior de células. Nos organismos
formados por muitas células, pode haver uma divisão de trabalho, com cada tipo de célula
realizando funções específicas. Quando as células se especializam, os organismos podem se tornar
altamente eficientes para realizarem uma grande variedade de atividades. Assim, na maioria dos
animais as células são organizadas em tecidos.
Tecido: Consiste de células semelhantes associadas intimamente, adaptadas para funções
específicas. Os tecidos são constituídos por células, substâncias intercelulares e líquido intercidual.
Os epitélios constituem um grupo distinto de tecidos que recobrem toda a superfície corporal,
cavidades e tubos, funcionando como interface entre os compartimentos biológicos.
Origem
Origina-se dos 3 folhetos embrionários.
Ectoderme: epitélios de revestimento externos (epiderme, boca, fossas nasais, orifício rectal).
Endoderme: epitélio de revestimento do tubo digestivo, da árvore respiratória, do fígado e do pâncreas.
Mesoderme: endotélio (vasos sanguíneos e linfáticos) e mesotélio (revestimento de serosas).
Características
O Tecido epitelial apresenta as seguintes características:
Ausência de vascularização e de espaços entre as células;
O epitélio não é penetrado por vasos sanguíneos. A nutrição depende, portanto, da difusão de oxigênio e de
metabólitos a partir dos tecidos subjacentes.
Ausência de substância intercelular:
O contato entre as células é feito através do glicocálix. O glicocálix consiste de proteínas e fosfolipídio
conjugados com pequenos polissacarídeos, formando um revestimento celular externo. Aparentemente tem
função de adesão entre as células, podendo simplesmente promover a proteção mecânica e química para a
membrana plasmática.
Presença da Membrana Basal
Todos os epitélios são mantidos por uma membrana basal de espessura variável. Estas separam os epitélios
dos tecidos conjuntivos subjacentes. As membranas basais consistem de uma condensação da substância
fundamental glicoprotéica reforçada por fibras reticulares, que formam um tecido contínuo com as fibras
colágenas do tecido conjuntivo
Polaridade celular:
A distribuição de organelas nas células obedece a uma polaridade. O pólo basal corresponde à região que
"olha" para a lâmina basal e o pólo apical é a região que está oposta à lâmina basal.
Grande capacidade de renovação das células;
Pela atividade mitótica contínua das células, isto porque o tecido epitelial é constantemente esfoliado; apesar
de as células epiteliais apresentarem intensa adesão mútua. Esta adesão é em parte devida ao glicocálix e
reforçada por estruturas especiais.
Rede de inervação: sensitiva intra-epitelial, formada por terminações nervosas livres.
Ocorre a justaposição das células devido a pequena quantidade ou mesmo ausência da matriz
extracelular
A nutrição das células se faz por difusão a partir dos capilares existentes em outro tecido, o conjuntivo,
adjacente ao epitélio a ele ligado. O arranjo das células epiteliais pode ser comparado ao de ladrilhos ou
tijolos bem encaixados.
Classificação
I-SIMPLES, com uma só camada de células iguais (ovário, intestino); Encontrado revestindo
superfícies envolvidas no transporte passivo de gases e líquidos como a superfície pulmonar
(pleura), os capilares sanguíneos (endotélio), o coração (pericárdio) e as vísceras (peritôneo).
Tradicionalmente conhecido como mesotélio, quando reveste as vísceras
III- PSEUDOESTRATIFICADO, com uma única camada de células que tocam a lâmina basal
mas que possuem núcleos em alturas diferentes (traquéia).
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RESUMO
Critério Designação Características
Simples Uma única camada de células
Estratificado Várias camadas de células
Número de camadas
de células Várias camadas de núcleos mas todas as
Pseudoestratificado
células contactam com a lâmina basal
Pavimentoso ou
Espalmadas; células mais largas do que altas
escamoso
Forma das células Poligonais; as células são tão largas como
Cúbica
superficiais altas
Poligonais; as células são mais altas do que
Colunar ou cilindrica
largas
Os tecidos epiteliais glandulares são organizações de células originadas do tecido epitelial, com a
função principal de produzir substâncias (secreções). Tais substâncias, depois de sintetizadas, são
eliminadas para o meio extracelular. Classificam-se em endócrinas (quando o produto da
secreção é liberado no sangue) e exócrinas (quando o produto da secreção é liberado para a
superfície interna ou externa do corpo).
Características:
As células caliciformes são glândulas exócrinas unicelulares que são encontradas entremeadas ao
longo de epitélios simples cilíndricos e de epitélios pseudoestratificados cilíndricos. Essas
células caliciformes são cilíndricas modificadas, que sintetizam e secretam muco. Localizam-se,
geralmente, entre as outras células do epitélio, principalmente, no revestimento do tracto
respiratório e digestório.
EXÓCRINAS: apresentam a porção secretora associada a ductos que lançam suas secreções
para fora do corpo (como as glândulas sudoríparas, lacrimais, mamárias e sebáceas) ou para o
interior de cavidades do corpo (como as glândulas salivares);
Glândulas simples: Possuem apenas um ducto secretor não ramificado. Ex: glândulas de
Lieberkühn, encontradas no duodeno, no jejuno, no íleo e no intestino grosso; glândulas
sudoríparas, encontradas na pele.
Glândulas tubuloalveolares : São glândulas que possuem os dois tipos de unidades secretoras,
tubulares e alveolares. Ex.: glândula mamária e glândula submandibular.
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Glândulas mucosas: Produzem uma secreção viscosa e escorregadia, que não se cora pelo HE.
Ex: glândula sublingual, que é mista, predominantemente mucosa.
Glândulas serosas :Produzem uma secreção aquosa e límpida que se cora em vermelho pelo
HE. Ex.: ácinos serosos do pâncreas, glândula parótida e glândula submandibular (esta última,
mista, de células acinares predominantemente serosas).
Glândulas mistas: Secretam os dois tipos de secreção mencionados acima, pois possuem os dois
tipos de ácinos (mucoso e seroso) ou porque possuem um terceiro tipo, que contém componente
mucoso e componente seroso (capacete de Gianuzzi). Ex.: fígado, glândula submandibular (com
preomínio de ácinos serosos) e glândula sublingual (com predomínio de ácinos mucosos).
Glândulas apócrinas : as células perdem parte de seu protoplasma junto com o produto de
secreção, tendo de se recompor antes de produzir as secreções novamente. Exemplo: glândulas
mamárias , glândulas sudoríparas de algumas partes do corpo.
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Glândulas endócrinas: não apresentam ductos associados à porção secretora. As secreções são
denominadas harmónios e lançadas directamente nos vasos sanguíneos e linfáticos. Exemplos,
hipófise, glândulas da tiróide, glândulas paratireóides e glândulas adrenais;
Glândulas cordonais: células secretoras formam cordões ao redor dos capilares. Não há
armazenamento de secreção. Ex.: paratireóide, hipófise, ilhotas de Langerhans do pâncreas.
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Glândulas vesiculares ou foliculares : células secretoras formam folículos ao redor dos
capilares, agrupam-se formando vesículas, que armazenam os produtos secretados antes de eles
atingirem a corrente sanguínea. Ex.: tireóide.
- Cé1ulas especializadas em transporte ativo: ou seja, células que utilizam energia, dependendo da
atividade metabólica celular. Ex: células dos túbulos contorcidos próximos e distais do rim e dos
ductos estriados das glândulas salivares. Tem como características múltiplas e profundas
invaginações da membrana na parte basal das células, que aumentam a superfície da região basal da
célula; presença de grandes quantidades de mitocôndrias.
- Células que secretam proteínas: células típicas, geralmente poliédricas, piramidais, com o núcleo
esférico situado no meio da célula e dividindo nitidamente o citoplasma em uma porção
supranuclear e outra basal infranuclear. Na zona apical encontra-se uma zona de Golgi, muito
desenvolvida, e citoplasma praticamente cheio dos grânulos de secreção. Ex: Cé1ula caliciforme do
epitélio intestinal .
- Cé1ulas que secretam substâncias vasoativas: Podem ter caráter polipeptídico e ação hormonal,
sendo transportados pelo sangue para atuar sobre células distantes. Podem também ter ação sobre
células próximas sem penetrar nos vasos sanguíneos. Estas células podem estar presentes no trato
gastrintestinal e no cérebro. No cérebro além de secretarem hormônios secretam também aminas
biogênicas (adrenalina, serotonina, dopamina).
- Cé1ulas que secretam hormônios esteróides: células especializadas na síntese dos hormônios
esteróides, encontradas nos testículos, ovários e glândulas adrenais
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